Costa só se ouve e si próprio. É por isso que sou contra as maiorias absolutas neste país: porque estas maiorias só funcionam bem em países politicamente muito evoluídos, com instituições muito fortes e resistentes aos abusadores de poder e às personalidade narcísicas. E mesmo assim, são um risco, como se viu com Trump.
Numa democracia evoluída, o poder executivo, mesmo que tenha maioria absoluta, ouve e leva em conta as considerações do Presidente, da oposição, dos deputados (que não vê como seus assalariados) e também do povo. Tem plena consciência de que todos participam da vida do país.
Este lei da habitação tem a oposição de quase todos, que a julgam ineficaz, causadora da subida dos preços da habitação, divisionista e cheia de erros difíceis de corrigir mais à frente. Mas o governo não quer saber de factos nem de considerações alheias às opiniões pessoais do primeiro-ministro.
Não temos uma democracia evoluída, nem de perto nem de longe. Basta ver a tenacidade com que promovem a destruição da educação, da saúde e da justiça. E o Presidente parece ter desistido do país, não sei se por saber que é indiferente que fale ou que vete, pois vai tudo dar ao mesmo: Costa rodeou-se de gente medíocre e governa de maneira medíocre e prejudicial ao nosso futuro. O resultado da sua governação é tão mau que manda publicar nos jornais que há mais 200 milionários, quer dizer, em vez de orgulhar-se de haver mais 2 ou 3 milhões de pessoas que melhoraram as suas condições de vida, orgulha-se da riqueza ter ido para às mãos de 200 pessoas.
Hoje li que a Carris Metropolitana paga aos motoristas imigrantes um salário abaixo do que é permitir por lei. Isto só é possível porque o primeiro-ministro é o campeão da degradação do valor do trabalho e das condições de vida dos trabalhadores e dá o exemplo para todos os 'outros patrões' ao usar a sua maioria absoluta como um cheque em branco.
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