Showing posts with label ministro. Show all posts
Showing posts with label ministro. Show all posts

January 28, 2023

A propósito de pessoas que pensam que os outros são ovelhas do seu rebanho



No confessionário:


Padre - então meu filho, diz os teus pecados.

Hipotético Ministro (HM) - bem, tenho muita coisa para dizer.

Padre - diz, diz, que Deus perdoa tudo.

HM - olhe, em primeiro lugar o primeiro-ministro e os meus colegas ministros têm feito tanta asneira que ainda hei-de ficar associado a um governo desastroso apesar de ser extraordinário;

Padre - mas, e os teus pecados, meu filho? Os teus?

HM - olhe senhor Padre, não é que me encheram o ministério de pessoas? Professores, ainda por cima; e agora, sindicalistas radicais! Tenho tantas coisas para lhes ensinar acerca de como devem fazer o trabalho, mas não querem ser o meu rebanho. Uns e outros não me deixam trabalhar: quer dizer tenho ali milhares de pessoas que têm de me obedecer porque eu é que sei o que é melhor para eles e passam o tempo a criticar o que faço! Para piorar não posso despedi-los à minha vontade. Agora, nem sequer posso pôr os meus directores a escolher as boas ovelhas porque vieram todos para a rua gritar: é lobo! É lobo! Para que serve ser ministro se não posso impor a verdade? Olhe, por causa deles anda todo o país no caos. Eles deslaçam a sociedade. Fique sabendo que um funcionário do ministério da educação da Finlândia disse que sou um bom pastor! Que mais provas são precisas da minha excepcionalidade? Não gostam de mim porque são uma data de mulheres faltistas, falsas grávidas, sem cabeça e sem modéstia que estão instrumentalizadas pelos não crentes e não percebem que sou o Marquês de Pombal da educação!

Padre - olha, meu filho, assim não posso abençoar-te, porque não admites culpa de coisa alguma...

HM - O Quê?! Era só o que me faltava ter vindo calhar a um confessionário com um padre sindicalizado no S.TO.P. que não percebe nada de fazer confissões! Olhe! Não espera pela demora! Vou já ver se há maneira de se instituir grelhas no confessionário, orientadas pelos seus superiores, para não fazer perguntas fora dos cânones.
Daqui para a frente não vai ser só sentar-se aí a ouvir falar. Não, não! Há-de haver uma grelha de avaliação de confissões e os confessados hão-de ter uma palavra a dizer sobre as bençãos e número de avé-marias que vocês mandam rezar! Pecados? Eu?! Era o que faltava! Olhe que sou o ministro!


June 07, 2022

O ex-SE, agora ministro, quer uma educação para o hedonismo





MAIA, a abelha distópica que vai matar a escola

Luis Filipe Torgal

O ex-secretário de Estado da Educação, entretanto promovido a ministro da Educação, sintonizado com Domingos Fernandes e a sua rede de «cientistas» e tecnocratas, fez um diagnóstico infalível (e bizarro) da educação portuguesa: os nossos professores mais as suas pedagogias e processos de avaliação, que remontam ao século XIX, lesam a educação inclusiva.

Perante tal diagnose, o Ministério da Educação (ME) iniciou uma cruzada que visa revolucionar as metodologias de ensino, aprendizagem e avaliação das escolas nacionais. Refiro-me, neste texto, ao projeto MAIA, Monitorização, Acompanhamento e Investigação em Avaliação Pedagógica, iniciado em 2019. Começou por ser um «projeto de âmbito nacional e de adesão voluntário» (Domingos Fernandes, Para uma Avaliação Pedagógica: dinâmicas e processos de formação no projeto MAIA, 2020, p. 10), para, entretanto, adquirir uma dimensão tacitamente obrigatória e totalitária.

Multiplicaram-se as formações, os colóquios, os encontros, as comunicações presenciais ou digitais sobre o projeto. Os Centros de Formação de Associação de Escolas (CFAE) concentraram as suas preocupações prioritárias nos temas da avaliação/classificação (assim como nas tecnologias da informação e da comunicação) e passaram a desprezar ainda mais as ações de formação de professores dedicadas às áreas científicas específicas (História, Português, Matemática, Ciências Naturais, etc.)

