- Philip Goff in understanding-consciousness-goes-beyond-exploring-brain-chemistry
November 18, 2023
Problemas
- Philip Goff in understanding-consciousness-goes-beyond-exploring-brain-chemistry
September 15, 2023
Os problemas serem idênticos não significa serem globais
No seu discurso sobre o Estado da União, a presidente da Comissão Europeia não aproveitou praticamente nada dos contributos enviados pelo Executivo de António Costa. Houve muitas propostas que Von der Leyen simplesmente ignorou e outras ainda em que as suas referências foram muito marginaisA muito badalada “iniciativa europeia de habitação acessível”, uma das “prioridades políticas para o futuro” definidas pelo Governo português, não mereceu mais do que uma ligeiríssima e tangencial menção de Ursula von der Leyen.
O mesmo problema em todo o lado
President Biden
MAGAnomics gives $5.1 trillion in tax cuts skewed to wealthy people and big corporations. And cuts $700 billion from Social Security, and $1 trillion from Medicare. Think about that.
July 23, 2023
Oppenheimer
Esta semana vou arranjar tempo para ir ver este filme. Estive a ver uma entrevista a Christopher Nolan na BBC news. Não vi nenhum trailer do filme de maneira que não sei como ele aborda o tema, a não ser pelo que diz nas entrevistas, mas espero que o filme seja uma oportunidade para se discutir algumas questões relativas à ciência ao serviço dos militares, à ética dos cientistas, à necessidade de desarmamento nuclear (que implica colaboração entre países antagónicos) e à responsabilidade dos EUA no bombardeamento nuclear de dezenas de milhares de civis, no Japão, que é um tema em relação ao qual os norte-americanos, como um todo, ainda não assumiram responsabilidade - quando Obama foi ao Japão e pediu desculpa pelos bombardeamentos metade dos americanos protestou furiosamente.
Por exemplo, aqui nesta entrevista, Nolan diz que o dilema ético dos cientistas americanos na época era se deviam fazer a bomba antes dos nazis. Ora, não foi esse o dilema. Enquanto estavam em guerra e havia a possibilidade de Hitler ter nas mãos uma bomba atómica capaz de destruir o mundo, não houve dilema nenhum. O dilema veio depois.
Depois de Hitler se suicidar em Abril de 45, sabia-se que a Alemanha tinha a guerra perdida e que não tinham nenhuma bomba. É nessa altura que se põe o dilema ético: devemos continuar a desenvolver uma bomba ou devemos parar agora que a guerra já está ganha e não precisamos dela?
E o facto é que não pararam, não apenas porque Truman queria chegar à conferência de Potsdam com a arma para estar por cima de Estaline, mas também porque os próprios cientistas queriam avidamente ver o resultado do seu esforço - foi assim que fizerem o teste no Novo México e depois, com o pretexto de querer acabar com a guerra -quando o Japão já estava sem recursos para prolongar a guerra- a lançaram sobre civis japoneses, não uma, mas duas vezes. Foi mais um recado, uma demonstração de força para a URSS que avançava pela Europa adentro.
E depois correram com o Oppie que entretanto começou com problemas de consciência (terá ido ter com Truman dizer que tinha sangue nas mãos e Truman mandou-o embora dizendo que nunca mais queria ver aquele "bebé-chorão") e puseram lá outro que queria muito desenvolver uma bomba ainda pior que a Atómica - a bomba de Hidrogénio.
Portanto, os cientistas americanos, os políticos americanos e os americanos em geral ainda não discutiram a sério os problemas éticos envolvidos na invenção e desenvolvimento de armas de destruição total cujos resultados são incontroláveis e a sua responsabilidade particular na proliferação das armas nucleares. É claro que agora, a discussão devia ser alargada a todos os cientistas, independentemente da sua nacionalidade.
A guerra da Ucrânia teve consequências nefastas ao nível da cooperação entre cientistas no mundo e, consequentemente, da abertura e transparência da ciência. Isso e os militares estarem outra vez em posição de pressionar os cientistas para os seus objectivos particulares.
Pode ser que o filme seja uma oportunidade de abrir essas discussões de uma maneira séria sem conversas de conspirações e de usar o exemplo de Oppenheimer como precaução para a tecnologia de IA.
