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November 18, 2023

Problemas




A nossa consciência é o que nos faz ser nós. São as nossas experiências de cor, som e cheiro; os nossos sentimentos de dor, alegria, excitação ou cansaço. É o que faz de nós um ser pensante e sensível e não um mecanismo insensível.

Os rápidos progressos na IA e na robótica tornaram claro que pode existir um comportamento extremamente complexo num sistema que carece totalmente de experiência consciente. A seleção natural poderia ter construído mecanismos de sobrevivência: robôs biológicos complexos capazes de detetar características do seu ambiente e iniciar respostas comportamentais favoráveis à sobrevivência, sem terem qualquer tipo de vida interior. Para qualquer comportamento adaptativo associado à consciência, pode haver um mecanismo não consciente que instigue o mesmo comportamento. Perante tudo isto, é um mistério profundo o facto de a consciência ter evoluído.

- Philip Goff in 
understanding-consciousness-goes-beyond-exploring-brain-chemistry

September 15, 2023

Os problemas serem idênticos não significa serem globais

 


No seu discurso sobre o Estado da União, a presidente da Comissão Europeia não aproveitou praticamente nada dos contributos enviados pelo Executivo de António Costa. Houve muitas propostas que Von der Leyen simplesmente ignorou e outras ainda em que as suas referências foram muito marginais

A muito badalada “iniciativa europeia de habitação acessível”, uma das “prioridades políticas para o futuro” definidas pelo Governo português, não mereceu mais do que uma ligeiríssima e tangencial menção de Ursula von der Leyen.

Expresso
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Um problema global não tem uma solução local. Como o problema do ambiente, por exemplo. A deflorestação da Amazónia ou a exploração de petróleo no Alasca têm impacto no ambiente de todos, mesmo que cada um dos outros países tenha práticas ambientais limpas. 
Ora, o problema da habitação, tal como o problema de se cortar nos serviços sociais para se isentar de impostos os mais ricos (como refere a frase de Biden no post anterior) são problemas que muitos países têm porque se imitam uns aos outros nas más práticas governativas mas que podiam ser resolvidos localmente, bastando para isso ter políticos não-corruptos e/ou com coragem e competência.

Aqui no país, desde 2015 que o governo anuncia uma crise da habitação, mas nada fez. Nada! Com o argumento de que construir habitação leva tempo, deixou passar oito anos, a caminho de nove, sem nada fazer. Agora, passados esses anos, diz outra vez que construir leva tempo e não saímos deste marasmo. 

Portanto, há problemas globais; há problema idênticos, por se imitarem más práticas, mas que são locais e há problemas locais que se tornam globais.
Deixar a banca sem vigilância e deixar que corruptos dêem calotes uns atrás dos outros, para depois enfiar lá 25 mil milhões de euros do dinheiro que seria para investir no país, é um problema que podia ter sido evitado mas como não foi, depois já não era possível revolvê-lo sozinhos. Como o problema da pandemia que podia ter sido evitado se a China tivesse avisado imediatamente o mundo do que se passava em vez de tentar esconder e mentir. 

O problema da Rússia e das consequências da guerra da Rússia na Ucrânia no mundo podia ter sido evitado mas como não foi, agora é global. Por conseguinte, a Ucrânia é um problema prioritário. Bem como o ambiente, a China, a falta de matérias primas e outros. 

Já o problema da habitação, embora seja um problema prioritário em cada país, não tem uma origem nem uma carácter global e nós temos dinheiros do PRR para o atacar e resolver. Só que Costa e o seu governo têm, no geral, más práticas governativas de maneira que queria que o problema fosse declarado global para se desresponsabilizar da sua inacção e incompetência. Acontece que a UE e a Presidente da Comissão não são os pasquins do rectângulo que lhe fazem favores de propaganda eleitoralista.

O mesmo problema em todo o lado



President Biden

MAGAnomics gives $5.1 trillion in tax cuts skewed to wealthy people and big corporations. And cuts $700 billion from Social Security, and $1 trillion from Medicare. Think about that.

July 23, 2023

Oppenheimer

 



Esta semana vou arranjar tempo para ir ver este filme. Estive a ver uma entrevista a Christopher Nolan na BBC news. Não vi nenhum trailer do filme de maneira que não sei como ele aborda o tema, a não ser pelo que diz nas entrevistas, mas espero que o filme seja uma oportunidade para se discutir algumas questões relativas à ciência ao serviço dos militares, à ética dos cientistas, à necessidade de desarmamento nuclear (que implica colaboração entre países antagónicos) e à responsabilidade dos EUA no bombardeamento nuclear de dezenas de milhares de civis, no Japão, que é um tema em relação ao qual os norte-americanos, como um todo, ainda não assumiram responsabilidade - quando Obama foi ao Japão e pediu desculpa pelos bombardeamentos metade dos americanos protestou furiosamente.

Por exemplo, aqui nesta entrevista, Nolan diz que o dilema ético dos cientistas americanos na época era se deviam fazer a bomba antes dos nazis. Ora, não foi esse o dilema. Enquanto estavam em guerra e havia a possibilidade de Hitler ter nas mãos uma bomba atómica capaz de destruir o mundo, não houve dilema nenhum. O dilema veio depois.
Depois de Hitler se suicidar em Abril de 45, sabia-se que a Alemanha tinha a guerra perdida e que não tinham nenhuma bomba. É nessa altura que se põe o dilema ético: devemos continuar a desenvolver uma bomba ou devemos parar agora que a guerra já está ganha e não precisamos dela? 

E o facto é que não pararam, não apenas porque Truman queria chegar à conferência de Potsdam com a arma para estar por cima de Estaline, mas também porque os próprios cientistas queriam avidamente ver o resultado do seu esforço - foi assim que fizerem o teste no Novo México e depois, com o pretexto de querer acabar com a guerra -quando o Japão já estava sem recursos para prolongar a guerra- a lançaram sobre civis japoneses, não uma, mas duas vezes. Foi mais um recado, uma demonstração de força para a URSS que avançava pela Europa adentro.

E depois correram com o Oppie que entretanto começou com problemas de consciência (terá ido ter com Truman dizer que tinha sangue nas mãos e Truman mandou-o embora dizendo que nunca mais queria ver aquele "bebé-chorão") e puseram lá outro que queria muito desenvolver uma bomba ainda pior que a Atómica - a bomba de Hidrogénio.

Portanto, os cientistas americanos, os políticos americanos e os americanos em geral ainda não discutiram a sério os problemas éticos envolvidos na invenção e desenvolvimento de armas de destruição total cujos resultados são incontroláveis e a sua responsabilidade particular na proliferação das armas nucleares. É claro que agora, a discussão devia ser alargada a todos os cientistas, independentemente da sua nacionalidade.

A guerra da Ucrânia teve consequências nefastas ao nível da cooperação entre cientistas no mundo e, consequentemente, da abertura  e transparência da ciência. Isso e os militares estarem outra vez em posição de pressionar os cientistas para os seus objectivos particulares.

Pode ser que o filme seja uma oportunidade de abrir essas discussões de uma maneira séria sem conversas de conspirações e de usar o exemplo de Oppenheimer como precaução para a tecnologia de IA.


April 14, 2023

Uns aumentam os problemas, outros oferecem soluções



E você? Tem um ministro que multiplica problemas ou tem um que oferece soluções?


Mais médicos recebem apoio de 200 euros para se fixarem em Cinfães

Apoios da autarquia começaram em 2014. Concelho conta com mais de uma dezena de médicos de família.

A Câmara de Cinfães voltou a dar apoios a médicos de família para ficarem no concelho. Mais três clínicos vão receber apoios de 200 euros por mês, aprovados pelo município.

Os apoios foram entregues “ao abrigo do regulamento municipal de apoio à fixação de médicos de família no concelho”, enaltece o executivo local.

O objetivo é atrair e fixar médicos de família em Cinfães, comparticipando a compra ou arrendamento de casa e as despesas de deslocação para o centro de saúde.

January 30, 2022

A razão em questão

 


A não que se desista da comunicação e entendimento entre os seres humanos e nos reduzamos ao silêncio mútuo ou à guerra, a razão -a racionalidade-, continua a ser o único caminho capaz de conhecimento não-relativo, portanto, universal. Mesmo que no domínio da razão uns sistemas não aceitem as razões de outros como válidas ou rejeitem o próprio critério da racionalidade como garantia de validade das ideias, ainda assim é com razões que refutam esse sistema racional. Logo, mesmo ao criticar ou tentar negar o critério da racionalidade e a sua aspiração à universalidade, fazem-no afirmando a própria racionalidade, pois ao argumentar contra essa racionalidade universalizante, aspiram eles mesmos a que as suas razões sejam universalmente válidas. 

