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January 08, 2024

A cada Língua a sua face

 


Cada Língua tem um estilo e cada estilo é uma Língua.

FEMALE SCULPTED FACES (Mascarons) on the Art Nouveau Buildings 
From late 19th century/early 20th century:
1.Riga (Latvia), 2.Netherlands, 3.France, 4.Spain (Corunna), 5. Vienna, 6. Moscow, 7.no information, 8. Barcelona (Spain), 9. Vienna (Austria)
Collage by SJ

June 02, 2021

Mapas portugueses - o mirandês

 




1 - Afinal o que é o Mirandês 

A língua mirandesa é o nome oficial que recebe o asturo-leonês em território português, e possui status de língua oficial em Portugal desde 1999.

Não existem dados que permitam quantificar com precisão o número atual de utilizadores desta lingua, pelo que os números apontados variam entre 7.000 a 10.000 utilizadores distribuídos principalmente por uma área de 550 km², conhecida como Terras de Miranda e formada pelo concelho de Miranda do Douro e freguesias de Angueira e Vilar Seco, no concelho de Vimioso. 
(...)
O mirandês tem três subdialetos (central ou normal, setentrional ou raiano, meridional ou sendinês) e possui um dicionário, gramática e ortografia próprios, os seus utilizadores são em maior parte bilíngues, trilíngues ou até mesmo quadrilíngues falando muitos deles o mirandês, o português. o castelhano, e alguns deles também o galego.

As associações como a SIL International outorgam um código próprio a esta língua, enquanto que a Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (UNESCO) por seu lado enquadra-a no contexto do asturo-leonês.
Os textos recolhidos em mirandês mostram a envolvência de traços fonéticos, sintáticos ou vocabulares das diferentes línguas, mas o português é mais reconhecido pelos mirandeses, porque é considerado uma língua culta, fidalga, por isso importante.

2 - Situação actual:

A língua mirandesa, tal como já foi referida anteriormente, é falada por, sensivelmente, 7 000 a 10 000 pessoas no extremo nordeste de Portugal, sendo desde 1999 considerada como segunda língua oficial do país.
A preservação da língua mirandesa deve-se sobretudo à geografia e ao isolamento das designadas Terras de Miranda onde os rios e as cordilheiras acabam por ser factores cruciais para a criação de uma "fronteira linguística". 

No caso das Terras de Miranda, o rio Sabor teve uma influência, que convém realçar por isolar a área da influência da língua portuguesa, no entanto outro factor para a preservação desta língua acaba por ser também a proximidade e a acessibilidade a Espanha, pois esta região tem uma grande vertente comercial destinada aos espanhóis que outrora faziam parte do Reino de Leão, ou seja, muitos deles ainda falam o asturiano, língua de origem do mirandês.

Na práctica o mirandês chegou aos nossos dias quase intacto, devido quer a esta acessibilidade e ao contacto constante a uma Espanha que fala, essencialmente, o asturiano quer a um isolamento das populações locais face ao português.
Há muitos anos que o mirandês não era falado no coração da comarca de Miranda do Douro, mas, nos últimos anos, a deslocação das pessoas das aldeias para a cidade trouxe o mirandês de volta, porque nas aldeias rurais era onde se conservava mais o mirandês, e este êxodo rural acabou por trazer a língua mirandesa novamente à cidade. 

A língua mirandesa está numa situação de diglossia, isto é, quando duas línguas coexistem mas uma prevalece sobre a outra, nesta caso com a prevalência do português, mas a disseminação do mirandês por razões extralinguisticas mas sobretudo de afirmação cultural, tem conquistado cada vez mais os habitantes das Terras de Miranda.
A atitude dos falantes em relação à sua língua autóctone também leva a uma relação de diglossia, como exemplo, tem-se "Lição de Mirandês: You falo como bós i bós nun falais como you" de Manuela Barros Ferreira (do Centro de Linguística da Universidade de Lisboa) em que é evidente a desvalorização da língua mirandesa face ao português. 

March 18, 2021

February 09, 2020

Leituras pela manhã - 'Words won’t sit still.'




Language changes all the time. Some changes really are chaotic, and disruptive. Take decimate, a prescriptivist shibboleth. It comes from the old Roman practice of punishing a mutinous legion by killing every 10th soldier (hence that deci­- root). Now we don’t often need a word for destroying exactly a 10th of something – this is the ‘etymological fallacy’, the idea that a word must mean exactly what its component roots indicate. But it is useful to have a word that means to destroy a sizeable proportion of something. Yet many people have extended the meaning of decimate until now it means something approaching ‘to wipe out utterly’.
...
We are all tempted to think that complex systems need management, a benign but firm hand. 
Broadly trusting the distributed intelligence of your fellow humans to keep things in order can be hard to do, but it’s the only way to go.

Language is self-regulating. It’s a genius system – with no genius.

Lane Greene
in 'Who decides what words mean?'