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September 06, 2023

Piadas do dia: nº 2




Governo alerta que Portugal vai precisar de mais de 30 mil professores até 2030

O ministro da Educação garante que o Governo está a desenvolver medidas para reduzir a precariedade, as distâncias e os tempos até à estabilização na carreira e a introduzir novos níveis remuneratórios.

DN
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(Governo alerta-nos que deixou a situação da falta de professores chegar a um ponto de catástrofe anunciada, ou seja: governo alerta-nos que é incompetente)

"ministro da educação garante"





Piadas do dia: nº 1

 


Questionado pelos jornalistas sobre se é mentira ou não que se manteve em silêncio durante a última reunião do Conselho de Estado, na terça-feira, como alguns órgãos de comunicação social escreveram, o primeiro-ministro escusou-se a responder.

"Não vou nem dizer sim nem vou dizer não, pelo seguinte: nós devemos respeitar as instituições. Por mim procuro respeitá-las, procuro ser bastante escrupuloso no cumprimento das regras institucionais, e quem não o faz, acho que presta um mau serviço ao país", defendeu António Costa, após a inauguração do supercomputador Deucalion. (DN)


À atenção do sr. Costa, o 'fazedor':




Salário de metade dos portugueses empregados não chega para as despesas


O relatório do estudo realizado pela empresa Ipsos referiu que a situação dos trabalhadores europeus é "muito preocupante, especialmente em Portugal e na Sérvia".

Costa, antes de entrar na reunião do CE, comenta que não é comentador

 

Diz que é fazedor. É mais, 'des-fazador': desfez o SNS, desfez a educação, desfez os serviços públicos e está a desfazer a justiça. A única coisa de relevo que fez foi crescer o número de pobres, o número de jovens que não podem sair de casa dos pais, o aumento da emigração de jovens altamente qualificados, 200 milionários e um certo número de parasitas políticos. 



O fazedor, o comentador e o mundo real

Enquanto os palácios continuam o jogo de biombos, a vida real continua: o maior hospital do país perdeu seis obstetras e quase 70 mil famílias vão gastar mais de metade do rendimento a pagar a casa.

Marta Moitinho Oliveira

September 04, 2023

Cativar e roubar e depois dar esmolas




Centeno defende apoios públicos e da banca para prevenir incumprimentos das famílias


Governador do Banco de Portugal alerta que no final deste ano, "cerca de 70 mil famílias poderão vir a ter despesas com o serviço do crédito à habitação permanente superiores a 50% do seu rendimento líquido".

September 02, 2023

O governo não resolve nenhum problema importante do país



E como a realidade e o tempo não param à espera que haja alguém no governo que perceba alguma coisa do que faz, os problemas vão-se agravando.
Temos um problema grave de natalidade e de fuga de pessoas altamente qualificadas para outros países onde vão procriar, pagar impostos e contribuir para a riqueza económicas cultural desses países. Porquê? Por falta de habitação e de salários decentes. O governo em vez de resolver estes problemas faz propaganda nos jornais.
A certa altura -já- vamos precisar de doses maciças de imigrantes que tanto podem ser pessoas qualificadas como não. De qualquer maneira serão pessoas a precisar de medidas de integração social e teremos os problemas de instabilidade social que vemos acontecerem em outros países. 
Isto faz algum sentido? Gastarmos dinheiro a formar excelentes profissionais e depois expusá-los daqui para ir importar pessoas de outros países?


Rafael, Luciana, Bernardo, Alexandra e Evandro são licenciados e deixaram salários pouco além dos €1000 para ganhar o triplo ou mais lá fora

1 ALEXANDRA VAZ 28 anos, Ciências Farmacêuticas, Bélgica 2 RODRIGO FERNANDES 24 anos, Engenharia da Energia, Suécia 3 LUCIANA ALEGRE 32 anos, Design, Noruega 4 DAVID BOTAS 28 anos, Engenharia Biológica, Islândia 5 EMANUEL LOPES E FILIPA SOUSA 32 e 33 anos (e o filho, Viriato, 2 anos), Biotecnologia, Suíça 6 BERNARDO SILVA 35 anos, Engenharia e logística, Países Baixos 7 RAFAEL ALMEIDA 30 anos, Engenharia Aeroespacial, França 8 EVANDRO DIAS 35 anos, Recursos Humanos, Países Baixos

