January 18, 2025

Nos Gulags de Putin estão prisioneiros dos Gulags soviéticos


 

O Fórum Rússia Livre publicou uma nova tradução do discurso da “última palavra” do historiador Alexander Skobov no seu julgamento desta semana, que muito provavelmente perecerá no Gulag de Putin. Esta é a voz de um verdadeiro patriota russo e sinto-me honrado por um homem de tão grande coragem ser membro do Fórum Rússia Livre. Vale a pena referir que Alexander foi preso quando era jovem, nos tempos da União Soviética, pelas suas opiniões dissidentes. Preso pelos comunistas, agora pelos fascistas, uma verdadeira demonstração da sua imensa coragem e dos seus princípios inabaláveis. -- Garry Kasparov

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“Fui criado na União Soviética com a convicção de que, quando um agressor malvado ataca cidadãos pacíficos, é preciso pegar em armas e lutar. E se não se pode pegar numa arma, é preciso ajudar os que podem e encorajar outros a fazê-lo.

Toda a minha actividade pública é um apelo à luta contra o agressor que atacou a Ucrânia, para apoiar a Ucrânia com armas e munições. Considero-me um participante na resistência armada contra o agressor. Nos mísseis e obuses que destroem os invasores, há uma pequena parte de mim. E eu partilho uma pequena parte em cada ocupante eliminado.

Ninguém atacou a Rússia, ninguém a ameaçou.

Foi o regime nazi de Putin que atacou a Ucrânia, movido apenas pelos delírios de grandeza dos seus líderes e pela sua ânsia desumana de poder sobre todos os que os rodeiam. Eles afirmam-se matando centenas de milhares de pessoas. São degenerados, escumalha, imundície nazi.

A culpa da ditadura nazi de Putin na preparação, desencadeamento e condução de uma guerra agressiva é óbvia e não carece de provas. Da mesma forma, o nosso direito à resistência armada contra o agressor no campo de batalha e no território do agressor não precisa de justificação. De facto, seria risível esperar tal reconhecimento de um regime que prende pessoas apenas por proferirem uma palavra de condenação moral contra ele. Todas as possibilidades de protesto legal contra a agressão de Putin foram há muito erradicadas.

Os meus apelos à resistência armada contra o regime do agressor são considerados por este como atividade terrorista. Não vou discutir com as autoridades do agressor, mesmo que decidam acusar-me de pedofilia. O sistema judicial na Rússia há muito que provou ser um apêndice da tirania nazi, e procurar justiça aí não tem sentido. Nunca me curvarei perante estas pessoas - cúmplices de assassinos e canalhas. Não tenho nada a discutir com eles. Deixem que os canhões falem por mim.

Não vejo qualquer interesse em discutir com os marionetas da ditadura sobre a fidelidade com que aplicam as suas leis. Trata-se, em todo o caso, das leis de um Estado totalitário que visa esmagar a dissidência. Não reconheço essas leis e não me vou render a elas.

Também não recorrerei de quaisquer decisões ou acções dos representantes deste regime nazi. Não peço misericórdia ao meu inimigo armado.

A ditadura de Putin pode matar-me, mas não me pode obrigar a abandonar a minha luta contra ela. Onde quer que eu esteja, continuarei a apelar aos russos honestos para que se juntem às Forças Armadas da Ucrânia. Continuarei a defender ataques a alvos militares no interior do território russo. Apelarei ao mundo civilizado para que infligir uma derrota estratégica à Rússia nazi. Defenderei a necessidade da destruição militar do novo regime hitleriano.

Putin é o novo Hitler, intoxicado pela impunidade, um fantasma embriagado de sangue. E não me vou cansar de repetir: “Esmaguem a serpente!”

Morte a Putin - assassino, tirano e canalha!

Morte aos invasores russo-fascistas!

Glória à Ucrânia!”

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