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May 22, 2024

Se isto é verdade, é muito grave




Se é verdade que os deputados do Chega andam a fazer bullying às deputadas de outros partidos, é muito grave e elas têm que arranjar maneira de ter testemunhas ou gravações de prova e entregá-las à justiça. 

Chega avança com procedimento judicial se Isabel Moreira não apresentar provas das acusações

Isabel Moreira, do PS, relatou insultos por parte de deputados do Chega como "vaca" dirigidos a deputadas, referindo que estes comentários acontecem nos corredores ou no plenário, mas com o "microfone fechado", e disse que "há um quotidiano infernal, ingerível" de "ofensa e permanente".

April 24, 2024

"listas para as europeias que desmerecem o 25 de abril" - subscrevo inteiramente e é caso para perguntar: o PSD já relegou as mulheres para o estatuto de donas de casa como mandam os Khamenei do rectângulo?



PS e PSD: listas para as europeias que desmerecem o 25 de abril



De um lado teremos o legado de Costa: serviços públicos em calamidade. Do outro, temos o mediatismo vazio e a política como reduto masculino.


A sério: queria escrever um texto bonito sobre o 25 de abril e a necessidade de destribalizar a data. Enviaria farpas à parte da direita que nunca fez as pazes com o dia, não porque seja mais antidemocrática que a esquerda, mas porque gostavam da ordem e da hierarquia social do Estado Novo. Daria vergastadas na
esquerda que usa o 25 de abril como momento de fornecer uma humilhação pública generalizada à direita, colocando-nos num lugar de segunda na ordem democrática.

Iria ao 25 de novembro, defendendo a normalização. À direita para deixar de equiparar ao 25 de abril, numa tentativa de o menorizar. E à esquerda para parar o ranço pela derrota do PCP e reconhecer a relevância da data. Deambularia também pelo meu apreço por ter crescido em democracia e, até, por ter sido criança e adolescente num período pós-ditatorial, quando há a maior liberdade que se segue ao fim de tempos de contenção e censura e espartilhos sociais.

Porém terão de ficar com esta minha demonstração de intenções, porque entraram em cena as listas para as europeias do PSD e do PS. Também vai ser um texto sobre o 25 de abril, de certa maneira. Mais na linha: com o esboroar crescente da simpatia pela democracia e com crescimento de direitas e esquerdas iliberais e pouco democráticas, os nossos dois maiores partidos entretêm-se a arriscar ainda mais a benevolência dos eleitores para com os partidos supostamente centristas e moderados.

Diria eu que PSD e PS têm particular responsabilidade em seguir escrupulosamente boas práticas éticas e políticas, escolher protagonistas de qualidade e não passar a ideia de que a política é só um meio de sustento para militantes. A ilusão de que o serviço público norteia os políticos devia ser veiculada. Sucede que estes partidos não concordam.

Comecemos pelo PS. Os três lugares cimeiros da lista ao Parlamento Europeu – Marta Temido, Francisco Assis e Ana Catarina Mendes – são socialistas eleitos para o parlamento nacional há menos de dois meses. Fizeram campanha pelo PS, apresentaram-se aos eleitores dispondo-se a serem os seus representantes no órgão legislativo nacional, assumiram esse compromisso com os eleitores selado com aquilo que é sagrado na democracia – os votos, a fonte de legitimidade do poder.

Mas aparentemente são políticos instáveis e pouco confiáveis, porque logo depois de terem assumido um compromisso com os eleitores para a Assembleia da República, ainda os votos não arrefeceram, já estão a apresentar-se a eleições para outros lados mais bem pagos e mais glamourosos.

É simples: se Pedro Nuno Santos queria estes três políticos para o Parlamento Europeu, não os apresentava às eleições nacionais. Se estes nomes resultaram de negociações internas, ou se foram impostos, bem, um líder também é alguém que impõe mínimos éticos: Pedro Nuno Santos só teria de fazer saber que os candidatos se devem apresentar de boa-fé aos eleitores, ou a um lugar ou a outro, e que os compromissos assumidos com os cidadãos são para cumprir.

Três deputados candidatando-se nas legislativas para logo a seguir se candidatarem às europeias é uma fraude ética e um desrespeito aos eleitores. O pior da política, visto como um meio à disposição dos militantes do PS para tratarem da sua vida. Serviu para quê? Para estes três elementos terem ordenado até rumarem a Bruxelas? É pequeno, poucochinho e desmerece a democracia.

A escolha da cabeça de lista também é sintomática. Marta Temido é o rosto do SNS empancado, sem funcionar. Como ministra, acordou com o BE extinguir as PPP na Saúde e promoveu o fim de umas tantas. Pedro Nuno Santos pode querer afastá-la de uma candidatura a Lisboa e tirar votos ao BE. Contudo, não dá confiança na consistência política do líder do PS a escolha de alguém com o perfil estatista e antiprivados de Marta Temido, sobretudo depois de passar uma campanha garantindo não ter nenhum dogma contra privados.