April 14, 2023
Uns aumentam os problemas, outros oferecem soluções
Mais médicos recebem apoio de 200 euros para se fixarem em Cinfães
Apoios da autarquia começaram em 2014. Concelho conta com mais de uma dezena de médicos de família.
Os apoios foram entregues “ao abrigo do regulamento municipal de apoio à fixação de médicos de família no concelho”, enaltece o executivo local.
O objetivo é atrair e fixar médicos de família em Cinfães, comparticipando a compra ou arrendamento de casa e as despesas de deslocação para o centro de saúde.
January 30, 2022
A razão em questão
A não que se desista da comunicação e entendimento entre os seres humanos e nos reduzamos ao silêncio mútuo ou à guerra, a razão -a racionalidade-, continua a ser o único caminho capaz de conhecimento não-relativo, portanto, universal. Mesmo que no domínio da razão uns sistemas não aceitem as razões de outros como válidas ou rejeitem o próprio critério da racionalidade como garantia de validade das ideias, ainda assim é com razões que refutam esse sistema racional. Logo, mesmo ao criticar ou tentar negar o critério da racionalidade e a sua aspiração à universalidade, fazem-no afirmando a própria racionalidade, pois ao argumentar contra essa racionalidade universalizante, aspiram eles mesmos a que as suas razões sejam universalmente válidas.
Não se segue daí que todo o conhecimento ou comunicação tenham que ser racionais ou universais, ou sequer que devam ser obliterados ou reduzidos a ordens racionais ou científicas, mas no domínio do conhecimento e da comunicação dos sistemas [culturas] uns com os outros, temos de aceitar como prioridade a ordem das razões. A não ser que se desista da comunicação e entendimento entre os seres humanos e nos reduzamos ao silêncio mútuo ou à guerra.
A ordem das razões não é meramente normativa, pois se o fosse não seria possível explicar a eficácia do conhecimento científico no avanço das explicações sobre a natureza e no domínio dos sistemas naturais. [não estou aqui a referir-me a questões de ordem moral sobre se a ciência é usada para fazer mal - essa é outra discussão]
Dois exemplos:
1º - podemos ser a favor de fazer equivaler os direitos dos pais biológicos aos dos pais adoptivos, mas daí não se segue que se anule a diferença entre uns e outros, pois até do ponto de vista da saúde, quando é necessário saber da herança genética da criança para tratar uma doença, é aos pais biológicos que tem que ir buscar-se a resposta. Isso não representa uma diminuição dos direitos dos pais adoptivos, mas apenas o reconhecimento que não é possível anular os processos naturais através de normas legais. São coisas diferentes, a aceitação e normalização da diversidade, da asserção de não haver diferença entre uma coisa e outra e ser tudo mesmidade. Parece-me que essas confusões são filhas do relativismo actual do conhecimento que pretende estar a lutar contra o que chamam, 'a tirania da razão':
2º - não podemos aceitar a ideia de certas culturas condenarem as raparigas e as mulheres a uma não-vida proibindo-lhes a educação, a liberdade, o trabalho, etc., com o argumento de que é a sua cultura, pois ao argumentarem desse modo estão a querer universalizar esse princípio de não se universalizar a cultura local, ou seja, estão a adoptar o critério da racionalidade universal, que criticam, como fundamento da validade das suas ideias. A partir do momento em que o fazem, têm que aceitar ouvir os argumentos, as razões, contrárias.
(publicado também no blog delito de opinião)
January 11, 2022
Limites
Recentemente dois casos chamaram-me a atenção. O primeiro através de J.K. Rowling. Na Escócia, um homem acusado de violar uma mulher pediu ao chefe da polícia que o registasse como uma mulher, porque, disse, sentia-se uma mulher. O chefe da polícia disse que sim, provavelmente com receio de ter os problemas que J.K. Rowling teve -críticas e ofensas virulentas- quando comentou publicamente o absurdo, declarando: " A Guerra é Paz. A Liberdade é Escravidão. O indivíduo com orgãos sexuais masculinos que te violou é uma mulher".
December 27, 2021
December 10, 2021
O ME só arranja problemas
Imposição de horas extraordinárias: troika do Ministério da Educação ameaça professores e impele direções a cometerem ilegalidades
A task-force criada pelo Ministério da Educação para ajudar as escolas a resolverem a falta de professores, como se esperava, não está a ajudar, mas a dificultar a vida das escolas e dos professores.