Emigração qualificada está a crescer mais depressa e há países nórdicos com recorde de entradas de portugueses. Peso da casa nos baixos salários está a expulsar jovens do país e ameaça trazer uma nova vaga de emigração nos próximos anos


September 01, 2023

Informação versus propaganda



Quando a pobreza é motivo de orgulho


Mário Queirós

CADA VEZ MAIS TRABALHADORES ACIMA DO SALÁRIO MÍNIMO

Esta é a mensagem que a “República Portuguesa” do Twitter transmitiu recentemente. Segundo a informação divulgada, em 2016, 21% dos trabalhadores recebiam o salário mínimo, e a meio de 2023 esse valor tinha baixado para 20,8%.

Como??? Baixou de 21,0% para 20,8%? E isto é motivo de orgulho?

Sim, parece que sim. Pois, de facto, em seis anos e meio, a situação não piorou. Apesar de estarmos a comparar com dados provisórios - mas para a “República Portuguesa” do Twitter, isso é... o menos importante!

E porque comparamos com 2016?

A resposta é fácil: porque se comparássemos com anos anteriores, já iríamos chegar à conclusão de que estamos muito pior agora. Por exemplo, a crise da bolha imobiliária atingiu a economia no ano de 2008, e nesta altura tínhamos 7,4% das pessoas a ganhar o salário mínimo – todas as outras ganhavam mais. Em 2011, após o corte de 5% dos salários da função pública por parte do PS, tínhamos apenas 11,3% das pessoas a ganhar o salário mínimo. E se recuarmos ao início desse século, o valor era de 4%.

$!Quando a pobreza é motivo de orgulho

Olhando para este gráfico, parece-lhe que a quantidade de pessoas a receber o SMN tem vindo a diminuir? Parece-lhe que a “República Portuguesa” do Twitter está a trazer-lhe informação de uma forma honesta? Ou estará apenas a fazer propaganda do governo PS?

Experimente agora abrir a ligação para a publicação no Twitter e observe o gráfico publicado, parcialmente reproduzido aqui.

$!Quando a pobreza é motivo de orgulho

Nesse gráfico podemos ver a evolução do SMN entre 2016 e 2023. Parece-lhe que esta é uma forma séria de apresentar dados? Como é que 760 é quatro vezes 530? Não lhe parece que também aqui está a haver uma tentativa de manipulação da forma como as pessoas leem a “notícia”?

Mas a ilusão não fica por aqui. Se formos comparar a evolução real do SMN, temos de descontar a inflação. Admitindo como verdade que a inflação deste ano será de 5,5% (segundo informação do Banco de Portugal), em 2023 o SMN é de 588 euros (a preços de 2016).

$!Quando a pobreza é motivo de orgulho

Um gráfico construído de forma honesta, deveria ser este segundo aqui apresentado (acima), em que podemos comparar a evolução real do salário mínimo: ganhar 760 euros hoje é o mesmo que ganhar 588 em 2016.

Quando começamos a ler uma publicação da “República Portuguesa”, julgamos estar a ler uma informação isenta e imparcial. Como pudemos ver, num pequeno tweet da “República Portuguesa” com apenas 30 palavras, podemos assinalar várias tentativas de manipulação da opinião dos portugueses com dados verdadeiros.

Aqui chegados, de certeza que já estamos a colocar a questão: porque é que a “República Portuguesa” do Twitter não utiliza honestidade na divulgação dos dados estatísticos?

Sempre que vir uma publicação da “República Portuguesa” do Twitter, fique atento, pois o mais certo é que esteja a ser alvo de propaganda do Partido Socialista.

