Showing posts with label costa. Show all posts
Showing posts with label costa. Show all posts

June 14, 2023

"No PS, deviam ter noção que quando a retórica política agressiva nasce, é para todos"

 


Artigo acerca de Costa, de cognome, 'O Coitadinho'.

Entretanto:

Representação do rei D. Carlos, entre 1902 e 1905. (é verdade que lhe desenharam a cara bonitinha, bigode e tudo)



Cartoonistas: respeitinho pelo senhor primeiro-ministro, se faz favor!


Maria João Marques 

Os cartazes que professores brandiram no 10 de junho em Peso da Régua? Não gostei. Defendo a linguagem institucional e educada no combate e no conflito político. Os anos de Donald Trump mostraram-nos a degradação democrática de um político constantemente a abandalhar o discurso público. É um recurso da extrema-direita (orgulhosamente reprovadora das contenções do politicamente correto): apura o discurso para ser tão ofensiva quanto consegue.

Não julgo que cartazes com um primeiro-ministro com lápis enfiados nos olhos seja uma mensagem que os professores – em conflito deflagrado com o Governo – devam brandir. Há uma negociação e, como sempre nestes contextos, respeito mútuo é essencial. Porém, a reação do primeiro-ministro aos cartazes e do spin socialista e dos aliados socialistas foi mais problemática que os cartazes.

Se António Costa quer gritar “racismo” a propósito dos cartazes, vou reputar tal indignação de bastante desesperada. António Costa é um filho do privilégio. Cresceu com um enorme capital social – que lhe terá potenciado os méritos e os talentos que tem. A mãe vem de uma diferenciada família portuguesa. As boas famílias de origem goesa – e o pai de António Costa era brâmane – sempre foram aceites sem qualquer reserva ou sobranceria pela sociedade lisboeta. André Gonçalves Pereira, Alfredo Bruto da Costa, Margarida Mercês de Mello – para dar uns poucos exemplos.

O próprio António Costa tem noção do seu privilégio. Partindo da sua experiência, dizia há dois anos ao PÚBLICO como o preocupavam as fissuras criadas pelas guerras culturais à volta do racismo e da memória histórica. Criticava Mamadou Ba, equiparando-o a André Ventura.

Nada me leva a crer que António Costa se tenha sentido alvo de racismo com os cartazes. Como político talentoso que é, aproveitou uns cartazes insultuosos para tentar retirar aos professores a simpatia popular pelas suas reivindicações profissionais. Já não é a primeira vez que o primeiro-ministro usa a cartada do racismo contra opositores. Já o fizera, do nada, com Assunção Cristas num debate parlamentar.

E, no entanto, vi um assessor e uma deputada do PS, na sequência da polémica dos cartazes, a descrever António Costa como “racializado”. Nem consigo qualificar o ridículo de embarcarem nesta narrativa. António Costa não é um político fura-vidas que veio de um bairro pobre da periferia e teve contra si o preconceito de professores e de empregadores – e de eleitores. Pretender que António Costa partilhou das experiências das pessoas racializadas em Portugal pode ser bom para animar a burguesia de esquerda das redes sociais, mas presumo que seja ofensiva para quem, efetivamente, veja as potencialidades da vida a estilhaçarem-se devido ao racismo. Para todos os demais – querem lá saber dos sentimentos do primeiro-ministro; interessam-se pela qualidade da governação.

Contudo, isto é só uma narrativa mediática mal concebida de um partido político. O resto é mais dantesco e salazarento.

Para argumentar que os cartazes dos professores são racistas, hordas foram pesquisar toda a produção artística do cartoonista que os desenhou. Claro, a necessidade de desenterrar outros desenhos com alusões racistas – há um único: Costa com um turbante de sikh e em cima de uma cama de pregos de fakir – mostra que os da manifestação não eram racistas. Ora este vasculhar da obra de uma pessoa que ousou desenhar o primeiro-ministro de modo pouco elogioso é francamente pidesco.