Esta task-force, constituída pela troika DGEstE-DGAE-DGE, está a visitar escolas em que não têm sido preenchidos os horários colocados em oferta para contratação de escola e, na sequência dessas visitas, a informação que é enviada aos professores é a seguinte:
a) as horas que se mantêm a concurso serão distribuídas pelos docentes colocados;
b) as horas distribuídas serão tidas como extraordinárias e de aceitação obrigatória, alegando-se, para esse efeito, o disposto no artigo 83.º do Estatuto da Carreira Docente (ECD). O que não é esclarecido na informação que está a chegar aos professores é que o mesmo artigo 83.º, no qual se refere que o docente não pode recusar o cumprimento do serviço extraordinário, termina dizendo “podendo no entanto solicitar dispensa da respectiva prestação por motivos atendíveis”;
c) refere, ainda, a informação, que até 5 horas extraordinárias não carece de autorização superior, o que também resulta do disposto no ECD;
d) de seguida informa-se que as horas extraordinárias podem ser atribuídas a docentes em acumulação e com artigo 79.º do ECD, ou seja, com componente letiva reduzida nos termos deste artigo. A informação omite, no entanto, que, de acordo com o disposto artigo 83.º, não pode ser atribuído serviço extraordinário “àqueles que beneficiem de redução ou dispensa total da componente letiva nos termos do artigo 79.º, salvo nas situações em que tal se manifeste necessário para completar o horário semanal do docente em função da carga horária da disciplina que ministra”, o que , manifestamente, não é o caso. As escolas são assim impelidas a violarem a lei, o que as poderá tornar alvo de queixa nos tribunais;
e) como forma de ameaça, é dito aos professores que as faltas às horas extraordinárias terão de ser justificadas, caso contrário será aberto processo disciplinar. Ora esta é uma forma repugnante de tentar contornar, através do medo, a possibilidade de os professores recorrerem à greve às horas extraordinárias, que está convocada pela FENPROF. Os professores, sempre que aderirem a esta greve, não terão de apresentar qualquer justificação e a abertura de processo disciplinar levaria a abrir, isso sim, um processo na justiça contra quem o promovesse. Ou seja, mais uma vez, o ministério da Educação empurra o odioso do problema e as suas consequências para cima dos/as diretores/as das escolas e agrupamentos;
f) conclui a informação aos professores que as manchas horárias que lhes foram atribuídas e que cumprem desde o início do ano poderão ser alteradas, se necessário.
É deplorável a atuação do ME em mais este processo, no caso através da já referida troika DGEstE-DGAE-DGE, empurrando eventuais problemas jurídicos para cima das direções das escolas.
A FENPROF repudia estas ameaças, as ilegalidades que estão a ser promovidas, a ausência de qualquer tentativa de diálogo com os sindicatos sobre matéria que afeta diretamente a vida dos professores e a ausência de negociação coletiva sobre um aspeto que, nos termos da lei, é obrigatória.
A FENPROF lembra os professores que poderão mobilizar motivos atendíveis para não aceitar estas horas extraordinárias, como sejam as ilegalidades, falta de condições de saúde, entre outros motivos. Lembra ainda que poderão fazer greve, se assim entenderem, não tendo de apresentar qualquer justificação, nem podendo haver receio de abertura de processo disciplinar. A FENPROF apela aos professores que denunciem junto dos seus sindicatos eventuais abusos e ilegalidades que sejam praticados.
A FENPROF não se alheia do problema da falta de professores, cuja responsabilidade é do governo e, em particular de um ministro que, até hoje, desvalorizou o problema. Por esse motivo, a FENPROF apresentou propostas para o futuro, mas, também, para dar resposta imediata às situações que existem, por exemplo: a possibilidade de atribuição de serviço extraordinário, mas sem violação do disposto no ECD e por aceitação dos professores; a possibilidade de as escolas completarem os horários incompletos que estão a concurso, daí resultando o correspondente salário; a correção da grave distorção que afeta os docentes contratados para horários incompletos, no que concerne aos descontos para a segurança social; a possibilidade de docentes contratados com horários incompletos poderem completá-los na própria escola, através de aditamento ao respetivo contrato. Estas propostas são parte do caminho que é preciso fazer para enfrentarmos o problema da falta de professores.
O Secretariado Nacional da FENPROF
October 24, 2021
Setúbal tem um problema de alcoolismo?