Mário Queirós, dirigente da Iniciativa Liberal e professor do Ensino Superior


August 30, 2023

Isto é só rir

 


A TAP gabar-se de ter lucros e depois falar em 23 milhões é uma piada. Essa quantia no contexto de uma companhia de aviação são amendoins - é o equivalente aos dois motores de um único Boeing. Depois de já lá termos enfiado, quanto? 4 mil milhões?

TAP regressa ao lucro com ganhos de 22,9 milhões de euros no semestre


Presidente-executivo diz que as métricas estão acima do previsto no plano de reestruturação e que o próximo semestre será intenso, com uma procura forte e reservas consideráveis

Este governo é como um espantalho que afugenta




Acha isto normal?

Santana Castilho

1. Repetidas vezes temos ouvido os políticos a atribuir o atraso da nossa economia ao decantado défice de formação dos trabalhadores. Nesta premissa, aliás, têm vindo a assentar os sucessivos programas promotores do acesso ao ensino superior.

Mas aquilo que não se divisa são políticas coerentes, que ultrapassem os baixos salários e a precariedade e garantam que o dinheiro que o país despende com a formação dos seus jovens reverta a favor de melhores condições de vida para todos.

Assim, não surpreende uma notícia recente segundo a qual, num só ano, Portugal perdeu 128 mil trabalhadores com ensino superior. Trata-se de uma emigração em massa de quadros a quem oferecemos salários baixíssimos e não divisam aqui expectativas de futuro compatíveis com a formação que adquiriram.

Muitos dos que emigram são médicos, que vão deixando o SNS à míngua de especialistas. Já há alguns anos, o prof. José Ponte demonstrou no PÚBLICO que o custo de formação de um especialista ficava entre os 300 e os 500 mil euros. No ano corrente, o orçamento dos dois ministérios que tutelam o ensino ultrapassa largamente os 10 mil milhões de euros.

Acha isto normal? Acha normal que o nosso marasmo político financie o desenvolvimento dos outros países à custa do nosso retrocesso?

(...)

4. A mesma arrogância e obstinação estão na origem da recusa em recuperar os seis anos, seis meses e 23 dias cumpridos pelos professores em período de congelamento. Não é possível detalhar, no pouco espaço de que disponho, os fundamentos que permitem afirmar que o decreto-lei agora promulgado pelo Presidente da República gera novas injustiças e desigualdades dentro da classe e deixa sem resposta as vertentes mais contestadas de toda a situação, ao não revogar as quotas que cerceiam os acessos aos níveis mais elevados da avaliação do desempenho e ao não eliminar as vagas instituídas para aceder aos 5.º e 7.º escalões. Por último, permanece a discriminação dos professores relativamente à restante administração pública e, particularmente, aos que ensinam na Madeira e nos Açores.

O Governo tem dito que os obstáculos são de natureza financeira e de equidade relativamente aos restantes funcionários públicos. São muitas e de proveniências insuspeitas as demonstrações de que o argumento financeiro é falso. Quanto à equidade, a verdade é que, na generalidade das outras carreiras, o tempo de serviço, convertido em pontos, já foi reposto.

Acha isto normal? Acha normal que seja por isto que vamos ter o próximo ano dominado por conflitos laborais, depois dos últimos três, parcialmente perdidos?



August 26, 2023

O governo PS é mais futebol




O governo PS liga pouco às questões ambientais, o que se nota pelas pessoas que estão à frente das instituições. Veja-se o que pensa Jorge Lúcio, presidente da APEG (Associação Portuguesa de Empresas de Gás), sobre os ecologistas: é uma gente que "berra" -  Independentemente dos berros dos ecologistas, temos um bom caminho de descarbonização, disse há pouco tempo ao DN



Centenas manifestam-se em Lisboa contra abate de sobreiros em Sines

O Ministério do Ambiente declarou a "imprescindível utilidade pública" do parque eólico da Morgavel na zona de um bosque de montado de sobreiros, autorizando o abate de 1821 exemplares daquela espécie de árvore.

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Uma caTAPlana para amigos do peito

 


Uma caTAPlana para amigos do peito

Joana Petiz

Diogo Lacerda Machado deve ser mesmo o melhor amigo de António Costa. E como o primeiro-ministro gere o país como quem governa a cozinha lá de casa - entra quem ele quer, quem está mexe no tacho e ninguém tem nada com isso -, não dispensa o advogado lobista nas suas mais importantes decisões.

