O PSD está cheio de Khameneis que querem regredir ao tempo em que as mulheres tinham de pedir autorização para existir.
O PSD está cheio de Khameneis que querem regredir ao tempo em que as mulheres tinham de pedir autorização para existir.
BREAKING:
— Visegrád 24 (@visegrad24) March 4, 2024
France just became the first country in the world to include the legality of abortions in its constitution.
The French Parliament voted in favor by 780 votes to 72.
Via @FranceNews24 pic.twitter.com/TzuK75OEc8
📺 NEW VIDEO
— MeidasTouch (@MeidasTouch) May 3, 2022
Republicans have taken away your right to choose. Now take away their right to govern. #GOPHandmaidsTale pic.twitter.com/uHZVjH5Qfh
Daqui para a frente é preciso votar tendo em conta a posição dos partidos/pessoas nestas questões que são mais importantes que as económicas e outras porque retiram às mulheres a liberdade de viverem de acordo com a sua consciência, o seu interesse e os seus direitos.
Um homem, um idoso de idade e de cabeça, a falar pelas mulheres, com as mulheres atrás dele a deixarem que ele fale por elas, a dizer baboseiras estúpidas acerca do mundo concordar com ele... a uma mulher que descreve uma experiência devastadora. Ele não quer saber. As mulheres para estes tipos são como galinhas ou vacas reprodutoras que têm de ser postas com trela e dono. No Alabama, agora prendem as mulheres grávidas se as vêem fumar e depois não as soltam porque alegam que não tomam conta dos fetos e têm de ser guardadas à vista. Isto não tem que ver com humanidade mas com controlar as mulheres. Tem a ver com poder. São os Putins das mulheres, estes trogloditas que infligem a maldade às mulheres, por serem broncos ao modo de Trump.
Lindsey Graham's abortion ban news conference ended with a devastating question from a woman who experienced complications during pregnancy pic.twitter.com/UHi0XtmA2R
— Aaron Rupar (@atrupar) September 13, 2022
Entretanto, as mulheres é que pagam pelo obscurantismo alheio.
He lost some sleep after realizing what he had done. Listen https://t.co/BdOHcqw0dG
— Frida Ghitis (@FridaGhitis) August 23, 2022
Neste vídeo com um pequenino excerto de uma entrevista a Trump ele resume claramente o que é a posição de ser pró-vida: é punir as mulheres.
Para os que são, 'pró-vida', assim que uma mulher tem no seu corpo uma célula fecundada, a sua vida deixa de ter importância, a mulher agora é nada em si mesma e deve ser sacrificada em prol dessa célula fecundada que tem no organismo. A sua liberdade de se autodeterminar desaparece completamente e passa a ser uma refém da opinião alheia sobre a sua vida, as suas possibilidades de vida e o seu futuro. Portanto, a expressão 'pró-vida' é enganadora pois leva em si o desprezo pela vida da pessoa completa e formada que é a mulher.
A gravidez é uma condição física e psicológica. Não é uma condição abstracta ou teórica, um conceito no vazio. Passa-se dentro do corpo das pessoas que são as mulheres e não é uma espécie de implante inócuo que as mulheres têm no corpo durante uns tempos e depois tiram e vão à sua vida. É um processo complexo, transformador da pessoa em termos físicos e psicológicos, com aspectos temporários e outros permanentes e riscos associados.
"Uma em cada 8.475 mulheres morre devido a complicações na gravidez. As causas mais comuns de morte de mulheres grávidas são:O corpo de uma mulher grávida à medida que progride na gravidez, tem os orgãos fora do sítio normal o que origina muitos problemas temporários e/ou permanentes. Estas imagens mostram sempre os fetos quietinhos e enroladinhos mas a realidade é outra: os fetos movem-se, esticam-se, espreguiçam-se, dão pontapés e exercem uma constante pressão e 'empurranço' de orgãos dentro do corpo. Desvios da coluna na zona lombar, dores fortes nos rins, que neste desenho nem se vêem, etc.
Aquelas imagens que as pessoas que se dizem pró-vida -mas são contra a vida das mulheres- põem por aí de mulheres no último mês de gravidez como se fosse nessa altura que se fazem abortos (em nenhum país do mundo se podem fazer abortos a partir de certa altura -onde já é chamado parto- que difere mas nunca vai a extremos) não passam de demagogia para chocar emocionalmente as pessoas.
Eu tive uma educação religiosa - tenho padres na família. Sei como é a educação religiosa das raparigas, como nos é inculcado desde muito pequenas que o maior conseguimento e honra de uma mulher é ser mãe. Que estar grávida é ser uma espécie de rainha e que Deus fica contente connosco, que é o que Ele mais quer de nós mulheres, que as mulheres existem para ser amadas pelos homens e cumprirem o plano de Deus e por aí fora. Sempre com citações de Papas e outros homens que sabem nada acerca das mulheres e desprezam-nas como se vê claramente pela repartição do poder entre homens e mulheres nas religiões.