Chamem-me esquisita, mas eu prefiro que o escrutínio (violento ou delicado) seja aplicado aos detentores do poder do que a quem faz caricaturas sobre o poder. O humor sobre o poder é uma forma de o conter, de o criticar, de tirar as ilusões de grandeza de que todos os políticos sofrem. O humor, por definição, hiperboliza e distorce para evidenciar as críticas.

Entendo bem que numa sociedade estupidificada e com incapacidade para ler as várias camadas das mensagens que escapam à literalidade, bem como o contexto atual de conseguir ver ofensas em tudo, o humor e a arte sejam alvos preferenciais. Contudo, cabe-nos contrariar esta estupidificação.

Se posso preferir não ver cartazes violentos numa manifestação política, a verdade é que isso é menos grave do que o bullying político e mediático a um artista autor de cartoons ácidos. E que dizer da súbita exigência de respeitinho pelos nossos governantes socialistas? Afinal, há limites no discurso político. Afinal, não se deve abastardar a retórica política.

É curioso que António Costa não veja como abandalha o discurso político quando fala de “queques” que “guincham” referindo-se aos militantes da IL. Aparentemente, para o primeiro-ministro, pode-se gozar com pessoas porque são de uma certa classe social. Ou a má-criação com que as últimas críticas de Cavaco Silva – um ex-Presidente da República que merece respeito, sejam ou não as suas ideias simpáticas para cada um – foram comentadas no PS. Falou-se em “raiva”, “ódio”, “descer à terra” (esta foi do primeiro-ministro, como se Cavaco Silva já estivesse morto), “mal resolvido”. No PS, deviam ter noção que quando a retórica política agressiva nasce, é para todos.

É enormemente mais grave a linguagem agressiva e pouco institucional vinda dos que exercem o poder do que panfletos visuais violentos numa manifestação. Merece mais censura a precariedade de carreira a que os professores são sujeitos do que um cartaz animalizando o primeiro-ministro. É pidesco vasculhar-se a obra de um cartoonista e diabolizá-lo nas redes sociais como vingança por ter satirizado o primeiro-ministro.

O poder está do lado do Governo de maioria absoluta. É uma herança salazarenta exigir respeitinho pelos governantes todo-poderosos e perseguir quem faz pouco do poder – quando o poder é socialista, claro; quando é exercido pelo PSD, a liberdade de expressão na crítica é um valor absoluto. A hipocrisia vive nesta polémica.

Na Idade Média, existiam os bobos nas cortes dos reis e dos senhores feudais. Já então se percebia a necessidade de dizer a verdade ao poder através do humor. E dos efeitos terapêuticos de ridicularizar o poder. Hábitos sanitários desconhecidos do spin socialista do respeitinho e das tribos ululantes das redes sociais.

May 29, 2023

Os fornecedores ganham 260 milhões mas quem faz tudo são professores nas escolas

 


"Escola Digital rende 260 milhões aos cinco maiores fornecedores.
Programa lançado há dois anos para digitalizar as escolas portuguesas tem na Inforlândia, MEO, Informantem, Claranet e CTT os fornecedores com contratos mais elevados.
Como é fácil ganhar dinheiro sem serviço pós venda... estou farto de fazer o trabalho deles...... A triagem, o detetar de avarias, o enviar um filme, a reposição.... é uma vergonha ... a custo zero. Dá vontade de não funcionar, ... [e dizer] 'temos pena' como o primeiro ministro fez connosco..."

 C.P, professor 

May 03, 2023

Saber o que se sabe e saber o que não se sabe

 


E saber os limites das suas capacidades, é uma grande virtude que muitos não têm e entre os políticos portugueses, quase nenhum, nos tempos que correm.