No PSD o cenário não é melhor. Não sei se houve alguma viagem no tempo da cúpula do PSD até às cavernas, mas a primeira mulher do PSD (Lídia Pereira) aparece em quinto lugar da lista. Ou seja, se a AD eleger 5, 6 ou 7 eurodeputados (muito provável), só haverá uma mulher do PSD. Para comparação: em 2019, o PSD, em seis, elegeu três mulheres.

Piora. O cabeça de lista é Sebastião Bugalho, escolhido por mistérios insondáveis que deixaram o PSD em choque (e pavor). Nada contra o comentador, que conheço há vários anos. Simplesmente escapa-me o CV mostrando qualquer mérito que valha a promoção a cabeça de lista para o Parlamento Europeu. Foi brevemente jornalista, esteve brevemente ligado a Miguel Pinto Luz em Cascais. De resto, fez comentário político. Usualmente sobre a espuma dos dias, nem sequer comentário particularmente reflexivo ou com pensamento próprio.

O PSD é isto? O partido que quer promover aos píncaros o jovem homem que não provou nada mas tem talento e potencial? É bastante consistente com a ausência de mulheres nas listas. Contudo não lhe chamaria "disruptivo", ao contrário de Montenegro. Está mais para os lados do profundamente reacionário. Assim como antes do 25 de abril.

Que o PSD nestas europeias proponha aos portugueses votarem num jovem de carreira e concretizações curtas, só porque aparece na televisão e é mediático nas redes sociais e, ademais, se sabe promover e criar uma alargada rede de contactos – bem, haverá alguma obscura e retorcida lógica nisto, mas não a descortino. E, ingenuamente, tinha a expetativa de, depois de oito anos de mais parra que uvas, o PSD, não descurando a forma e a boa comunicação, privilegiasse a substância. Depois de tanta conversa de Montenegro sobre mulheres na campanha eleitoral, e a escolha de boas ministras, também não esperava regresso a tamanha alienação (ou traição?) da maioria dos eleitores do PSD (i.e., mulheres).

De um lado teremos o legado de Costa na sua versão clímax da maior característica destes governos: serviços públicos em calamidade. E desrespeito pelo compromisso com os eleitores. Do outro, temos o mediatismo vazio e a política como reduto masculino. Desconfio que os eleitores mais sábios irão passar o 9 de junho na praia, sem se maçarem com eleições. Os menos sábios votarão naquele partido que não gosta do 25 de abril; e é contra o regime mas deita a mão a todos os refugos do regime. Muitos cravos para PSD e PS.

Maria João Marques

December 13, 2023

Os nossos deputados são misóginos ou só estúpidos?




Eu vou pelas duas. Quanto mais burros e ignorantes mais avançados se julgam. E, naturalmente, na senda do chefe, são pequenos ditadores que impõem a sua vulgaridade aos outros. Eu espero, sinceramente que, se houver ataques e assaltos a raparigas em balneários e casas-de-banho das escolas por parte de rapazes que resolvam passar a usá-las, os pais dessas raparigas preguem com estes estúpidos em tribunal.



A privacidade e segurança das raparigas nas escolas desapareceram entre aplausos


Os casos de assaltos sexuais por miúdos trans (que frequentam casas de banho femininas) a raparigas são abundantes.

Maria João Marques

No último dia do Governo de António Costa em plenas funções, qual epitáfio, o PS e a restante esquerda aprovaram na especialidade o projeto de lei do PS sobre identidade de género nas escolas. Ou seja, PS e restante esquerda votaram, como finalização do legado do ciclo Costa, para eliminar nas escolas a privacidade e a segurança das raparigas quando usam casas de banho e balneários.

Esta votação acontece, mais dia menos dia, quando foram conhecidos os resultados da última avaliação PISA, com os alunos portugueses com desempenho em maior queda que os vizinhos europeus. E ocorre quando milhares de alunos das escolas públicas, prestes a terminar o primeiro período, continuam sem professor a pelo menos uma disciplina. E, porém, a prioridade de vários partidos para as escolas é estragar a vida das alunas.

Esta votação ocorre quando milhares de alunos das escolas públicas, prestes a terminar o primeiro período, continuam sem professor a pelo menos uma disciplina

Também é ilustrativo — do provincianismo português, da falta de informação generalizada e da pouca qualidade da classe política — o debate sobre as questões trans nas escolas ser feito nos exatos termos de há muitos anos, quando começou este processo legislativo em Portugal, alegremente desligados da evolução desta temática (literalmente alucinante) no resto do mundo desenvolvido. No momento em que vários países europeus começam a retroceder na loucura que se tornou o cuidado gender affirming para adolescentes com disforia de género, por cá ainda falamos como se tudo se tratasse de uma questão de conservadorismo e ruralidade portuguesa, a ser corrigida pelas nossas elites oh tão esclarecidas no Parlamento.

