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December 05, 2023

Relatório PISA - tendência de performance em Portugal





Queda livre - estamos no nível mais baixos desde que entrámos nesta avaliação. Há um desinvestimento geral na educação. O ME que nos pôs aqui foi escolhido para liderar a organização na educação. 


Página 456 do 1.º Volume do Relatório de Pisa 2022



Em Portugal, os estudantes obtiveram 472 pontos a Matemática, ou seja, menos 20,6 pontos do que nas provas realizadas em 2018. Já em comparação com os resultados nas provas de 2012, desceram 14,6 pontos.
Portugal surge assim na lista dos 19 países que baixaram mais de 20 pontos a Matemática, sendo que as notas desceram entre os alunos mais carenciados, mas também entre os mais privilegiados.
Três em cada dez alunos não conseguiram demonstrar ter conhecimentos mínimos a Matemática, ou seja, não atingiram o nível dois numa escala de seis valores.
Apenas 7% dos estudantes portugueses se destacaram, atingindo os níveis de proficiência mais elevados (5 e 6) a Matemática, uma disciplina que voltou a ser dominada por seis países asiáticos.
Em Singapura, 41% dos estudantes demonstrou conhecimentos bastante elevados, assim como 32% dos estudantes de Taiwan.
Seguiram-se os alunos de Macau e China (29% com muito bons resultados), Hong Kong (27%), Japão (23%) e Coreia (23%).
A condição socioeconómica é um dos fatores que mais influencia os resultados académicos e, em Portugal, os estudantes portugueses de famílias mais privilegiadas tiveram uma pontuação média de 522 pontos, ou seja, 101 pontos acima da média dos alunos mais carenciados.
Apesar de o PISA de 2022 estar mais focado no retrato dos conhecimentos a Matemática, também foi feita uma prova de Leitura e, mais uma vez, os resultados médios pioraram: Os estudantes portugueses obtiveram 477 pontos, o que representa uma descida de 15,2 pontos em relação a 2018 e de 12,8 pontos face a 2012.
No texto introdutório do relatório, Mathias Cornmann alertou que “um em cada quatro jovens de 15 anos é atualmente considerado como tendo um fraco desempenho em Matemática, Leitura e Ciências, em média, nos países da OCDE”.


February 16, 2022

Acerca dos resultados do PISA

 


Escrevi isto em Dezembro de 2016. Parece-me que tinha razão. Não me consola nada, dado o calibre de malfeitorias do governo PS desde então.


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Acerca dos resultados do PISA

por beatriz j a, em 06.12.16

 

Estamos todos satisfeitos com estes resultados como é evidente. No entanto, não partilho da euforia que para aí vai nem tenho a certeza, como outros parecem ter, das razões destes resultados se deverem a ministros que só fizeram asneiras. De modo que, gostava de ver uma interpretação dos resultados abrangente, contextualizada e inteligente e não apenas uma comparação entre anos e países descontextualizada e com dados brutos.


Não acredito na razão dos bons resultados se deverem a exigência de exames defendida pelos Cratinos porque sei o que isso fez e como isso se fez nas escolas, como não acredito nas razões deste ministro acerca de ter que ver com o programa do PS plasmar os princípios da OCDE para a educação. E não acredito porque sei, como milhares de nós sabemos o que se passou e passa dentro das escolas e como as coisas funcionam...


Gostava de saber, por exemplo:

1. se não acontece nestas descidas e subidas dos países, o que se passa com a economia: a ideia segundo a qual os alunos têm que progredir constantemente é uma ilusão idêntica à ilusão de se pensar que as economias crescem continuamente. Há curvas de progresso que têm picos a partir dos quais se desce. Os países do Norte da Europa e outros que começaram a alfabetização e a universalização do ensino antes de nós podem ter atingido um pico e estarem agora na curva descendente enquanto Portugal, tendo começado esse caminho muito mais tarde, levou mais tempo a apanhar os outros mas agora está na curva ascendente e eles na descendente. Não sei se isto que estou a dizer é verdade mas sei que é uma possibilidade e gostava de vê-la ponderada.


2. não sei se a melhoria das nossas condições de vida no pós-25 de Abril, só por si, não explica esta subida continua que temos tido até chegarmos a estes resultados. Neste caso, seria uma determinação das condições económicas alheia a exames ou outro planos que agora se dizem serem razões. Não sei se isto que estou a dizer é verdade mas sei que é uma possibilidade e gostava de vê-la ponderada.


3. não sei se não teríamos evoluído muito mais rapidamente sem as políticas destrutivas da Lurdes Rodrigues e do Crato. Estou convencida que sim apesar do Plano de Leitura e das escolas TEIP e de outras medidas. Portanto, talvez estes bons resultados não sejam bons, mas os menos maus. Mais uma vez, não sei se isto que estou a dizer é verdade mas sei que é uma possibilidade e gostava de vê-la ponderada.


O que quero dizer é que no universo da educação fala-se muito, nomeadamente ministros, ex-ministros e outros (presidentes disto e daquilo, directores, etc.): todos se congratulam e tanto têm discursos catastróficos (hoje o ministro acerca dos chumbos, sendo que não mexe um átomo do que tinha que ser mexido para fazer prevenção ao insucesso) como de delírio apoteótico mas ninguém olha profundamente as razões e as causas das coisas, de modo que acontece muitas vezes acertar-se e os resultados serem bons mas depois a seguir vem o oposto e fica tudo desconcertado por perceber que afinal o progresso não tinha ciência nem era certo.

Era só isso que gostava de ver modificado e enquanto não for, não consigo engolir estes delirium tremens nacionais.


(Reparei que o relatório refere que em Portugal não se permite autonomia aos professores, apesar de estar na Constituição, e que isso é referido como uma falha com consequências graves. Concordo)

PISA 2015: alunos portugueses ficaram pela primeira vez acima da média da OCDE

"Portugal é dos poucos países membros da OCDE onde se tem observado uma tendência de melhoria contínua nos resultados. A Finlândia, por exemplo, tem manifestado a tendência inversa ”, frisa investigador que coordenou a participação portuguesa na avaliação internacional.

Passos Coelho pede a ministro da Educação que reflicta sobre bons resultados dos alunos

December 06, 2019

Parece que a Suécia melhorou no PISA porque manipulou os resultados




... subtraiu os resultados dos 11% piores, para esconder o facto dos imigrantes/refugiados que entraram no país nos últimos anos terem feito baixar a média de resultados. O sistema de ensino sueco está concebido para suecos, quer dizer, alunos de famílias com boas condições sociais e não para pobres que não dominam bem a língua.


According to the newly-published results of the Programme for International Student Assessment (PISA), which tests 15-year-olds' scholastic success in reading, mathematics and science in 79 countries around the globe, Sweden has upped its performance from “well below average” to “above average”.
...


The test results of wholly 11.1 percent of Sweden's 15-year-old were removed from the survey, up from 5.7 in 2016 and the highest of all the 79 participant countries who have an average percentage of exclusions of 4.0 percent. Admittedly, poor language skills due to immigration are the main reason for it.
“There is reason to believe that the increased rate of exclusion between 2015 and 2018 is mainly due to an increased proportion of students with limited command of the Swedish language. This is due to the migration flows that caused the great refugee crisis in 2015 and which is visible in the statistics of new arrivals in Swedish schools”, the Swedish National Agency for Education wrote in its report.
The report authors noted that Sweden stressed that foreign-background pupils, whose share has increased due to high immigration, tend to perform worse than students born in Sweden.
“Since foreign-born pupils with a foreign background tend to average lower results, an increased proportion will have a negative impact on the national average,” the report said.
Without the demographic change, the positive education trend could have been much more pronounced, national broadcaster SVT reported.
The idea that Sweden may have been doctoring its records to make them look better sparked outrage.
“The former alliance parties love to take the honour for Sweden moving up a little in the PISA survey. Do you also take credit for the fact that 11% of Sweden's 15-year-olds do not master the Swedish language? The National Agency for Education says it depends on the large immigration”, journalist Mira Aksoy tweeted.
“According to PISA's own rules, a maximum of 5% of the students may be excluded from the survey. How Sweden has managed to exempt 11% should be a matter for journalists to investigate,” advocate and Moderate Party politician Henrik Sundström tweeted.
fonte 

December 03, 2019

No teste do PISA continuamos acima da média da OCDE




Só faço notar duas coisas:

1. Os professores que puseram estes alunos a ter bons resultados neste teste e nos anteriores fomos nós, os tais professores com mais de 50 anos de quem se diz que resistem à mudança, que estão desfasados da realidade, que não sabem trabalhar, que não sabem dar aulas e tal e tal....

2. O factor que mais influenciou os maus resultados dos alunos é a sua situação socioeconómica, coisa que nenhum professor pode resolver. É trabalho dos políticos mas não o sabem fazer e como não o sabem fazer culpam os professores dos chumbos e mandam passar todos de qualquer maneira.

Só mais uma coisinha: o ministro saiu da hibernação para dizer mal do anterior. É só o que ele sabe fazer: destruir e ser contra que é uma coisa que não percebo e muito menos num ministro da educação. Resta ver o resultado das políticas destrutivas que está a implementar, ou melhor, o secretário de Estado porque ele é mais de estar na boa e não se chatear.
O Crato, de quem não gostava porque estava no exagero oposto ao destes, pelo menos tinha respeito pelos alunos e não os tratava como atrasados em quem não vale a pena apostar e é melhor passar de qualquer maneira.
Agora a avaliação das escolas tem como critério a inclusão, que é o mesmo que dizer, vão ser avaliadas pelo número de passagens e de chumbos. Já há escolas onde os DTs têm ordens de pressionar os colegas antes das reuniões para só darem positivas e passarem os alunos de qualquer maneira. Deve ser isto que chamam a cultura de excelência.
O secretário de Estado deve ter notado que a Finlândia, desde que adoptou as pedagogias que ele agora imita, não tem deixado de escorregar na escada... no entanto, tenho a certeza que o senhor não vai tirar daí nenhuma ilação.



PISA 2018. Desempenho dos alunos portugueses piora na leitura e nas ciências, estabiliza na matemática e mantêm-se acima da média da OCDE

A situação socioeconómica dos estudantes foi, mais uma vez, um fator com influência no desempenho dos alunos nas áreas da Leitura, Matemática e Ciências em Portugal. A conclusão é do Programa Internacional de Avaliação de Alunos (PISA) 2018, o estudo internacional trienal que avalia a literacia dos alunos de 15 anos de idade nestes três domínios.