Em 24 de outubro de 1975, 90% das mulheres da Islândia fizeram uma greve pela igualdade de direitos e de salários. Deixaram de trabalhar, de cozinhar, de limpar e de cuidar dos filhos, paralisando efetivamente a nação. Os homens enfrentaram grandes desafios. Os supermercados esgotaram rapidamente as salsichas. Os pais recorreram ao suborno dos filhos mais velhos para cuidarem dos mais novos, enquanto alguns foram obrigados a levar os filhos para o trabalho, o que resultou numa redução da produtividade.
Muitas lojas e pequenas empresas funcionaram apenas com metade da capacidade. As escolas tiveram de fechar porque a maioria dos professores eram mulheres. A impressão de jornais foi interrompida porque a maioria dos tipógrafos eram mulheres. Os voos foram cancelados porque a maioria das assistentes de bordo eram mulheres e os directores dos bancos tiveram de assumir funções de caixa devido à preponderância de mulheres nesse trabalho.
Um ano mais tarde, a Islândia promulgou a primeira lei do mundo a garantir a igualdade de direitos para as mulheres. Quatro anos após esta legislação, a Islândia fez história ao eleger a sua primeira mulher presidente, Vigdís Finnbogadóttir, que exerceu o cargo de 1980 a 1996, tornando-se a mulher chefe de Estado eleita há mais tempo no mundo.
De acordo com o Fórum Económico Mundial, a Islândia ocupa atualmente o primeiro lugar a nível mundial em matéria de igualdade entre homens e mulheres, posição que tem mantido nos últimos 11 anos.