Foi assim quando o primeiro-ministro chamou o amigo a dar uma mãozinha num dos processos mais sensíveis em que o governo se meteu, a intermediação de relações entre um banco privado (BPI) e a então acionista Isabel dos Santos. E também para ajudar a pacificar os detentores de papel comercial do Grupo Espírito Santo. Tudo na base da amizade, claro, como quem pede que lhe dê ali uma volta ao guisado, para não queimar.

(...)

Agora, parece que o compadre Diogo está a ajudar a montar um consórcio para aumentar a procura de candidatos à compra da TAP. Como quem pinta os lábios ao porco, para parecer melhor. Lacerda Machado sempre disse que não excluía participar no negócio de venda da companhia que ajudou a renacionalizar há pouco mais de um par de anos. E esta semana tivemos notícia de que o homem que tratou em nome do governo da reversão da privatização da TAP, intermediando os passos entre os donos da transportadora e o governo que os quis expulsar a todo o custo, o homem que foi nomeado administrador da companhia para relatar a Costa tudo quanto lá se passava, o homem que planeou a reestruturação e só deixou a administração da companhia a meio de 2021, tendo acesso a toda a informação que a ela diga respeito, é apontado como peça-chave num consórcio que se posiciona na reversão da reversão da privatização.

E porque é que isso há de chocar quem é governado pelo PS de António Costa há oito anos? É só mais uma volta na cataplana de peixe que há quase oito anos vai apurando em lume brando.


"Alimentar o desespero e o populismo"









Rafael Barbosa

As famílias portuguesas estão a pagar, em média, mais 40% pela prestação da casa, do que há um ano. Ou seja, a prestação média do crédito à habitação disparou 106 euros para uma média de 370 euros mensais. Por outro lado, os juros representam hoje 55% do que se entrega ao banco (17% há um ano): 204 euros por mês em média, o que explica os lucros astronómicos da Banca. É espantoso que Mário Centeno, ex-ministro das Finanças, governador do Banco de Portugal, considere “comedida e razoável” a política monetária do BCE. Percebe-se o argumento de que, com uma taxa de inflação de 8,9% na Zona Euro há um ano, o BCE teria de aumentar os juros. E que isso contribuiu para amenizar a subida descontrolada do custo de vida (a inflação caiu para 5,3% em julho). Mas tem de haver limites. O BCE é independente, mas não pode ignorar as consequências sociais das suas decisões. A cegueira tecnocrática tem maus resultados: promove o desespero e alimenta o populismo.

O ano letivo passado foi marcado pela agitação nas escolas, por causa da luta pela recuperação do tempo “congelado” dos professores. Quem tem filhos na escola suspira por uma trégua. Não vai acontecer. E para isso contribuirá, em grande medida, a encenação promovida pelo mais recente decreto-lei. Confrontado com o veto de Marcelo, o Governo reformulou o texto, para dizer que, em próximas legislaturas, talvez se possa avaliar de novo a recuperação integral do tempo de serviço. É verdade que prevê uma recuperação parcial e que isso vai beneficiar milhares de professores. Mas, no que diz respeito à recuperação integral, é uma mão cheia de nada e outra de coisa nenhuma. Os decretos-leis existem para resolver problemas, não para fazer promessas vãs ou sossegar presidentes. O ilusionismo político tem maus resultados: promove o desespero e alimenta o populismo.

August 24, 2023

Coisas do ministro obstipado

 

A versão agora promulgada, segundo o ministro, só abrange quem tiver cumprido em pleno os 2557 dias de congelamento compreendidos entre 1 de janeiro de 2011 e 31 de dezembro de 2017, sendo de realçar que, desses, o Governo pretende extorquir 2393 (93,6%).

O diploma que entusiasma o ministro não recupera um único dos 2393 dias; não elimina as vagas para os 5.º e 7.º escalões; não revoga as perversas quotas na avaliação; gera novas e fortes assimetrias; mantém a discriminação do continente em relação às regiões autónomas e também dos docentes em relação à generalidade da administração pública.


