March 14, 2020

Livros lindos de comer à trinca 🙂



Mira calligraphiae monumenta (The Model Book of Calligraphy, 1561-1596), the result of a collaboration across many decades between a master scribe, the Croatian-born Georg Bocskay, and Flemish artist Joris Hoefnagel. In the early 1560s, while secretary to the Holy Roman Emperor Ferdinand I, Bocksay produced his Model Book of Calligraphy, showing off the wonderful range of writing style in his repertoire. Some 30 years later (and 15 years after the death of Bocskay), Ferdinand’s grandson, who had inherited the book, commissioned Hoefnagel to add his delightful illustrations of flowers, fruits, and insects. Text in Latin. Watercolors, gold and silver paint, and ink on parchment.


olha este tão amoroso com a lagarta da fruta, a mosca, a borboleta, a minhoca... são os predadores da fruta.


StayHome Books da Chiado Editora - livros gratuitos para a quarentena





StayHome Books

QUARENTENA COM LIVROS GRATUITOS

E porque nos próximos tempos importa, sobretudo, prevenir, fique em casa! E para ajudar a Chiado Books vai oferecer-lhe diariamente um novo e-book gratuito.



DOWNLOAD DO LIVRO:

FORMATO ePub

FORMATO PDF

Olha o disparate


Alguém comprou 400 pudins... espera-se que tenha açambarcado muito papel higiénico... just saying 🤣 🤣 🤣


A ministra da saúde diz que não estamos preparados


Faça a sua parte sff. A senhora e o seu chefe Costacenteno que acordaram tarde demais e com os hospitais depauperados por cortes cegos.
Nós fazemos a nossa parte, mas se continuam a importar turistas de zonas vermelhas sem controlo à entrada nada do que fizermos serve para alguma coisa.

"Hoje, tal como ontem, aterram em Lisboa 10 voos provenientes de Madrid. No Porto são 8! Precisamos agir urgentemente pois Madrid é o caso mais descontrolado na Europa actualmente."
(Antonio Jose De Menezes)


Porque é que Singapura e Japão são um êxito no travão ao Coronavirus


Mike Ryan, the World Health Organization's head of emergencies.

Opinião do médico chefe das urgências do Hospital Pompidou



Isto do Coronavirus é como as baratas e os ratos, quando se vê um é porque há 30 escondidos...

Because poetry IV






Because poetry III



“Being Irish, he had an abiding sense of tragedy, which sustained him through temporary periods of joy.”

― W.B. Yeats


“Being Irish, he had an abiding sense of tragedy, which sustained him through temporary periods of joy.” ― W.B. Yeats
via pearl-nautilus

Because poetry II


No, my soul is not asleep.
It is awake, wide awake.
It neither sleeps nor dreams, but watches,
its eyes wide open
far off things, and listens
at the shores of the great silence.

- Antonio Machado

Because poetry






Joseph Brodsky, um poeta russo que foi preso aos 24 anos, acusado do crime de escrever poesia: ser um parasita sem emprego regular, um escritor de coisas inúteis, nas palavras dos acusadores. Ficou preso apenas umas semanas porque uma onde de personalidades juntou-se para pressionar a libertação dele, ou melhor, não propriamente dele que era um desconhecido, mas do poeta, da poesia. A libertação da poesia.

Um excerto do interrogatório dele, tal como vem citado na biografia da autoria de Lev Loseff, Joseph Brodsky: A Literary Life:


Judge: What is your profession?
Brodsky: Poet. Poet and translator.
Judge: Who said you were a poet? Who assigned you that rank?
Brodsky: No one. (Nonconfrontational.) Who assigned me to the human race?

-----------------------------------------------------------------------------------------

To Urania

To I.K.

       Everything has its limit, including sorrow.
       A windowpane stalls a stare. Nor does a grill abandon
       a leaf. One may rattle the keys, gurgle down a swallow.
       Loneless cubes a man at random.
       A camel sniffs at the rail with a resentful nostril;
       a perspective cuts emptiness deep and even. 
       And what is space anyway if not the
       body's absence at every given
       point? That's why Urania's older sister Clio! 
       in daylight or with the soot-rich lantern,
       you see the globe's pate free of any bio,
       you see she hides nothing, unlike the latter. 
       There they are, blueberry-laden forests,
       rivers where the folk with bare hands catch sturgeon
       or the towns in whose soggy phone books
       you are starring no longer; father eastward surge on
       brown mountain ranges; wild mares carousing
       in tall sedge; the cheeckbones get yellower
       as they turn numerous. And still farther east, steam dreadnoughts
                                                       or cruisers,
       and the expanse grows blue like lace underwear.

1983, translated by the author.