Quando morei em Bruxelas, logo a seguir à esquina da rua onde morava, havia um convento dominicano, cuja igreja tinha um orgão muito bom, do início do século XX. Ia lá muitas vezes a seguir ao jantar ouvir os concertos de orgão e às vezes ia à missa, quando havia coro a acompanhar o orgão. A igreja tinha mais que um organista residente. Descobri, a ouvir as missas, que rezavam missa nas várias línguas da UE. O convento tem frades e padres dos países da UE.
A primeira vez que lá entrei foi pouco depois de ir morar para ali. Um dia, a passar à porta da igreja ouvi música de orgão a vir de lá de dentro e entrei logo, claro. Apanhei uma missa em francês e fiquei a ouvir porque nunca tinha ouvido uma missa em francês. Ouvi as leituras e na altura da homilia, eis que o padre que estava a celebrar a missa se vai sentar a um canto e entra um frade vindo da sacristia e começa a pregar. Já não lembro o tema, mas o indivíduo falava muito bem com uma argumentação impecável e fazia uma reflexão que passava a fronteira da religião e entrava na filosofia. Depois de acabar a sua parte, saiu pela mesma porta por onde tinha entrado e o padre de serviço levantou-se e continuou a missa.
Foi a primeira vez que vi tal coisa, mas depois disso passei a espreitar o tema da pregação anunciado para cada semana e quando parecia interessante ia lá à missa tentando acertar na altura da homilia. 

Os dominicanos são uma ordem pregadora, portanto, especialistas na pregação e são uma ordem muito culta e de tradição filosófica. São Tomás de Aquino era dominicano, como é sabido. De maneira que eles têm, pelo menos ali naquela igreja, porque nunca mais vi isto em lado algum, esse hábito de ter separadas as funções de pregador e executante. Cada um faz o que sabe fazer e não interfere na acção do outro. O pregador prega, espalha a palavra e cativa seguidores, o padre executa os ritos e mantém as várias partes do ofício coordenadas a a funcionar no seu melhor. O pregador não executa e o executante nunca prega. É muito eficaz e impressionante.

Isso é o que falta a António Costa: ter essa virtude de saber que a sua especialidade é arrebanhar votos e ter a coragem ou decência de ir embora depois da homilia e deixar a execução para um executor competente, porque o ofício do executivo é executar. Não é ser demagogo, não é mostrar que pode mandar contra tudo e todos, não é exercer um poder absoluto, não é exibir manha e perícia nas tramas da baixa política. Isso é a política no seu sentido menos nobre e mais vulgar e é um demérito.

O executor é aquele que mantém o executivo competente e a funcionar no seu melhor. Escolhe as melhores pessoas, instila-lhes uma visão e uma dinâmica de trabalho e motiva-os a trabalhar no seu melhor. Tem soluções pensadas para os problemas e sabe quem melhor os resolve. 

Está à vista, há muito tempo, que Costa não é um bom executor. É demasiado auto-indulgente e tem um excesso de confiança desenraizada nas suas capacidades de governação. Já foi ministro em outros governos e não fez bom trabalho. Foi ministro da AI em 2003 na altura dos grandes fogos e fez um mau trabalho. Foi ministro de Sócrates, um governo que fez um péssimo trabalho e é Primeiro-Ministro há 7 anos. Tirando a gestão da pandemia no ano de 2020, onde agiu bastante bem, o resto tem sido um descalabro, a começar pelos ministros que escolhe, gente incompetente e inconsequente (alguns, como Cabrita, puseram a fasquia da conduta ética rente ao chão e daí os casos que se seguiram terem sido todos desvalorizados) e a acabar na (des)governação do país que é evidente, até para os seus acólitos mais fanáticos.


May 02, 2023

Costa fala do assunto como um juiz e não como um primeiro-ministro

 


É como se estivesse a julgar uma zanga e a fazer de árbitro. Esquece-se completamente que não é juiz e não lhe cabe o papel de julgar criminalmente o sucedido, mas sim politicamente. É primeiro-ministro e tem que pensar no interesse do país. E manter este indivíduo no cargo é contra o interesse do país. É inacreditável. Em vez de escolher pessoas que governem e ele próprio governar anda nisto. Já nem há palavras. É capaz de agir contra os interesses do país para ficar confortável com a sua consciência e não ter incómodos pessoais. A sério? Isto é um nível muito baixo. Terá sido combinado com o Galamba, este teatrinho? Este teatrinho é para provocar uma dissolução do Parlamento e fazer-se de vítima, agora que está encurralado num governo sem saída e sem respostas para os problemas?


