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November 03, 2023

The United Nations is becoming a place for uniting dictators

 


November 02, 2023

Coisas inaceitáveis

 


November 01, 2023

Deixem os mulas a falar sozinhos



Sempre que um deles pegar no microfone vão-se embora.


@UNWatch

We are now calling on all countries to walk out of the room tomorrow when the Islamic Republic of Iran becomes Chair of the United Nations Human Rights Council Social Forum.

A desvirtuação das NU...




One detail is important to mention. Ordinary hanging is free fall so that the neck breaks. Quick death. In Iran, they lift them up with cranes, so that they suffocate. It takes several minutes before death occurs. Iran will chair the @UNHumanRights council. 
Uma lástima...

October 30, 2023

Espero sinceramente que a ONU seja uma instituição suficientemente forte para sobreviver a uma liderança míope



Acredito convictamente que a ONU é a melhor instituição internacional para a cooperação e paz entre os povos. A sua carta de fundação permanece perfeitamente actual e pertinente, «apenas» as suas regras de funcionamento começam a estar desajustadas para o mundo actual e, nessa medida, precisa de mudanças, nomeadamente na representação do CS e nas suas regras de funcionamento - o direito ao veto. Implodir as NU seria a maior vitória da Rússia e da sua narrativa a favor de ditaduras brutais e direitos de colonizar povos vizinhos. Espero sinceramente que a ONU seja uma instituição suficientemente forte para sobreviver a uma liderança míope.


@aborealis940

Czech Defense Minister Jana Černohová has called for the #CzechRepublic's withdrawal from the #UN organization following the anti-Israel vote. "Exactly three weeks ago, #Hamas killed more than 1,400 Israelis. And only 14 countries, including ours, spoke out against the unprecedented terrorist attack by #HamasTerrorists. I am ashamed of the UN. In my opinion - the Czech Republic has nothing to expect from an organization that supports terrorists and does not respect the basic right to self-defense.

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A ministra da Defesa checa, Jana Černohová, apelou à retirada da República Checa da organização #ONU na sequência da votação contra Israel. "Há exatamente três semanas, o #Hamas matou mais de 1.400 israelitas. E apenas 14 países, incluindo o nosso, se pronunciaram contra o ataque terrorista sem precedentes do #HamasTerrorists. Tenho vergonha da ONU. Na minha opinião, a República Checa não tem nada a esperar de uma organização que apoia os terroristas e não respeita o direito básico à autodefesa.

October 25, 2023

Guterres é especialista em inflamar ânimos e resolver nada




Veio lembrar que nada acontece do nada... se ele não o dissesse ninguém adivinhava... 
É claro que ele sabe que as suas palavras são interpretadas por ambas as partes e ele usou a mesma gramática que o Hamas têm usado para justificar o injustificável, i.é., que o seu ataque é uma resposta de resistência a uma ditadura e que foi pela liberdade que o fizeram. Os terroristas sentem-se agora compreendidos, legitimados e empoderados pelas palavras dele. E isto serve a quem? Ninguém. Aliás, penso que os actos de anti-semitismo vão aumentar mais, agora que as NU, na pessoa do seu dirigente, humanizaram o ataque do Hamas e lhe deram um contexto de razoabilidade.
Seria muito diferente se Guterres tivesse dito: 'Israel tem feito uma ocupação da Palestina que não respeita os acordos e os direitos dos palestinianos, mas nada justifica um ataque em que o objectivo é torturar, matar com crueldade e raptar civis, inclusive crianças e bebés, que são actos de terror injustificáveis." 
Ficávamos todos a perceber que Israel tem de mudar a sua política e as suas práticas, mas que as NU não humanizam o horror do terrorismo do Hamas que é idêntico ao do Daesh e que não luta por nenhuma liberdade, mas pelo domínio brutal da região, como aliás o têm feito aos próprios palestinianos.
Ou podia não ter dito nada e trabalhar para ajudar na resolução dos problemas.
Contudo, Guterres escolheu dizer que até compreende o ataque do Hamas. A quem serve este padrão de Guterres de estar sempre a inflamar os ânimos em vez de agir com eficácia? A ninguém e, neste caso particular, serviu aos que praticaram o terrorismo. Agora que hostilizou os israelitas usando a gramática dos terroristas, como vai resolver seja o que for com eles? Guterres é especialista em inflamar os ânimos e resolver nada.

