Sócrates está a comportar-se como Berardo se comportou no Parlamento, isto é, está a gozar com a justiça, com o juiz e connosco todos que lhe financiámos, sem saber, os 200 ou 300 milhões de euros que arrebanhou para gastar na secretária que o namorava, na vida em Paris, nos livros que não escreveu, nas amantes a quem comprou apartamentos, nas férias de luxo, etc.
A única razão para que os seus depoimentos não causem o escândalo que causou o de Berardo é não o vermos na TV a rir-se na nossa casa, de gozo. Mas ele está a rir-se de gozo disto tudo e no fim há-de fazer uma saída dramática com os maneirismos que lhe são costumes para a próxima vida de luxo.
Ainda hoje soubemos que
novos crimes acusam Manuel Pinho e Ricardo Salgado. Manuel Pinho, esse outro arrebanhados de milhões (o outro está noutro patamar), foi ministro dele. Como muitos outros que estão no actual governo. Por isso se calam todos e fingem que tudo isto de ter cofres em casa da mãe com milhões em notas não é igual ao riso descarado com que Berardo gozou com a República que o financiou em pleno Parlamento.
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