Fui à mercearia do sr. A. e o rádio estava ligado numa estação local. Quando entrei ouvi, 'tem um problema de álcool? Venha ter connosco Alcoólicos anónimos...etc.' Achei estranho uma publicidade aos AA. e disse em voz alta, 'Mas Setúbal tem um problema de alcoolismo para já fazer publicidade desta?' Então o sr. A. disse-me que tem muitos clientes alcoólicos e que são quase todas mulheres. Às oito e meia da manhã aparecem a comprar um Pack de cervejas e depois voltam à hora de almoço para mais. Disse-me que uma delas, que trabalha a dias, bebe mais de 5L de cerveja por dia. Fiquei estupefacta, mas na verdade, pensando bem, não sei porque me admira. A cidade tem muita pobreza que a pandemia veio agravar e as mulheres são quem mais a sofre e nem todas têm algum backup de suporte.
June 17, 2021
Problemas
O que é que faz com que uma sequência de sons seja reconhecida como música e outra sequência de sons, não?
Tenho que ver se já alguém respondeu a esta questão porque não tenho conhecimento suficiente de música ou fonética ou de neurologia para responder a esta questão.
Não sei se esta frase de Stravinsky é inteiramente verdade, mas é bela.
March 14, 2021
Scattered
O reputado pragmátivo W. V. Quine famosamente declarou que nas nossas teorias do mundo (cuja totalidade das declarações apenas foram pragmaticamente trabalhadas e ajustadas umas às outras) nenhuma declaração é não revisível. Mas não é a declaração de Quine, segundo a qual nenhuma declaração é não revisível, pensada para ser 'não revisível': para representar a verdade sobre a revisibilidade, haja ou não fundamentos pragmáticos para a manter? Ele não diz, 'nenhuma declaração é não revisível enquanto esta declaração não for revista'. De toda a maneira, se as declarações de Quine rejeitando as declarações não revisíveis fossem em si mesmas revisíveis, não seria isso a rejeição absoluta das declarações não revisíveis que ele pretendia. À semelhança do princípio segundo o qual não há princípios absolutos, a declaração de Quine rejeita-se a si mesma. (Dr Arnold Zuboff, tradução minha)
Mesmo que todas as verdades -ou declarações objectivas- sejam relativas isso não as torna, obrigatoriamente, equivalentes. De qualquer modo o que parece interessante é que mesmo as declarações que pretendem negar a possibilidade de verdade têm intenção de declarar uma verdade não revisível.
January 02, 2021
O tópico de hoje para pensar
Se pudéssemos recomeçar a vida do zero acabaríamos, no mesmo lugar em que estamos?
December 11, 2020
November 16, 2020
Problems
If life has no meaning why are we 'wired' to find meaning in everything? For example, there is no meaning "as such" of Covid-19, — still, Covid-19 means, or can mean, something and one has to figure this meaning out as it's a healthy thing to do, and that must be said of everything that means something to somebody. So in the end we have meaning of the parts but not meaning of the whole?
October 20, 2020
Problema do dia
October 19, 2020
August 21, 2020
Problemas
Esta belíssima imagem do Paquistão é acompanhada por uma voz lindíssima de um homem que canta ʾAllāhu ʾakbarᵘ, que significa, Deus é grande, em arábico. É também o grito de guerra que os terroristas muçulmanos usam no momento de matar. Até pode estar a ser cantado por um talibã... Devíamos impedir-nos de o ouvir?
August 18, 2020
July 07, 2020
Ainda agora comecei a ler e já tenho um problema para pensar
Li a primeira página do 1º capítulo e pensei, 'vou gostar do livro porque é exactamente isto que penso. O demasiado liso e brilhante é infantil, até me parece um bocado pornográfico: excesso de exposição seccionada e passiva que mata completamente o erotismo, naquele sentido muito lato... platónico, para abreviar'.
Problema: gosto do livro por ele ser, 'polido', quer dizer, por o autor ter uma maneira de pensar que vai ao encontro da minha e, por isso, não me oferecer resistência e não dar trabalho a pensar? Gosto do livro da mesma maneira que o depressivo-narcísico gosta de um outro que não lhe resista, como uma forma de se validar, de confirmar o seu poder? Não deveria, para ser coerente, gostar de um livro cujas ideias se me oponham e resistam e, nessa medida, me obriguem a des-subjectivar-me, condição de aprender, crescer, ampliar, etc.?
daqui: