O reputado pragmátivo W. V. Quine famosamente declarou que nas nossas teorias do mundo (cuja totalidade das declarações apenas foram pragmaticamente trabalhadas e ajustadas umas às outras) nenhuma declaração é não revisível. Mas não é a declaração de Quine, segundo a qual nenhuma declaração é não revisível, pensada para ser 'não revisível': para representar a verdade sobre a revisibilidade, haja ou não fundamentos pragmáticos para a manter? Ele não diz, 'nenhuma declaração é não revisível enquanto esta declaração não for revista'. De toda a maneira, se as declarações de Quine rejeitando as declarações não revisíveis fossem em si mesmas revisíveis, não seria isso a rejeição absoluta das declarações não revisíveis que ele pretendia. À semelhança do princípio segundo o qual não há princípios absolutos, a declaração de Quine rejeita-se a si mesma. (Dr Arnold Zuboff, tradução minha)
Mesmo que todas as verdades -ou declarações objectivas- sejam relativas isso não as torna, obrigatoriamente, equivalentes. De qualquer modo o que parece interessante é que mesmo as declarações que pretendem negar a possibilidade de verdade têm intenção de declarar uma verdade não revisível.
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