August 12, 2023

A quem serve este país sem saúde, sem justiça e sem educação?

 


O ano letivo está a cerca de um mês de arrancar, mas traz consigo problemas do passado. A falta de professores é um problema sem solução à vista e que é agravado pela “teimosia” do governo, que tem dificultado um entendimento. Os sindicatos dos professores dizem ao NOVO que a “bola está do lado” do executivo. A Associação Nacional dos Diretores de Agrupamentos de Escolas Públicas pede a Medina que “vire o investimento para a educação”.

Fábio Nunes

A cerca de um mês do início do novo ano letivo - as aulas começam entre os dias 12 e 15 de setembro - existe consenso entre as organizações sindicais de professores de que o arranque está comprometido. A Associação Nacional dos Diretores de Agrupamentos de Escolas Públicas considera que o ano letivo vai “começar como acabou o anterior, com um braço-de-ferro” entre professores e governo, admitindo “alguma intransigência” por parte do executivo liderado por António Costa na forma como tem sido gerida esta questão. Em declarações ao NOVO, todos concordam que há um problema de escassez de recursos humanos, com a falta de professores a ser cada vez mais evidente, e que a “bola está do lado” do lado do governo para resolver as maleitas que afligem a educação em Portugal.

“O arranque do próximo ano letivo está, efetivamente, comprometido (...) É preciso fazer a análise do que foi todo o percurso ao longo deste ano, toda a contestação e os motivos por detrás dessa contestação, mas nunca poderemos afastar aquilo que parece ser ou é um dos grandes problemas: a falta de professores”, afirma Pedro Barreiros. O secretário-geral da FNE - Federação Nacional da Educação lamenta que o diploma sobre concursos de colocações dos professores aconteça tardiamente, estando previsto apenas para o final da terceira semana de agosto. “Poderá dar-se o caso inclusivamente de haver um conjunto significativo de professores que não aceitem as colocações que vão obter. Isso vai traduzir-se num problema para as escolas, porque não vão ter os professores todos de que precisam para arrancar o ano”, alerta.


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