Não se segue daí que todo o conhecimento ou comunicação tenham que ser racionais ou universais, ou sequer que devam ser obliterados ou reduzidos a ordens racionais ou científicas, mas no domínio do conhecimento e da comunicação dos sistemas [culturas] uns com os outros, temos de aceitar como prioridade a ordem das razões. A não ser que se desista da comunicação e entendimento entre os seres humanos e nos reduzamos ao silêncio mútuo ou à guerra.

A ordem das razões não  é meramente normativa, pois se o fosse não seria possível explicar a eficácia do conhecimento científico no avanço das explicações sobre a natureza e no domínio dos sistemas naturais. [não estou aqui a referir-me a questões de ordem moral sobre se a ciência é usada para fazer mal - essa é outra discussão] 

Dois exemplos: 

1º - podemos ser a favor de fazer equivaler os direitos dos pais biológicos aos dos pais adoptivos, mas daí não se segue que se anule a diferença entre uns e outros, pois até do ponto de vista da saúde, quando é necessário saber da herança genética da criança para tratar uma doença, é aos pais biológicos que tem que ir buscar-se a resposta. Isso não representa uma diminuição dos direitos dos pais adoptivos, mas apenas o reconhecimento que não é possível anular os processos naturais através de normas legais. São coisas diferentes, a aceitação e normalização da diversidade, da asserção de não haver diferença entre uma coisa e outra e ser tudo mesmidade. Parece-me que essas confusões são filhas do relativismo actual do conhecimento que pretende estar a lutar contra o que chamam, 'a tirania da razão': 

2º - não podemos aceitar a ideia de certas culturas condenarem as raparigas e as mulheres a uma não-vida proibindo-lhes a educação, a liberdade, o trabalho, etc., com o argumento de que é a sua cultura, pois ao argumentarem desse modo estão a querer universalizar esse princípio de não se universalizar a cultura local, ou seja, estão a adoptar o critério da racionalidade universal, que criticam, como fundamento da validade das suas ideias. A partir do momento em que o fazem, têm que aceitar ouvir os argumentos, as razões, contrárias.

(publicado também no blog delito de opinião)


January 11, 2022

Limites

 

Recentemente dois casos chamaram-me a atenção. O primeiro através de J.K. Rowling. Na Escócia, um homem acusado de violar uma mulher pediu ao chefe da polícia que o registasse como uma mulher, porque, disse, sentia-se uma mulher. O chefe da polícia disse que sim, provavelmente com receio de ter os problemas que J.K. Rowling teve -críticas e ofensas virulentas- quando comentou publicamente o absurdo, declarando: " A Guerra é Paz. A Liberdade é Escravidão. O indivíduo com orgãos sexuais masculinos que te violou é uma mulher". 
Levando o caso à sua conclusão extrema, este violador, biologica e sexualmente masculino, que diz sentir-se mulher e todos os outros que resolverem seguir o seu exemplo, podem, na sequência, pedir para serem transferidos para prisões de mulheres.

Outro caso que gerou críticas virulentas foi o da antiga nadadora e funcionária da seleção norte-americana, há décadas,  Cynthia Millen, por dizer que Lia Thomas, uma nadadora «trans», sexualmente masculina de nascença, da Universidade da Pensilvânia, está a "destruir" o desporto. Thomas competia pela equipa masculina antes de declarar-se mulher e passar para a equipa feminina. Passou a ganhar as provas todas e bate recordes femininos a torto e a direito. "A natação é um desporto em que corpos biológicos competem contra corpos e não, identidades contra identidades", disse Millen. A Associação Nacional de Desporto das Universidades diz que a terapia hormonal anula o facto de Lia ser biologicamente um homem, coisa que Millen e outras mulheres não aceitam como provado e muito menos evidente.
Levando o caso à sua conclusão extrema, todos os homens que não ganham competições no seu género masculino, podem declarar-se mulheres, tomar hormonas, passar-se para as equipas femininas e acabar no hall of fame do desporto feminino.

Digo já que não tenho nenhum problema em que as pessoas se sintam mulheres ou homens ou outra coisa qualquer, como o indivíduo que fez cirurgias para parecer um felino porque sente-se um felino. Se um João me disser que se sente Maria não tenho problema em passar a chamar-lhe Maria e tratá-lo como tal. Porém, tenho problemas com a injustiça no domínio da ética e com o absurdo no domínio da racionalidade. Platão argumentava que quando há dificuldade em decidir de um assunto deve usar-se como critério levar o argumento até ao extremo e ver se resulta em absurdo inaceitável. Sendo esse o caso, deve abandonar-se. 

