January 31, 2021

O estado da justiça em Portugal

 


A justiça ao serviço de ricos e de muito pobres (embora mal servidos) - todos os outros não têm dinheiro para a justiça. Somos um país onde a justiça, a saúde e a educação são, cada vez mais, para um número muito reduzido de pessoas. Na educação os governantes que mais falam de inclusão e não deixar ninguém para trás são os que mais atraiçoam os alunos. A justiça está há muito tempo nas mãos de pessoas com muitos primos, maridos, irmãos políticos, etc.

Aqui fica um certo retrato da Justiça no país. Não é bonito. Se não temos cuidado caminhamos para a hungarização do país. E não é por causa do Ventura, desta vez. É mesmo por causa do PS que nos governa, embora não seja o único culpado.









diário de notícias


Ladrões de... vacinas... as pastelarias são serviços essenciais, à frente do pessoal da saúde

 




La famiglia

 


... só a principal.




Uma coisa e outra coisa a propósito de ontem




Uma coisa:

... que me deixa estupefacta. Ontem fui fazer um procedimento cirúrgico que já tinha feito há meia dúzia de anos no mesmo hospital. Portanto, uns anos antes da doença oncológica e dos 580 actos, exames, tratamentos médicos mais os seus 150 acessos enfiados nas veias dos braços e das mãos. Ia, nessa altura, um bocado assustada e muito contrariada, ainda não tinha a paciência treinada para estas coisas. Quem me atendeu nessa altura foi o chefe dos enfermeiros do serviço respectivo e fiquei com muito boa impressão dele. Muito competente e simpático sem ser peganhento como alguns são. Pois, pelos vistos não lhe passei essa impressão porque ontem, quem me atendeu foi ele outra vez e o homem lembrava-se de mim! Quando o vi tive uma vaga impressão que era a mesma pessoa: a mesma figura, a mesma atitude calma e segura a fazer as coisas, mas não me lembrava de ele ser tão formal e sério. A certa altura pergunta-me, 'a senhora já tinha estado neste hospital, neste serviço?' Disse que sim, há meia dúzia de anos para fazer a mesma coisa. 'Pois. Espero que desta vez esteja tudo bem e se precisar de alguma coisa diga', diz ele. Foi-se embora... ...fiquei a pensar, 'mas o que terei dito ao homem para ele se lembrar de mim ao deste tempo todo e de centenas, ou mais, de doentes que entretanto lhe passaram pelas mãos...?' Se calhar não disse nada, é só a minha cara de preocupada e séria que faz sempre as pessoas pensarem que estou chateada ou então foi porque ele me fez uma recomendação antes de eu sair do hospital, isso lembro-me, e eu não a segui porque não achei prático e estava com pressa de me ir embora do hospital. Se calhar foi por isso, ficou ofendido.' E não se esqueceu! Resolvi ser super simpática com o enfermeiro e pedir-lhe ajuda três vezes, mesmo sem precisar (isto de mostrar que se quer ajuda mesma sem precisar é obrigatório com enfermeiros. Aprendi isso à minha custa, depois de errar três vezes. Só à 3ª percebi) Quando saí de lá à tarde já éramos amigos :)

Outra coisa:

... eu agradecia que o ME mandasse pagar o que me devem. Mudei de escalão em Maio do ano passado, mas ainda não me mudaram. Primeiro foi porque mandaram atrasar as subidas para Julho, depois é verdade que a minha ficha na plataforma do SIGRHE estava sempre com erros: ou faltava um coisa ou tinha uma informação errada... enfim... mas desde Novembro que está corrigida, não tenho nenhum impedimento para a mudança e no entanto, não me mudam de escalão. A minha doença custa muito dinheiro, as cirurgias custam dinheiro... agradecia que me pagassem o que me devem.

Estas coisas acontecem




A realidade também é isto: nobreza e generosidade.


Austríaco deixa fortuna a vila francesa que ajudou a família a fugir dos nazis


Um austríaco que morreu no mês passado aos 90 anos deixou uma parte importante da sua fortuna a um pequeno povoado francês, onde sua família se escondeu da perseguição nazi em 1943, informaram as autoridades locais.

Eric Schwam, falecido em dezembro, não se esqueceu no seu testamento da povoação de Chambon-sur-Lignon, no sudeste da França, que receberá uma quantidade "importante" de fundos, explicou o autarca, Jean-Michel Eyraud, sem dar detalhes sobre o valor.A ex-autarca Éliane Wauquiez-Motte, contudo, disse à imprensa local que a quantidade estaria perto dos "dois milhões de euros".

Chambon-sur-Lignon, onde vivem cerca de 2700 pessoas, e outras povoações da região têm uma importante tradição de receber pessoas que fugiram de perseguições religiosas e políticas desde o século XVI até aos judeus perseguidos pelos nazis ou aos republicanos espanhóis durante a Guerra Civil.

Schwam e a sua família viveram de 1943 a 1950 numa escola e os dois primeiros anos, até o fim da guerra, literalmente escondidos.

O jovem estudou farmácia, casou-se com uma católica francesa e trabalhou num laboratório, disse o autarca. No seu testamento, deixou especificado que quer que o dinheiro sirva para projetos educativos e de apoio à juventude.

Cerca de 2500 judeus foram protegidos pelos habitantes desta cidade, que recebeu o reconhecimento de "Justos entre as nações", concedido pelo Museu do Holocausto de Jerusalém aos civis que arriscaram as suas vidas para salvar os judeus.

I'm tired [of reality] project

 


Aykut Aydoğdu

Aykut Aydoğdu


Desde o Verão de 2015 que o projecto de fotojornalismo, Estou Cansado, tem vindo a revelar os efeitos invisíveis das micro-agressões e preconceitos quotidianos através da arte corporal. Uma forma criativa e visual de aumentar a consciência de vários tipos de intolerância, o projecto foi criado pelos estudantes Paula Akpan e Harriet Evans, enquanto ambas frequentavam a Universidade de Nottingham.
Embora nenhuma delas se tivesse envolvido antes em activismo social, cedo se aperceberam de que estavam fartas de se queixar das desigualdades e de não fazer nada a esse respeito. Usando poderosas imagens a preto e branco, a dupla decidiu criar um espaço de expressão anónima onde mulheres e homens são convidados a juntar-se a uma comunidade dinâmica que conta verdades pessoais e muitas vezes universais.

More info: Instagram (h/t: konbini)