December 05, 2019

Citação deste dia




When you learn a new language, you enter into an intimate relationship that colours everything. It is like an illicit love affair: the mother tongue is cast aside as you fly off into another's arms. And amid the new letters and new sounds, you discover truths about the world and even about yourself.

Marianna Pogosyan

December 04, 2019

O secretário de Estado sabe muito bem a razão do preconceito




É que o ensino profissional continua a ser uma via escolhida pela negativa. É para os alunos que não conseguem ter sucesso na via de ensino que dá acesso à universidade, ou seja, é para os filhos dos mais pobres. E com as passagens automáticas cada vez há-se ser mais.
Gostava de saber se algum filho do secretário de Estado ou de outro governante anda ou andou no ensino profissional e, se não andam, se isso se deve a preconceitos do secretário de Estado e outros governantes contra o ensino profissional...


"O preconceito contra o ensino profissional não tem explicação"

O secretário de Estado da Educação, João Costa, lembra que não há razões que, atualmente, justifiquem o preconceito em torno desta via de ensino.

Coisas úteis




Podiam comprar uma máquina destas. De certeza que custa menos que um submarino e tem mais utilidade.


Interceptor: Máquina de limpeza oceânica que remove 50 mil kg de plástico por dia
Conforme foi apresentado e colocado em operação, este “barco” é alimentado 100% por energia solar. Além disso, tem um funcionamento autónomo e permite extrair o lixo plástico na maioria dos rios mais poluentes do mundo.


Como é que fazem um requerimento destes e porque é que o tribunal não faz nada?




Um requerimento vago sem indicadores objectivos e só com afirmações que não podem aferir-se. Outra coisa é: porque é que o tribunal não suspende as descargas (descargas de esgotos sem tratamento -da empresa, Águas do Centro Litoral- no rio que alimenta o sistema hídrico) e os manda ratificar o requerimento? É que no meio da falta de civismo criminoso da empresa e da incompetência dos requerentes, quem se trama são as pessoas que têm de beber aquela água...

Compreendo que o tribunal não possa fazer o requerimento pelos requerentes mas se vê claramente que há suspeitas de crime, deve fazer qualquer coisa que não seja dar um ok aos criminosos, não?




Um artigo que explica muita coisa




O negócio das quotas no PS (ou Quanto custa um cargo no Governo?)
Se nos resultados económicos os políticos portugueses estão longe da Europa moderna, há algo em que são parecidos com o pior político romano: pagar quotas por atacado para serem eleitos líderes.

Pedro Caetano
O governo e o parlamento estão povoados de ex-Jotas e antigos ou atuais líderes de distritais partidárias. Ou seja, quem governa Portugal não é uma elite profissional dos mais qualificados ou melhores na sua profissão, que tivessem capacidade de competir com a Europa para estarmos nos lugares cimeiros em vez de nos últimos lugares dos rankings económicos do Eurostat há décadas, mas entrincheirados dependentes da política que ganham eleições intrapartidárias. Como chegam ao governo?

Em Portugal, ao contrário das democracias avançadas, os políticos não chegam ao parlamento e ao governo por ganharem círculos unipessoais em que o mais amplo número possível de cidadãos votantes os possa avaliar, mas ganhando eleições intrapartidárias de reduzida participação, cheias de barreiras contra a democracia e competição. Assim começa o horror ao mérito e qualificação da classe política atual.

A principal dessas barreiras são as quotas. As eleições distritais e nacionais nos dois partidos do arco do poder português estão para breve. No PS, tal como no PSD, há indivíduos a pagarem as quotas de outros, aos milhares e por atacado. Ganhar uma distrital e uma posição nacional exige muito dinheiro e no PS esse dinheiro tem de ser já pago todo até 30 de novembro, antes, mesmo, de a campanha começar em janeiro. Portanto, a campanha é só uma fachada que antes de começar já está fechada a qualquer oposição. As eleições do PS para concelhias, distritais e secretário-geral do PS durante 2020 serão uma farsa disfarçada de democracia porque milhares de militantes (que não pagarem, já em Novembro, 36 euros de quotas em atraso) serão limpos dos cadernos para que não haja oposição interna contra Costa.