O ministro da Saúde é mais FCP

 


A sua grande prioridade? Poupar dinheiro. Punir os médicos por mandarem fazer exames médicos ou receitarem medicamentos ajuda os doentes, como? Daqui para a frente vão começar a surgir notícias do género 'fulano de tal morreu depois de ir à urgência do hospital e de o terem mandado embora sem medicamentos e sem lhe fazerem nenhum exame.' Qual é o médico que quer ver o seu salário diminuído por mandar fazer um exame que não tem a certeza de ser necessário?

A medicina é uma ciência, não um exercício de adivinhação. Não queremos que os médicos confirmem os diagnósticos com os procedimentos científicos que são os exames? O que acontece agora aos médicos com pouca experiência? E o que acontece aos doentes? No mínimo vão passar a ser odiados se forem a razão de um médico ver o seu salário cortado.

Se se fazem exames a mais, arranje-se uma maneira de controlar isso sem prejudicar os doentes e os médicos. 

Isto só podem ser ideias das grande inteligências -Costa e Medina- que nos governam a desmantelar os serviços públicos para se poderem gabar de ter criado 200 milionários. Já o ministro da Saúde é mais FCP...


Prescrição de medicamentos e exames pode implicar cortes na remuneração. Novos indicadores são "perversos" e um "salto no escuro", dizem sindicatos.


LOL mas este senhor ainda acredita que alguém acredita no que diz?

 


A três semanas do arranque do ano letivo, ter 95% dos pedidos dá-nos a segurança de que as escolas terão a tranquilidade necessária e sem carência de professores". Segundo João Costa, "o ano passado, nesta fase, 56% dos professores contratados eram precários e, este ano, 64% dos professores colocados são professores do quadro".

O mesmo governante, no ano passado, na conferência de imprensa para a divulgação das colocações, afirmou ter "97,7% dos horários pedidos já atribuídos. Milhares de alunos não tiveram professor ao fim do ano. Este ano é pior porque se reformaram mais uns milhares. Toda a gente sabe disso e de a situação da falta de professores ser de tal maneira grave que ele publicou diplomas no sentido qualquer gato pingado poder ir fazer de professor. Enfim, patético.

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Este é um governo que não governa, faz propaganda... 

August 23, 2023

Não temos uma democracia evoluída, nem de perto nem de longe

 


Mais habitação: PS reage a Marcelo e mantém diploma

Costa só se ouve e si próprio. É por isso que sou contra as maiorias absolutas neste país: porque estas maiorias só funcionam bem em países politicamente muito evoluídos, com instituições muito fortes e resistentes aos abusadores de poder e às personalidade narcísicas. E mesmo assim, são um risco, como se viu com Trump.

Numa democracia evoluída, o poder executivo, mesmo que tenha maioria absoluta, ouve e leva em conta as considerações do Presidente, da oposição, dos deputados (que não vê como seus assalariados) e também do povo. Tem plena consciência de que todos participam da vida do país.

Este lei da habitação tem a oposição de quase todos, que a julgam ineficaz, causadora da subida dos preços da habitação, divisionista e cheia de erros difíceis de corrigir mais à frente. Mas o governo não quer saber de factos nem de considerações alheias às opiniões pessoais do primeiro-ministro.

Não temos uma democracia evoluída, nem de perto nem de longe. Basta ver a tenacidade com que promovem a destruição da educação, da saúde e da justiça. E o Presidente parece ter desistido do país, não sei se por saber que é indiferente que fale ou que vete, pois vai tudo dar ao mesmo: Costa rodeou-se de gente medíocre e governa de maneira medíocre e prejudicial ao nosso futuro. O resultado da sua governação é tão mau que manda publicar nos jornais que há mais 200 milionários, quer dizer, em vez de orgulhar-se de haver mais 2 ou 3 milhões de pessoas que melhoraram as suas condições de vida, orgulha-se da riqueza ter ido para às mãos de 200 pessoas. 