Coisas boas





Metropolitan Opera, After Shutting Its Doors, Will Offer Free Streams From Live in HD Catalog

Although the Metropolitan Opera has brought down the curtain at least through the end of the month over COVID-19 concerns, the New York City institution will offer another way for audiences to take in its performances.

Intermezzo: about love




Defend love as a real, risky adventure’ – philosopher Alain Badiou on modern romance

"Love is a lesson of courage. All that is true is rare and difficult."
For the French philosopher Alain Badiou, romantic love is ‘the most powerful way known to humanity to have an intimate relationship with another’. Love, he believes, creates a state of dependence that is an important counterweight to modernity’s emphasis on individuality. In this short film from the UK director William Williamson, Badiou argues that today’s approach to relationships, with its consumerist tendency to focus on choice and compatibility, and the ingrained refrain to move on when things aren’t easy, means that we need a philosophical reckoning with how we think about love. To make his point very specific, Badiou points to the ever-growing prevalence of online dating services that claim to offer algorithmic matching of partners, a way of seeking love that, he thinks, drains love of one of its most vital qualities – chance.
Director: William Williamson

Stay positive, stay indoors, read a book :)

















Angel Luis Morales Ayllón

Relativamente às máscaras



Parece-me evidente que o uso das máscaras é a melhor medida para evitar ser contaminado por outros que se mantêm próximos e respiram o mesmo ar que nós. Nessa medida, como se fez em Macau, devia ser obrigatório sair à rua com elas. É por essa razão que mantemos distância de dois metros, pelo menos, uns dos outros: para não respirarmos o mesmo ar. Percebo que digam para não se usar, pelo simples facto de o governo não ser competente e não saber mandar produzir máscaras que cheguem para todos sendo que, como quem mais precisa delas, para além dos infectados, são as pessoas que trabalham na saúde e contactam com doentes, diz-se aos outros que não precisam. Mas percebemos que não é assim.

Uma coisa que aprendemos é que é mesmo difícil não tocar na cara.

Outra coisa são as imagens do vírus aparecerem com cores lindas :)


Este vírus e esta Europa



Esta notícia de que nenhum país europeu quis acolher crianças desacompanhadas estacionadas na Grécia, muitas, provavelmente, já vítimas de abusos, é insuportável.

Se há coisa que este vírus nos ensinou é que somos todos iguais, estamos todos ligados, da China à América, o vírus vai passando de uns para os outros sem ligar a cores, raças ou religiões. E só nos salvamos todos se cada um pensar que tem de cuidar dos outros. Cuidando dos outros, cada um cuida de si. Isto era algo que parecia fazer parte da matriz europeia, mas não é.

As crises têm esta virtude de pôr as pessoas a nu: quem pensa nos outros, quem é egoísta, quem é responsável, quem é irresponsável, quem tem e quem não tem capacidade de revisão racional. E o que se diz das pessoas diz-se dos países e das suas instituições. Vamos ver o que veremos durante esta crise.



Diário da quarentena - 1º dia II



Acordei a doer-me o ouvido esquerdo (o vento, ontem...), fui às gavetas (plural) de medicamentos à procura das gotas que costumo usar nestas ocasiões e descobri que estavam fora de prazo. Ainda hesitei -não seria a 1ª vez- mas depois achei melhor não. Desde há dois anos sou mais prudente com isso. Enfim, resolvi dar volta aos medicamentos e descobri mais de 20 caixas fora de prazo, do tempo da quimioterapia, quase todos - medicamentos para náuseas, enjoos, fígado, estômago, corticóides, bombas de respiração e o diabo a nove. Meti tudo num saco e fui à farmácia logo às nove. Estavam lá duas pessoas e só deixam entrar três de cada vez. Puseram uma linha amarela no chão como se vê nos aeroportos e isso, para não nos chegarmos muito ao balcão. Acho bem. Não me venderam as gotas para os ouvidos porque precisam de receita médica... paciência. Então vou levar um anti-inflamatório, uma caixa de Brufen, esse medicamento com o qual tenho uma relação de amor-ódio. Esgotado! Têm outro anti-inflamatório qualquer  de uma marca branca. Trouxe uma caixa daquilo. Vamos ver se passa.

Já que saí resolvi andar mais 20 metros e comprar o jornal. Àquela hora já estavam uns 5 homens de uma certa idade a fazer raspadinhas... esperei na rua que saíssem todos e comprei um jornal.

Vim logo para casa e estou a ver nas notícias que só hoje estão a medir a temperatura a quem chega aos aeroportos... isto não se percebe. É negligência grosseira. De resto, repetem as mesmas notícias de 3 em 3 minutos ad nauseam. 

Art on coronavirus



Magdalena Hammar

Música ao pequeno-almoço




Citação deste dia



Explainer journalism never lets actual events get in the way of big ideas. (Stephen Metcalf)