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October 09, 2024

O maior pesadelo de Putin

 


May 09, 2024

Hoje é o dia da Europa

 

April 19, 2024

A Ucrânia não tem meios de defesa aérea e os russos aproveitam para matar famílias inteiras

 

Biden, onde estão as promessas de armas de defesa? 


April 14, 2024

A Europa tem de se unir e reconstruir as defesas e não esperar pelos EUA

 


E há pressa nisso. Se Trump ganhar a eleição penso que a democracia americana não sobrevive a esses 4 anos de destruição. No primeiro mandato de Trump ele era ainda inexperiente nos métodos, nos processos e no exercício do poder, mas aprendeu e tornou-se ganancioso e se for para lá outra vez vai dedicar-se , primeiro à vingança e depois ao roubo de uma maneira sistemática e destruidora. E ele segue Putin na ideia de enfraquecer a UE. Ele pensa que uma Europa fraca é bom para os EUA. De maneira que a Europa tem de se unir e reconstruir as defesas e não esperar pelos EUA. Estou convencida que a Ucrânia vai ganhar esta guerra, justamente porque estão unidos e determinados. A Europa tem de estar assim, também.
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The Netherlands has allocated an additional one billion euros ($1.1 billion) in military aid and 400 million euros ($425 million) for reconstruction. 
The Netherlands has also spearheading the fighter jet coalition and pledging to deliver 24 F-16 jets to Ukraine. 
Thank you, The Netherlands!

    - Jake Broe



March 23, 2024

Charles Michel - The EU is not afraid of Russia

 

(minus Scholz)


December 20, 2023

UE chega a acordo histórico sobre migração



UE chega a acordo histórico sobre migração

Os negociadores trabalham durante toda a noite para chegar a acordo sobre a revisão dos procedimentos de asilo da UE.

BY EDDY WAX, GREGORIO SORGI AND NICOLAS CAMUT


BRUXELAS - Na quarta-feira, a União Europeia quebrou anos de impasse político ao chegar a um acordo que irá alterar significativamente a forma como o bloco processa os migrantes, os desloca entre os países da UE e facilita efetivamente o afastamento dos requerentes de asilo rejeitados.

A Presidente do PE, Roberta Metsola, saudou o acordo como histórico. O acordo surge após anos de tentativas falhadas, com regulamentos que visam equilibrar as preocupações tanto dos países fronteiriços, que querem ajuda para lidar com os requerentes de asilo, como dos países do interior, que argumentam que demasiados migrantes estão a chegar a um país da UE e depois a passar para outros.

Nos termos do acordo, que é preliminar e ainda tem de ser formalmente ratificado pelo Parlamento Europeu e pelo Conselho, os países da linha da frente do Sul da Europa instituirão um procedimento de asilo mais rigoroso nas suas fronteiras externas à UE e terão mais poderes para afastar os requerentes de asilo rejeitados. Os países do interior terão a possibilidade de escolher entre aceitar um determinado número de migrantes ou contribuir para um fundo comum da UE.


Em declarações aos jornalistas em Bruxelas, na manhã de quarta-feira, Metsola reconheceu que o pacto "não é um pacote perfeito" e negou que reflicta as propostas da extrema-direita, argumentando que se trata de um compromisso político alcançado entre partidos centristas.

A agência de fronteiras da UE, Frontex, disse este mês que houve mais chegadas sem documentos ao bloco este ano do que em qualquer ano desde 2015, mais de um milhão de migrantes e refugiados chegaram às fronteiras da UE, muitos fugindo das guerras na Síria, Iraque e Afeganistão. Em 2022, quase um milhão de pessoas pediram asilo na Europa.

"A migração foi a principal preocupação levantada pelos cidadãos de toda a União nas eleições [de] 2019", disse Metsola. "Entregar este pacote antes do final do ano é um enorme sucesso para o centro pró-europeu construtivo antes do início de um ano eleitoral na Europa."

"Significa que os europeus decidirão quem vem para a UE e quem pode ficar, e não os contrabandistas. Significa proteger aqueles que precisam", afirmou von der Leyen numa declaração.

