Secretário-Geral das NU volta a dar passos para encorajar Putin a escalar a guerra na Ucrânia e no mundo
A 16.ª cimeira dos BRICS arranca esta terça-feira em Kazan, na Federação Russa, com o anfitrião, Vladimir Putin, determinado em fazer com que o evento que junta as chamadas “economias emergentes” seja uma demonstração de força dos defensores de uma alternativa à ordem mundial dominada pelo Ocidente e liderada pelos Estados Unidos.
Do ponto de vista do Kremlin, a exibição dessa imagem é importante para mostrar ao mundo que, apesar das sanções económicas e diplomáticas que lhe foram impostas pelos EUA e pela União Europeia, entre outros, a invasão russa da Ucrânia não transformou a Rússia num estado “pária”.
Citado pela Associated Press, Iuri Ushakov, antigo embaixador da Rússia em Washington e actual conselheiro do Presidente russo para a Política Externa, diz que a cimeira contará com representantes de 32 países, incluindo mais de 20 chefes de Estado, e que Putin vai ter cerca de 20 reuniões bilaterais, que se irão realizar à margem do evento principal – uma dessa reuniões será com António Guterres, secretário-geral das Nações Unidas.
Segundo Alexander Gabuiev, director do Centro Carnegie Rússia-Eurásia, o grande objectivo do chefe de Estado russo para a cimeira que se realiza entre terça-feira e quinta-feira é mostrar que a Rússia “é um actor importante que está a liderar este novo grupo que vai acabar com o domínio ocidental”, porque essa é também “a sua narrativa pessoal”.
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