Nestes «seminários» de formação de professores, o evangelho dos novos gurus da educação é propagado de modo sistemático e dogmático. Eis o seu conteúdo: excetuando um número exíguo de luminárias, os professores mergulharam há anos em práticas pedagógicas e avaliativas equívocas e perniciosas que têm desmotivado e lesado os alunos. Todavia, agora, chegou o momento de esses docentes reconheceram os seus atos falhados, saírem da caverna, enxergarem a luz da «verdade» e propiciarem, enfim, o sucesso educativo universal. Para isso, têm de optar exclusivamente por pedagogias ativas (discursar aos alunos sobre ciência tornou-se um pecado venial), fundir conhecimentos com competências, avaliar de forma holística, distinguir avaliar de classificar, diferenciar práticas de avaliação formativa e sumativa (fazer testes escritos sumativos é pecado mortal), definir objetivos, critérios, rubricas e indicadores de aprendizagem a partir das aprendizagens essenciais. Este é o novo paradigma educativo, o alfa e o ómega da escola, onde os professores devem concentrar toda a sua energia. Aqueles que preferirem canalizar a sua energia para a preparação pedagógica e científica das suas aulas não têm lugar na «escola moderna», onde ensinar conhecimentos se tornou um detalhe de menor importância.





Esta teologia e retórica «inovadoras», concebidas de cima para baixo pelo ministro da Educação e sua máquina de mentores, tecnocratas e burocratas já iniciou a sua «revolução» na escola pública. Porém, tal evangelho desperta reflexões e problemas que quase todos preferem ignorar, olimpicamente.

Há muito tempo que a maioria dos professores incorporou várias das práticas atrás descritas no seu trabalho, pois enveredaram por aulas dialogadas, optaram por experimentar metodologias ativas (e afetivas) e abandonaram os antigos hábitos de avaliar os alunos exclusivamente através de testes escritos. Contudo, é justo reconhecer que a avaliação formativa e sumativa sistemática e o recurso contínuo a pedagogias ativas acarreta dificuldades, a saber: é possível elaborar e operacionalizar critérios de avaliação holísticos onde os domínios comportamentais se fundem com os domínios do conhecimento? Como conciliar o Perfil dos Alunos à Saída da Escolaridade Obrigatória com a lecionação dos conteúdos vertidos nos programas das diversas disciplinas? Devemos avaliar as escolas, os seus alunos e professores segundo os critérios utilizados nas empresas e aplicados aos seus «colaboradores»? Os professores do primeiro ciclo, que ensinam em regime de monodocência, têm turmas com cerca de 20 alunos, trabalham com os seus alunos todos os dias e acompanham-nos muitas vezes do início ao fim do ciclo, lá vão conseguindo, porventura, aplicar mais regularmente as intrincadas metodologias pedagógicas e avaliativas agora exigidas. Mas os professores dos ciclos subsequentes, que lecionam em regime de pluridocência, têm, na maioria dos casos, mais de cinco turmas (muitas vezes, oito, nove ou mais turmas), mais de 100 alunos com quem estão apenas numa, em duas ou em três aulas semanais de 50 minutos. Como podem estes professores ensinar e avaliar com objetividade e honestidade os seus alunos recorrendo, de modo sistemático, aos processos pedagógicos e avaliativos complexos hoje impostos, os quais pressupõem, por exemplo, um feedback (como agora se diz em bom português) instantâneo e contínuo? Como conseguem fazê-lo sem cair na armadilha de reduzirem a educação e avaliação a um processo bur(r)ocrático kafkiano? (Recordo-me de uma professora a quem os alunos chamavam «Caixa Registadora», porque passava as suas aulas a registar em grelhas digitais e em papel as alegadas evidências demonstradas pelos alunos). Como logram estes professores ensinar ciência e cumprir os seus programas recorrendo obsessivamente a estas pedagogias? Programas longos que em várias disciplinas (onde, em certos casos, a carga horária foi ainda mais reduzida) estão sujeitos a provas de aferição, provas finais de ciclo e exames nacionais que visam medir, com mais objetividade e seriedade, o conhecimento científico e literário dos alunos.

Decerto que podemos já tirar uma ilação da alegada aplicação das «novas» pedagogias no domínio da avaliação: o sucesso educativo inflacionou e as percentagens de retenções diminuíram drasticamente. E tais cifras fazem a felicidade das direções das escolas, do ME, do seu ministro e inspetores, bem como de muitos alunos, pais e professores. Paradoxalmente, a maioria dos alunos chega hoje ao ensino secundário e ao final do liceu pior preparados nos planos científico, literário e cívico. Trabalham menos, leem, interpretam e escrevem pior, revelam menos conhecimentos e – problema que não é de somenos importância – exibem comportamentos mais indisciplinados nas salas de aula. Isto é uma evidência que só escapa aos educadores românticos e aos tecnocratas da educação, que não pisam diariamente o chão das salas de aula, porquanto se escapuliram delas por falta de vocação e abnegação.

