Não se pode voltar a perder o que já foi perdido

 

Mário Centeno, o governador do Banco de Portugal, tem assinalado, nas declarações em público que tem feito sobre o assunto, que a situação financeira dos bancos é sólida, bastante mais do que em circunstâncias passadas, destacando ainda que a diminuição do volume de depósitos não é decorrente de uma perda de confiança dos portugueses no sistema bancário, mas sim um comportamento racional que as ajuda a fazer face ao cenário de subida das taxas de juros.

Público, Portugal é o país onde as famílias estão a reduzir mais os depósitos bancários

imagem do Público

1- a confiança já está perdida há muito tempo. Não se pode voltar a perder o que já está perdido;

2- os juros dos depósitos estão no zero (nem cobrem as comissões que não param de crescer) mas os juros dos empréstimos à habitação sobem aos 300 euros de cada vez - apesar de Paulo Macedo dizer que isso não tem importância nenhuma e que os portugueses estão ok com isso porque só afecta uma franjinha;

3- a situação dos bancos é sólida porque sacam dinheiro do Estado para cobrir as suas malfeitorias e sacam dinheiro ao cliente para viverem de barriga cheia. Nunca ninguém é responsabilizado pelos prejuízos que nos causam a todos.

Portanto, é com tristeza que percebemos que nada na situação sólida dos bancos se deve a bom trabalho dos banqueiros.