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April 24, 2022

Perguntas de retórica

 


É evidente que vivemos numa coutada nepótica do PS. 


Temos um país ou uma coutada de alguns?

Lídia Pereira

João Leão, ex-ministro das Finanças, é hoje vice-reitor do ISCTE e tem a seu cargo a gestão do Centro de Valorização de Transferência de Tecnologias desse mesmo instituto.

Até aqui, nada de preocupante. Afinal, e ao contrário do que tentaram fazer com pessoas de outros partidos, a experiência governativa deve ser valorizada. Preocupante é o facto de João Leão gerir um projeto que ele próprio decidiu financiar fora do envelope do Ensino Superior, enquanto ele próprio era ministro, e no valor de 5,2 milhões de euros.

(...)

Não se trata de um "outro" fenómeno de fulanização, como alguns comentadores querem fazer parecer. Trata-se do facto de um partido político estar imune a qualquer coisa, a quem tudo se permite. Tentamos separar o poder executivo, a máquina do Estado e o Partido Socialista e temos dificuldade em distinguir o que é o quê. Todas as interações que a gestão da coisa pública obriga tornaram-se num comportamento tão automático e linear que pôr e dispor sobre a administração pública e o erário público parece blindado ao escrutínio da atividade do Governo.


February 03, 2022

Acerca da estabilidade da governação




António Costa confunde estabilidade com ausência de obstáculos no seu caminho. Não é o único. Hoje, num artigo de jornal, Mª Manuel Marques defende que Um governo de maioria serve para assegurar estabilidade na governação (...)Serve para fazer algumas reformas (...) impossíveis ou que mais dificilmente se conseguem fazer com governos minoritários, (...) que deviam ser negociadas com uma alargada maioria parlamentar. Esta euro-deputada fala na virtude de maiorias absolutas para negociar reformas necessárias e diz que, "Se formos capazes de o fazer bem, talvez daqui a quatro anos este fantasma da maioria absoluta desapareça do debate político".

Aqui há duas questões: a primeira é que uma maioria absoluta não precisa de negociar nenhuma reforma: impõe-na; a segunda é que os governos de maioria absoluta que tivemos não "o souberam fazer bem", quer dizer, têm aproveitado para impor reformas (não negociadas) que são desfeitas logo na legislatura a seguir. Portanto, ambos, como muito outros, entendem estabilidade como facilidade de governação, no sentido de não terem que confrontar-se com opiniões contrárias às suas, com as quais é necessário entender-se e negociar. A geringonça acabou por falhar, justamente porque Costa não sabe negociar e alcançar compromissos nas suas grandes políticas.

O que oferece estabilidade a um sistema é a solidez da sua estrutura, que no caso de um regime político democrático corresponde à força das leis e das instituições públicas. Quanto mais sólidas e independentes dos poderes políticos são as leis e as instituições públicas menos a robustez do sistema depende dos vapores e humores dos políticos do momento. Não queremos que um sistema dependa das boas intenções de políticos particulares mas sim da solidez das suas instituições. Por isso que é tão importante que um político saiba negociar e entender-se com os partidos da oposição, para que as reformas não sejam, como têm sido em vários sectores fundamentais, reformas com o prazo de validade daquela legislatura. Esta característica, na educação e na saúde, só para dar dois exemplos, tem sido, e é, dramática.

Vemos que até dentro dos próprios partidos, há pouca preocupação em assegurar a estabilidade interna da suas estruturas e reduz-se a vida do partido à aclamação de um líder com as sua claques que imediatamente anulam as vozes adversárias. Veja-se o resultado dessa falsa estabilidade de liderança no CDS, no BE e agora no PSD que descurou as suas estruturas de base. Também o PS já lá esteve e há-de voltar.

A política é a arte de governar para o bem público e dado que cada governo só representa uma parte da população, dado que é eleito por muitas razões que ultrapassam a confiança do povo nas soluções daquele partido ou coligação e dado que os nossos políticos têm mostrado não serem bons políticos no sentido de terem capacidade (ou interesse) de compromissos com as outras forças representadas no Parlamento temos muito a temer de maiorias absolutas, que não têm sido factores de estabilidade do sistema.

(também publicado no blog delito de opinião)


June 29, 2021

Cada vez cheira mais mal

 



Brisa desmente MAI e diz que local das obras na A6 onde morreu operário estavam sinalizadas

Ministério da Administração Interna não prestou declarações sobre a informação agora avançada pela BrisaA Brisa, responsável pela manutenção da estrada e que posteriormente contratou os serviços da empresa Arquijardim - onde trabalhava a vítima mortal do acidente com o carro do MAI -, diz que os trabalhos estavam devidamente sinalizados, contrariando o comunicado do Ministério da Administração Interna, que dizia que tinha sido o trabalhador a atravessar a faixa de rodagem que não tinha qualquer sinalização dos trabalhos na via, segundo revela a SIC e como o CM tinha avançado.

January 21, 2021

Coisas boas. Em princípio...




Se não ficar tudo em águas de bacalhau como o processo do Socas e do garganta funda, que não apenas se passeia por aí na boa, mas a quem ainda pagamos 39.000 euros por mês de reforma.

Incêndios. Presidente da Câmara de Pedrógão Grande acusado de 11 crimes


O autarca Valdemar Alves é acusado de sete crimes de homicídio por negligência e quatro de ofensa à integridade física por negligência. O fogo deflagrou em junho de 2017 em Pedrógão Grande e alastrou-se aos concelhos vizinhos. Morreram 66 pessoas e 253 feridos. Destruiu cerca de 500 casas e 50 empresas.

O presidente da Câmara de Pedrógão Grande foi acusado de 11 crimes na sequência dos incêndios de junho de 2017, sete de homicídio por negligência e quatro de ofensa à integridade física por negligência, disse hoje fonte do Ministério Público.

November 10, 2020

Quanto mais falas mais te enterras

 


Os Açores não são um offshore constitucional, Dr. Rio

Portanto, ela pode fazer um acordo porque sim, porque é a favor e na altura tinha razões, mas Rio não pode porque não, porque não era a favor e porque ela não concorda com as razões e ainda porque os acordos à direita são selváticos. 
Cala-te. É a única coisa decente que podes fazer neste assunto.