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May 11, 2024

Endogamia parasitária



Críticos contra candidatura de Francisco César à liderança do PS Açores


Referem que "representa o passado" e falam em "fatalismo hereditário".
A ex-dirigente socialista Sónia Nicolau e o militante Pedro Arruda dizem que a candidatura de Francisco César, filho de Carlos César, à liderança do PS/Açores "representa o passado" e falam em "fatalismo hereditário".

Na sua página pessoal na rede social Facebook, Sónia Nicolau, para além de ver com "enorme preocupação a eventualidade de uma só candidatura à liderança do PS/Açores", refere que a candidatura de Francisco César representa "o passado e não o futuro".

April 28, 2024

Isto não tem nada que ver com ousadia




Não concluiu o curso e tem carteira profissional de jornalista? É um puto com conhecimentos, digamos assim. Depois vai para a TV fazer uns comentários e daí passa directamente para líder do seu partido no parlamentar europeu? Isto não tem nada que ver com ousadia, tem que ver com o hábito português de nomear os amigos ou nomear à toa. Foi assim à toa que Costa nomeou o outro ME, o Brandão. Não se conhece a Bugalho nenhuma ideia sobre nenhum dos problemas da Europa ou de Portugal. Não se lhe conhece nenhuma política sobre seja o que for. Ele reage a acontecimentos e comenta-os na TV. Vai para lá fazer o quê? 'Dizer coisas'? Quem anda aí a comparar a situação com o Portas, fá-lo sem sentido. Portas é um indivíduo formado, começou a trabalhar como estagiário, foi redactor de jornais e fundou um jornal de relevo e esteve ligado à política sempre. Não passou directamente do Liceu para comentador de TV. O cargo de deputado europeu exige conhecimentos e experiência política, não basta ser inteligente. Isso quase toda a gente é. Isto não é ousadia, é falta de sentido de Estado.

Bugalho assume “risco” da sua candidatura: “Quando é que o mundo avançou sem ousadia?”


April 26, 2024

Integridade e respeito pelo povo? "Falta muito para cantar vitória"




Com tanta distração, praticamente ninguém reparou ou relevou, por exemplo, a circunstância de os três primeiros nomes da lista do PS terem sido candidatos eleitos nas últimas eleições legislativas. Ana Catarina Mendes foi a cabeça de lista no distrito de Setúbal e Francisco Assis no Porto. Marta Temido foi a quarta da lista de Lisboa. Foram candidatos no mês passado. Foram eleitos no mês passado. Tomaram posse no mês passado.

A sua candidatura ao Parlamento Europeu é uma enorme falta de respeito pelos portugueses, em especial pelos eleitores dos seus círculos. Das duas, uma: ou resolveram rasgar o mandato popular que lhes foi conferido, logo a seguir à eleição; ou, pior do que isso, já se candidataram à Assembleia da República sob reserva mental, sabendo que tinham a promessa do salto para a Europa.

Do ponto de vista da salvaguarda da crença dos portugueses no regime democrático, a decisão de um jornalista de vinte e tal anos mudar de vida para se sujeitar ao sufrágio universal (não para ir para assessor partidário, como outros jornalistas fazem depois de anos a revelarem a sua grotesca parcialidade nas redes sociais) é incomparavelmente menos grave do que a mercearia de lugares a que Mendes, Assis e Temido se dedicaram. Essa é que teria sido a grande notícia da semana, caso o jornalismo se tivesse interessado mais em olhar à sua volta do que para o próprio umbigo.

Portanto, se calhar o acordo 
[para presidente da AR] não foi só uma solução civilizada para salvar a face do PSD. Foi igualmente uma forma de salvar o plano de Francisco Assis para ir para o Parlamento Europeu.

Isso explica, de resto, que, segundo se sabe, não tenha ficado explícito que seria Assis o deputado que o PS indicaria daqui a dois anos para a Presidência da Assembleia. O que é bastante absurdo, se pensarmos que essa é uma eleição em que contam fundamentalmente as qualidades pessoais dos candidatos. Não é uma eleição entre partidos; é entre pessoas.

(...) havia o risco de Assis ser visto como um “mercenário” do PS (...)

Excertos de opiniao/publico de Francisco Mendes da Silva


March 02, 2024

Costa a tratar da vidinha

 

É que o livrinho de números de telefones dele é muito bom e vale muito. E sabemos -por ele mesmo- que a cunha é imprescindível num país cheio de burocracia. Não vou dizer que é uma desilusão porque nunca tive ilusões quanto a pessoas entranhadas nos governos de Sócrates mas, na verdade, ficamos sempre à espera de melhor dos políticos.

António Barreto escreveu hoje no Público um artigo a lamentar o facto dos partidos políticos estarem a desaparecer e já ninguém ligar às doutrinas dos partidos. Quais doutrinas? Em que partido é que os líderes governam com princípios filosófico-políticos? O que se vê é isto: os partidos e os governantes que deles saem fazem estão abertos e disponíveis para o negócio e foi nisso que transformaram a governação política.