Além disso, os que pagarem agora esse valor depois, em 2020, ainda tem de pagar mais 12 euros. No total, são exigidos, pois, quase 50 euros a milhares de militantes para poderem votar durante 2020 no PS. É expectável que muitos não possam nem queiram pagar para ter de votar. Isso dá espaço para que endinheirados ligados ao poder paguem por atacado só as quotas dos militantes eleitores que mais lhes convêm e mantenham tudo na mesma, isto é, os apoiantes acríticos de Costa e atuais lideres distritais.

Pagar para governar é um defeito tão antigo como o Império Romano. Para pagar votos, alguns prometiam favores aos seus benfeitores ou familiares pagos com o dinheiro do estado quando chegassem ao Senado. O caso mais conhecido é o do comprador de votos Lucio Catilina, denunciado por Cicero.

Se nos resultados económicos os políticos portugueses estão longe da Europa clássica e moderna, há algo em que são parecidos com o pior político romano: pagar quotas por atacado para serem eleitos líderes das distritais e dos partidos e, daí, chegarem ao poder. Ou seja, uma significativa fatia dos políticos do parlamento e do governo chegaram lá porque pagam para vencer eleições partidárias, num universo de eleitores que, de propósito, tornam o mais restrito e menos democrático possível, para que só um número artificialmente limitado de militantes com as quotas pagas possa votar. Como nunca tiveram profissão e toda a vida dependeram da política, sabem que nem em capacidades técnicas nem resultados conseguiriam competir abertamente com profissionais de sucesso.
O valor das quotas de cada militante pode ser cerca de 50 euros, contando acumulações de anos não pagos. No limite, as barreiras são tantas que só quase a própria família e amigos podem votar em tais políticos. É claro que havendo quem pague as quotas de quatro mil militantes de cada vez, depois dizem que foram milhares de votos, mas foram apenas meia dúzia de apoiantes pagantes.

Por exemplo, o atual primeiro-ministro venceu as últimas eleições para secretário-geral do PS em maio de 2018 com 95,3% de votos. Pouco mais de 20.000 militantes votaram em Costa (ou 1500 militantes por cada distrital, em média, porque é através das distritais que chega gente ao parlamento. A 50 euros por voto, isso representa 75.000 euros para ganhar uma distrital e 1 milhão para chegar a secretário-geral.

Exigir tal capacidade milionária a um possível adversário no PS nacional e aos seus apoiantes nas distritais, mantendo nos estatutos este vício de pagar para ganhar, revela apetência por mãos sujas de dinheiro. Os políticos do costume querem manter votos pagos, para serem eleitos com dinheiro e impossibilitarem que haja candidatos honestos. Falamos, também, dos apoiantes ou coniventes silenciosos dos negócios ilegítimos misturados com política ou simplesmente beneficiários do muito dinheiro legítimo que ganham nos cargos do estado e subvenções. Protegem-se através das quotas, de qualquer oposição interna íntegra que queira reformar o país desinteressadamente e não se sustente com política.

Finalmente, é preocupante o que esperam em troca os amigos e familiares de um candidato que tenham gasto centenas de milhares de euros no pagamento de quotas para assegurar a chegada ao parlamento e governo. Será que vão ficar satisfeitos com um retorno desse investimento de um único salário governativo líquido de 4.000 euros, com o cargo a ser desempenhado sempre com o melhor interesse do país em mente, sem esperar quaisquer favores em troca quando o ministro fizer decisões sobre para onde e para quem vão os milhares de milhões de euros dos nossos impostos?

