Queda livre - estamos no nível mais baixos desde que entrámos nesta avaliação. Há um desinvestimento geral na educação. O ME que nos pôs aqui foi escolhido para liderar a organização na educação.
Página 456 do 1.º Volume do Relatório de Pisa 2022
Em Portugal, os estudantes obtiveram 472 pontos a Matemática, ou seja, menos 20,6 pontos do que nas provas realizadas em 2018. Já em comparação com os resultados nas provas de 2012, desceram 14,6 pontos.
Portugal surge assim na lista dos 19 países que baixaram mais de 20 pontos a Matemática, sendo que as notas desceram entre os alunos mais carenciados, mas também entre os mais privilegiados.
Três em cada dez alunos não conseguiram demonstrar ter conhecimentos mínimos a Matemática, ou seja, não atingiram o nível dois numa escala de seis valores.
Apenas 7% dos estudantes portugueses se destacaram, atingindo os níveis de proficiência mais elevados (5 e 6) a Matemática, uma disciplina que voltou a ser dominada por seis países asiáticos.
Em Singapura, 41% dos estudantes demonstrou conhecimentos bastante elevados, assim como 32% dos estudantes de Taiwan.
Seguiram-se os alunos de Macau e China (29% com muito bons resultados), Hong Kong (27%), Japão (23%) e Coreia (23%).
A condição socioeconómica é um dos fatores que mais influencia os resultados académicos e, em Portugal, os estudantes portugueses de famílias mais privilegiadas tiveram uma pontuação média de 522 pontos, ou seja, 101 pontos acima da média dos alunos mais carenciados.
Apesar de o PISA de 2022 estar mais focado no retrato dos conhecimentos a Matemática, também foi feita uma prova de Leitura e, mais uma vez, os resultados médios pioraram: Os estudantes portugueses obtiveram 477 pontos, o que representa uma descida de 15,2 pontos em relação a 2018 e de 12,8 pontos face a 2012.
No texto introdutório do relatório, Mathias Cornmann alertou que “um em cada quatro jovens de 15 anos é atualmente considerado como tendo um fraco desempenho em Matemática, Leitura e Ciências, em média, nos países da OCDE”.
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