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June 03, 2023

Parece-me que o ME está naquela situação que a psicanálise chama: projecção



Na teoria psicanalítica (de Freud), a projeção é um tipo de mecanismo de defesa psicológico. Um mecanismo de defesa é uma estratégia que as pessoas usam, sem perceber, para se protegerem da ansiedade e culpa associados a certos pensamentos ou comportamentos.

A projeção, neste contexto psicológico, consiste em atribuir sentimentos ou comportamentos seus, a outrem (neste caso aos professores), a fim de evitar ter de lidar com a carga emocional que a culpa (de andar a destruir a escola pública e os professores) acarreta. 

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Ministro da Educação diz que greves dos professores comprometem escola pública

O ministro da Educação, João Costa, afirmou hoje que as greves dos professores decretadas para durante os exames nacionais e as avaliações finais colocam em causa a escola pública

expresso

February 02, 2023

O ME é um manhoso, mas tamanha falta de ética fica-lhe mal a ele e não a nós

 


Um dia lectivo são 5 horas/tempos lectivos, de maneira que 3 horas não são um mínimo, são quase 2 terços do dia lectivo e, em muitos casos, são a totalidade. Desde quando mais de metade ou tudo são serviços mínimos? E desde quando os serviços mínimos mobilizam todos os trabalhadores? Tendo em conta que dezenas de milhares de professores são contratados com horários incompletos (menos de 15 horas lectivas por semana) e dezenas de milhares de professores têm mais de 55 anos com reduções da componente lectiva (menos de 15 horas lectivas por semana), obrigar a leccionar 3 horas por dia (15 horas por semana) é o mesmo que impedir o direito à greve a mais de metade dos professores. Isto não pode ser legal, mas é uma clara demonstração de considerar professores e alunos (pois sem os primeiros, que já faltam aos milhares nas escolas, o que acontece aos segundos?) lixo na sua vidinha entachada. Também gostava de saber quem é o 'árbitro' do tal colégio que alinhou nestes serviços que são muita coisa mas não mínimos.



Serviços mínimos: professores obrigados a leccionar três horas por dia

Tribunal Arbitral determinou que deve ser assegurada a prestação de três horas educativas para as crianças do pré-escolar e 1.º ciclo e de três tempos lectivos diários para os restantes níveis de ensino.

December 07, 2022

Quanto mais fazem mais enterram a escola pública

 

A última ideia do ME é matar os professores, por assim dizer. Não sei onde pensam ir arranjar professores oferecendo-lhes esta jóia que é trabalharem em várias escolas ao mesmo tempo. Irem a correr de uma escola para outra, com duplicação de burocracia, reuniões, etc. Nem são de uma escola nem de outra, são do meio do caminho, da estrada. Corrigem testes, estudam e preparam aulas enquanto conduzem - sim, porque transportes públicos entre terras para sair de uma escola à 13h e entrar na outra à 13.30h... enfim, vida própria? Esquece... e tudo isto para ganharem 900 euros... e ninguém tira este ministro e substitui por alguém que não desresolva todos os problemas.




June 04, 2022

Hoje é aquele dia do mês

 


Em que compro o Público porque alguém, que suspeito seja o ex-SE, agora ministro da educação, manda publicar artigos de propaganda que geralmente são aos pares. E de facto, é o caso: um par de artigos, cada um pior que o outro.

Este primeiro é de José Matias Alves, um colaborador do ex-SE, agora ministro da educação no desenho da flexibilidade curricular - coisa que não é dita no jornal, para parecer que é um artigo independente e imparcial. Logo aí desconfiamos da sua seriedade, mas adiante.

É um artigo contra os exames de acesso ao ensino superior. Todos sabemos que o ex-SE, agora ministro da educação está fixo nessa tarefa de acabar com todas as aferições significativas para poder brilhar nas estatísticas, mesmo que à custa do interesse dos alunos e do país.

Então lemos o artigo e três quartos do artigo constituem aquela falácia do «apelo ao povo», 'todos sabem que'... que se usa quando se quer fazer parecer que as nossas premissas estão provadas e é preciso ser muito ignorante para não estar por dentro do assunto. Vai daí, enumera uma data de falsas premissas: "ficou claro que os exames não são justos...; "ficou claro que os exames distorcem o ensino desde o 1º ano", etc., ele repete isto muitas vezes. É claro que... não ficou nada claro. Em alguns casos o que ficou foi a certeza de que há processos que têm problemas a ser resolvidos. Depois conclui: "dado que o sistema não serve"... como se aquelas falsas premissas, elas mesmas improvadas, fossem provas de que o sistema não serve. Depois passa alegremente a dizer como as coisas devem ser para o mundo ser feliz.