É devido a esta perversa forma de ascender ao parlamento e governo que Portugal tem tantos deputados inexplicavelmente fracos ou governantes a fazerem favores inexplicáveis com o dinheiro do Estado. É, também, por este sistema de quotas e eleições intrapartidárias que tantos deles, depois, têm ainda a família e amigos no próprio governo ou como assessores do governo ou grandes autarquias como a de Lisboa, pagos acima das suas qualificações, nas Administrações das Fundações, Empresas Públicas, Autoridades Reguladoras, além de negócios com o Estado a pagar-lhes.

A “confiança política” não explica o grau único de Portugal na promiscuidade, nepotismo e eternos maus resultados nunca avaliados em milhares de cargos onde, para os cidadãos serem servidos ao melhor nível da Europa em vez do pior e verem retorno dos impostos, deveria haver excelência e competência.

Para haver em Portugal um espaço democrático contra a incompetência atual é preciso permitir vitórias de cidadãos com profissão, qualificados e íntegros, dentro e fora dos partidos que não dependam nem da política nem de favores envenenados de amigos endinheirados. É necessário reformar, eliminando o sistema das quotas nos partidos do poder e não permitindo a limpeza dos cadernos de militantes para entrincheirar políticos sem qualquer oposição.

Diretor Global de Multinacional Farmacêutica em Oxford. Militante do PS

A (blue) Rothko silence






December 03, 2019

No teste do PISA continuamos acima da média da OCDE




Só faço notar duas coisas:

1. Os professores que puseram estes alunos a ter bons resultados neste teste e nos anteriores fomos nós, os tais professores com mais de 50 anos de quem se diz que resistem à mudança, que estão desfasados da realidade, que não sabem trabalhar, que não sabem dar aulas e tal e tal....

2. O factor que mais influenciou os maus resultados dos alunos é a sua situação socioeconómica, coisa que nenhum professor pode resolver. É trabalho dos políticos mas não o sabem fazer e como não o sabem fazer culpam os professores dos chumbos e mandam passar todos de qualquer maneira.

Só mais uma coisinha: o ministro saiu da hibernação para dizer mal do anterior. É só o que ele sabe fazer: destruir e ser contra que é uma coisa que não percebo e muito menos num ministro da educação. Resta ver o resultado das políticas destrutivas que está a implementar, ou melhor, o secretário de Estado porque ele é mais de estar na boa e não se chatear.
O Crato, de quem não gostava porque estava no exagero oposto ao destes, pelo menos tinha respeito pelos alunos e não os tratava como atrasados em quem não vale a pena apostar e é melhor passar de qualquer maneira.
Agora a avaliação das escolas tem como critério a inclusão, que é o mesmo que dizer, vão ser avaliadas pelo número de passagens e de chumbos. Já há escolas onde os DTs têm ordens de pressionar os colegas antes das reuniões para só darem positivas e passarem os alunos de qualquer maneira. Deve ser isto que chamam a cultura de excelência.
O secretário de Estado deve ter notado que a Finlândia, desde que adoptou as pedagogias que ele agora imita, não tem deixado de escorregar na escada... no entanto, tenho a certeza que o senhor não vai tirar daí nenhuma ilação.



PISA 2018. Desempenho dos alunos portugueses piora na leitura e nas ciências, estabiliza na matemática e mantêm-se acima da média da OCDE

A situação socioeconómica dos estudantes foi, mais uma vez, um fator com influência no desempenho dos alunos nas áreas da Leitura, Matemática e Ciências em Portugal. A conclusão é do Programa Internacional de Avaliação de Alunos (PISA) 2018, o estudo internacional trienal que avalia a literacia dos alunos de 15 anos de idade nestes três domínios.

Mais uma semana sem tratamento II




Não me vou chatear por causa desta m..... isso está decidido.
Não me vou chatear por causa dos merdosos que decidem estas barbaridades. Mas gostava que se fossem encher de pulgas e já agora que lhes tratassem as pulgas à paulada com um taco de baseball.