Embaixador israelita na ONU pede demissão "imediata" de Guterres


Na abertura da reunião do Conselho de Segurança, Guterres condenou os "atos de terror" e "sem precedentes" perpetrados pelo Hamas em Israel. Mas admitiu ser "importante reconhecer" que os ataques do Hamas "não aconteceram do nada".

October 16, 2023

Não percebo esta estratégia não-produtiva

 


@antonioguterres

As we are on the verge of the abyss in the Middle East, I have two humanitarian appeals:


To Hamas, the hostages must be immediately released without conditions. 

To Israel, rapid & unimpeded access for humanitarian aid must be granted for the sake of the civilians in Gaza.
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Faz-me lembrar aqueles professores que começam o ano a dizer aos alunos, 'esta disciplina é muito difícil e vão ter exame e se não estudam muito não vão conseguir, vai ser uma catástrofe, ninguém vai conseguir passar'. Os miúdos ficam logo assustados e com a ideia de que o empreendimento, no geral, é tão difícil que é praticamente inalcançável. Os que têm problemas de auto-confiança ou os que vêem mal preparados desmotivam-se logo ali. É uma estratégia não-produtiva.

É o que me lembram estas declarações catastrofistas de Guterres a propósito de tudo e de nada e de igual modo, seja mesmo uma questão grande ou seja pequena, tudo são abismos. Isto não é produtivo, não motiva para a acção positiva. 
Queremos saber o que a ONU sabe dos assuntos e o que está a pensar fazer e não se pensa que vem aí uma catástrofe, o que só contribui para que a tarefa pareça impossível. Ora, como dizia Hanna Arendt, uma das características da acção humana é o facto dela ser imprevisível e isso significar, também, que é aberta e que podemos sempre reinventar um outro caminho humano. A ONU deve ser uma organização de esperança e de abertura de caminhos humanos mais positivos que os anteriores.
O seu cargo é um cargo de buscar soluções através de convergências, de influenciar compromissos e soluções e a sua credibilidade, penso, vem em grande parte da coerência da sua acção. A voz das NU não pode ser uma voz passiva de moralismos e avisos catastrofistas. Por exemplo, ao mesmo tempo que fala a favor dos direitos humanos em Israel, mantém o Irão no conselho de segurança dos direitos humanos das NU e não age relativamente a isso. É uma incoerência que descredibiliza a acção das NU.
Enquanto falava de abismos, o secretário americano conseguiu que o Egipto abrisse a fronteira para fazer sair estrangeiros de Gaza e entrar ajuda humanitária e conseguiu que Israel voltasse a ligar a água para a faixa de Gaza. Ah, podem dizer, 'mas o secretário americano tem um poder real que o secretário-geral das NU não tem'. Mas a questão é que tem, se o quiser e souber usar. Em vez de usar adjectivos alarmistas e catastrofistas, diga os factos e as soluções positivas que está a tentar encontrar. 

October 09, 2023

Em vez de slogans vácuos, que tal agir consequentemente?

 


Andar a postar slogans superficiais resolve o quê? Pois, nada. Quem está em posição de influenciar o curso dos acontecimentos que o faça, em vez de postar slogans sem nenhum significado que contribua para a solução dos problemas.


September 30, 2023

Ultrapassar o veto da ex-URSS no Conselho de Segurança das NU (CSNU)

 


Outro dia li uma opinião de um especialista francês de RI que defendia ter de haver duas pessoas/países a vetar, em vez de apenas uma, para o veto ser efectivo no CSNU. Não vejo que isso solucionasse o problema, pois bastava a Rússia e a China juntarem-se num veto ou outros dois países quaisquer, para voltar à estaca zero.

Penso que seria mais eficaz e de acordo com o espírito das NU, que é um espírito de cooperação para a paz no mundo, escrever uma adenda à Carta das NU para ser usada especificamente na questão do veto no CSNU. Essa adenda especificaria o que são incompatibilidades fundamentais entre os deveres dos países aí representados e os seus direitos de veto.

