A história refere-se ao trans que invadiu o palco durante a representação da peça, Tudo Sobre a Minha Mãe e se pôs aos gritos a dizer que andava na prostituição porque contrataram um homem cisgénero para representar um trans. Pelos vistos o actor que comete o pecado de não ser trans já foi despedido e substituído pelo trans.
Chegámos a este ponto em que todos que pertencem a minorias, em nome da inclusão, excluem todos da espécie humana e até o bom senso deitam fora. Isto na ópera vai ser o fim de imensos papéis de personagens masculinas que são sempre representadas por mulheres, porque o timbre de voz assim o requer. Isto é completamente irracional. Se um homem cisgénero não pode representar um trans, um trans não pode representar papéis que não sejam de trans. Nas peças infantis, onde humanos representam gatos, isso doravante será considerado uma ofensa aos gatos e o actor terá de ser um gato, ou um lobo na história do capuchinho vermelho. E no bailado, Quebra-Nozes, a dança dos ratos tem de ser mesmo dançada por ratos. E um princípe não pode ser representado por um comuner e assim por diante. E por essa ordem de ideias, um português não pode representar um espanhol, um espanhol não pode representar um francês e este um russo, etc.
A seguir ao Triunfo dos Porcos, temos agora, O Triunfo da Estupidez onde algumas pessoas, por serem diferentes, pensam ter direitos especiais de obrigar todos a pensar e agir sob as suas ordens. São, Os Literais, que não são capazes de sair da sua literalidade.
O diretor do São Luiz não sabe o que é representar
Vítor Rainho
O diretor do São Luiz não sabe o que é representar
Vítor Rainho
Além da linguagem ordinária, o trans conseguiu o que queria. Os responsáveis do teatro, mostrando que não sabem o que é representação, logo aceitaram contratar um ator trans para desempenhar esse papel de Lola, não fosse cair o Carmo e a Trindade.
Na sexta-feira passada cheguei a um jantar onde estavam alguns amigos ligados ao teatro e à televisão e a indignação era evidente, embora eu não percebesse a razão. “Não viste o que se passou no teatro São Luiz?”, disseram-me, e como a resposta foi negativa, remataram: “Hoje morreu um pouco a nossa profissão, pois a partir de agora nunca mais poderemos interpretar nenhuma figura que não seja a nossa.
Também espanta que o público tenha batido palmas. Não havia ninguém com cabeça ou tiveram medo dos wokes? E, por prudência, acanharam-se....
ReplyDeletePois, sei lá, devem ter tido medo de falar.
ReplyDeleteClaro quer é representar outros, traduzir outros, mostrar outros, falar a linguagem dos outros, ser outros.
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