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December 01, 2024

Este tipo de opiniões tem muito que ver com o radicalismo de direita

 

Tânia Gaspar, directora do Instituto de Psicologia e Ciências da Educação da Universidade Lusíada de Lisboa, o trabalho tem de começar mesmo pelos adultos. “Eu não estou de acordo com proibições. O que temos é de promover coisas sustentáveis e que potenciem a auto-regulação. Quando se proíbe, na primeira oportunidade [o jovem] vai arranjar um esquema para contornar essa proibição e fazer coisas ainda mais perigosas, fora de qualquer controlo. Por isso não se vai proibir, mas criar condições para se fazer as coisas de forma segura. 

Vejamos: antes da proibição do tabaco e já depois dos pais saberem que o tabaco era causa de dependência grave e doenças graves (as tabaqueiras sabiam quais os ingredientes que deviam incluir nos cigarros para criar dependência) toda a gente continuava a fumar desde muito cedo: 12, 13 anos era a idade de iniciação. Depois da proibição de fumar o que aconteceu? Quase ninguém fuma e não há nenhuma revolução em marcha por causa da falta do vício. Quem fumava e foi proibido, habituou-se ou durante um tempo fumou às escondidas, mas as novas gerações que já nasceram nessa proibição não sentem falta de um vício que nunca tiveram. Quem diz que é contra a proibição não vê a dependência das redes sociais como um vício, tal como o tabaco ou o álcool, que causa estragos físicos e mentais, mas é. Há muitos estudos já que mostram a correlação entre o uso desregrado da tecnologia digital na infância e adolescência e a diminuição da inteligência. Desde quando uma criança ou adolescente, com 10 ou 15 anos, sabe auto-regular o seu vício? Nem os adultos sabem fazê-lo!

O ideal era haver um psicólogo de família que acompanhasse o desenvolvimento [das crianças e jovens] em todas as suas etapas, e mesmo antes do nascimento, porque há determinadas competências que devem ser adquiridas em determinadas idades e os pais não têm noção, fazem incorrecções”, afirma.

Esta afirmação de que devia haver um psicólogo por família para corrigir a educação dos pais tem muito que ver com o radicalismo da direita que se revolta contra a arrogância dos pseudo-pedagogos de entenderem que sabem a verdade sobre o ser humano e a sua educação e que devia haver maneira de corrigirem os pais com a última moda da Psicologia... à ciência da Psicologia cabe-lhe mostrar os resultados da últimas investigações, mas não corrigir a opinião dos outros adultos. Aí é que deve haver educação e não imposição porque não se lida com crianças e adolescentes mas com adultos que têm opções de vida próprias, por muito que custe aos outros as suas opiniões e escolhas de vida. 

São estas pessoas que andam nas Universidades de Psicologia a orientar a Psicologia da Educação para os disparates que hoje em dia norteiam as políticas educativas, como por exemplo, entender que as crianças e adolescentes têm conhecimento e desenvolvimento para saberem auto-educar-se sem a necessidade de educadores e que os adultos é que têm que ser corrigidos nas suas opiniões.

Jovens e redes sociais: “Sou sempre contra a proibição pura e dura”



January 24, 2023

É difícil não concordar com esta opinião




A história refere-se ao trans que invadiu o palco durante a representação da peça, Tudo Sobre a Minha Mãe e se pôs aos gritos a dizer que andava na prostituição porque contrataram um homem cisgénero para representar um trans. Pelos vistos o actor que comete o pecado de não ser trans já foi despedido e substituído pelo trans. 
Chegámos a este ponto em que todos que pertencem a minorias, em nome da inclusão, excluem todos da espécie humana e até o bom senso deitam fora. Isto na ópera vai ser o fim de imensos papéis de personagens masculinas que são sempre representadas por mulheres, porque o timbre de voz assim o requer. Isto é completamente irracional. Se um homem cisgénero não pode representar um trans, um trans não pode representar papéis que não sejam de trans. Nas peças infantis, onde humanos representam gatos, isso doravante será considerado uma ofensa aos gatos e o actor terá de ser um gato, ou um lobo na história do capuchinho vermelho. E no bailado, Quebra-Nozes, a dança dos ratos tem de ser mesmo dançada por ratos. E um princípe não pode ser representado por um comuner e assim por diante. E por essa ordem de ideias, um português não pode representar um espanhol, um espanhol não pode representar um francês e este um russo, etc. 
A seguir ao Triunfo dos Porcos, temos agora, O Triunfo da Estupidez onde algumas pessoas, por serem diferentes, pensam ter direitos especiais de obrigar todos a pensar e agir sob as suas ordens. São, Os Literais, que não são capazes de sair da sua literalidade.

O diretor do São Luiz não sabe o que é representar


Vítor Rainho

Além da linguagem ordinária, o trans conseguiu o que queria. Os responsáveis do teatro, mostrando que não sabem o que é representação, logo aceitaram contratar um ator trans para desempenhar esse papel de Lola, não fosse cair o Carmo e a Trindade.
Na sexta-feira passada cheguei a um jantar onde estavam alguns amigos ligados ao teatro e à televisão e a indignação era evidente, embora eu não percebesse a razão. “Não viste o que se passou no teatro São Luiz?”, disseram-me, e como a resposta foi negativa, remataram: “Hoje morreu um pouco a nossa profissão, pois a partir de agora nunca mais poderemos interpretar nenhuma figura que não seja a nossa. 

February 15, 2020

Na discussão da Eutanásia o disparate vai de vento em popa



Agora anda por aí nas redes sociais um argumentário que consiste em publicar uma imagem de uma ordem do Hitler a decretar a eutanásia para depois concluir que, se o Hitler era a favor da eutanásia é porque a eutanásia é uma prática própria de nazis... a sério?? Quer dizer que, se o Hitler era a favor de salada de batatas a acompanhar as salsichas, já não podemos gostar de salada de batatas porque é uma coisa de nazis?? E Deus nos livre de gostar de salsichas!!! E não podemos vestir-nos de castanho porque ele era dos camisas castanhas e não podemos gostar de passear nas montanhas porque ele também aconselhava e por aí fora?? Onde já chegou o disparate...

November 25, 2019

Tudo que respeita à educação entrou numa espiral de insanidade...




Fui ver a informação de exame de Filosofia, que agora se chama prova... enfim, dou com isto escrito:

Objeto de avaliação

A prova tem por referência os documentos curriculares em vigor para os 10.º e 11.º anos (Programa de Filosofia e Aprendizagens Essenciais) e permite avaliar a aprendizagem passível de avaliação numa prova escrita de duração limitada. 


A sério que escreveram isto??? "Avalia a aprendizagem passível de avaliação"e "numa prova de duração limitada"... isto para quê? Porque os novos pais podem queixar-se que pensavam que a prova era até à eternidade? E que avaliava o que é não é avaliável? Ou os novos alunos do, 'aprender a aprender' poderiam alegar que pensavam que o teste, digo, a prova, podia levar-se para casa e acabar quando desse jeito, num ano mais conveniente?
Já agora porque não acrescentam que a prova dirige-se a seres humanos bípedes e mortais? Ou outra lapalissade do género?
Qualquer dia incluem na informação do exame o significado da palavra informação não vá alguém pensar que a informação é já a prova.
O pior é que depois nas escolas toda a gente se põe a imitar estas parvoíces com medo que lhes caia o céu na cabeça...

(já agora que estamos aqui: o meu PC não deixa abrir os documentos do IAVE. Diz que o site é inseguro. Calculo que não tenham pago o domínio...?)