ADC com outras terapêuticas pode “mudar o paradigma do cancro do pulmão aos cinco anos”
Desafios de novas abordagens terapêuticas: ADC no cancro do pulmão
Segundo a Prof.ª Bárbara Parente, os profissionais de saúde envolvidos no tratamento do cancro do pulmão nunca estão satisfeitos e isso reflete-se nos “grandes progressos terapêuticos” que fizeram com que a sobrevida livre de progressão (PFS) tenha melhorado. Contudo, alerta que aos cinco anos, ainda não se atingiu o patamar desejado a nível da sobrevida. “Portanto, penso que novos fármacos se irão desenhar no horizonte e poderão vir efetivamente a melhorar a sobrevida dos doentes, tendo sempre em conta a qualidade de vida, que é uma coisa que não podemos esquecer”, sublinha a especialista.
A utilização dos novos conjugados anticorpo-fármaco (ADC) no contexto dos doentes com cancro do pulmão foi o tópico da sessão patrocinada pela Daiichi Sankyo/AstraZeneca, no 39.º Congresso da Sociedade Portuguesa de Pneumologia. Moderado pela Prof.ª Bárbara Parente, coordenadora norte do Instituto CUF de Oncologia, o simpósio contou com a intervenção da Prof.ª Gabriela Fernandes, do Centro Hospitalar de São João, que introduziu a temática dos ADC, bem como o seu mecanismo de ação, explicando o significado clínico destes fármacos para os doentes.
Sobre o potencial desta nova ferramenta terapêutica, a Prof.ª Bárbara Parente salienta a “indefinição” e a necessidade “de ter em atenção os efeitos laterais” uma vez que, “muitos deles”, ainda não são conhecidos. “Queríamos que esses efeitos laterais estivessem mais reduzidos devido ao mecanismo de ação, mas o que é um facto é que há algumas coisas que ainda nos escapam e, portanto, é preciso continuar a investigar”, defende, referindo que, em Portugal, existem “muitos estudos a decorrer”, cujos resultados sairão nos próximos anos. [já participei em 2]