O primeiro-ministro neerlandês, Mark Rutte, elogiou igualmente o acordo como "um grande avanço": "Este acordo vai dar-nos mais controlo sobre a migração, por exemplo, através de procedimentos de asilo melhores e mais rápidos nas fronteiras externas da UE".

O eurodeputado sueco Tomas Tobé (Grupo do Partido Popular Europeu e dos Democratas Europeus), principal negociador do Parlamento Europeu num dos dossiês sobre migração, afirmou que "as novas regras vão permitir-nos controlar melhor a migração": "As novas regras vão permitir-nos recuperar o controlo sobre as nossas fronteiras externas e reduzir a pressão migratória para a UE", acrescentou, acrescentando: "Temos sido uma força construtiva e unificadora ao longo das negociações".


(a França aprovou ontem legislação que reforça os direitos e a integração dos imigrantes legalizados e aperta o controlo dos imigrantes ilegais)

December 15, 2023

Coisas boas

 


December 14, 2023

A UE tem uma líder com muita categoria

 


E os EUA têm um Presidente com a cabeça no lugar e coragem para enfrentar as adversidades. Uma pena que não seja uns anos mais novo para poder voltar a concorrer. Deus nos livre que vá lá parar um Trump.


October 14, 2023

Não sei quem espera que von der Leyen, sendo alemã, não apoie a defesa e a sobrevivência dos israelitas...

 


Desde quando a presidente da Comissão Europeia declarar o seu apoio à sobrevivência e direito à defesa de Israel é uma atentado aos valores ou instituições europeias? Ouvi a conferência dela com Netanyahu em Israel, depois de ter visitado alguns dos sítios dos massacres do Hamas. Não houve ali nenhum apoio a invasões, o que houve foi um declaração de solidariedade com os israelitas enquanto vítimas de um ataque terrorista completamente bárbaro, ao modo do Daesch. O Hamas, antes de raptar bebés e crianças, fez coisas como, matar crianças em frente dos pais, disparando na cara das crianças para os pais verem rebentar a cabeça dos filhos e matar os pais em frente das crianças antes de as levarem como reféns. 

Não sei quem espera que von der Leyen, sendo alemã, não apoie a defesa e a sobrevivência dos israelitas, nomeadamente destas barbaridades que lembram outras... Pois eu penso que ela teve muita coragem e dignidade em ir lá e ouvir os casos de israelitas mortos ao modo dos nazis ou de sobreviventes do Holocausto que foram agora raptados e/ou mortos, por exemplo.

Não é como se o PE e a Europa tivessem apoiado o Hamas e condenado Israel e ela tivesse ido lá contra a vontade da UE, como desafio. Além disso, von der Leyen não é uma política cobarde que fica no seu canto a fazer declarações vazias e abstractas a favor de uma paz vaga, de preferência feita por outros que não a comprometam de modo nenhum. Pelo contrário, é uma política que não tem medo de dizer o que pensa e de agir quando é necessário. 

Ursula von der Leyen tem, quanto a mim, muita categoria, enquanto pessoa e enquanto política e inspira-me respeito, ao contrário dos que a antecederam, justamente porque fala consequentemente e age de acordo com as suas palavras - e geralmente acerta no que faz. Tem recuperado muito a credibilidade da UE que andava pelas ruas da amargura com quem lá esteve antes - de quantos políticos podemos dizer isto?


October 11, 2023

Quando temos orgulho em fazer parte da UE

 

É perfeitamente possível ser a favor dos direitos dos palestinianos e completamente implacável contra o Hamas e as suas acções terroristas. Do mesmo modo podemos criticar as políticas recentes de Israel relativamente à Palestina e, ao mesmo tempo, sermos completamente solidários com Israel na defesa dos seus cidadãos, vítimas de actos de barbárie terrorista. Não há nenhuma contradição nisto porque o recurso ao terrorismo é injustificável e temos de ser sempre a favor das vítimas de terrorismo e não dos seus algozes.


