March 05, 2023

O legado de Costa?




Pressão, promessas de muito dinheiro a quem lhe obedeça. Consensos, decisões conjuntas, democráticas? Não, só obediência. Poder total e obediência.
Há dinheiro para tudo e todos, menos para a escola pública, para a saúde e outros serviços públicos. Toda a gente (inclusive os do PS) já admite em voz alta que Costa não sabe resolver os problemas, que tenta ocupar todo o espaço político do país e que não governa para o povo, mas para fabricar uma imagem-legado de si mesmo para se promover na Europa - nós o povo, somos os instrumentos da sua ambição. Porém, está muito enganado quanto ao 'legado' que vai deixar. 

Ponha os olhos na Lurdes Rodrigues que faz todos os possíveis para ser vista como educadora, reitora, autora de políticas inovadoras... já passaram quase 20 anos desde que esteve na cadeira da educação e só é conhecida como a pessoa que deu a primeira grande machadada de destruição e morte na educação pública e pôs os pais a hostilizar os professores. Esse é o seu legado.
Ponha os olhos no Pedro Passos Coelho que deixou o país em condições para o senhor governar, mas a maneira como o fez foi tão bruta e com tanto desrespeito pelos direitos das pessoas, com tanta pobreza infligida aos que menos tinham e têm que só de ouvirem falar dele iam a correr votar em si. E talvez ele quisesse deixar como legado ter salvo o país da ruína em que o governo de Sócrates o pôs, mas o legado dele é o de destruidor social e de ter posto centenas de milhar de portugueses a fugir do país.

Pois António Costa está cada vez mais parecido com estes dois e o seu legado vai ser a destruição final da escola pública, ter feito com que nenhuma pessoa queira ser professor e ter um governo de amigos e familiares a quem segura até ao obsceno (o Cabrita é que há-de ficar para a história). Este é que vai ser o seu legado.

Ponha os olhos em Trump e Biden. O primeiro só queria obediência e governava para os ricos, aos outros dava esmolinhas. Usou-se do poder para promover a sua família e amigos. Queria que o seu legado fosse o de ter feito a América Great Again, mas na verdade o seu legado é o de destruidor, incompetente, facilitador de autoritários, prepotente e nepotista.

Agora olhe para Biden, que tem tomado decisões a ouvir os outros e a partilhar poder; tem escolhido pessoas de áreas diversas; tem feito pressão para que se suba o salário aos professores e se restaure a sua credibilidade; tem feito o que pode para baixar o preço obsceno dos medicamentos e tratamentos médicos; taxou de impostos, não os pobres, mas os ricos; tem revertido a destruição industrial; tem dinamizado a economia, etc. 

E aos que dizem, 'Ah, essas realidades não são comparáveis porque os EUA têm muito dinheiro... bem, nós temos recebido muito dinheiro de Bruxelas, muito mesmo, mas o dinheiro que nasce em Bruxelas, morre nos gabinetes do governo, distribuídos aos amigos e correligionários - partidos, banca, gestores, amigos com empresas de construção, familiares, firmas de consultores, etc. 

É só isso: uns governam para destruir, outros para construir. Uns fortalecem as democracias, outros fortalecem o seu poder pessoal. Esse é o legado que deixam e quem pensa que pode forçar [coercivamente] um legado, está muito enganado e não percebe bem a História. 

Autarcas "pressionados" a executar plano de Costa


Líder do PS reuniu com presidentes de câmara socialistas. Habitação, PRR e descentralização são a "marca" que Costa quer "deixar como legado". Primeiro-ministro admitiu convidar autarcas da "oposição" para explicar o seu plano.

Do lado social-democrata surge a "estranheza" da ideia, até porque "Costa tem, para esse efeito, a Associação Nacional de Municípios Portugueses (ANMP)" ou, como diz, outra fonte, "faça aquilo que é o mais normal: vá ao Parlamento e explique, de forma clara, esse plano".

Para o CDS, a questão é clara: o que António Costa apresentou é "uma fraude" que "viola o Estado de Direito, a Constituição (art.º 62.º) e a carta dos direitos fundamentais da EU". Se o convite chegar, diz Nuno Melo, a decisão de aceitar "é uma prerrogativa dos autarcas" centristas. O PCP não comenta.

Mas o que disse António Costa aos autarcas socialistas? "Foi pressionar as câmaras a executar a estratégia local de habitação. Executar, executar e dizer que vem aí mais dinheiro, porque o montante do empréstimo europeu ainda permite ir buscar mais dinheiro", explica um dos autarcas presentes.

Das quase duas dezenas de presidentes de câmara ouvidos pelos DN, que pediram reserva na identificação por motivos "internos", todos referem a "pressão" do governo e das CCDR para "termos execução nos projetos cofinanciados".

A primeira palavra de ordem é "habitação", acelerar "tudo", que António Costa "quer deixar como marca" da governação a "resolução deste problema. Quer ficar para a história".

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