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July 06, 2020

China em Hong-Kong



É preciso admirar os habitantes de Hong-Kong que não se deixam abater por coisa alguma que saia daquele partido repressivo chinês. Povos educados por décadas de ensino obrigatório e de ligação ao mundo via internet dão muito trabalho aos governos.

April 23, 2020

Desfazendo preconceitos: a China é o país do COVID-19 vírus mas também é o país de Li Wenliang



E de outras coisas admiráveis.


April 17, 2020

Coronavirus Li Wenliang, - Ahah, depois de grande discussão sobre a inverosimilhança de tão poucas mortes, Xi Jinping autorizou que matassem mais 1290 pessoas



kkkk, calculo a conversa: 'camarada Jinping, estamos a cair no ridículo de dizer que tivémos pouco mais de mil mortos quando foram 100.000. Temos que mudar o discurso'. -não, não e não. Na grande China nenhum vírus nos mata. 'Mas camarada grande líder, toda a gente vai perceber que somos mentirosos' -pronto está bem, mata lá mais uns mil e tal.

Mortes por covid-19 aumentam 50% em Wuhan
Os números da Covid-19 foram revistos em Wuhan. No epicentro da pandemia, as mortes aumentaram 50%, depois de as autoridades chinesas reconhecerem erros administrativos nas contagens.

Esta sexta-feira, a China anunciou mais 1290 vítimas mortais resultantes do surto e 325 novos casos de infeção.

April 08, 2020

De facto, quem vê caras não vê corações



Estive mesmo agora a ver, na RTP3, um documentário sobre este chinês que infelizmente morreu pouco depois de ter fugido para a Indonésia, em circunstâncias misteriosas depois de ter sido contactado por alguém do governo chinês. 

Quem olha para ele com aquele ar franzino e discreto, muito sensível, com um grande amor pela mulher, não adivinha o espírito dele, a força de vontade, a coragem e determinação que moram, moravam, dentro dele. Fugiu para se salvar e fez o sacrifício de deixar a mulher na China, mas foram atrás dele na mesma.

Como é que pessoas fazem certas coisas a outras pessoas é algo que nunca hei-de conseguir assimilar.
 
Porque é que estas pessoas incomuns no sentido em que este chinês, Sun Yi, foi, quer dizer, incomuns no extremo positivo: nobreza de caráter, espírito livre e grande coragem mas, ao mesmo tempo dóceis, sem brutidade, são tão raras e as outras, no outro extremo, as capazes de fazer grande maldade ao próximo não só não são raras como até são bastante comuns? Não deviam ambos os extremos ser raros? Mas a verdade é que não são. Isto é um assunto interessante de pensar.


How An Activist's Secret SOS Helped End China's Labour Camp System
Such camps were virtually unheard of in the West until Sun Yi, a Falun Gong devotee, turned the world's attention on them.
By

Caylan Ford, Contributor

March 26, 2020

Os estúpidos é que nos hão-de matar - é preciso alimentar as virtudes da UE



Enquanto uns trabalham para nos salvar outros trabalham para nos destruir pela divisão.
Nestas notícias percebemos a virtude de estarmos numa união de países que têm tratados de colaboração que nos obrigam em vez de estarmos cada um por si a tentar passar por cima dos outros.


G-7 failed to agree on statement after U.S. insisted on calling coronavirus outbreak ‘Wuhan virus’

Foreign ministers representing seven major industrialized nations failed to agree on a joint statement Wednesday after the Trump administration insisted on referring to the coronavirus outbreak as the “Wuhan virus,” three officials from G-7 countries told The Washington Post.

Other nations in the group of world powers rejected the term because they viewed it as needlessly divisive at a time when international cooperation is required to slow the global pandemic and deal with the scarcity of medical supplies, officials said.

March 23, 2020

Razões para optimismo: não me parece que a Europa esteja de pernas para o ar como dizem



imagem da net





Quem já foi a Istambul e entrou na espectacular Cisterna e foi até ao fundo já viu esta coluna com a cabeça da medusa, de pernas para o ar. Embora não se saiba ao certo como e porquê foi ali parar, pensa-se que terá sido aproveitada de um tempo romano em ruínas, de modo que num certo sentido simboliza a queda do Império Romano.