Mais uma semana sem tratamento




Afinal não há falta de medicamento, o que se passa é que a ADSE não paga, como eu suspeitava. Não interessa que desconte todo os meses, não pouco, para a ADSE, há mais de 30 anos. A ADSE não paga medicamentos que são de uso corrente em outros países porque o Infarmed não acha importante tratar os doentes com cancro com medicamentos que não nos matem. Ou melhor, é o Centeno que está-se nas tintas e deve mandar proibir porque o dinheiro, como se sabe, é para a banca e para os amigos; depois estes da ADSE aproveitam a desculpa para não pagar...

Outro dia li uma entrevista de um médico americano que chefia um centro de tratamento de doentes oncológicos. Dizia ele que agora, já havendo tratamentos de imunoterapia para o cancro, já se podia dizer que os tratamentos de quimioterapia para o cancro são o equivalente a tratar-se as pulgas dos cães com um taco de baseball e que felizmente esses tratamentos tinha os dias contados. Pois, não aqui no rectângulo onde o dinheiro é para outras coisas que não a saúde...

December 02, 2019

da sabedoria dos antigos




"Say to yourself

as Roman and as man,

to do what you must

with a perfect

and simple dignity,

with a feeling of freedom,

and affection, and justice,

and relieve yourself

from all other thoughts."


Marcus Aurelius

December 01, 2019

Um engenheiro dos novos currículos





Jornalistas dos novos currículos




1º de Dezembro, cerimónia da implantação da República??



Wynton Marsalis - Hummel Trumpet Concerto In Eb Major



Today’s Inforgraphic
































Philosophy Matters

Do livro do Dürer




Se o ser humano tivesse asas, que tremendo seria. É um dos grandes erros da Natureza, esse de termos as asas na imaginação e não as podermos usar. Imagine-se que tínhamos asas e que vinham em várias cores e tonalidades, como a cor do cabelo ou a cor dos olhos ou a cor das asas de Dürer. Imagine-se podermos voar e olhar a Terra com a distância dos sábios. Encher os céus com as cores das asas de Dürer. Voar por cima dos oceanos, das montanhas e das planícies imensas a aproveitar as correntes de ar.






























Anjo a subir a escada de Jacob que, segundo a Bíblia, é a escada por onde os anjos sobem e descem do céu. Detalhe da abadia de Bath, século XV. A abadia tem duas escadas, uma de cada lado da torre, com anjos a subi-las. Tão realista, o anjo.











niké, a vitória de samotrácia

Blue peace




Photo by David Mould

Hoje comemora-se a restauração da independência, esse feriado fracturante...




... que pôs fim a 60 anos de domínio espanhol, num sábado de 1640, dia 1 de Dezembro, no Terreiro do Paço, quando mataram o secretário de Estado, Miguel de Vasconcelos e prenderam Margarida de Sabóia, a duquesa de Mântua, prima de Filipe IV (III nosso) e vice-rainha de Portugal.

Foram 120 os conspiradores que, na manhã de 1 de Dezembro de 1640, invadiram o Paço da Ribeira, em Lisboa, para derrubar a dinastia espanhola que governava o país desde 1580. Miguel de Vasconcelos, que representava os interesses castelhanos, foi morto a tiro e atirado pela janela.

Foi do balcão do Paço que foi proclamada a coroação do Duque de Bragança, futuro D. João IV, e foi também dali que foi ordenado o cerco à guarnição militar do Castelo de S. Jorge e a apreensão dos navios espanhóis que se encontravam no porto. A restauração da independência só seria reconhecida pelos espanhóis 27 anos depois, com a assinatura do Tratado de Lisboa.

Impostos

A coisa começou com a revolta do Manuelinho. A revolta do Manuelinho, em 21 de Agosto de 1637, surge na sequência do anúncio de novos impostos. De cariz popular, estende-se ao Alentejo e Algarve, e só forças militares enviadas de Castela conseguem reprimir a vontade das populações.

O anúncio de novos impostos foi o rastilho da revolta que começou nas ruas e incendiou as casas de nobres e representantes da coroa espanhola na cidade. Os comunicados, emitidos por uma junta governativa nomeada pelo povo, são assinados pelo Manuelinho, um conhecido personagem, considerado louco, que vagueava pala cidade.

