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A Mariana Mortágua, que é boa no papel de crítica e opositora dos governos, fez as perguntas mais interessantes: porque razão, tendo o BdP tantos quadros com excelentes currículos precisa de tantos consultores? Porque é que, quando acabam o mandato de técnicos ou administradores passam a consultores - é para manterem os 15 mil euros de salário? E outras do género.
Centeno está a responder mas até agora respondeu ao lado.
O governado do BdP (ele e os antecedentes) são puros no que respeita à sua independência dado que são competentes e têm muitas qualificações (deixa-me rir) e nunca reuniu a comissão de salários do BdP porque acha que está tudo muito bem, porque é tudo gente de grande valia.
Até podíamos dar algum crédito a estas palavras se não tivéssemos visto o mesmo Centeno, enquanto Ministro das Finanças, mandar cativar investimento na educação, na saúde, na defesa, etc. impedir aumentos de salários miseráveis, a toda a gente que pôde atingir, para dizer que tinha aumentado as receitas. Mas claro, calculo que na sua cabeça, os portugueses em geral, excepto ele e os seus amigos, são todos uma cambada de desqualificados.
Quando perguntam, 'Porque é que os hospitais fecham a porta na cara das grávidas? Mas para onde vai tanto dinheiro que recebemos?' Resposta: para administradores de instituições que se pagam a si mesmos como nababos e não dão cavaco a ninguém, mais os seus assistentes, amigos e consultores. É o povo ao serviço da banca, os donos disto tudo.
O espertalhão manda que se compare a esperança de vida e o tempo de lazer entre Portugal e 4 países escolhidos a dedo. O tempo de lazer ignora que somos um país de reformados e que os 4 países escolhidos a dedo são países da Europa do Leste, países de gente nova que trabalha. Na Polónia a idade média são 40 anos, por exemplo. A média de idades da europa são 44,5 anos, em Portugal são 47. Uma diferença abissal.
A esperança de vida ignora que esses 4 países saíram há relativamente pouco tempo da URSS, de situações em que os índices de desenvolvimento eram baixos, como acontece em todos os países colonizados pela URRS, que só em 2004 entraram na UE e que têm agora milhões de refugiados ucranianos (a Polónia sobretudo) a fazer baixar a esperança média de vida.
Centeno sabe que mandou fazer um índice enviesado? Claro que sabe, mas fez na mesma para concluir que em Portugal as pessoas não se importam de ser pobrezinhas, porque em Portugal os pobrezinhos vivem como os ricos dos outros países, com imenso bem-estar.
Só não se percebe porque é que sua excelência espertalhona não se empobrece a si mesmo, já que essa é a sua receita para o bem-estar e vida longa. Ah, ele não quer ter bem-estar. É um daqueles portugueses que saca um salário de 20 mil euros por mês mais alcavalas, como sacrifico em nome dos portugueses...
São estes indvíduos que nos governam. Nem um indivíduo da extrema-direita defenderia isto. Espera lá... por acaso, Salazar defendia esta doutrina dos portugueses serem pobrezinhos mas felizes.
Bem-estar dos portugueses é maior que em 4 dos países mais ricos na UE
Banco de Portugal publica novo indicador que mede nível de vida, que vai além do PIB per capita. País melhorou lentamente desde 1995, mas continua no grupo dos 12 piores.
Por exemplo, está-se melhor (bem-estar mais elevado) em Portugal do que na Polónia, Estónia, Lituânia ou República Checa, tudo países com PIB per capita superior ao nacional, mostra a nova pesquisa com a chancela do BdP.
Ou seja, Portugal pode ser mais pobre (em termos de PIB per capita) quando se compara com estes quatro países, mas o nível de vida dos portugueses medido pelo índice de bem-estar é claramente superior ao dos polacos, estónios, lituanos e checos.
Mário Centeno, o governador do Banco de Portugal, tem assinalado, nas declarações em público que tem feito sobre o assunto, que a situação financeira dos bancos é sólida, bastante mais do que em circunstâncias passadas, destacando ainda que a diminuição do volume de depósitos não é decorrente de uma perda de confiança dos portugueses no sistema bancário, mas sim um comportamento racional que as ajuda a fazer face ao cenário de subida das taxas de juros.
Público, Portugal é o país onde as famílias estão a reduzir mais os depósitos bancários
... outros países também os têm. O problema é não serem responsabilizados. Provocam prejuízos de centenas de milhões de euros aos contribuintes e depois são premiados com cargos dourados em vez de lhes serem barrados lugares de responsabilidade política com acesso a dinheiros públicos.
Tinha-se transformado num indivíduo democrático.
