July 18, 2022

Portugal - tudo é urgente para ajustes directos de milhões, mas nada se faz





Excepto que alguém embolsa o dinheiro dos contribuintes e depois Costa culpa os portugueses.
Aquela pergunta que aqui fiz sobre haver drones a patrulhar as florestas já tinha sido feita e respondida em 2020, mas depois seguiu-se o MO português: comissões, aquisição urgente de equipamento por ajuste directo e fazer nada: há 12 drones que pouco ou nada fazem mas servem para os tropas se auto-elogiarem e brincarem a fazer voos de comemoração. 


Incêndios. Só três dos 12 drones das Forças Armadas têm estado a fazer vigilância


Dois anos depois da aquisição pela Força Aérea de 12 drones para reforçar a prevenção dos incêndios, já houve, pelo menos sete acidentes com estas aeronaves e no ano passado falharam metade dos pedidos de vigilância florestal. 
O EMGFA elogia o desempenho dos drones, propõe que usem sensores para reconhecimento de suspeitos a longa distância e quer que um deles voe de Portimão ao Funchal para comemorar os 100 anos da travessia do Atlântico.

Os drones, recorde-se, foram comprados pela Força Aérea ao abrigo do regime excecional de combate à pandemia, - que isentou o contrato de visto prévio do Tribunal de Contas - sob a justificação de que, devido à doença provocada pela covid-19 que resultaria numa "eventual menor disponibilidade de recursos humanos", seriam necessários "meios complementares que confiram eficácia para as ações inseridas nas fases de prevenção, supressão e socorro, estabelecidas no quadro de gestão integrada de fogos rurais".

A Resolução de Conselho de Ministros que autorizou a despesa considerou "urgentes e de interesse público os procedimentos de contratação pública".

(...)
De acordo com as mesmas fontes militares e da Defesa, entre outubro de 2021 e maio deste ano, a meta também não foi cumprida, mas desta vez o ministério do Ambiente, agora liderado por Duarte Cordeiro, não perdoou e terá a exigido à FAP a devolução de verbas, o que está previsto no protocolo.

Questionado o gabinete de Duarte Cordeiro sobre o número de horas voadas pela FAP ao serviço do seu Ministério e se houve lugar a "multa", o porta-voz não respondeu desta vez.

EMGFA, Ministério da Defesa e FAP escolheram não esclarecer a situação, apesar das várias insistências do DN ao longo da semana.

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