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December 30, 2023

Uma renda passar de 1.300€ para 11.000€



É para garantirem que os põem na rua. Vamos ver se vai ali nascer a 10º loja de pastéis de nata da rua. Ganância, ganância, ganância. 


Renda aumentada “de 1300 para 11.000€”: Restaurante Bota Alta despede-se aos 47 anos


“Tenho pena, muita pena de fechar, assim como tenho pena do Bairro Alto e desta Lisboa que está a fechar”, lamenta o proprietário, Paulo Cassiano.

October 04, 2023

Lisboa Antiga

 

Eis o muro da minha faculdade, a FCSH - UNL, na Av. de Berna em 1933, quando ainda era um quartel (ainda hoje chamamos "parada" ao pátio). Desconheço o autor da foto. Notar que, do lado direito, fica o espaço onde, pouco depois (penso que foi encomendada nesse mesmo ano de 33 e consagrada em 1938), nasceria, do risco de Pardal Monteiro, a Igreja de N. S. de Fátima. Ao longe vê-se ainda, um pouco indistintamente, a cúpula da praça de touros do Campo Pequeno. Lisboa Antiga

[ainda tive aulas nas cavalariças, como chamávamos àquelas salas de aulas da parada, no lado de dentro deste muro].



September 17, 2023

Lisboa Antiga versão Hollywood

 


Fui dar com este filme de 1956, com a Maureen O'Hara, passado em Lisboa (chama-se Lisbon) e a música de abertura que acompanha os créditos iniciais sobre uma imagem da Torre de Belém, é o fado, Lisboa Antiga, mas em versão música romântica de Hollywood. Vou ver se o filme vale a pena.

A Torre de Belém ainda está na areia da praia. Diz-se no filme que o fado Lisboa Antiga, que Anita Guerreiro aparece a cantar, "é uma espécie de home, sweet home para os brasileiros". AHAH E bebem Mateus rosé, claro. O Palácio da Pena foi construído pelos mouros :))
Não tem interesse nenhum, o filme.


September 09, 2023

August 17, 2023

Lisboa antiga III - palacetes desaparecidos

 


Lisboa, foto das primeiras décadas do Século XX.
Palacete estilo neomanuelino no Campo Grande.
Foi demolido em 1951, para dar lugar à Cidade Universitária.
-Foto de Paulo Guedes, in AML. (via Lisboa Antiga)


Um político acéfalo qualquer, em vez de aproveitar o palacete, mandou-o destruir. Haver muitos inteligentes entre os políticos portugueses já vem de longe...



Lisboa antiga - Belém, antes da Exposição do Mundo Português

 

Belém antes da Exposição do mundo Português, 1939, foto de Eduardo Portugal, in a.f. C.M.L. (via Lisboa Antiga) 1939

Vê-se a ponta dos Jerónimos, à direita e a Torre de Belém lá ao fundo à esquerda. Belém era campo com umas fabriquetas.


April 16, 2023

Passeios pedagógicos

 