Enquanto na Suécia, na Holanda ou no Reino Unido (entre outros) se decide parar de dar bloqueadores de puberdade a adolescentes trans e de fazer cirurgias que retalhavam as mamas das raparigas menores, e a discussão é generalizada sobre o perigo que casas de banho e balneários mistos representam para a segurança sexual de mulheres (segundo o Sunday Times, quase 90% dos crimes sexuais ocorridos em balneários aconteceram em balneários mistos, de resto por agressores heterossexuais), por cá não tiramos nenhuma lição das experiências dos outros países.

Mas a lei aprovada não impõe casas de banho e balneários mistos nem tem que ver com hormonas. (Por acaso tem, porque o debate das questões trans tem de se fazer na globalidade.) Simplesmente adolescentes trans poderão usar as casas de banho onde melhor se sentirem. Verdade. Sucede que tal continua a ser perigoso para as raparigas. Os casos de assaltos sexuais por miúdos trans (que frequentam casas de banho femininas) a raparigas são abundantes. Tanto que no Reino Unido se começa a dar permissão para excluir pessoas trans de casas de banho e balneários femininos à conta dos direitos irritantes que são a privacidade e segurança das mulheres.
Adolescentes trans poderão usar as casas de banho onde melhor se sentirem

Um caso em 2021, numa escola na Virgínia, foi exemplificativo da hierarquia da ortodoxia das questões trans: direitos trans primeiro, direitos das mulheres e das raparigas só se for preciso para os políticos ficarem bem na fotografia. Talvez inspirando-se na política da Igreja americana de transferir padres abusadores para outras paróquias, também se decidiu, depois de uma queixa inicial, transferir um aluno de “género fluido” que violou uma rapariga numa casa de banho para outra escola: voltou a violar outra rapariga.

Estes parágrafos não são desprezo pelas circunstâncias dos miúdos trans. Concordo: têm todo o direito a ver nas escolas respostas para as suas necessidades. Contudo, essas respostas não podem acontecer torcendo-se e eliminando os direitos das raparigas, como faz esta proposta de lei. A escola tem obrigação de dizer às raparigas que valem, contam, são pessoas por inteiro, devem impor limites e lutar pelos seus direitos. Já a mensagem do projeto de lei agora aprovado é patriarcal ao nível mais bafiento: diz às raparigas para se secundarizarem face aos interesses alheios.

O projeto de lei sobre identidade de género nas escolas é vago, só para folclore eleitoral, a armar ao progressista saloio, e escusa-se noutro ponto importante nas escolas: o desporto.

O desporto é mais um tópico onde os direitos trans atropelam os direitos das mulheres, devido à maior capacidade física dos corpos masculinos face aos femininos. O problema de ter trans nos desportos femininos não se traduz somente nas vitórias que atletas com corpos masculinos facilmente obtêm quando competem com mulheres. Também se expressa no perigo de ter corpos masculinos, com mais força e capacidade muscular, em jogos de equipas de mulheres. Já tivemos atletas trans provocando lesões graves e permanentes em atletas mulheres no hóquei. No vólei. No futebol. Os casos multiplicam-se. A World Rugby, organização internacional da modalidade, já baniu atletas trans do râguebi feminino, por gritantes perigos para a saúde e segurança das mulheres da modalidade.

Mas desta vertente da identidade de género nas escolas ficamos sem saber como será. Os nossos sonsos deputados só legislaram o que periga a privacidade e segurança sexual das raparigas, desejando que abusos sexuais que acontecerão fiquem por reportar; assim todos podemos fingir que não existem. Rótulas espatifadas, cabeças partidas e nódoas negras são mais visíveis, pelo que os corajosos e progressistas deputados nacionais fogem disso.

Tenho para mim que um dia a sanidade será recuperada, se parará de impingir a miúdos autistas e gays e lésbicas que são trans. (Em 2020, um estudo de números largos confirmou a frequente coincidência de autismo e disforia de género: quem é neurodivergente tem uma probabilidade três a seis vezes maior que os neurotípicos de não se identificar com o seu sexo. Tornando este grupo num dos que mais recebem a "cura" de retalhar corpos de miúdos e uma vida entregue a tratamentos hormonais para os "corrigir".) E começar-se-á a aceitar como as pessoas são, sem necessidade de correção, bem como a diversidade dentro do sexo feminino e dentro do sexo masculino, ao invés de fazer equivaler sexo aos mais tradicionais estereótipos de género. Antes disso, encomendo ao Presidente: vete este ataque às raparigas.