Ora, estes casos e outros semelhantes desembocam em evidentes absurdos. Sabendo-se que os homens são biologicamente diferentes das mulheres, como é que num hospital se pode tratar um doente se não se souber categorizá-lo? Trata-se, em vez disso, a sua identidade? Imagine-se um pedófilo que diz identificar-se com a categoria de adolescente ou de criança, reivindicar ser incluído nos espaços, jogos e brincadeiras das crianças. Absurdo? Pois é, mas trata-se apenas de levar o argumento até ao seu limite. Imagine-se levar uma turma em visita de estudo e pôr «rapazes trans» a dormir nos quartos das «raparigas biológicas» e acontecer haver uma violação. Absurdo? Pois é, mas trata-se apenas de levar o argumento até ao seu limite. 

A questão, pois, é essa mesma: qual é o limite?

(publicado também no blog delito de opinião)


December 10, 2021

O ME só arranja problemas





Imposição de horas extraordinárias: troika do Ministério da Educação ameaça professores e impele direções a cometerem ilegalidades

A task-force criada pelo Ministério da Educação para ajudar as escolas a resolverem a falta de professores, como se esperava, não está a ajudar, mas a dificultar a vida das escolas e dos professores.

Esta task-force, constituída pela troika DGEstE-DGAE-DGE, está a visitar escolas em que não têm sido preenchidos os horários colocados em oferta para contratação de escola e, na sequência dessas visitas, a informação que é enviada aos professores é a seguinte:

a) as horas que se mantêm a concurso serão distribuídas pelos docentes colocados;

b) as horas distribuídas serão tidas como extraordinárias e de aceitação obrigatória, alegando-se, para esse efeito, o disposto no artigo 83.º do Estatuto da Carreira Docente (ECD). O que não é esclarecido na informação que está a chegar aos professores é que o mesmo artigo 83.º, no qual se refere que o docente não pode recusar o cumprimento do serviço extraordinário, termina dizendo “podendo no entanto solicitar dispensa da respectiva prestação por motivos atendíveis”;

c) refere, ainda, a informação, que até 5 horas extraordinárias não carece de autorização superior, o que também resulta do disposto no ECD;

d) de seguida informa-se que as horas extraordinárias podem ser atribuídas a docentes em acumulação e com artigo 79.º do ECD, ou seja, com componente letiva reduzida nos termos deste artigo. A informação omite, no entanto, que, de acordo com o disposto artigo 83.º, não pode ser atribuído serviço extraordinário “àqueles que beneficiem de redução ou dispensa total da componente letiva nos termos do artigo 79.º, salvo nas situações em que tal se manifeste necessário para completar o horário semanal do docente em função da carga horária da disciplina que ministra”, o que , manifestamente, não é o caso. As escolas são assim impelidas a violarem a lei, o que as poderá tornar alvo de queixa nos tribunais;

e) como forma de ameaça, é dito aos professores que as faltas às horas extraordinárias terão de ser justificadas, caso contrário será aberto processo disciplinar. Ora esta é uma forma repugnante de tentar contornar, através do medo, a possibilidade de os professores recorrerem à greve às horas extraordinárias, que está convocada pela FENPROF. Os professores, sempre que aderirem a esta greve, não terão de apresentar qualquer justificação e a abertura de processo disciplinar levaria a abrir, isso sim, um processo na justiça contra quem o promovesse. Ou seja, mais uma vez, o ministério da Educação empurra o odioso do problema e as suas consequências para cima dos/as diretores/as das escolas e agrupamentos;

f) conclui a informação aos professores que as manchas horárias que lhes foram atribuídas e que cumprem desde o início do ano poderão ser alteradas, se necessário.

É deplorável a atuação do ME em mais este processo, no caso através da já referida troika DGEstE-DGAE-DGE, empurrando eventuais problemas jurídicos para cima das direções das escolas.

A FENPROF repudia estas ameaças, as ilegalidades que estão a ser promovidas, a ausência de qualquer tentativa de diálogo com os sindicatos sobre matéria que afeta diretamente a vida dos professores e a ausência de negociação coletiva sobre um aspeto que, nos termos da lei, é obrigatória.

A FENPROF lembra os professores que poderão mobilizar motivos atendíveis para não aceitar estas horas extraordinárias, como sejam as ilegalidades, falta de condições de saúde, entre outros motivos. Lembra ainda que poderão fazer greve, se assim entenderem, não tendo de apresentar qualquer justificação, nem podendo haver receio de abertura de processo disciplinar. A FENPROF apela aos professores que denunciem junto dos seus sindicatos eventuais abusos e ilegalidades que sejam praticados.