April 24, 2023

Senhor Costa: quem diz Lula, diz Sócrates




Esta maneira de falar à Lula e de perceber tudo ao contrário... os portugueses não quererem a dissolução do Parlamento não significa que aprovem o seu governo e, ainda menos, que não estejam fartos da má governança, do desvio de dinheiros para os correligionários e para os grandes grupos económicos, da falta de vergonha na cara de muitos ministros, da corrupção, do tráfico de influências, etc. A certa altura pode ser que o prato da balança que mais pesa seja este e não o da estabilidade dos actos políticos, como as eleições. 


Costa: "Portugueses não estão nem aí" para a conversa de dissolução

O secretário-geral do PS considerou que "os portugueses não estão nem aí" para a conversa sobre uma eventual dissolução do parlamento e defendeu que a vontade manifestada pelos eleitores tem de ser respeitada.

April 12, 2023

Respeite-as o senhor primeiro




E de passagem respeite os portugueses e não apenas os seus apoiantes, amigos e familiares. O que os portugueses querem é um governo que resolva os problemas e não os faça mais pobres e este governo não faz, nem uma coisa, nem outra.


Costa afirma que portugueses querem estabilidade e que é preciso respeitar instituições

March 05, 2023

O legado de Costa?




Pressão, promessas de muito dinheiro a quem lhe obedeça. Consensos, decisões conjuntas, democráticas? Não, só obediência. Poder total e obediência.
Há dinheiro para tudo e todos, menos para a escola pública, para a saúde e outros serviços públicos. Toda a gente (inclusive os do PS) já admite em voz alta que Costa não sabe resolver os problemas, que tenta ocupar todo o espaço político do país e que não governa para o povo, mas para fabricar uma imagem-legado de si mesmo para se promover na Europa - nós o povo, somos os instrumentos da sua ambição. Porém, está muito enganado quanto ao 'legado' que vai deixar. 

Ponha os olhos na Lurdes Rodrigues que faz todos os possíveis para ser vista como educadora, reitora, autora de políticas inovadoras... já passaram quase 20 anos desde que esteve na cadeira da educação e só é conhecida como a pessoa que deu a primeira grande machadada de destruição e morte na educação pública e pôs os pais a hostilizar os professores. Esse é o seu legado.
Ponha os olhos no Pedro Passos Coelho que deixou o país em condições para o senhor governar, mas a maneira como o fez foi tão bruta e com tanto desrespeito pelos direitos das pessoas, com tanta pobreza infligida aos que menos tinham e têm que só de ouvirem falar dele iam a correr votar em si. E talvez ele quisesse deixar como legado ter salvo o país da ruína em que o governo de Sócrates o pôs, mas o legado dele é o de destruidor social e de ter posto centenas de milhar de portugueses a fugir do país.

Pois António Costa está cada vez mais parecido com estes dois e o seu legado vai ser a destruição final da escola pública, ter feito com que nenhuma pessoa queira ser professor e ter um governo de amigos e familiares a quem segura até ao obsceno (o Cabrita é que há-de ficar para a história). Este é que vai ser o seu legado.

Ponha os olhos em Trump e Biden. O primeiro só queria obediência e governava para os ricos, aos outros dava esmolinhas. Usou-se do poder para promover a sua família e amigos. Queria que o seu legado fosse o de ter feito a América Great Again, mas na verdade o seu legado é o de destruidor, incompetente, facilitador de autoritários, prepotente e nepotista.

Agora olhe para Biden, que tem tomado decisões a ouvir os outros e a partilhar poder; tem escolhido pessoas de áreas diversas; tem feito pressão para que se suba o salário aos professores e se restaure a sua credibilidade; tem feito o que pode para baixar o preço obsceno dos medicamentos e tratamentos médicos; taxou de impostos, não os pobres, mas os ricos; tem revertido a destruição industrial; tem dinamizado a economia, etc. 

E aos que dizem, 'Ah, essas realidades não são comparáveis porque os EUA têm muito dinheiro... bem, nós temos recebido muito dinheiro de Bruxelas, muito mesmo, mas o dinheiro que nasce em Bruxelas, morre nos gabinetes do governo, distribuídos aos amigos e correligionários - partidos, banca, gestores, amigos com empresas de construção, familiares, firmas de consultores, etc. 

