March 14, 2020

Diário da quarentena - 1º dia II



Acordei a doer-me o ouvido esquerdo (o vento, ontem...), fui às gavetas (plural) de medicamentos à procura das gotas que costumo usar nestas ocasiões e descobri que estavam fora de prazo. Ainda hesitei -não seria a 1ª vez- mas depois achei melhor não. Desde há dois anos sou mais prudente com isso. Enfim, resolvi dar volta aos medicamentos e descobri mais de 20 caixas fora de prazo, do tempo da quimioterapia, quase todos - medicamentos para náuseas, enjoos, fígado, estômago, corticóides, bombas de respiração e o diabo a nove. Meti tudo num saco e fui à farmácia logo às nove. Estavam lá duas pessoas e só deixam entrar três de cada vez. Puseram uma linha amarela no chão como se vê nos aeroportos e isso, para não nos chegarmos muito ao balcão. Acho bem. Não me venderam as gotas para os ouvidos porque precisam de receita médica... paciência. Então vou levar um anti-inflamatório, uma caixa de Brufen, esse medicamento com o qual tenho uma relação de amor-ódio. Esgotado! Têm outro anti-inflamatório qualquer  de uma marca branca. Trouxe uma caixa daquilo. Vamos ver se passa.

Já que saí resolvi andar mais 20 metros e comprar o jornal. Àquela hora já estavam uns 5 homens de uma certa idade a fazer raspadinhas... esperei na rua que saíssem todos e comprei um jornal.

Vim logo para casa e estou a ver nas notícias que só hoje estão a medir a temperatura a quem chega aos aeroportos... isto não se percebe. É negligência grosseira. De resto, repetem as mesmas notícias de 3 em 3 minutos ad nauseam. 

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