April 23, 2020

Por acaso estou de acordo com JKP



... não com os argumentos que ela usa, acerca do racismo, mas é notória a hipocrisia de Ferro Rodrigues e quejandos, seres parasitários do sistema que gritam por aí que têm de ir festejar o 25 de Abril porque sem esse dia não havia liberdade e direitos e isso, e depois, ao mesmo tempo, impedem uma deputada de usar do seu direito de falar, na casa onde tem assento a tal democracia. São os 'democratas' que temos. Eu não gosto dela, mas a democracia é isso: não atropelamos os direitos dos outros, com espírito de perseguição pidesca, só porque não gostamos deles ou nos são inconvenientes.
E são estes seres que não respeitam nada nem ninguém que vão para o Parlamento falar da liberdade do 25 de Abril.


25 de Abril: Joacine considera “chocante” não poder intervir na sessão e critica esquerda

Deputada não-inscrita critica fortemente a esquerda, em especial o PCP e o Bloco por terem votado contra (tal como o PS, PSD, CDS, PAN e PEV) a possibilidade de esta discursar na cerimónia. E acusa os comunistas de falta de “consciência histórica” e de “dificuldade em abraçar a luta anti-racista”.


... e já agora, Ferro Rodrigues em versão Pedro Passos Coelho. Um falso... se ele é da esquerda ou sou uma apoiante do Costacenteno...:

Ferro Rodrigues: “Estou à espera de que não haja cortes drásticos”

O presidente da Assembleia da República considera que, devido à “pandemia com efeitos brutais”, a “reconsideração das prioridades em matéria orçamental terá certamente de ser feita”, incluindo no que diz respeito ao aumento dos funcionários públicos em 2021.




#Teachers4Covid - ofereci-me para isto



Parece-me uma iniciativa com valor e é uma maneira de contribuir para aliviar o trabalho de quem está exposto de uma maneira que a maioria de nós não está. Não é que eu não esteja carregada de trabalho 🙂 mas é algo que sei que posso fazer.


 Movimento #Teachers4Covid (www.teachers4covid.org).
Este movimento pretende apoiar todos os profissionais que estão na linha da frente do combate a esta pandemia (sejam profissionais de saúde, operadores de transportes, forças de segurança, funcionários de retalho alimentar, entre outros) e que têm menos disponibilidade para acompanhar os seus filhos no estudo em casa. Desta forma, são-lhes disponibilizados explicadores que, de forma totalmente voluntária e gratuita, irão apoiar e acompanhar online e à distância os estudos dos seus filhos, enquanto durar a difícil batalha que estão a travar.

Ensino à distância II



Agora no fim da última aula (outra vez 90 minutos síncronos) dois ou três alunos disseram, 'professora, isto hoje foi puxado'. Bem, nem tudo são desvantagens e esta situação de ensino à distância tem um lado positivo -pelo menos para as minhas turmas, não estou a dizer que seja universal- que é o seguinte: avisei as turmas que a assiduidade e a participação são importantes e que noto quem está, quem está à hora, quem participa e a qualidade da participação, etc. Acontece que estou a trabalhar com uma aplicação onde temos áudio, e podemos ouvir-nos uns aos outros ou escrever. Uma espécie de fórum mas com possibilidade de áudio. Sendo assim, os alunos não podem estar ali apenas a ouvir ou a ler, se querem que eu veja que estão atentos e a participar.
Nas aulas presenciais há sempre quem participe mais, mas os outros, mesmo intervindo menos, sabem que estou a vê-los a trabalhar. Na aplicação não vejo nada e não sei de nada a não ser que intervenham, de modo que vejo miúdos que até nem costumam intervir muito, entrar agora em todas as discussões. Isso obriga-os a estar concentrados e a pensar.
Depois, como o discurso escrito é diferente do oral onde muita coisa fica às vezes subentendida ou deficientemente explicada mas percebemos as entrelinhas e, ainda por cima, como estamos todos a ver o que cada um escreve, eles têm um enorme cuidado em construir frases completas, os argumentos todos bem explicados, o discurso todo bem concatenado. Isso é inestimável: é como estarem a fazer respostas a testes em todas as sessões, só que as construímos em conjunto.
Praticamente todos colaboram, porque querem que eu veja que estão presentes e não apenas de corpo. Por isso acham a aula puxada. Estão ali concentrados a ver o que cada um diz e escreve para responder por sua vez. Têm piada.

Ensino à distância - intervalo



Não vale a pena querer só parte da aula síncrona. Como deixo sempre uma questão para pensar e é por aí que começamos na sessão seguinte, hoje estivemos 45 minutos a discutir o subjectivismo e o objectivismo axiológico. Foi interessante. Depois como queria introduzir a próxima matéria com um problema enviei-lhes um pequeno texto com um dilema de um cirurgião sobre se há-de usar um indivíduo saudável para salvar a vida de quatro - outra discussão. Depois lá avancei na matéria - deixei um dilema imaginário da professora de filosofia que os implica a eles (quero ver se têm objetividade na discussão) e que há-de dar outra grande discussão. Estamos a falar de ética. Esta aula teve piada mas são os 90 minutos inteirinhos. Há um aspecto das aulas à distância que tem valor mas agora não tenho tempo para explicar que estou a 5 minutos da próxima.

Dia mundial do livro



Outra shelfie :)


Diário da quarentena 39º dia - no dia mundial do livro



Uma shelfie 🙂 da estante dos dicionários - já tem ali dois intrusos...