April 05, 2023

Estou a ouvir a audição de Alexandra Reis

 


A mulher tem muita categoria e até agora chegou para os deputados todos que lhe fizeram perguntas. Não se deixa abalar nem um átomozinho. Não abona em favor deles. Estão a tentar apanhar o Medina e a mulher dele através dela, mas não vão lá chegar.


June 04, 2022

Deputados e assessores lêem jornais roubados

 


A minha questão é: se os deputados estão dispostos a roubar por uma coisinha tão mesquinha (calculo que devam ter acesso a jornais na AR e nos partidos), que golpes darão eles quando se trata de outros bens muito mais apetecíveis?





March 25, 2021

Quando os deputados dizem disparates sobre a escola

 


“A pandemia expôs as insuficiências e assimetrias do sistema educativo nacional”, reforçou Joacine Katar Moreira “Precisamos de trabalhar por um ensino igualitário, cooperativo, inclusivo, acessível”. Por sua vez, a deputada não inscrita Cristina Rodrigues critica a falta de apoios aos profissionais da Cultura. “O programa Garantir Cultura, ainda não garantiu nada”, frisou.

A deputada não inscrita Joacine Katar Moreira considera que a pandemia revelou “graves assimetrias sociais e económicas” do ensino público, uma vez que exigiu “alterações drásticas aos métodos de ensino com as aulas online” que prejudicaram os alunos “sem computadores” ou acesso à internet.
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A pandemia não expôs as insuficiências e assimetrias do sistema educativo, mas sim da distribuição de riqueza na sociedade e da saúde da economia. 
Quando os alunos não têm um quarto individual para trabalhar, logo, não têm privacidade; quando não têm computador; quando não têm acesso a internet de banda larga ou nem internet, sequer, a não ser de dados móveis, de capacidade reduzida, não é na escola que se deve procurar as causas, pois não cabe à escola pôr a economia saudável e fazer com que haja uma distribuição justa e equitativa da riqueza, de maneira a que todos tenham condições de vida digna. Isso cabe aos governos.

June 25, 2020

De cada vez que os deputados do PS e PSD têm oportunidade de ser úteis ao país, mostram o que são: uns inúteis



Os deputados daqueles dois partidos cujo trabalho é esperar até ser a sua vez de poderem meter a mão nos dinheiros públicos mostram o valor que dão à educação e aos que frequentam as escolas: desemerdem-se que estamos-nos nas tintas para isso tudo. O ME está desaparecido. Outros que se estão nas tintas para isto tudo e trabalham para aumentar as entradas no seu CV. Os deputados e o governo, que enchem a boca com os coitados dos alunos que ficaram para trás na pandemia e etc., na altura de poderem ser úteis ao país, escolhem sempre ser o que são: uns inúteis, logo, uns parasitas.


Parlamento
PS e PSD chumbam redução de alunos por turma


February 10, 2020

Porque é que Ferro Rodrigues não entrega a declaração de interesses dos deputados?




Grupo de cidadãos exige a Ferro Rodrigues a publicação imediata de registo de interesses de deputados 

A “não divulgação do registo de interesses dos deputados (...) permite suspeitar que haja alguma informação que o Parlamento pretenda esconder”, lê-se na carta enviada ao presidente da AR.

February 07, 2020

Os deputados que decidem o OE que nos governa esquecem-se de entregar os registos de interesse




Alguns parlamentares invocaram problemas com o software, outros com o cartão de cidadão. Tinham até 24 de dezembro mas, em janeiro, ainda faltavam perto de quatro dezenas. Não há qualquer registo no site da AR.


O limite de entrega era, por isso, 24 de dezembro mas, no início de janeiro, ainda quase quatro dezenas de parlamentares não tinham cumprido a sua obrigação junto dos serviços da Assembleia da República e houve deputados que apenas fizeram a entrega um mês depois do prazo.

Paulo Morais, presidente da Frente Cívica, arrasa os atrasos na entrega dos registos de interesses, dizendo mesmo que estes não existem para a Comissão da Transparência os analisar: “Existem para que haja transparência e possa haver um escrutínio público”. 
“O registo de interesses deve ser publicado imediatamente assim que seja recebido”, diz. prazo permissivo “Não há desculpa nenhuma para o registo de interesses não ser do conhecimento público, porque uma declaração de registo de interesses preenche-se por um cidadão que tenha mais do que a 4.ª classe em 24h ou 48h. O prazo de 60 dias é mais do que permissivo”, afirma, concluindo que no “61.º dia, a população deveria ter acesso aos registos”. “Não há desculpa nenhuma”.