Hoje em dia há quem defenda que o Império Romano chegou ao fim com e por causa da grande epidemia de peste da era justiniana, na medida em que enfraqueceu o Império e tornou-o presa fácil dos vândalos, godos e outros. Essa epidemia que se espalhou rapidamente em Constantinopla, centro de negócios e da vida política e económica que atraía viajantes e mercadores de todo o lado, terá matado, calcula-se, entre 20 a 50 milhões de pessoas (25% da população - Procópio fala em 10.000 mortos por dia) e continuou com surtos periódicos durante cerca 300 anos, até desaparecer completamente.

Se imaginarmos as condições de vida de então e as nossas -higiene, medidas sanitárias, medicina, hospitais, tecnologia, acesso à saúde, apoios sociais-, nomeadamente na Europa e repararmos no número de mortes diárias que esta pandemia está a causar, percebemos a gravidade e o alcance da situação em que estamos. 
No entanto, não estamos com a civilização de pernas para o ar como estava o Império Romano, simbolizado nesta coluna, não somos uma sociedade agónica, apesar de parecer o contrário, quer dizer, quem vê o desnorte e impreparação dos líderes europeus pode pensar que era melhor que tivéssemos mais centralismo e autoritarismo, mas isso é um erro, como aliás a comparação entre a Europa, China e os EUA nos prova diariamente. 

Na realidade, parece-me que há razões para optimismo na Europa e há agora uma porta aberta para a mudança.  

A Europa, num certo sentido, é vítima do seu próprio sucesso. Quando, no final da última guerra mundial, os povos decidiram voltar costas à guerra e construir a paz, edificaram uma sociedade baseada na educação, no desenvolvimento da cooperação, da diplomacia, da arte, dos direitos humanos, do respeito pais diferenças. Naturalmente, esse desidério trouxe consequências. 

Como me diz, frequentemente, a minha médica oncologista, quando começo a argumentar com os efeitos secundários dos medicamentos para não os tomar, 'todo o medicamento tem efeitos secundários e o corpo é dinâmico'. 

Ora, o corpo social também é dinâmico e os alimentos e remédios que lhe damos também têm efeitos secundários. Neste caso, a educação europeia teve os efeitos desejados: a maioria dos europeus são pessoas pacíficas, que defendem a liberdade, a tolerância, a justiça social, a paz, os direitos humanos, os direitos dos animais, etc. 
É claro que décadas de uma educação nesse sentido e duma vivência livre de guerras e conflitos armados internos (coma excepção da Bósnia mas sendo preciso ver que essa era uma sociedade ainda muito sovietizada), produziu uma sociedade amena, uma bocadinho infantilizada nos modos, que vista de fora, de sociedades muito bélicas e tribais, parece fraca. 

Mas do nosso ponto de vista, os outros, como os afegãos e muitos dos árabes, por exemplo, é que são brutos e brutais nos seus hábitos e modos sociais, consequências de vidas ao nível da subsistência básica, da falta de direitos, da falta de educação universal, da falta de viagens, de mundivivência, de uma educação virada para a violência e da manutenção de uma vida rural muito isolada, factor de embrutecimento afectivo e empático. Por ventura queremos voltar a isso? Penso que não.

Aliás, estas corridas aos supermercados mostram a falta de hábito que os ocidentais têm em viver com dificuldades em vidas duras. Sim, existem sem-abrigos mas mesmo esses não têm que roubar para comer e tomar um duche pois têm casas e abrigos pelas cidades onde podem recolher-se.

Portanto, a Europa não é fraca. Acontece que projectou um ideal de vida, de paz e prosperidade há 70 anos e conseguiu atingi-lo, de modo que tem vivido uma vida mais ou menos amena, quando comparada com outras partes do globo. E assusta-se em pensar perdê-la. Daí, também o medo dos emigrantes, nomeadamente os muçulmanos que têm hábitos sociais muito ao nível da nossa vivência pré-guerra.
Se ainda aceitamos a carta dos direitos humanos como ideal positivo humanitário, a Europa tem estado no bom caminho.

Evidentemente que esse caminho não anula focos de violência e extremismo porque a natureza humana individual não é igualmente permeável à educação social e porque somos permeáveis a influências externas que perduram, às vezes de modo invisível, ou encapsulado e de repente ativam-se e desenvolvem-se.

O autoritarimo chinês e russo ou o 'cowboyismo' americano não são alternativas ao nosso modo de vida: não impedem, nem um nem outro, doenças virais, epidemias, terramotos, cheias, etc. No entanto, impedem que nessas ocasiões de excepção catastrófica as sociedades mantenham os seus níveis de sanidade sem perder os direitos conseguidos de liberdade, humanismo, solidariedade.