Évora entrou num sistema de autogoverno e a revolta estendeu-se a outros pontos do Alentejo e do Algarve, assumindo grande proporções. No ano seguinte, Filipe III de Portugal vê-se obrigado a enviar dois exércitos com um total de mais de 10 mil homens para subjugar as regiões revoltadas.

Registam-se intensos combates em algumas localidades e a repressão é forte. Vários líderes da revolta são capturados, julgados e mortos. Outros escapam e são condenados à revelia.

A revolta do Manuelinho, também conhecida como as Alterações de Évora, é apontada como o acontecimento que motivou a nobreza portuguesa a iniciar a conspiração que viria a resultar na declaração de independência de 1640.

Os nobres viam os seus cargos ocupados pelos espanhóis, tinham perdido privilégios, eram obrigados a alistar-se no exército castelhano e a suportar todas as despesas. Também eles empobreciam e era quase sempre desvalorizada a sua qualidade ou capacidade. A corte estava em Madrid e mesmo a principal gestão da governação do reino de Portugal, que era obrigatoriamente exigida de ser realizada in loco, era entregue a nobres castelhanos e não portugueses.

Estes últimos viram-se afastados da vida “palaciana” e acabaram por se retirar para a província, onde viviam nas suas casas senhoriais e solares, para poderem sobreviver com alguma dignidade imposta pela sua classe social.

Portugal, na prática, era como se fosse uma província espanhola, governada de longe. Os que ali viviam eram obrigados a pagar impostos que ajudavam a custear as despesas do Império Espanhol que também já estava em declínio. Na década de 1630, a corte de Madrid, nas suas tentativas de uniformizar os vários reinos da dinastia de forma a acentuar a sua integração, lançou um novo imposto “por fuego”, no que foi considerado uma violação dos acordos das Cortes de Tomar de 1581.

Foi então que um grupo de nobres e burgueses – cerca de 40 conjurados- começou a se reunir secretamente, procurando analisar a melhor forma de organizar uma revolta contra Filipe IV de Espanha (III de Portugal).

O palácio da Independência, adquirido em 1940 pela comunidade portuguesa do Brasil, foi o local onde se reuniram os conspiradores que derrubaram do trono Filipe III de Portugal colocando, no seu lugar, D. João IV.

As reuniões conspirativas, que juntavam 40 nobres, aconteciam num anexo do palácio, então conhecido como o palácio de Antão Vaz de Almada, nome de um dos principais conspiradores. O acesso a este espaço fazia-se por uma das mais movimentadas zonas de Lisboa daquela época, uma situação que serviu de cobertura às actividades secretas.

O facto de o local se encontrar paredes meias com o Colégio de Santo Antão, um local onde se encontravam jesuítas procurados para as confissões, também ajudou a encobrir as movimentações que conduziram à restauração da independência.





Palácio da independência, no Largo de S. Domingos, ao pé do Rossio.





A revolta da Catalunha, em 1640, alimentou a esperança de uma restauração bem sucedida. Com os castelhanos a enfrentarem revoltas em várias frentes, os portugueses conseguiram repelir ataques e construir uma estratégia de defesa para os 28 anos seguintes.

Os conjurados aproveitaram um momento de fraqueza da coroa de Castela para realizar o golpe que colocou no trono o duque e Bragança. Sem a revolta da Catalunha, que atraiu o grosso das tropas de Castela, não teria sido possível assegurar a construção ou o reforço das fortificações fronteiriças de Portugal que, nos 28 anos seguintes, iriam suster os diversos ataques levados a cabo por Filipe IV de Espanha.

