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May 26, 2025

A preguiça de Bruxelas e a manha dos governos

 


Bruxelas diz que, durante este ano, “se projecta que a despesa corrente continue a crescer devido a medidas orçamentais que aumentam os salários da função pública e as pensões”, ao mesmo tempo que “o crescimento das receitas do Estado deverá desacelerar”. E para 2026, destaca “o impacto de medidas de política orçamental como a redução do imposto sobre o lucro das empresas e o investimento público financiado pelos empréstimos do PRR”. (Público)

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Bruxelas, ou seja, as luminárias que mandam de lá avisos, olham para a folha do haver e do dever por alto e vão direitos às colunas onde a soma já está feita e ignoram o resto. Resultado: falam sempre na FP como um gasto perigoso. Porém, na FP estão os serviços que o Estado presta à população: a educação, a saúde, a justiça, a administração pública composta de pessoas que, se competente e oleada, põe o país a funcionar como um todo.

Para onde nunca olham é para as dezenas e centenas de milhões que os governos desperdiçam, literalmente para o lixo. Chega muito dinheiro de Bruxelas. Tanto, que os nosso governantes, escolhidos por amizade partidária, não sabem o que lhe fazer e dão a grupos, completamente à toa e na esperança de que façam qualquer coisa com ele, ou subsidiam negócios de amigos ou deixam que o gastem como se fosse dinheiro de casino. 

Essas contas raramente são feitas porque dá trabalho. Sabemos as da banca porque têm comido tanto dinheiro (na ordem das dezenas de milhares de milhões) para viverem à pala e financiarem empresas de amigos de quem querem favores que é impossível passarem despercebidos. De resto pouco sabemos. De vez em quando vem algo a público como termos gasto milhões em barcos e ninguém saber que eram precisas baterias para carregá-los.

Por exemplo, este fim-de-semana, uma pessoa que está dentro contou-me que na marinha, cada novo chefe que chega quer um barco. Isto veio a propósito de perguntar-lhe porque é que, com tanto território marítimo, não temos barcos de investigação do fundo do mar ou parcerias com outros países para isso? A pessoa respondeu-me que cada chefe que chega quer um barco. O barco tem de ser maior que o do anterior. Cada barco tem a sua tripulação, etc. Depois quando o têm não fazem nada com ele. Contou-me o caso de um chefe que queria um barco desses de investigação do fundo marítimo. Em vez de comprar um novo, comprou um barco de pesca velho e mandou-o remodelar completamente, equipar com a última tecnologia, etc. Gastou muitos milhões nisto. Como o barco é antigo não pode ter outro tipo de motor e o que tem não serve para o equipamento e transformações que lhe fizeram. Como lhe tiraram, na remodelação, todo o equipamento de pesca, nem para a pesca agra serve. Resultado: o barco com equipamento de última moda está parado e vai ser abatido ou fundeado. Quantos milhões se afundam ali de cada vez que um chefe quer um barco maior e mais equipado que o vizinho? 

Há uns tempos uma oura pessoa contou-me que a sua empresa (uma dessas startups) recebeu do Estado 80 milhões de euros, assim do nada, sem um estudo, sem uma contrapartida, sem um projecto... só porque tinham aparecido naqueles locais em que se fala de empresas que emergem. 'Tomem lá e vejam se o aplicam bem.' A empresa ficou tão inundada de dinheiro que deixaram de preocupar-se em poupar custos. Era tudo à grande. Mudaram logo todos de carro e só chegavam ao trabalho às 11h da manhã. Sei de casos semelhantes mas que receberam, não 80 milhões mas 500 milhões.

O dinheiro assim desperdiçado é o pão-nosso de cada dia, mas esses desperdícios não aparecem já somados em grossas colunas nas folhas que chegam a Bruxelas e, somar todos estes autênticos rombos nos dinheiro públicos -que raramente têm retorno para a nossa economia- implicava outro tipo de contabilidade, mas Bruxelas é preguiçosa e os nosso governos ainda mais e, então, manda recado que é preciso cortar nos serviços públicos e destruir a educação, a saúde, etc. 

