Anti-aborto: A senhora tem aí no corpo uma célula fecundada.
Mulher: Sim, mas eu não quero esta célula.
Anti-aborto: Ah, mas isso não é possível. Agora que tem uma célula fecundada tem que guardá-la e desenvolvê-la até que se torne um feto e depois nasça.
Mulher: Eu não quero. Tenho outros projectos na minha vida.
Anti-aborto: Agora que tem uma célula fecundada a nossa visão do que são as mulheres e para que servem tem prioridade sobre aos seus interesses.
Mulher: A propósito de quê é que a minha vida tem menos valor que uma célula do meu corpo?
Anti-aborto: A célula do seu corpo é um ser humano em potencial.
Mulher: Sim, mas eu mesma sou um ser humano e não apenas um potencial de ser humano. Existo, tenho uma vida, tenho objectivos e não quero comprometer-me agora com um filho para a vida inteira.
Anti-aborto: Essa célula não tem culpa de existir e agora que existe tem que ser preservada a todo o custo, mesmo que isso implique a senhora morrer. A célula do seu corpo é tudo, a senhora nada!
Mulher: Culpa? Que tem isto a ver com culpa? É uma célula que está no meu corpo. Eu é que escolho se a quero no meu corpo.
Anti-aborto: Não lhe cabe a si escolher. A Sociedade dos homens é que diz o que pode fazer com as células fecundadas do seu corpo. Se não queria ficar grávida abstinha-se de ter uma vida sexual.
Mulher: Essa é boa! Então tenho que pagar à sociedade para ter uma vida sexual?
Anti-aborto: Sim, porque o corpo de uma mulher serve para ter filhos. Uma mulher não é um fim em si mesmo, um ser digno de respeito por ser humano; é um instrumento de reprodução social e a sua utilidade esgota-se aí. Cabe-lhe ser bonita e agradável para os homens a fecundarem e ter filhos.
Mulher: Mas porque não posso der dona do meu corpo? Como é que pode haver igualdade de género, igualdade de direitos se os outros é que decidem por mim o que posso fazer com a minha vida e o meu corpo? Como pode haver liberdade, justiça, desenvolvimento sustentável, se as mulheres como eu não são donas do seu destino assim que têm uma célula fecundada no corpo?
Etc...
É assim que vejo as leis anti-aborto: a vida das mulheres não vale nada a não ser como pedaço de carne reprodutora e uma célula dos seu corpo, um potencial de ser humano, tem mais peso no seu destino que a sua vontade livre de seres humanos de facto, com uma vida a decorrer. Pode até ser presa por querer ser livre e dona do seu destino.
É assim que vejo as leis anti-aborto: a vida das mulheres não vale nada a não ser como pedaço de carne reprodutora e uma célula dos seu corpo, um potencial de ser humano, tem mais peso no seu destino que a sua vontade livre de seres humanos de facto, com uma vida a decorrer. Pode até ser presa por querer ser livre e dona do seu destino.
Parlamento Europeu condena lei antiaborto da Polônia
A resolução apresentada pelos eurodeputados ocorreu após uma mulher de 30 anos, chamada Isabela, morrer em um hospital da Polônia depois de ter um aborto negado recentemente.De acordo com Budzowska, a morte da vítima é entendida como um reflexo legislação restritiva polonesa.
Desde o outubro do ano passado, uma mudança determinada pelo Tribunal Constitucional restringe quase totalmente a prática de aborto na Polônia, permitida apenas em casos de estupro e incesto, ou quando há ameaça à vida e à saúde, ponto que é considerado controverso por grupos ativistas e pela advogada. A pena para quem descumprir a lei pode chegar a oito anos de prisão.
No comments:
Post a Comment