É só isso: uns governam para destruir, outros para construir. Uns fortalecem as democracias, outros fortalecem o seu poder pessoal. Esse é o legado que deixam e quem pensa que pode forçar [coercivamente] um legado, está muito enganado e não percebe bem a História. 

Autarcas "pressionados" a executar plano de Costa


Líder do PS reuniu com presidentes de câmara socialistas. Habitação, PRR e descentralização são a "marca" que Costa quer "deixar como legado". Primeiro-ministro admitiu convidar autarcas da "oposição" para explicar o seu plano.

Do lado social-democrata surge a "estranheza" da ideia, até porque "Costa tem, para esse efeito, a Associação Nacional de Municípios Portugueses (ANMP)" ou, como diz, outra fonte, "faça aquilo que é o mais normal: vá ao Parlamento e explique, de forma clara, esse plano".

Para o CDS, a questão é clara: o que António Costa apresentou é "uma fraude" que "viola o Estado de Direito, a Constituição (art.º 62.º) e a carta dos direitos fundamentais da EU". Se o convite chegar, diz Nuno Melo, a decisão de aceitar "é uma prerrogativa dos autarcas" centristas. O PCP não comenta.

Mas o que disse António Costa aos autarcas socialistas? "Foi pressionar as câmaras a executar a estratégia local de habitação. Executar, executar e dizer que vem aí mais dinheiro, porque o montante do empréstimo europeu ainda permite ir buscar mais dinheiro", explica um dos autarcas presentes.

Das quase duas dezenas de presidentes de câmara ouvidos pelos DN, que pediram reserva na identificação por motivos "internos", todos referem a "pressão" do governo e das CCDR para "termos execução nos projetos cofinanciados".

A primeira palavra de ordem é "habitação", acelerar "tudo", que António Costa "quer deixar como marca" da governação a "resolução deste problema. Quer ficar para a história".

February 22, 2023

Agora estou preocupada

 


Pus-me a pensar nas coisas que há aqui em casa e que comprei com o meu dinheiro mas não uso há muito tempo, às vezes anos. Será que Costa vai obrigar-me a dá-las a outros? Ou obrigar-me a deixar estranhos entrar aqui em casa para as usar? Estou a pensar numa tostadeira que está ali estacionada porque há anos que não como tostas mistas; naquelas calças de ganga com brilhantes (tipo hippy) que não visto há 40 anos mas guardo como uma espécie de anamnese; uma caixa com bijuteria que tem lá brincos e anéis que me desabituei de usar desde que fiquei doente; uma data de livros que já li e não vou ler outra vez e estão ali estacionados nas prateleiras, sem uso. Agora fiquei preocupada. Vão obrigar-me a dar os meus livros e outras coisas porque Costa e os amigos que estão no poder há 200 anos só conseguem melhorar o nível de vida de si mesmos e dos seus amigos ?- ontem li que o Estado pagou 400 mil euros a vários ex-diretores do BPN, esse banco tão bem gerido que nos custou 2000 mil milhões ou mais. Enfim, pelo sim, pelo não, hoje vou comprar pão, queijo e fiambre e fazer uma tosta mista. 


February 19, 2023

February 17, 2023

A estratégia é mentir na TV nacional e corrigir no rodapé de um jornal ou site que só 3 pessoas lêem



Mas isso mostra o que as pessoas valem.
Assim como não é verdade que não descongelou outras carreiras integralmente e, mesmo as que não descongelaram integralmente, como os magistrados, levaram um aumento de 30% nos salários nos últimos anos. Ora, nós professores, levámos um des-aumento de 20% nos últimos anos.


António Costa na TVI: Descongelar todas as carreiras teria um "custo de €1.300 milhões de despesa permanente"





O QUE ESTÁ EM CAUSA?
Questionado sobre os protestos e reivindicações dos professores, na entrevista de ontem à noite na TVI, o primeiro-ministro afastou implicitamente a possibilidade de repor a totalidade do tempo de serviço que esteve congelado: seis anos, seis meses e 23 dias. Nesse âmbito sublinhou que descongelar integralmente todas as carreiras especiais da Administração Pública custaria 1.300 milhões de euros por ano, em despesa permanente. As contas estão certas?

