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May 06, 2022

Notas de uma cidadã do mundo preocupada II

 


Há o modo como as coisas sempre foram no campo da relações internacionais, isto é, a força sempre se impôs, e esse modo como as coisas sempre foram, condicionou a resposta de muitos países na questão das sanções à Rússia. 

Depois, há este novo presente que rompeu com o passado de tolerância da lei do mais forte nas relações internacionais e levou à união de muitos países no apoio e na defesa de um país agredido. Este presente, inesperado, deve-se a vários factores que hão-de ser estudados. Um deles, parece-me, tem que ver com lideranças: a liderança do Presidente da Ucrânia obviamente, mas também a liderança da Presidente da Comissão Europeia e do Presidente dos EUA. Esta união de países, de apoio à Ucrânia e contra a tirania não seria possível, a meu ver, nem com Juncker, nem com Trump. O que significa que há agora, quando a guerra acabar, uma janela de oportunidade para fazer mudanças na ONU, aproveitando este ímpeto, de maneira a mudar o futuro e construir uma nova realidade em que não seja possível um país violar a soberania e território de outro impunemente, como a Rússia está a querer fazer e o diz publica e arrogantemente, como se o mundo lhe pertencesse: A Rússia chegou definitivamente à região de Kherson e não haverá regresso ao passado, disse o secretário do Conselho Geral da Rússia Unida, Andrey Turchak.

Seria uma pena que este ímpeto acabasse por ser uma anomalia e se perdesse como uma espécie de originalidade irrepetível. Porém, para que essa reforma da ONU, de que falo aqui, na primeira parte destas notas, seja possível, é preciso que as democracias liderem pelo exemplo e trabalhem no sentido de se conseguir assinar um acordo de consequências práticas, que as comprometa também a elas, no caso de violarem as regras do direito internacional. 

Guterres, por exemplo, se quisesse deixar o seu nome ligado a uma renovação positiva da ONU no sentido de lhe dar mais conteúdo, para que a instituição não morra da doença da excessiva formalidade, podia fazer qualquer coisa nesse sentido.


January 29, 2021

Há alunos sem matemática há um ano - mais um eficiência do ME e do SE

 


... que têm um grande desprezo pelos professores em geral. Quero ver se este dois senhores também vão passar à frente da fila das vacinas onde há pessoal de saúde, idosos, bombeiros, funcionários de supermercado e pessoas doentes e imuno-deprimidas e com comorbilidades (como eu) a quem deram ordens para que nos mandassem ir trabalhar. 

Isto são os anos a fio de desinvestimento na educação. Têm apostado na baixa natalidade e emigração em massa com a consequente falta de alunos, para não contratarem professores, ou seja, parece-me que têm apostado no desaparecimento do país. 


João Araújo diz que essa é uma das previsões mais negras que o país enfrenta: chegados a janeiro há alunos sem aulas por não terem professor, as substituições já são difíceis e nos próximos anos vão reformar-se milhares de docentes.

August 06, 2020

Iniciativas que dignificam as pessoas e pensam em termos de futuro



Não sei se a prisão pode ser sempre um local de reforma ou se todo o criminoso é passível de reforma mas, podendo sê-lo, era o que devia ser, em vez de se constituir como um local de mero castigo no meio de um ambiente de violência. Esta ilha na Itália, onde prisioneiros vivem no meio da natureza e cuidam de animais em vez de estarem fechados em jaulas, é um local de reforma. 
A ilha tem quintas de animais e tinha um matadouro mas o ministro da justiça mandou retirar o matadouro porque o objectivo do projecto é fomentar a empatia, desenvolver a responsabilidade e o cuidado com os outros para a pessoa ser devolvida à sociedade com melhores ferramentas psicológicas.


Gorgona: Italy's last penal colony where 100 criminals care for 180 farm animals

The island off Tuscany is helping rehabilitate prisoners with the help of pigs, cows, sheep and goats 

Orazio, a prisoner on the island serving a sentence for murder, tends to some of the island’s goat residents.
Orazio, a prisoner on the island serving a sentence for murder, tends to some of the island’s goat residents. Photograph: Angela Giuffrida