Por, 'incompatibilidades fundamentais', entendo acções que põem causa a própria existência das NU e do seu propósito primordial que lhe serve de fundamento: a paz entre as nações.
Há uma distinção de grau entre os deveres que relevam dos direitos da Carta. Por exemplo, o direito à educação ou à saúde, que são direitos consagrados na Carta, devem ser atendidos pelos governos, mas quando um governo não os atende, podendo fazê-lo (como o que se passa neste momento em Portugal), essa falha não põe em causa a existência das NU ou da paz entre as nações e pode ser resolvida pelo próprio povo, através das suas estruturas políticas. Há excepções: neste momento o Afeganistão retirou o direito das mulheres existirem enquanto seres humanos com direitos próprios e não há estruturas políticas no país para lidar com isso. Mesmo assim, sendo essa uma violação clara da Carta, não põe em causa a existência das NU e a paz entre as nações e pode resolver-se com acções políticas conjuntas da comunidade das nações aí representadas. É uma questão de melhorar as estruturas internas o que cabe a quem a lidera. Não é uma incompatibilidade com o próprio fundamento da organização das NU e do seu objectivo primordial: a paz entre as nações.

Já o caso de um país invadir outro e levar-lhe a guerra e destruição total, sem ter sido provocado ou sem que o faça para se defender de uma agressão, é uma clara incompatibilidade com o próprio fundamento da organização das NU e do seu objectivo primordial: a paz entre as nações. Para já não falar na intenção de genocídio de uma parte da população.

Portanto, ficando definido nessa suposta adenda à Carta o que é considerado uma incompatibilidade com o próprio fundamento da organização das NU e do seu objectivo primordial -a paz entre as nações-, uma maioria simples de votos bastaria para que os membros do CSNU decidissem se um dos seus membros está em clara violação da compatibilidade exigida e, sendo esse o caso, o seu direito a veto cessaria imediatamente até que depusesse as armas e retrocedesse nas acções. Mais até: se se quisesse que essa votação no CSNU tivesse mais força, poderia ser precedida de uma votação na Assembleia Geral das NU sobre se o país 'x' está em clara violação da compatibilidade com o próprio fundamento da organização das NU e do seu objectivo primordial: a paz entre as nações. 

O objetivo do veto e a sua intenção foi minimizar as discórdias, não legitimar políticas imperialistas de agressão, destruição e morte. Contudo, é exactamente o que está a fazer, neste momento, a Rússia: a perverter o sentido e o espírito que estiveram na orige dessa regra.

Tenho procurado por todo o lado ler propostas de solução para a questão do veto, que obviamente necessita de correcção e vejo poucas e todas no sentido de apenas aumentar o número necessário de vetos, para que se torne efectivo. Não me parece que isso chegue. 

Bem, esta é a minha proposta, a proposta de uma cidadã do mundo -seguindo nisso Sócrates, o filósofo grego- preocupada com a perda de força e eficácia das NU no seu propósito fundamental de manter a paz entre as nações e manter relevante a preocupação com os direitos humanos.


September 19, 2023

Assembleia Geral da ONU

 


🇺🇸 O Presidente dos EUA, 
@JoeBidenno seu discurso na Assembleia Geral da ONU, apelou à inaceitabilidade de fazer concessões à Rússia contra o direito internacional para pôr termo mais rapidamente à guerra na Ucrânia, sublinhando que isso prejudicaria a ordem jurídica internacional. 
"Se nos desviarmos dos princípios fundamentais da Carta das Nações Unidas para apaziguar o agressor, será que algum dos países membros pode ter a certeza de que está seguro? Se permitirmos o desmembramento da Ucrânia, será possível falar da segurança da independência de qualquer país? A resposta é não. Temos de resistir a esta agressão direta agora para dissuadir possíveis agressores no futuro", sublinhou Biden. 
O público reagiu a estas palavras com um longo aplauso.

Agora está Erdogan a falar https://gadebate.un.org/en

August 05, 2023

O que eu gostaria de ouvir/ler



Em vez de ouvir constantemente gritar, «Fogo! Fogo!» ouvir, «hoje consegui que 3 (6, 10...) países fizessem uma parceria com calendário, medidas práticas e dinheiro alocado de prevenção do fogo.» Pessoas que estão em posição privilegiada para a acção eficaz a nível mundial têm de fazer mais que gritar, «Fogo!» e isso é que era de valor.


Começou “uma era de ebulição global”, avisou António Guterres. O que é que isso significa?