O valor é insuflado. Mas, além de insuflado, está longe de ser atual: Costa foi recuperá-lo aos cálculos de Mário Centeno, feitos em abril de 2019, e que apontavam para uma despesa de 800 milhões de euros só com a recuperação integral do tempo de serviço dos professores.

"Esta medida tem um impacto na despesa permanente com salários de docentes de 635 milhões de euros, um custo total de 800 milhões de euros se incluirmos as outras carreiras. Representariam 4% adicional de toda a massa salarial do Estado, 4% adicional", afirmou o então ministro das Finanças, no Parlamento. A somar ao previsto no Orçamento do Estado para 2018, "isto representaria um aumento de 1.209 milhões de euros".

Atualmente, e segundo informação enviada pelo Ministério das Finanças ao Polígrafo, em janeiro deste ano, "o descongelamento de dois anos, nove meses e 18 dias" tem um "impacto permanente anual na despesa pública estrutural de 244 milhões de euros".

"O impacto adicional atualizado da proposta de recuperação de seis anos, seis meses e 23 dias seria de 331 milhões de euros anuais. 

December 21, 2022

Podcast: Mariana Mortágua e Cecília Meireles

 


Mariana Mortágua e Cecília Meireles sobre a entrevista de António Costa à revista Visão

October 28, 2022

Inflação dispara para 10,2%

 

Aumentos de 2%. Costa e PPC, gémeos separados à nascença. O primeiro versão brutalidade, o segundo versão sonsice.


October 18, 2022

August 17, 2022

Caos




No último debate sobre o estado da nação, António Costa incomodou-se com o uso da palavra caos, para qualificar o que se passa nos hospitais públicos e no SNS. Caos significa desordem, balbúrdia, confusão.
1. Há um alarmante aumento do número de mortes, sem que os serviços esclareçam porquê. Cresce o fecho de urgências por falta de médicos e enfermeiros. Alguns hospitais começaram a pôr internos do 6.º ano a trabalhar como especialistas. As chefias demitem-se. Aumenta o número dos inscritos no SNS sem médico de família. As grávidas não sabem se no momento de dar à luz têm obstetra e sala de partos disponíveis, a distâncias razoáveis. Que é isto senão um caos?
2. Se a justificação inicialmente dada para introduzir alterações no regime de mobilidade por doença dos professores foi a confessada incapacidade prática, por parte do Ministério da Educação, para verificar eventuais irregularidades, com que lógica vem agora o mesmo ministério anunciar que vai promover, afinal, 7.500 juntas médicas? Fora esse o motivo e ficaria, então, provada a inutilidade da iniciativa. O que João Costa quis (e conseguiu) foi retirar a professores com doenças graves um direito constitucionalmente protegido e lançar a desconfiança sobre eles. Confirmou-o, implicitamente, o vice-presidente da Federação Nacional dos Médicos, quando disse tratar-se de uma tarefa impossível, que apenas procura pôr em causa a honorabilidade dos docentes (e dos próprios médicos, acrescento eu). A iniciativa vai gerar um caos.
3. A palavra de João Costa continua a ser a palavra da propaganda e da adulteração da realidade. Em conferência de imprensa anunciou que 97,7% dos 13.101 horários pedidos pelas escolas já têm professores atribuídos (12.791) e que, por isso, o próximo ano começará quase sem alunos sem professores. Infelizmente é falsa a afirmação. Com efeito, uma coisa são os horários pedidos em Julho (a que João Costa se referiu), outra são os horários necessários. Vejamos porquê: havia pedidos para abertura de novas turmas, posteriormente autorizados, que não foram considerados; por imposição do próprio ministério, não foram contabilizados os docentes que se aposentariam depois da data do pedido de horários ou que se aposentarão já em Setembro; mesmo que as escolas tivessem disso boa nota, não foram considerados livres horários que, por razões diversas, deviam ter sido; foram atribuídas turmas a milhares de professores (cerca de três mil, pelo menos) que não poderão dar aulas e que, tão pronto quanto o ano se inicie, recorrerão a baixas médicas, que originarão milhares de alunos sem professores; em resumo, a noção exacta de quantos professores necessitam as escolas estava longe de ser conhecida quando João Costa falou. No início do ano voltará o caos da falta de professores.
4. Segundo João Costa, as habilitações científicas e pedagógicas necessárias para ensinar vão ser alteradas, para permitir aumentar o número de candidatos à docência. Em vez das normas vigentes, “olha-se para o percurso formativo dos candidatos”, esclareceu, eloquentemente. Olha-se? Teremos então “olheiros” para acrescentarem à filosofia Ubuntu e ao projecto MAIA uma nova concepção, que substituirá professores por entregadores de conteúdos. De tombo em tombo, nivelando por baixo, comprometendo o futuro e gerando o caos.
5. Pergunte-se aos médicos e aos professores o que seria preciso para se manterem no SNS e no ensino público. Pergunte-se aos que saíram o que seria necessário para que aceitassem regressar. A resposta seria a mesma: salário e condições de trabalho dignas. É isto que este Governo não entende. Marta Temido e João Costa, promovendo o caos, têm feito tudo para desvincular os respectivos ministérios da ligação com os seus profissionais e são hoje dois exemplos de como as maiorias absolutas geram ministros absolutistas e incapazes.
6. As funções que Medina, escandalosamente, atribuiu ao seu ex-patrão, Sérgio Figueiredo, são exactamente as que António Costa conferiu à entidade que criou em Março de 2021, o denominado Centro de Competências de Planeamento, de Políticas e de Prospectiva da Administração Pública (PlanAPP). Andou mal António Costa ao não se querer atravessar no despudor de Medina. Ele que há pouco corrigiu com violência Pedro Nuno Santos, deixou agora um sinal, caótico, de que desistiu da coordenação política do Governo.

