É evidente que vivemos numa coutada nepótica do PS.
Temos um país ou uma coutada de alguns?
João Leão, ex-ministro das Finanças, é hoje vice-reitor do ISCTE e tem a seu cargo a gestão do Centro de Valorização de Transferência de Tecnologias desse mesmo instituto.
Até aqui, nada de preocupante. Afinal, e ao contrário do que tentaram fazer com pessoas de outros partidos, a experiência governativa deve ser valorizada. Preocupante é o facto de João Leão gerir um projeto que ele próprio decidiu financiar fora do envelope do Ensino Superior, enquanto ele próprio era ministro, e no valor de 5,2 milhões de euros.
(...)
Não se trata de um "outro" fenómeno de fulanização, como alguns comentadores querem fazer parecer. Trata-se do facto de um partido político estar imune a qualquer coisa, a quem tudo se permite. Tentamos separar o poder executivo, a máquina do Estado e o Partido Socialista e temos dificuldade em distinguir o que é o quê. Todas as interações que a gestão da coisa pública obriga tornaram-se num comportamento tão automático e linear que pôr e dispor sobre a administração pública e o erário público parece blindado ao escrutínio da atividade do Governo.
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