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December 02, 2020

Ah, valente, Marina Mota! Assim é que é




Esta é cá das minhas. As coisas têm que ser ditas. 


Marina Mota lê Constituição Portuguesa em direto na TVI e deixa apresentadores em silêncio

Marina Mota protagonizou um poderoso momento de protesto na tarde desta terça-feira, 1 de dezembro. A atriz aproveitou a presença no programa "Em Família" para reclamar o direto ao trabalho e defender o setor da cultura.

Marina Mota protagonizou um inesperado momento de protesto esta terça-feira no programa das tardes da TVI "Em Família". A atriz, que será uma das protagonistas da próxima novela da estação, deixou os apresentadores Cláudio Ramos e Maria Cerqueira Gomes sem palavras ao ler a Constituição Portuguesa como forma de protestar contra as medidas que estão a limitar a atividade económica em vários setores.

"O amor à arte levou-me a ler um bocadinho da Constituição Portuguesa e é o que quero partilhar com os portugueses lá em casa", começou por dizer Marina Mota, lendo depois o 58º artigo do mais importante documento jurídico português, que reproduzimos abaixo:

Artigo 58.º - (Direito ao trabalho)

1. Todos têm direito ao trabalho.
2. O dever de trabalhar é inseparável do direito ao trabalho, exceto para aqueles que sofram diminuição de capacidade por razões de idade, doença ou invalidez.
3. Incumbe ao Estado, através da aplicação de planos de política económica e social, garantir o direito ao trabalho, assegurando:

a) A execução de políticas de pleno emprego;

b) A igualdade de oportunidades na escolha da profissão ou género de trabalho e condições para que não seja vedado ou limitado, em função do sexo, o acesso a quaisquer cargos, trabalho ou categorias profissionais;

c) A formação cultural, técnica e profissional dos trabalhadores.

October 27, 2020

Quem pensa que os direitos humanos são conquistas irreversíveis engana-se

 


Las polacas paralizan las principales ciudades contra el endurecimiento de la Ley del Aborto

El endurecimiento de la ya estricta Ley del Aborto en Polonia demuestra a las claras que los avances y libertades conseguidos, a veces muy limitados, pueden dar marcha atrás en cualquier momento e incluso en la supuestamente avanzada Europa.

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September 29, 2020

Ondas de obscurantismo

 



Sotoudeh e Maryam Lee : duas mulheres entre o véu e a morte

Par Martine Gozlan



A iraniana Nasrin Sotoudeh e a malaia Maryam Lee arriscam a vida por terem contestado o uso obrigatório do véu, ao mesmo tempo que, em França, a onda de obscurantismo ameaça o laicismo e os direitos das mulheres: a sua história devia fazer reflectir.

Duas mulheres que nunca se encontraram partilham o mesmo destino a 6000 km uma da outra: a recusa do véu islâmico e as ameaças de morte. A primeira, Nasrin Sotoudeh, 57 anos, tem o rosto emaciado pelos 45 dias de greve de fome e pelas condições da prisão de Evine, próximo de Teerão. Encarcerada várias vezes desde 2010 por ousar defender os direitos das mulheres e das crianças, Nasrin tornou-se o símbolo da inumanidade do regime dos mollahs. Depois de ter assumido a defesa de uma mulher que recusava usar o véu islâmico voltou a ser encarcerada e condenada a 12 anos de cadeia por "incentivar ao deboche".

A segunda, Maryam Lee, 28 anos, vive na Malásia. Em 2017 decidiu retirar o véu que trazia desde os 9 anos de idade. No seu país, maioritariamente muçulmano o 'tudung', como chamam a esse pedaço de pano que tanto sangue faz correr não é obrigatório mas, a pressão social por parte dos muçulmanos é tal que o adoptaram. No seu livro, 'As escolhas desveladas' ela conta como tomou consciência que descobrir os cabelos e a face não era um pecado. Desencadeou a fúria do ministro dos assuntos religiosos que abriu imediatamente um inquérito sobre ela. O resultado são milhares de ameaças de morte nas redes sociais e nas mesquitas.

« Mesmo sem justificações legais as mulheres são consideradas criminosas se quiserem tirar o véu e presas por atentado contra a sociedade.» explica Maryam Lee à l’AFP. A Malásia tem mais de 60% de muçulmanos. Os casamentos entre muçulmanos e não muçulmanos é estritamente interdito. O primeiro-ministro é um dos dirigentes mais anti-semitas do mundo. Tudo está ligado: a exclusão das mulheres e a cultura de mentira e ódio.

Ambas as mulheres, uma na teocracia dos mollahs xiitas, a outra na monarquia parlamentar onde o islão sunita dita os comportamentos, são reféns de um sistema judiciário e mental que faz do véu o sinal supremo da adesão ao islão e da sua rejeição uma prova de traição que merece a flagelação -Nasrin foi condenada a 148 chicotadas- ou a morte.

Estes dois dramas são apenas mais um episódio da sinistra saga do véus islâmico. Um trapo reivindicado há 40 anos, em todas as terras muçulmanas como o estandarte do islão político. Entretanto em França todo o franzir de sobrolho face à instrumentalização deste emblema é acusado de islamofóbico por parte de certas pseudo-feministas - melhor era que olhassem as vidas martirizadas das mulheres em Teerão e Kuala-Lumpur.

(tradução minha)

July 23, 2020

Parece-me que está na altura dos sindicatos tomarem outro tipo de iniciativas


A Fenprof escreve este protesto acerca da intenção do governo em abrir as escolas à Trump (sem nenhuma segurança a não ser usar máscaras, quando mil vezes já a DGS disse que a máscara sozinha sem distância física não protege e que até dá uma sensação de falsa segurança), mas depois vêm apelar a manifestações? Tudo ao molho como no 1º de Maio, com autocarros apinhados de gente? Isto não tem ponta por onde se pegue.