E o que fazem os nosso governos? Compactuam porque são um grupo de incompetentes encartados. Mandam que alguém numa universidade de prestígio faça um estudo a dizer que o país vai ser destruído por causa dos professores ou dos médicos ou dos enfermeiros ou das pessoas que trabalham nos serviços públicos para terem um pretexto de fazerem o mais fácil - porque é mais fácil destruir profissões inteiras e cortar a eito nos serviços estruturais que prestam ao país do que pôr ordem nos seus ministros, secretários de Estado, adjuntos, chefes de gabinete, CEOs da banca e de empresas públicas e também nos pedidos dos amigos que têm aquela empresa que queria muito um contrato com o Estado de 60 ou 80 milhões.

80 milhões + 60 milhões +100 milhões + 20 milhões + 500 milhões + 5 barcos fundeados +.... são biliões de desperdício, invisíveis nas colunas que chegam a Bruxelas.

E é assim que se tem prejudicado o país: com desperdício de dinheiro, incompetência, corrupção e contas manhosas que os serviços básicos  da educação e outros pagam. Bruxelas compactua. Quem se admira que os votos do Chega cresçam, que ninguém acredite no que dizem os governantes, que ninguém acredite no que dizem os jornais e nos argumentos de autoridade de universidades de (cada vez menos)prestígio?

October 14, 2023

Mais uma vitória de Costa: défice de efectivos (perto de 40%) nas Forças Armadas




O chefe do Estado-Maior da Força Aérea, general Cartaxo Alves, alertou a ministra da Defesa que a atual situação de efetivos no ramo é "a mais grave dos últimos 50 anos", avisando Helena Carreiras para riscos de segurança e possibilidade de erro humano. Ramo aéreo perdeu 36% de efetivos.

A crise dos efetivos nas Forças Armadas está a atingir um nível de preocupação para os chefes militares, que levou o chefe do Estado-Maior da Força Aérea (CEMFA), general Cartaxo Alves, no início de outubro, a enviar à tutela um documento com um cenário de emergência para o ramo: as missões estão em risco e aumenta a possibilidade de erro humano.



August 17, 2023

O governo tem os cofres cheio de dinheiro mas não sabe desenvolver o país. Só sabe distribuir favores à Louis XIV

 


Os ganhos salariais dos trabalhadores da Administração Pública atingiram o nível mais alto desde 2015, mas não para todos: Em algumas carreiras a evolução foi ainda mais expressiva, nomeadamente para os assistentes técnicos, militares e médicos, que viram os salários subir mais do que a média.



A crise da falta de professores não pode ser resolvida à custa da qualidade”



Assunção Flores, diretora do Centro de Investigação em Estudos da Criança (CIEC) e professora do Instituto de Educação da Universidade do Minho.

O braço de ferro entre Ministério da Educação e os professores arrasta-se há muito. O que pode desbloquear o momento atual?

Eu penso que é necessário um esforço coletivo. A educação é fundamental para o desenvolvimento do país e a manutenção de uma situação de instabilidade e de incerteza tem sobretudo consequências para as crianças e para os jovens que têm direito a uma educação de qualidade. A verdade é que o setor da educação tem vivido tempos conturbados e exigentes e eu não resisto a citar Andy Hargreaves que, há 20 anos, falou de uma crise de proporções preocupantes, na medida em que a profissão que é, muitas vezes, descrita com uma importância vital para a economia do conhecimento é a mesma que muitos grupos têm desvalorizado, que cada vez maior número de pessoas quer deixar, em que cada vez menos pessoas querem entrar. Esta asserção permanece atual e não estou apenas a referir-me aos aspetos conjunturais que têm acentuado este cenário, mas também aos elementos estruturais aos quais é necessário atender.

As reivindicações dos professores são legítimas?