A ONU lançou uma discussão sobre o termo “ebulição global”. Os cientistas estam divididos quanto à sua utilização: uns sublinham que não é um termo científico, outros dizem que pode ser relevante.

April 20, 2023

A ONU reconhecer o regime dos talibãs seria uma abominação

 

Os talibãs violam todos os princípios da Carta das NU e nenhum argumento utilitarista pode legitimar o reconhecimento de esclavagistas e assassinos. Normalizar o governo dos talibãs é uma pedrada em todas as mulheres afegãs, a juntar àquelas com que os talibãs as matam todos os dias.


September 20, 2022

Erdogan está agora mesmo a falar na ONU

 


Apelou a uma saída dignificante para a guerra da Rússia a que se refere como, Guerra da Ucrânia. Dignificante para quem? Quem é que perdeu a dignidade? Putin. Não os ucranianos. E como é que ele sugere que se faça essa saída? Isso ele não diz, porque sabe que Putin não aceitará nunca retirar-se dos países invadidos, de maneira que a única maneira de ele sair dignificado seria a Ucrânia desistir do seu território e entregar-se ao fascismo de Putin. Aliás, todos os que falam na paz e no perigo nuclear nunca abrem a boca para dizer como é que isso se poderá fazer porque sabem que só se poderia fazer -um acordo de paz- concedendo a Putin ficar com os territórios que invadiu e destruiu. Quem sabe, ajudá-lo a invadir os seguintes países da ex-URSS...

Entretanto, apela a que se ajude o Azarbeijão (contra a Arménia), a China a recuperar o seu território, o fim das sanções, o fim da islamofobia, etc.

Enfim, um ditador a apelar a que se compreendam os ditadores amigos e os dignifiquem. 


August 17, 2022

Ser a mudança




Direitos Humanos


Eddie Ndopu17 Agosto 2022

Quando as Nações Unidas foram edificadas a partir dos escombros da Segunda Guerra Mundial, teria sido inconcebível que alguém como eu - um jovem, negro e gay, utilizador de cadeira de rodas - fosse considerado para um emprego de alto nível na organização. Portanto, é um testemunho impressionante da distância que a humanidade percorreu desde 1945 o facto de eu estar entre os candidatos que a ONU considerará para suceder a Michelle Bachelet quando ela deixar o cargo no próximo mês como Alta-Comissária das Nações Unidas para os Direitos Humanos.

Se for selecionado, serei o funcionário público internacional de mais alto escalão com deficiência desde a fundação da ONU. Esta seria uma vitória histórica para 1,3 mil milhões de pessoas com deficiência que, segundo a ONU, compõem o maior grupo minoritário do mundo.

A Convenção da ONU sobre os Direitos das Pessoas com Deficiência, assinada em 2007, tem ajudado a promover a inclusão em todos os setores. Mas ver alguém numa cadeira de rodas numa posição de poder ainda é bastante invulgar. Em muitas partes do mundo hoje, o rosto do ostracismo ainda é o de uma criança deficiente de pele escura.

Eu poderia facilmente ter sido aquela criança. Mas poderia dizer que a minha experiência como defensor dos Direitos Humanos começou aos 6 anos de idade, quando - com lágrimas a escorrer pela cara - disse à minha mãe: "Eu quero ir prá escola".

A vida de uma criança numa cadeira de rodas na Namíbia, onde passei os primeiros 9 anos da minha vida, é muitas vezes extremamente limitada, como o é em grande parte do mundo em desenvolvimento. Segundo a ONU, 90-98% das crianças com deficiência no Sul Global não têm a oportunidade de ir à escola.

Na época, de facto, eu estava a contrariar as estatísticas simplesmente por estar vivo. Aos 2 anos de idade, fui diagnosticado com atrofia muscular espinal, doença degenerativa mortal que ataca o sistema nervoso. Os médicos disseram à minha mãe que eu provavelmente não viveria para ver o meu quinto aniversário. Estou com 31 anos hoje.

A minha mãe, que secou as lágrimas dos meus olhos, estava determinada. Ela encontrou uma escola disposta a aceitar-me. No meu primeiro dia, fui colocado no fundo da sala de aula. Ficou claro que esperavam pouco de mim. Eu espantei a professora ao escrever o meu próprio nome - algo que a maioria das outras crianças não conseguia fazer. Um sorriso espalhou-se pelo rosto dela. Ela viu que eu poderia aprender da mesma maneira, ou talvez até mais depressa, que os outros.