Está o ME disponível para debater estas questões? Não está. Neste momento, a ordem é arregimentar novos crentes, silenciar e marginalizar os descrentes e caminhar gloriosamente para o abismo. Quem chegar depois que feche a porta! E no futuro, a médio ou a longo prazo, quando se concluir que estas «políticas» pedagógicas não produziram melhores cidadãos, mas sim súbditos mais iletrados, amorfos e hedonistas, quem assumirá as responsabilidades? Obviamente, ninguém. Porque os portugueses já inscreveram no seu espírito a máxima de que em Portugal «a culpa [vive e] morre solteira»!

July 01, 2021

Cada vez que se olha o assunto piorou mais um bocadinho

 


Agora foi o Núcleo de Investigação Criminal a Acidentes de Viação (NICAV) da GNR de Évora ter sido impedido de fazer peritagem ao automóvel por 'ordem superior'. Então quem vai fazê-la? Embora não se perceba bem dado dizerem que o reboque que levou o carro era da GNR. Será outra equipa da GNR, não perita, mais dócil e controlável? Afinal quem está a fazer o inquérito e quem são os peritos? Ou são pessoas do próprio ministério que o ministro tutela? Isso devia ser público...


“Ordem superior” impediu GNR de fazer perícias ao BMW de Eduardo Cabrita (com áudio)



Os elementos da Guarda Nacional Republicana (GNR) encarregues de investigar o atropelamento mortal que envolveu o carro oficial do ministro da Administração Interna, Eduardo Cabrita, foram impedidos de realizar perícias ao BMW onde seguia o ministro, informa o jornal “Correio da Manhã” esta quinta-feira, 1 de julho. Segundo o “CM” quando os elementos do Núcleo de Investigação Criminal a Acidentes de Viação (NICAV) da GNR de Évora quiseram fazer novas diligências ao carro, foram impedidos “por ordem superior”.

De acordo como jornal, que cita fontes próximas da investigação, a equipa da GNR não teve acesso ao computador interno do carro, a centralina, para conseguir perceber a que velocidade seguia a viatura, desconhecendo também para onde a mesma foi levada depois de ser retirada do local do acidente por um reboque da GNR.

January 13, 2021

Porque non te callas?

 


Nunca o ouvi defender os professores, seja com palavras ou actos. Nada. Um ignorante. Se dissesse o que penso dele ainda ia presa...


“Custo do encerramento das escolas é bem superior ao risco”, argumenta ministro da Educação

Tiago Brandão Rodrigues diz só autoridades de saúde poderão dar prioridade aos professores na vacinação. Há 335 mil computadores comprados para entregar aos estudantes.



July 15, 2020

350 mil euros para a barraca que foram as matrículas?



Mas os professores é que custam muito dinheiro, não os maus governantes.

Ajuste direto de 348 mil euros não evitou falhas graves no Portal das Matrículas

A Direção-Geral de Estatísticas da Educação e Ciência (DGEEC) atribuiu um contrato, por ajuste direto, à empresa LCG Consultoria SA, de forma a garantir um acréscimo de capacidade dos sistemas para o registo de um milhão de alunos no Portal das Matrículas, escreve o jornal Expresso.

O ajuste direto de 348 mil euros ficou acima do limite de referência de 75 mil euros que é determinado pelo Código de Contratos Públicos.

... o Portal das Matrículas apresentou sérios problemas de funcionamento e segurança. Problemas no desempenho, má experiência de utilização, falhas na implementação tecnológica da plataforma, escolhas de compatibilidade do site, e impreparação para ataques informáticos e elevada procura são algumas das debilidades apontadas pela Exame Informática.

June 19, 2020

Polaroid do país que somos (com a acção de uns e o silêncio de outros)



O grupo internacional "EndCoronavirus.org", onde se reúnem mais de quatro mil cientistas, coloca Portugal na categoria dos países em alerta vermelho no combate à epidemia (na companhia, entre outros, do Reino Unido, Estados Unidos e Suécia). A Dinamarca, Áustria, Grécia, Bulgária, Chipre e Lituânia não aceitam turistas portugueses. Muitos outros países colocam-nos severas restrições e obrigações de quarentena. O bom aluno europeu parece estar a piorar a avaliação nos últimos testes, também à boleia daquele optimismo de Costa de que tanto Marcelo falava.