September 30, 2023

"Plus large l'Europe, plus pauvre la France"

 


É preciso lidar com esta preocupação dos países europeus, porque é real -a Polónia já começou a mostrá-la de maneira mais agressiva- e se não for preparada depois dá mau resultado: lutas internas e auto-sabotagens. Quanto mais bocas há para comer menos porções sobram para cada um, é inevitável. Esse costumava ser o ponto forte das democracias da Europa, nomeadamente as do Norte, face aos EUA, por exemplo, que é a consciência de que todos têm que contribuir para o bolo e, para que a vida seja agradável para todos, é preciso sacrificar a ganância do excesso de lucro que desequilibra e abre cisões na sociedade. O alargamento da UE a todos esses novos países têm de implicar uma aposta nos valores europeus de contribuição e equidade e ser muito bem pensada, económica e politicamente, porque todos os países têm os seus interesses e ninguém quer ficar para trás.


Quanto maior a Europa, mais pobre a França

Natacha Polony

Porquê falar disto quando a inflação está a corroer a França e há pessoas que estão a ficar sem refeições? O alargamento da União Europeia, as regras da maioria qualificada, as birras da Polónia... estamos muito longe das preocupações dos franceses. O que lhes interessa é o poder de compra. É verdade. Mas o papel do jornalista não é apenas relatar factos e informações, mas também trazê-los à luz do dia quando ninguém está interessado e, sobretudo, relacioná-los e classificá-los quando os defensores do sistema em vigor os descartam com um oportuno "isso não tem nada a ver".

Como é que o relatório franco-alemão sobre o alargamento europeu, publicado a 19 de setembro, nos afecta concretamente? Há vários meses que as elites europeias, lideradas por Ursula von der Leyen e Charles Michel, defendem o alargamento da União. 
As próximas cimeiras, em Outubro e Dezembro, serão consagradas a esta questão. Um alargamento aos "Balcãs Ocidentais" (Bósnia-Herzegovina, Sérvia, Montenegro, Albânia, Macedónia do Norte, enquanto se aguarda o Kosovo, candidato não oficial), evocado por Emmanuel Macron durante a campanha presidencial, mas também à Ucrânia, à Moldávia e, talvez, a prazo, à Geórgia, o que começa a ser muito mais do que a Europa dos 30 ou 32 que nos é apresentada atualmente.

Uma rápida recordação: em 2004, aquando do anterior alargamento a Leste, metade das regiões francesas tinha um PIB superior ao PIB médio europeu. Atualmente, este é apenas o caso da Ilha de França. Como é que se explica este empobrecimento? 
Na semana passada, recordámos que o salário médio na Ucrânia é oito vezes inferior ao da França. Antes de a Rússia invadir o país, a primeira consequência da integração económica e jurídica da Ucrânia na União Europeia foi o afluxo de trabalhadores ucranianos à Polónia. 
A mão de obra de baixo custo era abundante nas fábricas e nos complexos agrícolas que, por sua vez, eram fruto do investimento alemão. É essa a diferença entre a Alemanha e a França. A Alemanha soube tirar partido do alargamento, recuperando, sob a forma de ajuda ao investimento nos países da Europa de Leste, o que pagava à União sob a forma de contribuição para o orçamento comum. A França nunca foi capaz de ajudar as suas PME neste labirinto administrativo e nesta selva jurídica.

UMA ESCOLHA CONSCIENTE DOS DIRIGENTES FRANCESES 

Outro exemplo da incapacidade crónica da França para proteger os seus cidadãos é o facto de não termos feito nada contra a inundação de produtos agrícolas ucranianos. A Polónia, pelo contrário, ameaça suspender o fornecimento de armas. Podemos achar isto deselegante (tal como os meios de comunicação social, que consideravam a mesma Polónia admirável quando queria ser o adversário número um da Rússia), mas a causa é perfeitamente compreensível. 
A União Europeia aboliu todos os direitos aduaneiros sobre os produtos agrícolas ucranianos. Não apenas os frangos, mas também o trigo e o açúcar. As importações de açúcar ucraniano para a Europa aumentaram 1,100% num ano. As importações de trigo mais do que duplicaram. A Polónia decidiu, portanto, recusar essas importações para proteger a sua agricultura. A França não se dignou a fazer o mesmo. Para aparecerem como os bons alunos nesta farsa, os franceses estão dispostos a destruir todos os seus activos, como Emmanuel Macron acaba de provar mais uma vez em relação à transição ecológica. 