A maioria dos homens religiosos e, infelizmente, muitas mulheres, pensam como Trump: as mulheres que interrompem uma gravidez são assassinas de bebés e merecem ser punidas (assim que uma célula é fecundada já lhe chamam, o bebé), da mesma maneira que os médicos que assistem na eutanásia são assassinos.
Vendo que as mulheres passam por tantos problemas físicos e emocionais com a gravidez, porque razão os homens não ajudam a evitar esse problema? Em primeiro lugar porque os homens ignoram por completo o que se passa com as mulheres física e psicologicamente durante a gravidez. Muitos dos legisladores nem sabem que a vagina e a uretra são coisas diferentes (há os que pensam que as mulheres têm o poder de mandar o corpo não engravidar), pensam que estar grávida é ter um implante no corpo que depois se tira e nem querem ouvir falar de 'problemas de mulheres' (há pouco tempo houve um sururu no nosso Parlamento porque uma deputada falou lá de menstruação - os homens ficaram embaraçados e algumas mulheres também). Depois, porque nas religiões o egoísmo masculino é exaltado: o homem é um macho que insemina as mulheres e impedi-lo de espalhar a semente, como dizem, é rebaixar os homens e atraiçoar o plano de Deus, de maneira que os homens não são educados a sentirem responsabilidade por engravidarem mulheres. Se sentissem essa responsabilidade já podiam ter desenvolvido uma pílula masculina, por exemplo ou podiam fazer uma vasectomia que é um procedimento que dura dez minutos + dois dias a comer gelados e é reversível, como se vê neste vídeo abaixo. Que é isso comparado com todos os problemas que uma mulher tem com a gravidez e o parto? Se os homens nunca engravidassem mulheres sem o seu consentimento o problema do aborto desaparecia. Isso é que é ser pró-vida e não defender a obrigação das mulheres estarem grávidas e a sua punição como assassinas, pelo facto de quererem tomar conta da sua saúde física e psicológica e das suas vidas.
Na.sexta-feira, o Secretário da Defesa Lloyd J. Austin III ( @SecDef ) emitiu uma declaração em resposta à decisão do Supremo Tribunal em Dobbs v. Jackson Women's Health Organization.
"Nada é mais importante para mim ou para este Departamento do que a saúde e o bem-estar dos membros do nosso Serviço, da força de trabalho civil e das famílias do DOD".
"Estou empenhado em cuidar do nosso povo e assegurar a prontidão e a resistência da nossa Força. O Departamento está a examinar de perto esta decisão e a avaliar as nossas políticas para garantir que continuamos a proporcionar um acesso sem descontinuidades aos cuidados de saúde reprodutiva, tal como permitido pela lei federal".
De acordo com O Politico, o Departamento de Defesa ( @DeptofDefense ) ainda não tem "qualquer política a anunciar para acomodar membros do serviço feminino estacionados em Estados que tenham proibido o aborto"."As tropas femininas que procuram o procedimento já enfrentam obstáculos íngremes para obterem os cuidados de que necessitam: Não podem obter abortos em instalações médicas militares, & a lei federal também impede as tropas de utilizar o seu seguro de saúde Tricare para cobrir o custo dos procedimentos em instalações privadas, a menos que a vida da mãe esteja em risco devido à Emenda Hyde", acrescentou O Politico.
Não era uma lei a favor do aborto, era uma lei a favor da autonomia das mulheres. A reversão da lei não é contra o aborto, é a favor de obrigar as mulheres a ficarem grávidas. Mandá-las para a cadeia se necessário. Grávidas contra a sua decisão, contra a sua liberdade fundamental, contra a sua a sua saúde física e psicológica, contra a sua autonomia. Uma pessoa que não tem autonomia sobre o seu próprio corpo é um escravo, neste caso, uma escrava. Mesmo nos regimes comunistas que negam a propriedade privada, ninguém nega a propriedade privada do próprio corpo. Só os esclavagistas defendem a alienação da autonomia da pessoa a um dono qualquer. Os EUA estão a deixar de ser um país laico para se transformar num país de leis religiosas. Custa ver um país como os EUA instituir a perseguição das mulheres como no tempo da inquisição.
Os EUA são uma democracia dita avançada no que respeita aos direitos humanos, às liberdades civis e à auto-determinação individual. Esta mudança por parte de um país que quer ser, e é, em parte, um modelo de democracia para uma grande parte do mundo, é um mau indício e agouro.
Escrevi isto sobre Biden ainda antes das eleições e parece-me que não estava errada. O meu receio é que Biden seja um breve hiato na deriva para o autoritarismo em que os EUA estavam desde Trump e da interferência de Putin. Acho piada a todos os que declaram que ter de usar máscara em certos locais é uma violação gravíssima da liberdade de fazer com o corpo o que se quer mas depois serem contra o direito das mulheres terem liberdade e domínio sobre o seu próprio corpo e saúde.