Essa experiência ensinou-me a ter expectativas, independentemente dos obstáculos no meu caminho. A minha candidatura para suceder a Bachelet procura ultrapassar os limites do possível, não só para pessoas com deficiência, mas para qualquer pessoa que já se sentiu desvalorizada, subestimada e marginalizada.

Se for selecionado, serei o líder mais jovem ao nível da liderança principal. A ONU muitas vezes enfatiza a importância de envolver os jovens, dada a nossa participação no futuro. E, no entanto, somos um grupo demográfico não-representado na instituição. A seleção de uma liderança jovem para esta posição daria novo impulso e autoridade ao trabalho do Alto-Comissário da ONU.

Conseguir Direitos Humanos para todos parece muitas vezes um objetivo impossível, especialmente agora, quando tudo parece impossível. Como Nelson Mandela enfatizou, parece sempre impossível até que seja feito.

Eu tive de me lembrar dessas palavras há algum tempo, quando ainda estava na Amnistia Internacional e tinha o mandato impossível de reunir dois grupos conhecidos por desconfiarem um do outro: líderes empresariais e defensores dos Direitos Humanos. Eu convenci-os a ouvirem-se uns aos outros como parte de uma campanha para responsabilizar as indústrias extrativas pelas violações de Direitos Humanos em África.

Num momento em que o mundo está cada vez mais fraturado e parece que simplesmente deixámos de nos ouvir uns aos outros, acho que o escritório do Alto-Comissariado das Nações Unidas para os Direitos Humanos está qualificado para enfrentar os desafios mais urgentes dos nossos dias. Pela primeira vez desde 2001, a maioria da população mundial vive sob governos não-democráticos e violadores de direitos. Enfrentamos um nacionalismo intensificado, uma crise económica emergente e uma pandemia global - uma crise de saúde que muitos governos enfrentaram reivindicando poderes de emergência e adotando restrições que muitas vezes violam direitos. E, claro, os conflitos na Ucrânia, no Sahel, em Mianmar e numa série de outros lugares criam as suas próprias preocupações significativas sobre direitos.

O Alto-Comissariado da ONU desempenha um papel crucial em tempos como estes, servindo como um farol para os princípios dos Direitos Humanos e defendendo aqueles que corajosamente se pronunciam quando veem violações em todo o mundo. Como vem dizendo o secretário-geral da ONU, António Guterres, os Direitos Humanos sustentam "todo o sistema da ONU. (Eles) são essenciais para abordar as causas e os impactos amplos de todas as crises complexas e para construir sociedades sustentáveis, seguras e pacíficas".

Se o secretário-geral me selecionar para esse cargo, o meu trabalho será identificar e expor as violações de direitos de modo incansável, independentemente dos interesses poderosos que estejam no caminho, e envolver-me com os defensores da sociedade civil para tornar o trabalho da ONU mais participativo e mais relevante para impulsionar mudanças.

Eu sou, reconhecidamente, um candidato fora da caixa para este cargo - uma escolha impossível, poderão dizer. Mas acredito, em especial nestes tempos, que um pensamento novo, uma energia nova e a capacidade de ver como superar barreiras aparentemente impossíveis são exatamente o que o mundo precisa.

Eddie Ndopu, ativista de Direitos Humanos, é um defensor dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável junto do secretário-geral da ONU.
© Project Syndicate, 2022.

August 01, 2022

A ONU está de férias, a banhos?

 

May 29, 2022

A ONU precisa de reforma

 


E não é Guterres que a vai fazer, como já se viu. Bachelet, ao fim de dois anos com o dossier dos direitos humanos na China, foi à China e lê aqui uma informação que parece ter sido escrita pela própria China em que diz que exortou os chineses a respeitarem os direitos humanos e das minorias e que eles disseram, ok, de maneira que ela considera ter feito o seu trabalho.