Antão Vaz de Almada, fidalgo filho de Lourenço Soares de Almada e Francisca de Távora, foi um dos conjurados do 1º de Dezembro de 1640 que até patrocinou a realização no seu palácio de Lisboa, junto à Igreja de São Domingos, das últimas e decisivas reuniões dos conjurados e até é por alguns apontado como o líder do movimento. No 1º de Dezembro de 1640 participou no assalto ao Paço da Ribeira e a instâncias suas Miguel de Vasconcelos e a duquesa de Mântua capitularam e entregaram Lisboa aos revoltosos.

A Inglaterra  também lucra com a restauração

Em 1661, mais de 20 anos de guerra tinham deixado o país “exausto e as populações desesperadas, com a sobrecarga dos impostos, as contínuas levas de soldados, a falta de mantimentos e o cansaço dos espíritos” e a fome alastrava a várias zonas do país.

Nesse ano, havia notícias seguras de que Espanha estava a preparar uma grande invasão de Portugal. Para agravar a situação, muitos países, incluindo a Santa Sé, não tinham ainda reconhecido a nova situação portuguesa.

Portugal estava cada vez mais dependente do apoio de Inglaterra e negociou, por isso, um novo tratado confirmativo da velha aliança luso-britânica e o casamento da princesa Catarina de Bragança com o rei de Inglaterra, Carlos II, que ocorreu no ano seguinte.

A temida invasão espanhola veio a acontecer uns meses depois. Os espanhóis chegaram a tomar posse de Évora, mas a invasão acabou por ser repelida pelo nosso exército, com a preciosa ajuda de milhares de soldados ingleses. Nova grande invasão foi tentada em 1665, mas mais uma vez sem sucesso.

Espanha e Portugal acabaram por assinar um tratado de paz e a guerra terminou finalmente. Portugal tinha garantido a independência conquistada em 1/12/1640.

O casamento de Catarina de Bragança com o rei de Inglaterra, tendo sido fundamental para o futuro de Portugal, custou muito ao país. O dote da princesa incluía o pagamento, por Portugal, de dois milhões de cruzados, que custaram muito a reunir.

A rainha (Leonor de Gusmão) terá dado o exemplo, desfazendo-se das suas numerosas e valiosas jóias. Empenharam-se pratas, jóias e outros tesouros de conventos e igrejas portugueses. E durante dois anos foi necessário dobrar o pagamento das sisas.

Além dos dois milhões de cruzados, o dote da princesa Catarina incluiu ainda a transferência, para os ingleses, da posse de Tânger, em Marrocos, e de Bombaim, na Índia.

Foi precisamente com Bombaim, oferecida pelos portugueses, que os ingleses iniciaram a sua presença na Índia e aí construíram um grande império, que se manteve até à independência indiana e paquistanesa no século XX…

(vortexmag.net)


É bom lembrar que perdemos a independência porque a Coroa e os nobres esbanjaram todo o dinheiro das Descobertas e das Índias, em luxos e guerras inúteis, nunca tendo aproveitado para fazer reformas no país, puseram no trono incompetentes e abandonaram o povo à sua sorte e à desesperança. Depois, sem dinheiro, sem exército e sem líderes, foi fácil a Filipe de Espanha distribuir favores, dinheiro e promessas vãs a nobres em troca de um Império já muito débil.

Interessante é ver que nada aprendemos com a História. Lembramos menos e pouco comemoramos uma data que nos trouxe a independência que outras datas de menor impacto. Lembrar esta data também serve para lembrar os erros que nos fizeram perder a independência e como foi difícil, depois, restaurá-la e pagá-la.

I can definitely relate to this II




For I’d rather be thy child
And pupil, in the forest wild,
Than be the king of men elsewhere

—Henry David Thoreau


I can definitely relate to this





Citação deste dia






And finally, let’s take a look into the future. What will people think of our favourite tastes and eating habits in 50 or 100 years’ time?
“People will only eat lab-grown meat, so they will see this as a barbaric period: ‘They ate animals?’ Our descendants will be outraged at the aggressive way we factory-farm. In future, food will be tailor-made and optimised according to age, health and circumstances – a sort of medical food. But I do like eating meat, by the way.”