O que nunca é abordado, porque não lhe interessa, é a questão de saber se há mérito e benefício para os alunos e para o país, fazerem exames. E essa é que é a questão principal, porque havendo, o resto são processos com falhas a ser resolvidas. 

Este é um artigo, em meu entender capcioso, escrito para manipular e não para esclarecer a questão ou contribuir positivamente para melhorar o sistema de educação.

Se eu penso que isto manipula a maioria das pessoas? Sim, penso que sim, porque as pessoas querem muito acreditar em histórias com final feliz e querem muito ter alguém ou algo a quem culpar, neste caso, os exames.


O segundo é totalmente desonesto, nem tenta disfarçar. É também muito... estúpido, não há outra palavra. Mas lá está: cumpre o propósito de manipular os leitores? Penso que sim, porque as pessoas querem muito acreditar em histórias com final feliz e querem muito ter alguém ou algo a quem culpar, neste caso, os horríveis dos professores das escolas.

Senão vejamos: o título o que diz? Nesta escola não há aulas nem professores, portanto, dá 

logo a entender que aulas e professores são coisas retrógradas, do passado. No sub-título lemos que há uma geração de bravos (em inglês para parecer muito tech) que vai além da simples transmissão de conhecimentos. Lá está outra vez: a escola que temos é de mera transmissão de conhecimentos e não se passa lá mais nada. É um vazio de gente cobarde, ao contrário dos bravos.

Só de ler o título e o sub-título percebo logo que vem aí uma enxurrada de desonestidades a condizer com eles.

Depois olho a imagem: três rapazes, sozinhos, cada um no seu computador. Se estivéssemos na Idade Média esta propaganda mostrava três frades com a Bíblia mágica, cujo conteúdo salva, agora mostram-se computadores, a palavra mágica actual que resolve todos os problemas da educação. Começamos a ler e lá está: 10h da manhã, as mesas de cor do arco-íris para apoiar a comunidade LGBT (para dar a ideia de que as escolas que temos são contra as pessoas LGBT, o que é uma mentira descarada), e os learners, como lhes chamam (porque chamar alunos é ofensivo e retrógrado), sentam-se no computador e todos são felizes e entusiasmados. 

A sério? Isto é entre a parolice de se chamarem com nomes em inglês, para parecerem internacionais e a estupidez de alguém pensar que por se sentarem em frente do computador o conhecimento vai brotar nas suas mentes e serão todos felizes. 

A seguir ainda é pior porque se diz que os aprendizes são incentivados a ir para o computador para uma plataforma várias horas por dia conviver com os colegas. Isto é abaixo da crítica séria. Desde quando é melhor conviver com os colegas através de um ecrã, em vez de se sentarem uns com os outros ou irem todos passear a alguma lado? Fico desconfiada que este artigo tem o patrocínio de uma plataforma digital qualquer - a que é mencionada no artigo. 

Os learners escolhem o que querem estudar. Este artigo aparece umas vezes por ano, no Público, embora em versões diferentes. Já comentei outros do mesmo teor que defendem que os alunos é que escolhem o que querem estudar e se querem estudar, porque podem querer só dançar, por exemplo e os professores estão ali para o caso de eles quererem dar um passinho de dança.

A course manager, que é o nome que dão aos professores, explica tudo como os professores da escola antiga não sabiam explicar. Aqui dá vontade de o mandar àquele sítio, mas como estou convencida que isto é escrito pelo ministro ou às suas ordens, não vou mandar o homem à outra parte. Enfim, a linguagem, como se vê, vem directa da gestão, pois hoje em dia, os educadores do futuro são gestores que gerem os alunos, não como pessoas mas como projectos rentáveis.

O Luke assiste à lição de Português porque veio da África do Sul e não sabe falar. Ah! Espera lá, afinal há lições quando é preciso, de facto, aprender o que não se sabe. Ai é? então o Luke, não é um learner? Ele não sabe aprender a língua sozinho e precisa de um professor? 

Mais abaixo diz-se que esta escola tem actividades e clubes, como se as nossas escolas não os tivessem desde sempre. É a desonestidade total. Não estou para desmontar isto tudo porque é tanta estupidez que até dói.


