July 23, 2020

Parece-me que está na altura dos sindicatos tomarem outro tipo de iniciativas


A Fenprof escreve este protesto acerca da intenção do governo em abrir as escolas à Trump (sem nenhuma segurança a não ser usar máscaras, quando mil vezes já a DGS disse que a máscara sozinha sem distância física não protege e que até dá uma sensação de falsa segurança), mas depois vêm apelar a manifestações? Tudo ao molho como no 1º de Maio, com autocarros apinhados de gente? Isto não tem ponta por onde se pegue.

Acho bem que os sindicatos tenham iniciativas para impedir este comportamento de Trump dos nossos governantes. Por exemplo, leio em blogs e já várias pessoas me disserem que o secretário de Estado anda a dizer que as pessoas de grupos de risco, como é o meu caso, no próximo ano que ponham baixa. Tenho esperança que isto sejam falsas notícias, porque isso seria dizer que nos vão discriminar e tirar direitos laborais. 

O código do trabalho é muito claro quando diz que o trabalhador com atestado de incapacidade superior a 60% não pode perder o direito ao trabalho e que cabe ao empregador, que neste caso é o Estado, criar condições para que possa trabalhar (a não ser que não o possa de modo nenhum), sendo que não o fazer é considerado uma contra-ordenação grave ou muito grave. As condições passam por várias medidas possíveis, consoante os casos, desde adaptar o local de trabalho, as condições de trabalho ou o horário de trabalho.
Nem me passa pela cabeça que para o ano que vem me descriminem por ordem do governo, contrariando a lei. Como se não bastasse já a doença, as idas constantes a médicos, os exames médicos, o cansaço, o sorvedouro de dinheiro todos os meses, ainda teria cortes no salário e seria discriminada como se a doença fosse uma mancha ou um pecado pela qual devo ser castigada, eu e os outros que estão na mesma situação que eu.

Estou a contar que isto sejam fake news, mas estou também a contar que os sindicatos, sindiquem a favor dos professores, a tempo, e não com manifestações que contrariam todas as normas de segurança... de modo a podermos ir trabalhar com risco mínimo. 
Toda a gente quer trabalhar na escola, mas queremos fazê-lo com segurança e não ao deus-dará e ao cada um que se desenrasque e se não gosta vá-se embora. 


“Professores não vão ser carne para Covid.” Fenprof anuncia protesto para 5 de outubro


O secretário-geral da Federação Nacional de Professores (Fenprof) anunciou, esta terça-feira, a convocação de um protesto nacional no dia 05 de outubro, sublinhando que as ações reivindicativas “não podem aliviar”.

Referindo que o protesto se realiza na data em que se assinala do Dia Mundial do Professor, Mário Nogueira defendeu que os docentes devem sair à rua, em particular porque dias depois, em 10 de outubro, o executivo entregará o Orçamento do Estado para 2021.

Em declarações à TSF, Mário Nogueira garantiu que “é completamente irresponsável a forma como [o Ministério da Educação] está a organizar o regresso às aulas no início do próximo ano letivo”. Assim, os docentes “exigem que sejam tomadas medidas que ao nível da gestão de espaços, de horários, da utilização de máscaras que garantam segurança e confiança aos professores e às famílias”.

O líder da Fenprof lembrou que no dia 18 de maio abriram as escolas secundárias para alguns alunos e, mesmo assim, houve escolas encerradas, mesmo com “número de alunos reduzidos porque os grupos foram partidos, com distanciamento de alunos, com jovens que têm mobilidade bem menor do que no 1.º ciclo, porque são mais velhos”.

“Queremos [saber se] a DGS, que tem sido rigorosa nas condições de funcionamento dos espetáculos, espaços fechado, valida as orientações que o Ministério está a dar para estes espaços fechados – que são as salas de aula – onde vão estar muitas pessoas”, solicitou.

“Não sei o que querem do 1º ciclo, mas há uma coisa que os professores não vão ser: carne para Covid”, atirou.

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