Uma pergunta que responde:

 



 

May 10, 2022

Declarações de Guterres: uma desgraça




Em primeiro lugar fala em acelerar negociações como se houvesse alguma negociação, como se Putin tivesse, até hoje, feito algum movimento no sentido de dialogar e negociar, quando a posição dele tem sido: a Ucrânia que se renda e depois falamos. Em segundo lugar põe Moscovo e Kyiv no mesmo plano ao dizer que as armas têm de silenciar-se nesta guerra sem sentido. Por acaso a defesa dos ucranianos não tem sentido? Deviam entregar-se a Putin? Se Putin largar as armas e for embora do solo que não lhe pertence acaba logo a guerra. Em terceiro lugar aconselha a Rússia a pôr termos às 'acções militares' (não usa o termo, «guerra», não vá ofender Putin...), não por uma qualquer ideia de direito internacional e violação da Carta da ONU, mas apenas por razões de uma escalada que afecte outros. Uma desgraça.

Guterres pede que Moscovo e Kiev acelerem negociações para alcançar a paz

“As armas devem ser silenciadas”, afirmou o secretário -geral das Nações Unidas, que voltou a repetir “a oferta de prestar os meus bons ofícios a qualquer momento para pôr fim a esta guerra sem sentido”

O diplomata português exortou ainda a Rússia a pôr termo às suas ações militares no país vizinho, manifestou a sua “profunda preocupação” com a continuação e possível alastramento do conflito e considerou como inimagináveis as consequências de uma escalada da guerra na Ucrânia.

May 06, 2022

Notas de uma cidadã do mundo preocupada II

 


Há o modo como as coisas sempre foram no campo da relações internacionais, isto é, a força sempre se impôs, e esse modo como as coisas sempre foram, condicionou a resposta de muitos países na questão das sanções à Rússia. 

Depois, há este novo presente que rompeu com o passado de tolerância da lei do mais forte nas relações internacionais e levou à união de muitos países no apoio e na defesa de um país agredido. Este presente, inesperado, deve-se a vários factores que hão-de ser estudados. Um deles, parece-me, tem que ver com lideranças: a liderança do Presidente da Ucrânia obviamente, mas também a liderança da Presidente da Comissão Europeia e do Presidente dos EUA. Esta união de países, de apoio à Ucrânia e contra a tirania não seria possível, a meu ver, nem com Juncker, nem com Trump. O que significa que há agora, quando a guerra acabar, uma janela de oportunidade para fazer mudanças na ONU, aproveitando este ímpeto, de maneira a mudar o futuro e construir uma nova realidade em que não seja possível um país violar a soberania e território de outro impunemente, como a Rússia está a querer fazer e o diz publica e arrogantemente, como se o mundo lhe pertencesse: A Rússia chegou definitivamente à região de Kherson e não haverá regresso ao passado, disse o secretário do Conselho Geral da Rússia Unida, Andrey Turchak.

Seria uma pena que este ímpeto acabasse por ser uma anomalia e se perdesse como uma espécie de originalidade irrepetível. Porém, para que essa reforma da ONU, de que falo aqui, na primeira parte destas notas, seja possível, é preciso que as democracias liderem pelo exemplo e trabalhem no sentido de se conseguir assinar um acordo de consequências práticas, que as comprometa também a elas, no caso de violarem as regras do direito internacional. 

Guterres, por exemplo, se quisesse deixar o seu nome ligado a uma renovação positiva da ONU no sentido de lhe dar mais conteúdo, para que a instituição não morra da doença da excessiva formalidade, podia fazer qualquer coisa nesse sentido.


April 29, 2022

Sucesso de Guterres? Qual sucesso?




E a solução deste especialista é falar muito e falar mais numa situação em que uma das partes não fala nem quer falar...  isso vai resolver muita coisa.



Guterres deve aproveitar “sucesso da missão” em Moscovo e Kiev para “falar repetidamente sobre o problema” e propor soluções

Victor Ângelo

O que deve Guterres fazer a seguir?

É importante que aproveite o sucesso da sua missão para falar repetidamente sobre o problema e fazer propostas para se encontrar uma solução para esta crise. No imediato, poderá propor a realização de uma conferência para a paz, a reconstrução e a segurança na Europa de Leste, que juntaria os diferentes atores e os diferentes países da região à mesma mesa, e em que Guterres e a equipa das Nações Unidas proporiam uma agenda que permitisse aos países da região encontrar uma relação de estabilidade com a Rússia. Essa relação é fundamental não só para a Rússia, mas também para a Europa de Leste.