Aqui nesta página há ofensas que deviam ser denunciadas pelos sindicatos ou outras associações de professores porque este é o pasquim do governo que veicula o pensamento do ministro. É que diz-se que a diferença entre os course managers e os professores é que os primeiros conhecem os alunos e interessam-se por eles e nós, vulgares professores, não. Nem conhecemos os alunos, nem queremos saber deles como pessoas. Isto é demais...isto é ofensivo face ao que se passa nas escolas, à relação que dos professores têm com os alunos, ao interesse e empenhamento dos professores e, só será verdade naqueles casos, muitos, em que o ministro obriga os professores a terem 300 ou mesmo 500 alunos. Aposto que os course managers têm uma dúzia de alunos ao todo. Este artigo é infame.

Não tenho esperança nenhuma neste país porque um país com uma educação pobre e totalmente desonesta não vai a lado algum. E é o que temos. Todos os dias esta propaganda contra as escolas e os professores. Todos os dias.

Se os pais vão emprenhar isto tudo pelos ouvidos? Ah, pois vão, mesmo aqueles que atiram os filhos para cima de nós porque não têm tempo nem pachorra para os educar.

Mas lá está: as pessoas querem muito acreditar em histórias com final feliz e querem muito ter alguém ou algo a quem culpar, neste caso, os professores.


January 24, 2021

Por falar em educação: este senhor tem uma lata descomunal

 


Fecho das escolas. Brandão Rodrigues critica privados de “ziguezaguear para fazer diferente”


“Esta é uma pausa letiva para todos, este ziguezaguear para fazer diferente é o que nos tem causado problemas. Reitero que todas as atividades letivas estão encerradas”, reforçou o governante.
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Que grande lata! Alocar a sua incompetência à vontade dos outros trabalharem e serem eficientes. Na opinião dele, não é ele e os seus colaboradores e parceiros de governo que têm gerido mal a pandemia e o país, mas todos aqueles que pensam em rentabilizar os meios que têm ao seu alcance.

Porque razão havemos de nivelar a educação por baixo, pela fasquia de incompetentes? Se os colégios, devido a terem meios que a escola pública não tem (em grande parte porque a equipa que as tutela é incompetente) porque não há-de usá-los? Se podem ter ensino online e manter o regime de aulas/férias que estava programado, sem perturbar demasiado o ano lectivo, porque não hão-de fazê-lo? 

Se este encerramento de escolas durar um mês, o que é muito provável dado o descontrolo dos contágios e a irresponsabilidade das pessoas, então, todos aqueles que podiam ter prestado esse ensino online e não o fizeram para acompanhar a incompetência do ministro vão ser prejudicados escusadamente. 
Já basta as escolas públicas serem prejudicadas porque o ministro e a sua equipa, não só não prepararam este ano lectivo sabendo o que nos esperava como foram feitas promessas, não cumpridas, de entregar computadores e preparar ensino à distância.

Esta equipa da educação tem uma visão da educação miserabilista: nivelar todos por baixo, ensinar apenas o essencial, fazer tudo igual quais rebanhos e no fim passar todos de qualquer maneira, para que a sua incompetência não dê muito nas vistas.

Uma pessoa que não assume nunca responsabilidade pelos seus erros e falhas nunca conseguirá mudar ou resolver coisa alguma. Ficamos na dúvida: ele dá-se conta da sua incompetência e diz estas coisas para disfarçar ou não sabe mesmo dela?

January 22, 2021

Este senhor é um atraso de vida...

 

"Estes 15 dias serão compensados Carnaval, na Páscoa e no final do ano"

Ministro da Educação reage à suspensão das aulas, que começa amanhã e dura até dia 5 de fevereiro, e apela ao cumprimento das regras em respeito pelo sacrifício do estudantes.

Uma das garantias do governante é a de que os 15 dias de suspensão de aulas serão compensados "na que era a interrupção letiva do Carnaval, naquilo que restava da interrupção letiva da Páscoa e também com uma semana no final do ano letivo

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Ele reage porque não foi tido nem achado no assunto porque é uma figurinha de cera para enfeitar o ME e ninguém quer saber do que ele diz.

A cena do 'sacrifício' dos estudantes dá-me vontade de rir. Os alunos devem estar muito chateados de irem de férias em vésperas de testes...

E a ideia de 15 dias chegarem para desacelerar os contágios que estão descontrolados, é simpática. Mas pronto, ele tinha que dizer alguma coisa.

Entretanto ouvi dizer que a Lurdes Rodrigues também disse coisas, mas isso era esperado, dizer nadas, como a prima do Solnado, é a especialidade dela.

September 15, 2020

E porque não passar a usar este exemplo das declarações do ministro da educação nas aulas de ética?