Santana Castilho - P

August 12, 2022

Um governo de hortas e courelas - Costa tem as suas




Os outros ministros têm as deles. Se estragam o país e se corrompem todos, é lá com eles. Costa está na sua courela com os seus feijões, os seus limões e os seus tomatinhos e o que os outros plantam, nem quer saber. O pais que se lixe que os amigos já estão orientados.



Costa: "Compete-me gerir o meu gabinete, não giro os gabinetes dos outros membros do Governo"

O primeiro-ministro preferiu não comentar a polémica contratação de Sérgio Figueiredo pelo Ministério das Finanças, mas afirmou que "se houver dúvidas, as entidades competentes tratarão delas".
Os membros do Governo "são livres de fazer contratações para os seus gabinetes", afirmou esta sexta-feira o primeiro-ministro, António Costa, quando questionado sobre a contratação polémica de Sérgio Figueiredo, antigo diretor de informação da TVI, pelo Ministério das Finanças.

July 18, 2022

Portugal - tudo é urgente para ajustes directos de milhões, mas nada se faz





Excepto que alguém embolsa o dinheiro dos contribuintes e depois Costa culpa os portugueses.
Aquela pergunta que aqui fiz sobre haver drones a patrulhar as florestas já tinha sido feita e respondida em 2020, mas depois seguiu-se o MO português: comissões, aquisição urgente de equipamento por ajuste directo e fazer nada: há 12 drones que pouco ou nada fazem mas servem para os tropas se auto-elogiarem e brincarem a fazer voos de comemoração. 


Incêndios. Só três dos 12 drones das Forças Armadas têm estado a fazer vigilância


Dois anos depois da aquisição pela Força Aérea de 12 drones para reforçar a prevenção dos incêndios, já houve, pelo menos sete acidentes com estas aeronaves e no ano passado falharam metade dos pedidos de vigilância florestal. 
O EMGFA elogia o desempenho dos drones, propõe que usem sensores para reconhecimento de suspeitos a longa distância e quer que um deles voe de Portimão ao Funchal para comemorar os 100 anos da travessia do Atlântico.

Os drones, recorde-se, foram comprados pela Força Aérea ao abrigo do regime excecional de combate à pandemia, - que isentou o contrato de visto prévio do Tribunal de Contas - sob a justificação de que, devido à doença provocada pela covid-19 que resultaria numa "eventual menor disponibilidade de recursos humanos", seriam necessários "meios complementares que confiram eficácia para as ações inseridas nas fases de prevenção, supressão e socorro, estabelecidas no quadro de gestão integrada de fogos rurais".