Olhando para o EUA e para a China, nós estamos a meio. Quer dizer, a China tem uma sociedade muito autoritária, sem liberdade. Nesta crise pandémica, não hesitaram em prender e deixar morrer médicos que tentaram avisar e evitar o pior, só para esconder informação. Conseguiram conter o vírus rapidamente com o seu autoritarismo mas o efeito secundário desse medicamento é uma vida subjugada a práticas de brutalidade. Não me parece que queiramos ser uma sociedade assim. 

Por outro lado, o que vemos nos EUA é uma sociedade que perante uma crise desta desiste de uma porção da sua população por não lhes dar acesso a cuidados de saúde universais e por permitir o total far-west nos empregos, onde cada empregador despede quantos quer da maneira que quer e deixa toda a gente desprotegida. Não admira que sejam uma sociedade mais muscular. Estão habituados a não poder contar com ninguém a não ser eles próprios e as famílias, com sorte. Também não me parece que queiramos ser uma sociedade assim.

Portanto, os europeus estão a meio caminho entre o laxismo mercantilista dos americanos e o autoritarismo dos chineses. Ou estávamos, pois nestas últimas décadas assistimos a uma americanização dos europeus e perdeu-se de vista as prioridades do ideal de vida social europeu.

O que vemos aqui na Europa é que passado o primeiro choque desta pandemia, por todo o lado empresas e pessoas individuais reconvertem as suas actividades para ajudar o pessoal que está nos hospitais a lutar pelos doentes, sejam destilarias (That's the spirit: Distilleries switch to making hand sanitiser to help with COVID-19 fight), empresas de têxteis, pessoas com impressoras 3D, etc. 

Portanto, não falta espírito de iniciativa, não faltam pessoas com conhecimentos especializados, não faltam pessoas que querem ajudar, não faltam pessoas que pressionam os governos a agir, o que faltam são mudanças na forma de entender as prioridades nas políticas e apostar naquilo de positivo que construímos nestes últimos 70 anos. 

Agora, se aproveitarmos esta crise para aprender algo de útil, temos uma oportunidade de fazer mudanças. A maioria dos europeus querem-nas.A
Europa não está, estruturalmente, de pernas para o ar. Está numa encruzilhada.
Oxalá tenhamos líderes que ouçam  a crise e aproveitem par pôr as prioridades em ordem.

Na China desinfecta-se a vida







March 15, 2020

O Coronavirus faz mal aos humanos mas faz bem ao ambiente



Primeiro foi a China, depois a Itália. Passada esta epidemia devia pensar-se em despoluir as indústrias. Em vez de gastar dinheiro a inventar armas podiam gastá-lo neste objectivo.

Coronavirus: Satellite data shows Italy's pollution plummet amid COVID-19 lockdown
The animation, compiled using data from the Copernicus Sentinel-5P satellite, shows a reduction in the north of the country.

Rome locked down northern towns at the centre of Italy's outbreak in late February, before extending it nationwide last week.

“The decline in nitrogen dioxide emissions over the Po Valley in northern Italy is particularly evident," said Claus Zehner, ESA's Sentinel-5P mission manager.



February 19, 2020

Emojis da China



marco noris

Quando uma doença faz mais pela liberdade de expressão em três semanas, na China, que 100 anos de espionagem



Quando o partido único se promove como o guardião dos cidadãos e depois todos começam a adoecer fica em maus lençóis, porque os chineses aceitam aquele regime ditatorial no pressuposto que o grande líder toma conta deles e da sua segurança. É essa a propaganda que o partido vende aos cidadãos.


China's Public Health Crisis Becomes a Crisis of Faith

The Covid-19 epidemic poses political risks for China's leadership. It's now on President Xi Jinping to deliver security and prosperity while trying to solve a serious public health crisis. Meanwhile, dissatisfaction with the government's handling of the situation is growing online.

In that light, it is significant how the government in Beijing has dealt with the grief and anger that appeared online after the doctor Li Wenliang died. After he become infected with Covid-19, his fight for life had turned into a drama. At first, though, it was unclear whether Li had died at all. The Global Times was the only medium to report his death, but it quickly took down the story. In the end, many Chinese felt deceived.

Hashtags demanding freedom of speech received millions of clicks. On Weibo and WeChat, popular Chinese social media and messaging services, images of burning candles were everywhere. So too was a caricature of Li with a face mask made of barbed wire. Professors and lawyers drew up two petitions demanding freedom of the press.