 


Kant é um filósofo intencionalista. A moralidade, para ele, reside na intenção da acção e não na sua consequência e, se a intenção não é pura, isto é, independente de qualquer inclinação material, então a acção é imoral. Podemos ver se uma acção é moral universalizando o seu princípio e vendo se queremos o mundo que dele resulta, mais ou menos nestes termos, age sempre de tal modo que a tua máxima possa ser erigida, por tua vontade, em lei universal da natureza, ou seja, queremos que o princípio da nossa acção se torne universal e inescapável, como uma lei da natureza? A esta formulação ele ainda acrescenta outra que diz, age de tal maneira que trates a humanidade, tanto na tua pessoa como na pessoa de outrem, sempre como um fim e nunca como um meio.

Vejamos este caso. O Estado tem o dever legal de proteger os seus funcionários. É assim que os médicos e os enfermeiros e outro pessoal da saúde tem equipamento de protecção especial quando trata de doenças infecciosas, salas à parte para tratar desses doentes e condições especiais; também os bombeiros, por exemplo, têm equipamentos especiais para fazer o seu trabalho que é de elevado risco. Os polícias a mesma coisa: têm equipamentos e condições especiais para poderem fazer o seu trabalho que comporta riscos acima do normal. Na administração pública há regras especiais para proteger os trabalhadores que foram accionadas durante a pandemia. Nas obras públicas, outro exemplo, há uma inspecção que garante que as pessoas trabalham com os equipamentos especiais que lhes dão como protecção preventiva de acidentes. Etc. Ora, os professores em geral não têm nenhuma protecção e, em particular os que são considerados de risco (visados nesta declaração do ministro), isto é, cuja doença ou condições de saúde os os torna mais propensos, seja a adoecer seja a morrer como consequência desta doença infecciosa; pelo mesmo princípio, deviam ter, como os outros trabalhadores de outras profissões com riscos acrescidos, já referidas, direito a protecção especial, seja nos equipamentos, seja nas condições em que exercem o seu trabalho. 

Por conseguinte, a máxima que subjaz às declarações do ministro é, 'sempre que tenhas condições de trabalho geradoras de risco agravado, não assumes os teus deveres legais de protecção dos funcionários que correm especial risco de vida'. Ora, queremos que esta máxima do ministro se torne universal e que daqui para a frente o empregador deixe os trabalhadores sem protecção quando as condições de trabalho agravam os riscos de vida? Não, claro, que não. A própria noção de protecção deixava de fazer sentido e tinha que desaparecer dos contratos todos e até da lei, uma vez que se tinha universalizado a não protecção do trabalhador, quando é necessária. 

Quanto à segunda formulação é evidente que ele a viola, pois trata os professores não como pessoas em si mas como meios, instrumentos dos seus interesses materiais.

Ou seja, o ministro, seguindo a ética kantiana, é imoral na sua acção. A sua intenção não é boa e a sua acção não passa o crivo do imperativo categórico.

E se seguirmos a ética utilitarista que é consequencialista e diz que a acção é moral se levar a felicidade à maioria das pessoas e imoral se levar a infelicidade à maioria das pessoas? Bem, vejamos, a maioria das pessoas fica feliz por um professor ficar em casa sem poder trabalhar e os seus impostos estarem a pagar um salário, embora com cortes, a um trabalhador em casa mais outro salário ao que o vai substituir? Não me parece. Portanto, também segundo esta ética, a acção do ministro é imoral.

Agora ainda vejo outra questão/dúvida: devemos, nas aulas de moral, digo, cidadania, usar este exemplo de imoralidade quando tem que se falar na educação para o respeito pelos outros, na educação para o respeito pelos que são diferentes? Ou dizemos que deve-se respeitar quem é diferente excepto se forem professores de grupos de risco e, nesse caso, damos o exemplo do ministro? 

Ou estou errada?

Sobre as baixas dos professores pertencentes aos grupos de risco da covid-19, Brandão Rodrigues acredita que será possível substituir esses docentes de forma rápida, mas lembra que o ministério “não tem a ficha clínica de todos os seus trabalhadores” – e mesmo que tivesse, os trabalhadores têm “livre-arbítrio” para decidirem se querem continuar a ir trabalhar ou não. (Tiago Brandão)

March 13, 2020

Ministro da educação na TV



... a dizer coisas... a única coisa de interesse que disse é: estão interrompidas as actividades lectivas e não lectivas. Portanto, a ideia de mandar os professores saírem de casa e ir para as escolas afinal foi só uma loucura que lhe saiu da boca.