Como o nosso jornalista Sébastien Grob demonstrou, o cálculo do bónus que é suposto evitar subsidiar os carros chineses funciona como se a eletricidade utilizada emitisse a mesma quantidade de CO2 em todos os países europeus. A França opta assim por se privar de uma vantagem conferida pela sua eletricidade nuclear para não parecer que está a praticar protecionismo em relação aos seus parceiros europeus. Uma lástima!

O relatório franco-alemão sobre o alargamento e a reorganização que ele prefigura não passam de mais uma etapa. Com o pretexto de flexibilizar a futura Europa a 30, 32 ou 35, a França e a Alemanha dariam generosamente mais peso aos "pequenos países" e abandonariam a ideia de um Comissário por Estado. 

Mas o mais preocupante é a passagem à maioria qualificada em domínios onde, até agora, a unanimidade era a regra. É certo que o relatório é vago em matéria de política externa, mas sabemos que está na mira dos alemães, que exigem há meses que a França deixe de poder fazer ouvir a sua voz única. Podemos ver as consequências a tomarem forma e são bem reais. 
Mais dumping social, mais desindustrialização discreta, mais empobrecimento da França. Mais burocracia e mais camadas de legislação, afastando ainda mais os cidadãos dos centros de decisão. Com o pretexto da eficácia, cada vez menos democracia. 
E a Europa reduzida a um espaço de livre circulação de pessoas, capitais e mercadorias, uma vasta máquina de gestão despojada de qualquer identidade cultural e peso geopolítico. Mas esta é claramente uma escolha dos dirigentes franceses. Apenas se esqueceram de informar a opinião pública.

September 13, 2023

O estado da UE

 


Pela Presidente da Comissão. Esta mulher tem feito um bom trabalho, o que é refrescante tendo em conta a qualidade da maioria dos políticos e, em particular, os dois que a precederam, que eram eram menos homens da União e mais pessoas dos lobbies que vampiram a União.


June 30, 2023

Na minha modesta opinião, Borrell e Scholz são uma desgraça de políticos




O primeiro é tolo, o segundo é uma barata tonta a mando do partido. Desde quando é que um Putin fraco é um perigo? Mas ele não vê o que um Putin forte tem feito a toda a Europa a leste e ainda em África: guerra, expansão imperialista, assassinatos, morte de civis, destruição de povos e da sua cultura, tortura, roubo de crianças. Estes são os homens escolhidos por Putin para parceiros, chefes do exército, milícias da sua confiança... 
Borrell tem medo de uma Rússia nuclear no caos? Devia estar a pensar em como resolver o problema das armas nucleares no planeta em vez de almejar que um egomaníco sociopata rodeado de ladrões e assassinos se perpetue no poder. 

O motim dos mercenários mostrou, a quem dentro da Rússia quer mudar o destino do país, não só que é possível, mas que é relativamente fácil, se tiver parte do exército consigo. Como vimos, ninguém se opõe e o povo aplaude. 

E Scholz diz que o objectivo não é a mudança de regime? Claro que é. Uma coisa é não nos envolvermos nessa mudança e dizer que ela tem de ser feita pelos próprios russos, outra é dizer, como estes tolos, que queremos um Putin forte.

Desde quando a mudança de poder num regime ditatorial pode fazer-se sem algum caos e sobressalto? E desde quando advogamos o apoio a regimes ditatoriais e fascistas com medo da mudança de poder? Que fazem estes dois nos cargos? São funcionários da manutenção?

Quem vive na fronteira com a Rússia e tem levado com o Putin forte, sabe muito bem que quer um Putin fraco.