A FENPROF não se alheia do problema da falta de professores, cuja responsabilidade é do governo e, em particular de um ministro que, até hoje, desvalorizou o problema. Por esse motivo, a FENPROF apresentou propostas para o futuro, mas, também, para dar resposta imediata às situações que existem, por exemplo: a possibilidade de atribuição de serviço extraordinário, mas sem violação do disposto no ECD e por aceitação dos professores; a possibilidade de as escolas completarem os horários incompletos que estão a concurso, daí resultando o correspondente salário; a correção da grave distorção que afeta os docentes contratados para horários incompletos, no que concerne aos descontos para a segurança social; a possibilidade de docentes contratados com horários incompletos poderem completá-los na própria escola, através de aditamento ao respetivo contrato. Estas propostas são parte do caminho que é preciso fazer para enfrentarmos o problema da falta de professores.

O Secretariado Nacional da FENPROF

October 24, 2021

Setúbal tem um problema de alcoolismo?

 


Fui à mercearia do sr. A. e o rádio estava ligado numa estação local. Quando entrei ouvi, 'tem um problema de álcool? Venha ter connosco Alcoólicos anónimos...etc.' Achei estranho uma publicidade aos AA. e disse em voz alta, 'Mas Setúbal tem um problema de alcoolismo para já fazer publicidade desta?' Então o sr. A. disse-me que tem muitos clientes alcoólicos e que são quase todas mulheres. Às oito e meia da manhã aparecem a comprar um Pack de cervejas e depois voltam à hora de almoço para mais. Disse-me que uma delas, que trabalha a dias, bebe mais de 5L de cerveja por dia. Fiquei estupefacta, mas na verdade, pensando bem, não sei porque me admira. A cidade tem muita pobreza que a pandemia veio agravar e as mulheres são quem mais a sofre e nem todas têm algum backup de suporte. 


June 17, 2021

Problemas

 


O que é que faz com que uma sequência de sons seja reconhecida como música e outra sequência de sons, não? 

Tenho que ver se já alguém respondeu a esta questão porque não tenho conhecimento  suficiente de música ou fonética ou de neurologia para responder a esta questão. 

Não sei se esta frase de Stravinsky é inteiramente verdade, mas é bela.



January 02, 2021

O tópico de hoje para pensar

 


Se pudéssemos recomeçar a vida do zero acabaríamos, no mesmo lugar em que estamos?

Pressupostos do problema: não podíamos mudar as condicionantes da vida - onde nascemos, a família com que crescemos, os acontecimentos do mundo, etc.

December 11, 2020

November 16, 2020

Problems

 


If life has no meaning why are we 'wired' to find meaning in everything? For example, there is no meaning "as such" of Covid-19, — still, Covid-19 means, or can mean, something and one has to figure this meaning out as it's a healthy thing to do, and that must be said of everything that means something to somebody. So in the end we have meaning of the parts but not meaning of the whole?


October 20, 2020

Problema do dia

 


Much of what we do is a conversation with the child we were. (Noah Baumbach - just heard)

August 21, 2020

Problemas




Esta belíssima imagem do Paquistão é acompanhada por uma voz lindíssima de um homem que canta ʾAllāhu ʾakbarᵘ, que significa, Deus é grande, em arábico. É também o grito de guerra que os terroristas muçulmanos usam no momento de matar. Até pode estar a ser cantado por um talibã...  Devíamos impedir-nos de o ouvir?     



E já agora, senhor ME: mande pagar o que me devem, sff!

July 07, 2020

Ainda agora comecei a ler e já tenho um problema para pensar



Li a primeira página do 1º capítulo e pensei, 'vou gostar do livro porque é exactamente isto que penso. O demasiado liso e brilhante é infantil, até me parece um bocado pornográfico: excesso de exposição seccionada  e passiva que mata completamente o erotismo, naquele sentido muito lato... platónico, para abreviar'.


Problema: gosto do livro por ele ser, 'polido', quer dizer, por o autor ter uma maneira de pensar que vai ao encontro da minha e, por isso, não me oferecer resistência e não dar trabalho a pensar? Gosto do livro da mesma maneira que o depressivo-narcísico gosta de um outro que não lhe resista, como uma forma de se validar, de confirmar o seu poder? Não deveria, para ser coerente, gostar de um livro cujas ideias se me oponham e resistam e, nessa medida, me obriguem a des-subjectivar-me, condição de aprender, crescer, ampliar, etc.?






daqui: