March 08, 2020

The log - uma pequena história da natureza




Quando recebemos uma mensagem no telemóvel em caracteres chineses...



... fiquei logo em alerta: que é isto?! É o Coronavirus a enviar-me mensagens directamente da China?? Não 🙂 Afinal é só uma mensagem daqueles sites de músicos que sigo no youtube no twitter e que me enviam sugestões de vídeos de performances. Livra 🙂



Este canal tem sempre música boa :) aqui gosto, sobretudo, da interpretação de J.S.Bach / 2º movimento do Concerto para 2 violinos que começa aos 8 minutos e 55 e dura, mais ou menos, 15 minutos.


da minha janela - entardece















Sr. Costa, se quer fazer alguma coisa em vez de dizer frases ocas de FB pague-nos os anos que trabalhámos



A nossa é uma profissão, sobretudo, de mulheres e, fazendo o que a lei manda, melhora logo a condição das mulheres em números de milhares, seu grandessíssimo hipócrita.

"Batalha pela igualdade é permanente e nunca está definitivamente ganha"



A dança é a criação de esculturas, visíveis por momentos (prol ozan)






A ausência de uma mulher






















The Empty Chair by Charles Spencelayh (British, 1865-1958)

Deixem-nas ser



















dionisio punk

Right



" Não há portanto [...] no âmbito da cidade qualquer ocupação própria da mulher porque é mulher, nem do homem, porque é um homem, mas porque as habilidades naturais são igualmente disseminadas em ambas estas formas de vida, segundo a natureza a Mulher participa de todas as profissões. 

Platão, "República"


Verdes do mercado de Setúbal



Se o fenótipo de uma pessoa fosse sensível aos legumes que ela come eu andava com cara de fava ou de feijão-verde, tal é a quantidade destas coisas que ando a comer.
Hoje, no mercado, havia uma enorme fila de gente -quase tudo homens- na florista e o PS andava a dar orquídeas às mulheres. É simpático mas eu preferia que me devolvessem os anos de trabalho roubados porque isso é que melhora a minha vida e não murcha daqui a três dias.


Artemisia Gentileschi

Self-portrait as a Female Martyr,” ca. 1615 (Photo: Wikimedia Commons Public Domain)

Self-Portrait as Saint Catherine of Alexandria. C 1616


Artemisia Gentileschi Self-Portrait
“Self-Portrait as the Allegory of Painting,” 1638-1639 (Photo: Wikimedia Commons Public Domain)


Maria Madalena em êxtase 


Laura Knight



Laura Knight, On the Cliffs, 1917


Erika Giovanna Klien



Diving Bird, 1939, oil on canvas


7 mulheres



Lisboa, foto do ano de 1917.
Grupo de senhoras dedicaram-se à venda da flor; uma iniciativa da escritora Genoveva de Lima Mayer Ulrich (1886-1963), a favor das vítimas da Primeira Guerra Mundial (1914-1918).
Foto de Joshua Benoliel, in AMl. (José Lúcio Viola)

Reparo que as senhoras mais velhas ainda têm chapéus mais ao gosto da Belle Époque, grandes e com adornos e as raparigas mais novas já usam chapéus ao gosto da Côco Chanel que iniciou uma moda mais simples.


José Lúcio ViolaLisboa Antiga

Paula Rego, 'Possessão'



pormenor (este pormenor da pintura fala tanto )


Anna Komnene




Anna Komnene (1 de Dezembro de 1083 - c.1153) ou latinizando o nome, Ana Comnena, considerada a primeira mulher historiadora. 
Era uma princesa bizantina que escreveu “Alexíada”, a história política e militar do reino de seu pai Aleixo I Comneno (1056-1118). Ana, uma erudita e gestora hospitalar (o seu pai e imperador entregou-lhe a administração do hospital e orfanato que mandara construir e onde Ana ensinava medicina), aprendeu com os seus tutores ciências como astronomia, assuntos militares, medicina, geografia, matemática e também a língua grega, teologia, história, retórica e literatura (consta que leu a Odisseia em segredo pois os seus pais consideravam o politeísmo perigoso). 
Esta filha do imperador Aleixo I e da princesa Irene Ducena (1066-1133), era especialmente devotada à filosofia que considerava a rainha de todas as ciências.
Ana, sendo a mais velha dos filhos do imperador, na infância foi prometida ao filho do Imperador Miguel VII e considerada a herdeira do trono de seu pai mas o nascimento de um varão, o seu irmão João, e a morte do seu noivo pôs um fim a estes planos. No entanto, embora o seu irmão tivesse realmente sucedido a seu pai Aleixo no trono, a sua mãe Irene sempre apoiou e preferiu a sua filha Ana que considerava mais capaz, o que provavelmente é um caso único na História da Idade Média.
Os 15 volumes da Alexíada são a obra dos seus últimos anos, que escreveu já exilada no mosteiro de Kekaritomene que tinha sido fundado por sua mãe. Dão-nos uma visão da chegada a Constantinopla dos primeiros Cruzados vista pelo lado bizantino. Aliás a Primeira Cruzada foi formada, entre outras razões, a pedido de Aleixo I ao Papa Urbano II, pois o Imperador desejava o apoio do Ocidente. Não contava é com os enormes contingentes de Cruzados que foram chegando.
Ana Comnena, muito considerada entre os seus contemporâneos, mantinha no mosteiro reuniões de intelectuais, nomeadamente as dedicadas a estudos aristotélicos. 
Nos seus escritos, fez questão de declarar a forma como reuniu as suas fontes: pequenos escritos sem pretensões literárias, velhos soldados que tinham lutado nas campanhas do Imperador, o que ouvira contar ao seu pai e aos seus tios e, como notaram os eruditos, Ana também usou os arquivos imperiais, tendo assim acesso a documentos oficiais. 
A preocupação com o apuramento da veracidade dos factos políticos e militares juntamente com a perspectiva pessoal (a defesa de seu pai e trechos descrevendo a vida familiar) colocam a talentosa e sábia Ana Comnena num elevado patamar da História Medieval.

Helena Santos da Cunha, nós e a história

5 mulheres