Na minha modesta opinião, Borrell e Scholz são uma desgraça de políticos, dois tolos, e como têm muito poder, sobretudo o segundo, são uma desgraça para nós também.

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Responsáveis da União Europeia alertaram para o facto de a Rússia se ter tornado mais perigosa na sequência do curto motim da força mercenária Wagner, que revelou que o Presidente Vladimir Putin era politicamente mais fraco do que se pensava.

"Um Putin mais fraco é um perigo maior", disse o chefe da política externa da UE, Josep Borrell, à chegada à reunião de quinta-feira.

O chanceler alemão Olaf Scholz afirmou que "uma mudança de regime na Rússia" não é um objetivo nosso.

No entanto, o Presidente ucraniano, Volodymyr Zelenskyy, que discursou na cimeira da UE de quinta-feira através de uma ligação vídeo, tinha uma mensagem direta para aqueles que afirmavam que um Putin enfraquecido o tornaria mais imprevisível e perigoso.

"Estamos a ver a sua fraqueza, de que tanto precisamos", disse Zelenskyy.

"Quanto mais fraca for a Rússia, e quanto mais os seus chefes temerem motins e revoltas, mais recearão irritar-nos. A fraqueza da Rússia torná-la-á segura para os outros, e a sua derrota resolverá o problema desta guerra", disse.

O Presidente da Lituânia, Gitanas Nauseda, um dos vários países da UE que fazem fronteira com a Rússia, insistiu que o caos provocado pelo motim de Wagner era mais uma razão para adotar uma postura firme em relação a Putin.

Há quem diga "que um Putin forte é menos perigoso do que um Putin fraco. Não concordo com isso. Temos de avançar e ser decisivos porque este é um momento crucial da história", afirmou Nauseda.

April 13, 2023

Este artigo resume muito bem a situação política dos EUA



Este ambiente de guerrilha civil adivinhou-se logo com a eleição de Trump. Biden tem sido uma bolsa de ar e na Europa, von der Leyen tem sido também uma bolsa de ar. É preciso aproveitar estas pessoas enquanto lá estão e preparar-se o futuro porque não se sabe o que virá a seguir, num caso e noutro.
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Tennessee, um espelho do declínio da democracia na América


Patrick Siegler-Lathrop13 Abril 2023

Os Estados Unidos estão profundamente e cada vez mais politicamente divididos, evidenciando fraturas perfeitamente delineadas: conservador rural versus liberal urbano, branco conservador versus mais liberal diversificado, conservadores religiosos versus liberais menos religiosos, liberais educados e conservadores menos educados, e geograficamente, com estados conservadores concentrados no centro do país, particularmente no Sul e no Oeste e estados liberais no Nordeste e na Costa Oeste. A divisão tem vindo a crescer, pois os dois lados estão cada vez mais extremados e mais hostis um em relação ao outro.

O Tennessee é um exemplo típico de um estado encarnado do Sul. Em comparação com o país como um todo é mais branco, (78,2% contra 75,8%), menos latino (6,1% contra 18,9%) mas mais negro (17,0% contra 13,6%), mais rural (33,8% contra 19,9%), mais religioso, com 81% de cristãos (70,6% para os EUA), sendo mais do dobro de evangélicos, 52% contra 25,4% para todo o país, e tem um nível médio de escolaridade mais baixo com 29% de 25+ anos idade com bacharelato ou grau superior, em comparação com 33,7% para todo o país.

Perante estes números, podemos facilmente perceber que o Tennessee é encarnado, votou nos Republicanos em todas as eleições presidenciais desde 1994. Nas eleições presidenciais de 2020, 60,7% votaram em Trump e 37,5% em Biden. Da maneira como funciona o sistema eleitoral dos EUA, quando um partido é dominante num estado, a proporção de representantes eleitos que representam esse partido é muito maior do que o peso do seu eleitorado. Embora quase 40% dos eleitores no Tennessee votem nos Democratas, 8 dos 9 membros (89%) que representam o Tennessee na Câmara dos Representantes dos EUA são Republicanos, assim como os Senadores e o Governador, e no Senado do estado do Tennessee 27 dos 33 (82%) e na Câmara dos Deputados do estado 75 de 99 (76%) são Republicanos.