A Resolução de Conselho de Ministros que autorizou a despesa considerou "urgentes e de interesse público os procedimentos de contratação pública".

(...)
De acordo com as mesmas fontes militares e da Defesa, entre outubro de 2021 e maio deste ano, a meta também não foi cumprida, mas desta vez o ministério do Ambiente, agora liderado por Duarte Cordeiro, não perdoou e terá a exigido à FAP a devolução de verbas, o que está previsto no protocolo.

Questionado o gabinete de Duarte Cordeiro sobre o número de horas voadas pela FAP ao serviço do seu Ministério e se houve lugar a "multa", o porta-voz não respondeu desta vez.

EMGFA, Ministério da Defesa e FAP escolheram não esclarecer a situação, apesar das várias insistências do DN ao longo da semana.

July 14, 2022

Liguei a TV portuguesa: incêndios, incêndios, incêndios

 


Costa arranjou uma maneira de deixar de se falar na sua incompetência na saúde, nos transportes, na educação, na aplicação do PRR, etc. Encontrei este vídeo do carro da economia portuguesa guiado por Costacenteno e Merdina. É o fim que nos espera. Vou almoçar...


June 15, 2022

Costa alinha com o alemão

 


E o alemão não quer chatear a Rússia porque ainda tem esperança de refazer o pacto da energia a preço de chuva. Isso já sabíamos. O que não sabíamos é que agora também repete o que diz Marcelo e que diz muitas palavras sem dizer nada, apesar do artigo ser de louvor a Costa pela sua posição "complexa". Deixa-me rir. Emoções? A Geórgia, que está ocupada pelos russos, está com o mesmo estatuto que a Ucrânia no que respeita à adesão à UE. Emoções? É tudo dinheiro. Põe o dinheiro à frente da segurança e da paz de todos nós. E porquê? Porque não sabem aplicar e usar o dinheiro da UE para desenvolver o país e querem que seja uma torneira eterna que a Ucrânia vem perturbar. 
Costa diz que não querem ser falaciosos com a Ucrânia e que dar estatuto de candidato à Ucrânia não é o que ela precisa. Que descaramento...


Ucrânia candidata à UE? Costa não trava se houver unanimidade, mas “duvida” que aconteça. “Temos de pensar além das emoções”

April 14, 2022

Costa e Costa abandonam a educação com o pretexto da descentralização

 


Como não sabem como resolver os problemas da educação para além de fabricarem gráficos e tabelas para todos os gostos e como não querem gastar dinheiro, atiram as competência para os municípios usando o pretexto da descentralização. É evidente que a coisa vai ser assim: os municípios endinheirados vão ter umas escolas e os munícipes pobres vão ter outras muito diferentes. Numas e noutras vai haver polinização (mais ainda) da educação. Costa e Costa não querem saber, arranjaram uma maneira de lavar as mãos e poder culpar os municípios pelo que vai e irá mal.

São os políticos que temos. Querem o poder pelo poder.



Rui Moreira reúne-se nos próximos dias com ministro da Educação para falar sobre a descentralização de competências
No dia em que começa a descentralização na educação, o autarca do Porto continua a ser uma das vozes mais críticas sobre o processo e revela que irá reunir-se com o Governo nos próximos dias.

March 30, 2022

Costa, o demagogo

 


Está na AR a fazer o auto-elogio. Ele fez tudo bem e tudo foi glorioso. Não fosse sabermos como estão as coisas na saúde e na educação, no crescimento da pobreza e da desigualdade de riqueza e ainda acreditávamos nesta prelecção.

Mas, diz em seguida, agora é que vai ser difícil porque os problemas agora é que são difíceis. LOL, ainda não começou e já está a arranjar desculpas. 

E fala em terem acabado com a austeridade. Não dei por nada...

E agora diz que tem ministros que se comprometem a resolver os problemas. Não fosse conhecermos estes ministros dos governos anteriores e outras cavalgadas e ainda acreditávamos nesta prelecção.