Hoje fui com a minha irmã fazer um percurso pedestre em Lisboa: a Lisboa moura. Fomos com uma guia excelente -a Inês. Uma arquitecta que pertence a esta agência de experiências que organiza passeios e caminhadas pelo país e não só, porque ela disse que também fazem o caminho de Santiago de Compostela, por exemplo. Enfim, andei por Alfama como nunca tinha andado, porque em geral vamos a Alfama, ou para ir a algum restaurante ou para ouvir fado, ou aos Santos populares ou para ir a um museu qualquer e passamos pelas ruas sem reparar bem nelas e sem saber porque é que há li um beco ou um cotovelo ou o que havia ali antes daquele prédio, por exemplo. Andámos a seguir as torres e a muralha árabe da cidade. Nunca tinha reparado nos mata-cães, por exemplo. Começamos no Terreiro do Paço, na porta do Mar e acabámos lá em cima no Castelo. A guia conhecia a história militar e de organização civil da cidade e estava a par da história arquitectónica e arqueológica de Lisboa. Como se isso não bastasse, ainda tinha a virtude de ser muito interessante a falar e saber umas histórias ligadas a sítios por onde passámos. Ela conta a história da cidade a começar pelas invasões dos fenícios, depois dos visigodos, dos vândalos, dos cartagineses, dos romanos até chegar aos árabes e ao cerco de Lisboa e à reconquista e contextualiza os locais por onde passamos nessa história. Muito bom. Deu-nos umas dicas de sítios onde se pode ver Lisboa às camadas: várias culturas expostas em casas, estruturas, lápides, etc. que se de vez em quando se desenterram no decurso de um obra qualquer. Uma delas, por exemplo, dentro de um hotel, o Aurea Museum, que pode visitar-se sem marcação e sem pagar. Essa há-de ser uma próxima visita. Vai-se lá ao hotel ver as escavações e depois aproveita-se e almoça-se lá. Três horas de passeio pedagógico a começar pela manhã, por causa do calor, com descanso de 15 minutos -onde tirei esta fotografia a um escaparate com postais antigos. Um passeio pedagógico com uma guia excelente - 15 euros. Valeu muito a pena. Distribuem-nos uns aparelhos receptores com phones onde podemos ir a ouvi-la sem termos que ir todos em cima dela, o que foi óptimo, porque ainda éramos uns 30 e a subir o beco do Maldonado e a encosta do Castelo (que faz lembrar o Quebra Costa de Coimbra) ia a 5 km à hora no fim do grupo porque o meu pulmão fica logo aflito com esses esforços de subidas. Muito bom. Depois acabou perto da 13h e fomos almoçar a um sítio com óptima vista sobre Lisboa. Uma manhã e parte da tarde de domingo muito bem passada. Fiquei com vontade de ir ler o Amin Malouf. A Inês também faz o percurso da Lisboa judia e da Lisboa dos mitos e lendas. Está na calha. 




January 02, 2023

Esta Lisboa de outras eras

 

Lisboa, 16 de Maio de 1909.
Concurso hípico no Hipódrome de Palhavã, atual Praça de Espanha.
-Foto de Joshua Benoliel, in AML.
(Lisboa Antiga)



July 10, 2022

Lisboa de outras eras

 



Piscina do Campo Grande em Lisboa, projetada pelo arquitecto Francisco Keil do Amaral, e inaugurada a 10 de julho de 1964.
Fotografia de Armando Maia Seródio.
Arquivo Municipal de Lisboa



May 29, 2022

Um desafio ao conhecimento da cidade de Lisboa

 



O desafio da semana do Arquivo Municipal de Lisboa no FB. Onde fica esta rotunda, em Lisboa? 
Não faço ideia, mas é uma imagem inesperada.




June 25, 2021

O arco mais romântico de Lisboa

 



« Êste Arco foi erguido em 180[7], um pouco adiante do sitio onde se rasgava desde 1373-1375 a Porta ou Postigo de S. Vicente, da Cêrca (nova) de D. Fernando. Ligava êsse Arco o Convento às suas quintas e jardins, e hoje faz ligação do Liceu [de Gil Vicente], (antigos Paços Patriarcais) à cêrca-recreio dos alunos e que atrás vimos. Decorativo, com uma graciosa perspectiva tomada desde o Largo de S. Vicente, êste Arco Grande é, sem dúvida, o mais romântico de Lisboa, pelo seu pitoresco natural.»
(ARAÚJO, Norberto de, Peregrinações em Lisboa, 1931, vol. VIII, p. 72)
  
— Arco de São Vicente, fotógrafo não identificado via Mosteiro de São Vicente de Fora



June 14, 2021

O céu de Lisboa





Se uma gaivota viesse...

 


"O Castelo de São Jorge, antigo Paço de Alcáçova, localiza-se na freguesia de Santa Maria Maior (Castelo). As primeiras fortalezas do castelo datam do século I a.C. tendo ele sido reconstruído diversas vezes por vários povos e recebido diferentes nomes. O nome actual deriva da devoção do castelo a São Jorge, santo padroeiro dos cavaleiros e das cruzadas, feita por ordem de D. João I no século XIV." (wiki)

August 26, 2020

O cais das colunas e outras cenas

 



Hoje tive que ir a Lisboa a um médico e resolvi , já que lá ia, arejar um bocado. Eu e um amigo resolvemos jantar e fazer qualquer coisa. Combinámos encontrar na Praça do Comércio porque ele trabalha ali perto. Fui esperar no cais das colunas que é um dos meus sítios preferidos em Lisboa. É ali que simbolicamente Portugal se abriu ao mundo e uma centena de gerações partiu dali para se aventurar no desconhecido. O lugar está carregado de imaginação e história. Pois estava ali sentada a olhar o movimento do rio quando reparei que os pilares estavam cheios de inscrições, coisa que nunca tinha visto. Aproximei-me e vi claramente no pilar esquerdo o nome de Salazar no fim de um longo texto. Tirei esta fotografia ao pilar e depois fui ao outro e pareceu-me ver, no fim do texto, General... qualquer coisa.