Hoje li que a Carris Metropolitana paga aos motoristas imigrantes um salário abaixo do que é permitir por lei. Isto só é possível porque o primeiro-ministro é o campeão da degradação do valor do trabalho e das condições de vida dos trabalhadores e dá o exemplo para todos os 'outros patrões' ao usar a sua maioria absoluta como um cheque em branco.

August 17, 2023

Governo foge às suas responsabilidades sociais




Governo foge às suas responsabilidades sociais



Como pretende o Governo salvaguardar a independência científica das universidades e dos politécnicos, já que, legitimamente, os investidores quererão ter retorno do seu aporte financeiro?

Santana Castilho

Depois do Regime Jurídico das Instituições de Ensino Superior ter instituído a passagem das universidades a fundações públicas de direito privado, o Governo vem agora reforçar o processo de mercantilização do Ensino Superior público, querendo alterar o respectivo modelo de financiamento. Criou para tal a figura dos contratos-programa de desenvolvimento e pretende que fundos regionais, sob gestão das regiões autónomas e das Comissões de Coordenação e Desenvolvimento Regional (CCDR), bem assim como instituições privadas, passem a pagar parte substancial dos custos de funcionamento das universidades e dos politécnicos.

Sob o proclamatório propósito de o novo modelo vir a “fortalecer o papel das instituições de ensino superior no desenvolvimento dos territórios onde se encontram inseridas”, esconde-se, afinal, a intenção de desresponsabilizar o Estado, uma vez mais, da obrigação de financiar o ensino superior. Com efeito, o que a proposta prevê é que, do valor dos “inovadores” contratos-programa, o Governo só pague um terço, cabendo os outros dois terços a instituições privadas ou não governamentais.
É neste quadro que se impõe a pergunta crítica: como pretende o Governo salvaguardar a independência científica das universidades e dos politécnicos, já que, legitimamente, os investidores quererão ter retorno do seu aporte financeiro? A resposta é óbvia: não pretende, nem se preocupa com essa questão. Mas as consequências também são óbvias: são os interesses privados que, crescentemente, irão influenciar o que se investiga nas instituições e irão pressionar para que o esforço de ensino se concentre nas áreas e nos cursos que mais interessam às suas actividades. Assim, o financiamento das infraestruturas científicas ficará cada vez mais subjugado por exigências de aplicação e de utilidade, como se fosse possível aplicar um conhecimento antes de o produzir. Esta política acabará por matar a ciência.

O Conselho de Reitores das Universidades Portuguesas (CRUP) e o Conselho Coordenador dos Institutos Superiores Politécnicos (CCISP) não parecem apoiar a medida em análise. Mas os argumentos que aduzem tão-pouco denotam particular preocupação com a perda da independência científica das suas instituições. Talvez porque, de há tempo, já começaram a trilhar esse caminho. Tudo visto, o meu prognóstico para o resultado das negociações que se seguem é fortemente reservado.

Cada vez mais a educação escolar foge do conhecimento universal, do conhecimento civilizacionalmente elaborado ao longo dos tempos, que vale por si mesmo. Paulatinamente, a universidade, instituição por natureza produtora de conhecimento, abstracto ou aplicado, vem-se afastando da erudição, fonte de cultura, para se entregar ao utilitário, gerador de ganhos económicos imediatos. Progressivamente, a universidade vai ficando submersa por aquilo a que Zygmunt Bauman chamou de modernidade líquida: uma época em que as relações económicas suplantaram as humanas e os dinamismos sociais e económicos “escorrem” como os líquidos, por oposição à época anterior, a da modernidade sólida, onde os fenómenos se estabeleciam de modo mais duradouro e a moral nos protegia do consumismo desenfreado e da obsessiva preocupação com o lucro material dos interesses particulares.