April 22, 2020

Coronavirus Li Wenliang - A estratégia da Suécia



Não percebo como se toma uma decisão dessas de deixar que o vírus varra o país, como sugeriu Trump para os EUA, em face de uma doença nova, de comportamento e de grau de mortalidade desconhecidos. Ou se calhar até percebo... Quem está está a morrer, para além de alguns idosos? Pois, são os imigrantes muçulmanos, vindos da Somália e outros países afins que vivem em bairros à molhada e, sobretudo, para quem a noção de distanciamento nórdico é completamente estranha. Agora vão-me dizer que isto não foi calculado...?

Somos tão pequenos









Labyrinth of the Chartres Cathedral in France.
Imagem do Pinterest




Poesia ao entardecer


Sonnet 32. #ASonnetADay




Every day is #EarthDay III




Earth atmosphere - Ph. Michael Benson

Every day is #EarthDay II





葉明佳

Every day is #EarthDay




Green peace



Laurent Mallet


























Quarentenas 😄




As glicínias não querem saber do COVID-19



Florescem gloriosamente. O confinamento dos humanos é bom para a natureza. E essa é a triste realidade que é impossível não ver e gostávamos que não fosse verdade.

via sebatassan

2 minutos de Dvorák por dia nem sabe o bem que lhe fazia :)




Quase na hora de pôr a cara de professora







Vasco Gargalo,
heterónimos

Totally missing the point



Uma decisão medrosa e indesculpável
LUÍS AGUIAR-CONRARIA
A 30 de março, escrevi que este seria o grande teste à governação socialista. Para já, parece-me ser a primeira grande falha do Governo. É como se a principal preocupação fosse a de não chatear os professores. Percebo que é uma classe massacrada, envelhecida e que foi maltratada por toda a classe política e pela sociedade em geral. Mas também sei que são os professores quem mais se preocupa com os alunos desfavorecidos. Se lhes pedirem um esforço, eles responderão.

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'Se lhes pedirem um esforço'? Mas este indivíduo pensa que estamos em casa sem trabalhar a ver a Netflix?? Então mas agora os professores é que têm que resolver o problema de milhares de alunos não terem computador em casa? Não terem senão um telemóvel e muitas vezes com dados móveis muito limitados? Sim, há escolas onde todos os alunos têm um quarto para si, um computador e banda larga e as aulas podem ser síncronas por tele-conferências, mas há outras, e são a maioria, onde nenhuma dessas condições está garantida. O que quer ele que os professores façam para resolver isso? Que tipo de esforço resolve isso? Não percebo.

Ele diz no artigo que os alunos pobres, nas férias, sobretudo as de Verão, que são as mais longas, são prejudicados relativamente aos mais ricos porque estes viajam e têm actividades enriquecedoras e os outros não. Pois, será verdade, mas a solução é impedir quem tem mais possibilidades de ter férias? Proibir os professores de terem férias para irem durante o Verão dar aulas aos que menos têm, sendo esses proibidos de ter as férias dos outros? Mas este articulista não percebe que o problema não são as férias e que não é estragando as férias que ele se resolve? Que o problema são as desigualdades sociais gritantes e que é isso que tem que ser resolvido?

Abrir as escolas por causa dos exames parece-me um fanatismo



Regresso às aulas no 11.º e 12.º

Militares vão desinfetar 800 escolas

Não percebo isto de obrigar alunos e professores a ir correr riscos para as escolas por causa de exames. Sou a favor de exames mas não ao ponto fanático de obrigar toda a gente a ir beijar os pés do santo. Não percebo. Percebo a ideia do primeiro-ministro querer abrir as creches. Quer criar imunidade de grupo a partir dos miúdos e dos pais que, sendo jovens, em princípio apanham a doença sem grandes incómodos. Querem pôr a economia a andar e evitar uma catástrofe económica. Percebo, mas acho mal, porque há-de morrer gente que não tinha que morrer jovem ou até criança, mais as educadoras e ainda os avós desses miúdos.

Ensino à distância - testemunhos



Há professores no ensino básico que têm, por exemplo, 7 turmas, cada uma com mais de 25 alunos. Ou seja, há professores que têm mais de 200 alunos, sendo que a quase totalidade tem bem mais de 100.
Com esta coisa a que chamam ensino à distância, cada professor tem, portanto, que preparar, enviar, corrigir todas as semanas centenas de trabalhos e ainda responder a dúvidas dos alunos e dos pais em plataformas, e-mails e telefonemas a qualquer hora do dia. Em alguns casos, esses professores têm ainda que preparar e dar aulas síncronas, ou seja, em tele conferência. E há ainda os que, para além de tudo isto, são directores de turma e têm que coordenar o trabalho dos professores, contactar permanentemente com alunos e pais, resolver problemas sociais e de falta de equipamentos dos alunos, etc.
Como é evidente, muitos destes professores são também pais, com filhos em idade escolar a quem têm também que dar o seu apoio. E, como todos os outros cidadãos, têm que tratar da casa, cozinhar, muitas vezes ainda apoiar familiares mais velhos, ir às compras, etc. E, não o esqueçamos têm o elementar direito a momentos de descanso, lazer e fruição.
Com a forma como o ministério da educação, alguns directores tiranozecos e também alguns professores xico-espertos, estão a conduzir o desenvolvimento deste 3 º período, a maioria dos professores ou já está ou vai entrar rapidamente em burn-out.


Fernando Godinho (tirado do FB)