Bem, cheguei agora a casa e vim à net investigar o mistério. Não é mistério nenhum, eu é que nunca tinha ouvido falar disto. Então, as colunas do Cais das Colunas que substituiu o Cais de Pedra, têm os nomes que lhe foram dados no Estado Novo, em 1939: Salazar e General Carmona. (Garcia Nunes in AML)

 

Segundo alguns autores as colunas podem ter inspiração maçónica e representar as colunas do Templo de Salomão, simbolizando o Ocidente e o Oriente, entre outros valores.


No pilar esquerdo, oriental, pode ler-se:

A SEGUNDA VIAGEM DO CHEFE DO ESTADO ÀS TERRAS ULTRAMARINAS DO IMPÉRIO: CABO VERDE, MOÇAMBIQUE E ANGOLA. XVII DE JUNHO - XII DE SETEMBRO DE MCMXXXIX A VIAGEM DO CHEFE DO ESTADO ÀS TERRAS DO IMPÉRIO EM ÁFRICA ESTÁ NA MESMA DIRECTRIZ DAS NOSSAS PREOCUPAÇÕES E FINALIDADE, É MANIFESTAÇÃO DO MESMO ESPÍRITO QUE PÔS DE PÉ O ACTO COLONIAL SALAZAR  (Luís Filipe A. Pereira in AML)

 



No pilar direito (ocidental) lê-se: 

AQUI EMBARCOU O CHEFE DO ESTADO PARA A PRIMEIRA VIAGEM ÀS TERRAS ULTRAMARINAS DO IMPÉRIO: SÃO TOMÉ E PRÍNCIPE E ANGOLA. XI DE JULHO - XXX DE AGOSTO DE MCMXXXVIII COM A CERTEZA DE QUE FALA PELA MINHA VOZ PORTUGAL INTEIRO, PROCLAMO A UNIDADE INDESTRUTÍVEL E ETERNA DE PORTUGAL. GENERAL CARMONA (Luís Filipe A. Pereira in AML)




Há quem defenda que as colunas deviam ser restauradas e levadas para um museu e em seu lugar pôr outras com versos da Mensagem, por exemplo.

Enfim, muito interessante. Aqui nesta imagem que fui tirar ao 2º site referenciado, vê-se a inauguração dos pilares com os ditos cujos citados:



Acto 2:

Depois fomos comer a um sítio giro e dar uma volta a fazer tempo porque à noite tínhamos bilhetes para ir a um espectáculo de árias de ópera nos jardins do museu das janelas verdes. Isso só não estragou um dia bem passado porque foi cómico. Nem vou contar em pormenor, mas foi caro, as cadeiras daquele plástico fininho  mal se equilibravam no chão (ao fim de meia-hora já não sabia como me sentar) que tinha uma inclinação ao contrário, o tenor cantava árias líricas apaixonadas como se estivesse a dar gritos de guerra ou de pânico por ter perdido o cacilheiro da tarde, abanou tanto e com tanta força a mezzo-soprano [belíssima voz a dela] (no intervalo de andar constantemente a atirar-se para cima das mulheres aos beijos) que a mulher deve estar cheia de nódoas negras nos braços e no fim todos bateram muitas palmas e gritaram bravos. Nós olhávamos um para o outro com vontade de rir e eu dava graças por estarmos de máscara para ninguém me ver rir. 
O pianista acompanhador, Francisco Sassetti, tocou maravilhosamente. 
A mezzo, uma mulher elegante, levava um vestido vermelho tão apertado que se viam todos os músculos da barriga a trabalhar. Era como estar a ver o mecanismo de um piano por dentro. Distraí-me a observar o mecanismo dos músculos da barriga dela a contrair e descontrair com o canto e desconcentrei-me. No fim o tenor cantou músicas de zarzuelas  populares muito bem e percebemos que a vocação dele é a de cantor romântico de charme popular.