A mesma tendência é facilmente identificável nas reformas curriculares em curso no ensino básico e secundário, onde o valor intrínseco do estudo das humanidades, designadamente da Filosofia, da História e da Literatura, foi substituído pelo valor instrumental e imediato de questões menores.
Se à ideia demagógica, segundo a qual o aluno é capaz de construir o seu próprio conhecimento mediante o desenvolvimento de “projectos” assentes em metodologias lúdicas e muita mediação digital, somarmos as “aprendizagens essenciais” (pouca Matemática, resquícios elementares de Português abastardado, pinceladas de ciências várias e línguas estrangeiras, tudo longe da exigência e do rigor da avaliação externa, para não “traumatizar” as crianças e os jovens), temos o actual quadro com que o Estado (não) responde ao direito à Educação, fixado no artigo 26º da Declaração Universal dos Direitos Humanos.

Nunca houve tanto dinheiro, mas a pobreza não pára de crescer




Por casa novo milionário que aparece, aparecem novos 200 pobres. A saúde e a educação à beira do abismo. A justiça logo a seguir. 


Governação de Costa já arrecadou 100,8 mil milhões de euros em IRS


August 13, 2023

Todos vêem e sabem mas ninguém faz nada...

 

Ontem, à conversa com um amigo, a falar do estado calamitoso em que está a educação, ele disse-me que percebe que algo está muito mal porque os números não batem certo: temos os maiores índices de sucesso e o maior índice de porcentagem de licenciados da Europa (o que só de si é muito estranho dado sabermos o desinvestimento sistemático na educação) mas depois isso não tem nenhuma correspondência com a empregabilidade e o nível de desenvolvimento do país. E, dizia-me, toda a gente vê que isto não bate certo. E ainda acrescentou que faz pena porque os portugueses costumavam dar nas vistas, em universidades estrangeiras, por serem bastante bons (ele já foi professor universitário e tem um doutoramento tirado numa universidade estrangeira) e agora temos uma educação a morrer.

Pois, a questão é que todos vêem e sabem mas ninguém faz nada...

Marcelo espera que o próximo ano letivo seja "menos agitado"

Presidente diz que "é uma questão de não muitos dias" a promulgação do diploma sobre a progressão nas carreiras dos professores, assim como o da Habitação, lembrando que "atropelaram-se agora vários temas".

August 12, 2023

A quem serve este país sem saúde, sem justiça e sem educação?

 


O ano letivo está a cerca de um mês de arrancar, mas traz consigo problemas do passado. A falta de professores é um problema sem solução à vista e que é agravado pela “teimosia” do governo, que tem dificultado um entendimento. Os sindicatos dos professores dizem ao NOVO que a “bola está do lado” do executivo. A Associação Nacional dos Diretores de Agrupamentos de Escolas Públicas pede a Medina que “vire o investimento para a educação”.

Fábio Nunes

A cerca de um mês do início do novo ano letivo - as aulas começam entre os dias 12 e 15 de setembro - existe consenso entre as organizações sindicais de professores de que o arranque está comprometido. A Associação Nacional dos Diretores de Agrupamentos de Escolas Públicas considera que o ano letivo vai “começar como acabou o anterior, com um braço-de-ferro” entre professores e governo, admitindo “alguma intransigência” por parte do executivo liderado por António Costa na forma como tem sido gerida esta questão. Em declarações ao NOVO, todos concordam que há um problema de escassez de recursos humanos, com a falta de professores a ser cada vez mais evidente, e que a “bola está do lado” do lado do governo para resolver as maleitas que afligem a educação em Portugal.

“O arranque do próximo ano letivo está, efetivamente, comprometido (...) É preciso fazer a análise do que foi todo o percurso ao longo deste ano, toda a contestação e os motivos por detrás dessa contestação, mas nunca poderemos afastar aquilo que parece ser ou é um dos grandes problemas: a falta de professores”, afirma Pedro Barreiros. O secretário-geral da FNE - Federação Nacional da Educação lamenta que o diploma sobre concursos de colocações dos professores aconteça tardiamente, estando previsto apenas para o final da terceira semana de agosto. “Poderá dar-se o caso inclusivamente de haver um conjunto significativo de professores que não aceitem as colocações que vão obter. Isso vai traduzir-se num problema para as escolas, porque não vão ter os professores todos de que precisam para arrancar o ano”, alerta.