Amanhã começa o Verão, veremos que Verão.
Miguel Guedes (JN)


- Estamos já numa grande crise económica. Tão grande que o Centeno, passado um ano das eleições legislativas fugiu do governo para ir viver à grande no BDP. [desconfio que Centeno só tenha acedido fazer parte deste governo depois de muita insistência de Costa acerca da sua importância para ganhar as eleições e com promessa de poder sair pouco tempo depois para tacho de sonho]
- 20% da nossa receita depende do turismo - Lisboa e o Algarve são os grandes motores.  O que fazem os portugueses nesses dois distritos? Vão para festas infectar-se, vulgo, 'cuspir no prato em que comem.' Depois hão-de queixar-se de não haver turistas no Algarve ou em Lisboa e de terem de fechar portas de negócios ou ter de pagar mais impostos ou de ficar desempregados, mas no que dependia dos seus comportamentos, trabalharam para agravar a crise. 

- Depois vem o ministro SS dizer coisas de quem entrou em delírio. Parece os suecos a dizerem que a estratégia deles de deixar morrer pessoas é que é bestial. Em vez de fazer ameaças tolas de não deixar entrar turistas, uma vez que precisamos deles, vá mas é fazer algo de útil para o país. 

Governo admite retaliar contra países que proíbem entrada de portugueses
Para o Ministério dos Negócios Estrangeiros (MNE), liderado por Augusto Santos Silva, em causa estão decisões que "contrariam flagrantemente" o espírito da União Europeia (UE) e defende que o país está a ser prejudicado pelo sucesso da sua estratégia.


- Os hospitais de Lisboa já estão aflitos e a esgotar a capacidade de atender os doentes, como não estiveram durante o tempo pior da pandemia. O nosso grande sucesso na gestão da pandemia deu nisto.

Surto em Lisboa. Hospital Militar de Belém chamado a receber doentes
O aumento de casos de covid-19 na Grande Lisboa está a levar ao limite as capacidades de internamento e pelo menos duas unidades hospitalares pediram apoio à ARS.


-Os hospitais estão às portas da morte, trabalho do PPC e do Fugitivo. E tudo para engordar bancos e lobbies. Tem sido uma sangria de médicos por conta dos hospitais estarem sem pessoal, sem equipamentos e sem condições de trabalho. 
Gostava que a ordem dos médicos e as universidades explicassem porque razão, dada a situação, não deixam abrir mais vagas de medicina, como foi noticiado nos jornais, esta semana. Sem explicações convincentes, fica uma vaga impressão de 'agenda', como dizem os anglo-saxónicos.

Hospital de Setúbal em risco de deixar de formar médicos

O Hospital de S. Bernardo está em risco de perder especialidades, se não receber investimento para renovar os equipamentos obsoletos e contratar especialistas.

March 13, 2020

O ministro da educação só desiberna para dizer parvoíces



Percebe-se perfeitamente o que está subjacente. Com o ódio que o governo nos tem devem andar a dizer, 'aqueles só querem é férias' e coisas do género.

Então explique lá, senhor ministro: o interesse é interromper cadeias de transmissão, logo, fazermos isolamento social, mas o senhor aconselha a que nos juntemos uns com os outros? Os professores que vêm de longe e andam todos os dias em transportes públicos continuam a fazê-lo e depois vão para as escolas para ver se nos infectamos uns aos outros? Ou pensa que vamos para a escola de automóvel particular com motorista do Estado? Aqueles que têm familiares que vieram de Espanha, França, etc., para ver se arranjam outra cadeia de transmissão?
Então o primeiro ministro exorta a que saiamos o mínimo possível e o ministro da educação manda os professores viajar para irem para as escolas não havendo lá alunos?

Pensa o quê? Que não temos nada que fazer? Estamos no final do 1º período, todos temos testes e trabalho para ver. Ainda hoje muitos professores vão fazer testes. Temos outros trabalhos que costumam ser feitos em Junho e que podem ser feitos nesta altura, como exames internos, etc. Pessoalmente não mexo nos computadores da escola há duas semanas. Tudo que tenho que fazer usando os computadores -justificar faltas, escrever sumários, etc.- faço em casa porque os teclados dos computadores da escola estão absolutamente nojentos -quando os viramos ao contrário saem de lá papo-secos- e são mexidos por toda a gente.

Uma coisa é trabalharmos online e por email. Isso já tinha combinado ontem com as turmas porque mesmo que a escola não encerrasse eu não ia lá.

Em vez de vir com estas ameaças veladas podia ter feito algo de útil que era falar da avaliação que isso é o que mais interessa aos alunos e a nós também para podermos adequar o nosso trabalho ao que for decidido: vão haver avaliações só no final do ano? Quer dizer, esta ano, só há dois momentos de avaliação ou fazemos à mesma a do 2º período quando voltarmos em Abril?
Das coisas importantes não fala.


“Ninguém está de férias”, avisa ministro da Educação

Professores e pessoal não docente vão ter de continuar a apresentar-se nas escolas enquanto vigorar o período de suspensão de aulas, a partir de segunda-feira.