Acho bem que os sindicatos tenham iniciativas para impedir este comportamento de Trump dos nossos governantes. Por exemplo, leio em blogs e já várias pessoas me disserem que o secretário de Estado anda a dizer que as pessoas de grupos de risco, como é o meu caso, no próximo ano que ponham baixa. Tenho esperança que isto sejam falsas notícias, porque isso seria dizer que nos vão discriminar e tirar direitos laborais. 

O código do trabalho é muito claro quando diz que o trabalhador com atestado de incapacidade superior a 60% não pode perder o direito ao trabalho e que cabe ao empregador, que neste caso é o Estado, criar condições para que possa trabalhar (a não ser que não o possa de modo nenhum), sendo que não o fazer é considerado uma contra-ordenação grave ou muito grave. As condições passam por várias medidas possíveis, consoante os casos, desde adaptar o local de trabalho, as condições de trabalho ou o horário de trabalho.
Nem me passa pela cabeça que para o ano que vem me descriminem por ordem do governo, contrariando a lei. Como se não bastasse já a doença, as idas constantes a médicos, os exames médicos, o cansaço, o sorvedouro de dinheiro todos os meses, ainda teria cortes no salário e seria discriminada como se a doença fosse uma mancha ou um pecado pela qual devo ser castigada, eu e os outros que estão na mesma situação que eu.

Estou a contar que isto sejam fake news, mas estou também a contar que os sindicatos, sindiquem a favor dos professores, a tempo, e não com manifestações que contrariam todas as normas de segurança... de modo a podermos ir trabalhar com risco mínimo. 
Toda a gente quer trabalhar na escola, mas queremos fazê-lo com segurança e não ao deus-dará e ao cada um que se desenrasque e se não gosta vá-se embora. 


“Professores não vão ser carne para Covid.” Fenprof anuncia protesto para 5 de outubro


O secretário-geral da Federação Nacional de Professores (Fenprof) anunciou, esta terça-feira, a convocação de um protesto nacional no dia 05 de outubro, sublinhando que as ações reivindicativas “não podem aliviar”.

Referindo que o protesto se realiza na data em que se assinala do Dia Mundial do Professor, Mário Nogueira defendeu que os docentes devem sair à rua, em particular porque dias depois, em 10 de outubro, o executivo entregará o Orçamento do Estado para 2021.

Em declarações à TSF, Mário Nogueira garantiu que “é completamente irresponsável a forma como [o Ministério da Educação] está a organizar o regresso às aulas no início do próximo ano letivo”. Assim, os docentes “exigem que sejam tomadas medidas que ao nível da gestão de espaços, de horários, da utilização de máscaras que garantam segurança e confiança aos professores e às famílias”.

O líder da Fenprof lembrou que no dia 18 de maio abriram as escolas secundárias para alguns alunos e, mesmo assim, houve escolas encerradas, mesmo com “número de alunos reduzidos porque os grupos foram partidos, com distanciamento de alunos, com jovens que têm mobilidade bem menor do que no 1.º ciclo, porque são mais velhos”.

“Queremos [saber se] a DGS, que tem sido rigorosa nas condições de funcionamento dos espetáculos, espaços fechado, valida as orientações que o Ministério está a dar para estes espaços fechados – que são as salas de aula – onde vão estar muitas pessoas”, solicitou.

“Não sei o que querem do 1º ciclo, mas há uma coisa que os professores não vão ser: carne para Covid”, atirou.

A propósito da citação anterior



Acho que fizeram muito bem e os argumentos do direito à liberdade religiosa estão atrás do direito a todas as pessoas serem iguais em direitos e dignidade perante a lei, independentemente do sexo, raça, género, religião, território jurídico, etc.
Aliás, quem lê os primeiros artigos da Carta dos Direitos Humanos, percebe que consagram a liberdade e a dignidade da pessoa humana acima e à frente dos outros. Quando a prática da religião retira direitos humanos às pessoas é preciso mudar essa prática e não anular os direitos das pessoas.

Permitir o uso de burcas é o mesmo que permitir que andem vestidos com as fardas castanhas e a braçadeira nazi: ambos são os símbolos que certos grupos sociais escolheram para expressar publicamente a diferença que defendem haver em direitos e dignidade de uns seres humanos relativamente a outros, sendo apenas que os nazis o faziam em relação a grupos étnicos e a religião muçulmana o faz em relação ao sexo, mas o princípio é o mesmo.

Estado alemão proíbe burcas e véus islâmicos na escola

Governo de Baden-Württemberg afirma que vestuário não faz parte de uma sociedade livre.

O governo de Baden-Württemberg baniu o uso de burcas e véus islâmicos a todas as raparigas que estudam nas escolas primárias e secundárias daquele estado federado do sul da Alemanha.
A decisão, tomada esta terça-feira, segue-se à que já tinha sido anteriormente tomada em relação às professoras. O primeiro-ministro do estado de Baden-Württemberg, disse que era raro as estudantes usarem burcas, mas que era necessária uma proibição para casos excecionais.

June 09, 2020

O chefe do mundo livre é um macho de má índole



O homem foi empurrado, ficou no chão com sangue a escorrer da cabeça e a polícia foi andando sem ligar nenhuma e a culpa foi dele?



March 08, 2020

Right



" Não há portanto [...] no âmbito da cidade qualquer ocupação própria da mulher porque é mulher, nem do homem, porque é um homem, mas porque as habilidades naturais são igualmente disseminadas em ambas estas formas de vida, segundo a natureza a Mulher participa de todas as profissões. 

Platão, "República"