May 02, 2020

Post to ourselves






Notícias insuportáveis



Estes números são uma brutalidade. Se estas pessoas adoecem e ficam impedidas de tratar dos outros, o que vai acontecer se houver uma recidiva?
Hoje, uma colega disse-me que teve que sair para ir à farmácia e que ficou chocada porque andava imensa gente na rua, quase ninguém com máscara e nenhum cuidado de distanciamento.
Batem palmas à segunda-feira e à terça escondem os números, falham em arranjar material de protecção e vão ao molho para manifestações sem distanciamento nenhum porque a liberdade deles de infectar os outros é maior que a dos profissionais de saúde se protegerem.


Estão infetados com o novo coronavírus "mais de 550 médicos, 800 enfermeiros e 1.200 assistentes operacionais".


"O vírus continua presente e os materiais de proteção continuam ausentes", afirmou à Lusa o secretário-geral do SIM, Roque da Cunha, reforçando que é "muito escasso" o material de proteção para equipar os profissionais de saúde.

"Mais de 550 médicos, mais de 800 enfermeiros e mais de 1.200 assistentes operacionais e trabalhadores da limpeza estão infetados", informou Roque da Cunha (
Sindicato Independente dos Médicos (SIM) ), lamentando que o Ministério da Saúde tenha deixado de dar oficialmente esses dados.

Sobre a falta de informação oficial quanto ao número de trabalhadores infetados em hospitais e centros de saúde, o sindicato considerou que tal representa "insensibilidade perante os profissionais de saúde", acrescentando que, desde o início da pandemia, "a ministra da Saúde tem desvalorizado muito essa matéria".


Com o desconfinamento gradual e o aumento da circulação dos cidadãos, a situação preocupa o sindicado dos médicos, pois é necessário "cuidado extremo" no funcionamento dos equipamentos de saúde, nomeadamente o reforço da proteção individual dos profissionais, defendeu Roque da Cunha.

"Lembramos que são cerca de 30 mil pessoas que estão infetadas e que os materiais de proteção não estão a chegar ao ritmo que deveriam e os profissionais de saúde continuam a ser infetados", reforçou o secretário-geral do SIM, referindo que a situação pode ser "ainda pior" com o desconfinamento.

Descaramento...



Tenho meia dúzia de alunos que ainda não deram sinal de vivos, embora eu saiba por outros que estão. Dois deles resolveram começar agora o 3º período e só agora estão a tentar inscrever-se na plataforma e baixar o office... acontece que, por qualquer razão, não estão a conseguir. Então, desde sexta-feira que me enviam emails do género, 'omg, omg, que não consigo entrar e não vou poder assistir às aulas'. Só que as aulas já começaram há 3 semanas... nem desculpe, nem justificação, nada... o descaramento de me virem chatear ao fim-de-semana, depois de 3 semanas de silêncio total... na segunda-feira logo lhes respondo à maneira.

Coronavirus Li Wenliang - Quando o ministro da justiça belga pensa que as máscaras servem para tapar a careca :)))




Belíssima Turandot




Soluções




Two Men Created “Leather” From Cactus to Save Animals and the Environment

“The idea of using this raw material was conceived because this plant does not need any water to grow, and there is plenty of it throughout the Mexican Republic. (...) We currently have 2 hectares where we cultivate nopals, as well as an expansion capacity of 40 hectares. Regarding production capacity, we have 500,000 linear meters a month.”
...
If that wasn’t enough to convince you, Adriano Di Marti’s vegan leather is on par, in terms of pricing, with genuine leather. So far, the company has created car seats, shoes, handbags, and even apparel. And since it’s made of organic material, their leather is breathable, which is often a problem with synthetic alternatives. In another plus for the environment, cactus leather is partially biodegradable and doesn’t contain any plastic—another issue with synthetic leather. This makes for a true alternative to animal leather that doesn’t have a negative impact on the planet.

A geometria do tempo




Citação deste dia



"The proper study of Man is anything but Man; and the most improper job of any man, even saints (who at any rate were at least unwilling to take it on), is bossing other men. Not one in a million is fit for it, and least of all those who seek the opportunity." - J. R. R. #Tolkien

Um pequeno excerto da Montanha Mágica - da vida e da morte





Thomas Mann in Montanha Mágica
via O Mendel dos Livros - Livraria/Alfarrabista/Sebo

Diário da quarentena 48º dia - Maio 2020







May 01, 2020

Isto é interessante - Manifesto for post-neoliberal development: five policy strategies for the Netherlands after the Covid-19 crisis