Porquê essa desproporção? Duas razões principais. Normalmente, a Câmara dos Representantes dum estado sorteia os distritos eleitorais para as eleições nacionais e, se esse órgão for dominado por um partido, definirá os distritos num processo chamado Gerrymandering que favorecerá esse partido (essa prática aplica-se aos estados encarnados e azuis). Além disso, como os eleitores Democratas tendem a concentrar-se nos centros urbanos, é fácil em estados controlados pelos Republicanos reagrupar uma proporção muito alta de eleitores Democratas num pequeno número de distritos, deixando o restante dos distritos estaduais desequilibrados em favor dos Republicanos.

September 24, 2022

A Sérvia está a caminho da UE??

 


August 20, 2022

"A guerra na Ucrânia também revelou a verdade sobre a Europa"





Mateusz Morawiecki, Primeiro-ministro polaco: "A guerra na Ucrânia também revelou a verdade sobre a Europa


A UE-27 tem-se recusado a ouvir os avisos sobre a ameaça russa durante anos, afirmou, denunciando a "oligarquia de facto" exercida por Paris e Berlim sobre a União.

A guerra na Ucrânia trouxe à luz a verdade sobre a Rússia. Aqueles que não queriam ver que o Estado de Putin tem tendências imperialistas devem enfrentar os factos: na Rússia, os demónios dos séculos XIX e XX foram reavivados: nacionalismo, colonialismo e um totalitarismo cada vez mais visível. 
Mas a guerra na Ucrânia também revelou a verdade sobre a Europa. Muitos líderes europeus tinham sido seduzidos por Vladimir Putin. Agora estão em estado de choque.

O regresso do imperialismo russo não nos deve surpreender. A Europa viu-se na situação actual não por estar insuficientemente integrada, mas porque se recusou a ouvir a voz da verdade. Esta voz era ouvida na Polónia há muitos anos.
Esta ignorância da voz polaca é uma ilustração do problema mais vasto que a União Europeia (UE) enfrenta actualmente. Dentro dela, a igualdade dos estados individuais é declarativa por natureza. A prática política mostra que as vozes alemã e francesa têm uma importância preponderante. Estamos, portanto, a lidar com uma democracia formal e uma oligarquia de facto na qual o poder é detido pelos mais fortes.

Princípio da unanimidade
O mecanismo de segurança que protege a UE da tirania da maioria é o princípio da unanimidade. Pode ser frustrante procurar um compromisso entre vinte e sete países que tantas vezes têm interesses contraditórios e o compromisso em si pode não satisfazer cem por cento
 todos. No entanto, assegura que cada voz é ouvida e que a solução adoptada corresponde às expectativas mínimas de cada Estado-Membro.

Se alguém sugerir tornar a UE ainda mais dependente das decisões alemãs do que antes - o que significaria abolir a regra da unanimidade - basta olhar para trás brevemente para estas decisões para ver quais seriam as consequências desta escolha. 

Se a Europa tivesse sempre agido como a Alemanha queria nos últimos anos, estaríamos hoje em melhor ou pior situação?
Se toda a Europa tivesse seguido o voto alemão, não só Nord Stream 1, mas também Nord Stream 2 teria sido lançado há muitos meses. A dependência da Europa do gás russo, que Putin utiliza como instrumento de chantagem contra todo o continente, seria quase irreversível.

O preço real do sangue
Se toda a Europa tivesse fornecido armas à Ucrânia à mesma escala e ao mesmo ritmo que a Alemanha, a guerra já teria terminado há muito tempo... com a vitória absoluta da Rússia. Quanto à Europa, teria estado à beira de outra guerra. Porque a Rússia, encorajada pela fraqueza dos seus adversários, teria continuado a avançar.


Mateusz Morawiecki
Premier ministre de la Pologne

Is Germany to be trusted regarding its energy policy?