É fundamental que os professores estejam motivados e, para isso, concorrem naturalmente as questões laborais, nomeadamente as questões da carreira e do estatuto socioeconómico. O bem-estar dos alunos depende do bem-estar dos professores e, por isso, é crucial atender às condições de exercício da profissão e reconhecer a complexidade e exigência do ensino. Como refere Labaree, o ensino (e, por extensão, aprender a ensinar) constitui uma forma extraordinariamente difícil de prática profissional que parece fácil. É, portanto, necessário reconhecer e valorizar o trabalho dos professores. Na minha opinião, a profissão docente encontra-se numa situação crítica, eu diria mesmo numa encruzilhada, que requer respostas concertadas e urgentes, o que claramente tem de passar pelo desenvolvimento de medidas políticas que concorram para aumentar a sua atratividade e pelo investimento numa formação de qualidade assente na investigação e no conhecimento produzido internacionalmente e em particular no nosso país. Fala-se muito do envelhecimento do corpo docente, mas é necessário destacar que temos no nosso sistema professores altamente qualificados e experientes sendo fundamental reconhecer o seu papel na sociedade. Todavia, penso que é também importante refletir, para além das questões laborais, sobre as questões profissionais, por exemplo sobre a natureza do profissionalismo docente, sobre as práticas pedagógicas, sobre o trabalho colaborativo, sobre o papel dos professores enquanto agentes do currículo, enfim, sobre a especificidade da profissão docente.

December 01, 2022

A chatice dos factos

 

Os jovens emigram, todos os anos, às dezenas de milhar. Mais um problema desresolvido pelo governo do senhor Costa.


Em 2011, apenas 6 dos 308 municipios tinham mais de 500 idosos por cada 100 jovens. Passado 10 anos, este número quase triplicou, havendo munícipios que têm já mais de 700 idosos por cada 100 jovens.
PORDATA

October 26, 2022

A falta de professores é cada vez maior. O que faz o ME?




Vai para a AR culpar os próprios professores por terem envelhecido e terem pedido reforma ou estarem doentes e atribui à má fé dos professores não haver professores. 
É uma estratégia competente e inteligente e só quem tem má fé é que não o vê.


Falta de professores: outubro com recorde de aposentações

Este mês vão deixar o Sistema Educativo quase 300 docentes. Setembro já tinha registado números recordes, com cerca de 260 saídas. Escolas em dificuldades para encontrar soluções para os horários que esses docentes libertam.

É o segundo mês consecutivo com um número recorde de aposentações de docentes. Foram 257, em setembro e, até ao final de outubro, serão 280, contrastando com os meses anteriores, em que a média se encontrava nas 185 saídas. Os dados são públicos e constam da lista mensal da Caixa Geral de Aposentações (CGA). A estes devem ainda somar-se o número de reformados pelo regime da Segurança Social. Um dado que não é público. E à medida que o ano letivo avança, vai-se tornando cada vez mais difícil encontrar professores para assumir os horários libertados.

... são vários os motivos que estão na origem desse problema. "A grande maioria dos professores que se aposentam têm um horário letivo de 14 horas [letivas] semanais, fruto das reduções legais pelo tempo de serviço prestado e idade do professor.

Ou seja, são horários em que o vencimento para quem vem substituir é baixo [966,38 euros brutos]. Acresce ainda que muitos contratados já têm a sua vida organizada e não se vão despedir dos empregos que, entretanto, tiveram de arranjar, para aceitar um horário nestas condições". Recorde-se que os horários abaixo das 16 horas letivas semanais não contabilizam 30 dias de descontos para a Segurança Social, não conferindo, assim, direito ao Subsídio de Desemprego no final do contrato.
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[e têm custos de deslocação associados que são suportados pelo próprio]

December 17, 2021

Conversas imaginárias

 



Mariana Vieira da Silva: PS faz aposta “fundamental” na subida do salário médio


— Está lá? 

— Sim?

— Bom dia Mariana, como vai? Daqui Rodrigues.

— Bem obrigada.

— Ó Mariana, o primeiro-ministro está a pensar em prometer subir o salário médio. Precisa que dê uma conferência de imprensa.

— Hoje?

— sim, hoje.

— É que eu estava a pensar dormir até tarde e depois ir às compras de Natal.

— Ó Mariana, nós fomos contratados para dizer coisas quando é preciso. O nosso trabalho é dizer coisas, tem de ir às compras em outro dia.

— Ó que chatice. Está beeemm. O primeiro-ministro que mande as linhas para eu ler, mas não respondo a perguntas que hoje não quero trabalhos difíceis.