Compartilhamos o curto e claro manifesto com o qual acadêmicos holandeses propõem uma mudança do paradigma econômico mundial depois da crise da pandemia.
A nota é publicada por El Clarín, Chile, 27-04-2020. A tradução é de Wagner Fernandes de Azevedo.
Aparentemente a Holanda é o país que com mais força está tomando o desafio de reestruturar sua economia a partir do que nos vivemos no presente. Nesse contexto, 170 acadêmicos holandeses escreveram um manifesto em cinco pontos para a mudança econômica pós-crise da covid-19, baseado nos princípios do decrescimento:
1. Passar de uma economia focada no crescimento do PIB, a diferenciar entre setores que podem crescer e requerem investimentos (setores públicos críticos, energias limpas, educação, saúde) e setores que devem decrescer radicalmente (petróleo, gás, mineração, publicidade, etc.).
2. Construir uma estrutura econômica baseada na redistribuição. Que estabelece uma renda básica universal, um sistema universal de serviços públicos, um forte imposto sobre a renda, ao lucro e à riqueza, horários de trabalho reduzidos e trabalhos compartilhados, e que reconhece os trabalhos de cuidado.
3. Transformar a agricultura para uma regenerativa. Baseada na conservação da biodiversidadesustentável e baseada em produção local e vegetariana, ademais de condições de emprego e salário justas.
4. Reduzir o consumo e as viagens. Com uma drástica mudança de viagens luxuosas e de consumo desenfreado, a um consumo e viagens básicas, necessárias, sustentáveis e satisfatórios.
5. Cancelamento da dívida. Especialmente de trabalhadores e donos de pequenos negócios, assim como de países do Sul Global (tanto a dívida a países como a instituições financeiras internacionais).



O manifesto holandês aqui. Versão inglesa aqui.

Citação deste dia



'O teu poder vem do meu medo, como já não tenho medo, já não tens poder'. (Séneca, para Nero)

Olá Primavera mediterrânica







Rafael Romero Barros, Spanien
(1832-1895)

Olá primavera




#FreeAssange - como se forja um caso e se destrói uma pessoa com o fim de obscurecer o poder



Mentiras, documentos forjados, crime, tortura... todos saem mal disto: a Suécia, em primeiro lugar, mas também a Inglaterra e os EUA, claro.
Lê-se e só se acredita porque sabemos da hipocrisia e da capacidade para o mal dos governantes, sobretudo quando são deixados sem escrutínio, à solta e entram no processo de corrupção própria do poder não-vigiado.

«A murderous system is being created before our very eyes»

Nils Melzer, the UN Special Rapporteur on Torture.An interview by Daniel Ryser, Yves Bachmann (Photos) and Charles Hawley (Translation), 31.01.2020


A prison sentence of 175 years for investigative journalism: The precedent the USA vs. Julian Assange case could set


What does it mean when UN member states refuse to provide information to their own Special Rapporteur on Torture?
That it is a prearranged affair. A show trial is to be used to make an example of Julian Assange. The point is to intimidate other journalists. Intimidation, by the way, is one of the primary purposes for the use of torture around the world. The message to all of us is: This is what will happen to you if you emulate the Wikileaks model. It is a model that is so dangerous because it is so simple: People who obtain sensitive information from their governments or companies transfer that information to Wikileaks, but the whistleblower remains anonymous. The reaction shows how great the threat is perceived to be: Four democratic countries joined forces – the U.S., Ecuador, Sweden and the UK – to leverage their power to portray one man as a monster so that he could later be burned at the stake without any outcry. The case is a huge scandal and represents the failure of Western rule of law. If Julian Assange is convicted, it will be a death sentence for freedom of the press.

What would this possible precedent mean for the future of journalism?
On a practical level, it means that you, as a journalist, must now defend yourself. Because if investigative journalism is classified as espionage and can be incriminated around the world, then censorship and tyranny will follow. A murderous system is being created before our very eyes. War crimes and torture are not being prosecuted. YouTube videos are circulating in which American soldiers brag about driving Iraqi women to suicide with systematic rape. Nobody is investigating it. At the same time, a person who exposes such things is being threatened with 175 years in prison. For an entire decade, he has been inundated with accusations that cannot be proven and are breaking him. And nobody is being held accountable. Nobody is taking responsibility. It marks an erosion of the social contract. We give countries power and delegate it to governments – but in return, they must be held accountable for how they exercise that power. If we don’t demand that they be held accountable, we will lose our rights sooner or later. Humans are not democratic by their nature. Power corrupts if it is not monitored. Corruption is the result if we do not insist that power be monitored.


A geometria do espaço












Serge Najjar