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September 19, 2021

Luxo

 


Ter uma piscina a 50 metros do mar.






Mozambique's Benguerra Island,
PHOTOGRAPH BY ELSA YOUNG/KISAWA

August 18, 2020

Deve haver alguma explicação para isto

 


... de todos os anos levar uma data de roupa para passar menos de duas semanas num sítio onde já sei que vou para aproveitar as coisas simples da vida -o sol, o mar, um peixe grelhado na brasa, o céu estrelado, a família, os amigos- com os mesmos dois ou três calções, meia dúzia de camisolas, os mesmos chinelos, um par de fatos de banho e duas toalhas de praia. De vez em quando lá se vai jantar fora a um sítio que pede um vestidinho e umas sandálias, mas este ano, com a pandemia, nem isso. De modo que não percebo este arrumar e desarrumar coisas que não precisava de ter levado. Isto deve ter alguma explicação freudiana.


Acabou-se a temporada de praia

 


Hoje a maré estava tão baixa que andávamos 100 metros mar adentro e a água sempre pelo joelhos. Fria. O balanço foi positivo. Excepto hoje e antes de ontem a água esteve sempre quente e limpíssima. Este ano fui à praia como quem vai ao ginásio ou à fisioterapia: cedíssimo para não me cruzar com pessoas, a pé, para fazer exercício e com o plano de nadar uma hora, fosse num banho só ou em dois. Hoje não nadei uma hora. Nem cinco minutos porque não se consegue nadar com água gelada pelos joelhos. Enfim, estamos de malas aviadas para voltar à realidade das secas em hospitais, o que é já amanhã.




imagem da net

August 16, 2020

Hegel em férias 😁

 


A vida boa acabou-se que a água hoje estava a 19º. Nem a nadar se aquecia e ainda arranjei uma infecção nos ouvidos para ajudar. Em contrapartida confirma-se que as cavalas me adoram e o kiwi desidratado que levei para comer depois do banho é óptimo. Comprei numa senhora que tem aqui uma banca em Tavira com tudo quanto é especiarias que traz de Marrocos mais gomas turcas e fruta desidratada que é óptima para levar para a praia.

Ontem fiz o jantar para todos: um arroz de salsichas picantes (estive meia hora a tirar a pele das animalas) com pimentos, cebola e ervas (estava óptimo) e usei um pimentão fumado que comprei nessa senhora. Antes de ir embora (já passou uma semana, como é possível...?) hei-de lá ir comprar as especiarias para o ano. Mas ainda tenho uns dias de praia deserta - à hora que eu vou ainda está tudo a dormir e tenho a praia quase só para mim e para as cavalas.



August 13, 2020

Eu a fugir das cavalas e elas sempre atrás de mim

 


Isto foi hoje que a água estava tão límpida que se viam muito bem os peixes... e eles a nós. Pus-me a fugir dum pequeno cardume de cavalas porque li no jornal que há por aqui tubarões que gostam de cavalas e elas sempre a nadar atrás de mim. Saí da água com a boca roxa e os dedos engelhados, mas satisfeita. Hoje até consegui dar umas braçadas de mariposa.

A caminho de casa comprei o Público e estou aqui a ler enquanto como uns cubos de melancia. Fui dar com duas notícias da realidade:

 A 1ª é para quem ainda tem dúvidas acerca de como as coisas se passam neste mundo já sem democracias a operar a não ser virtualmente.


A 2ª é para que se veja o estado a que chegou o ensino. Quando estes são os objectivos do ensino da nossa Língua: no 6º ano (alunos com 11 ou 12 anos) os alunos devem aprender a escrever textos com parágrafos... e devem intervir em blogs e fóruns. Desde quando aprender a escrever textos com parágrafos não se faz no 2º ano com 7 anos e só se faz cinco anos depois...? E intervir em blogs? Como é que me posso admirar dos alunos me chegarem ao 10º ano sem saber ler e escrever se a ambição assumida é esta?



Tratam os alunos como atrasados mentais... eles comportam-se como tais...


Finalmente, assegura-se que no ano que vem os exames têm outra vez a mão milagrosa do IAVÉ Maria cheia de Graça.


Não tenho esperança nenhuma no futuro do ensino quando o presente é a renovação da mediocridade aceite por todos e anunciada como progresso nos jornais.

Bem, estamos de férias e não estou para me chatear. Vou tomar banho e fazer o almoço, que estou cheia de fome. Voltei à minha rotina de 10 mil passos diários e ando a estudar a Fenomenologia de Hegel ao mesmo ritmo da natação na praia que são 30 braçadas, pausa, 30 braçadas... aqui são 30 minutos, pausa, 30 minutos...

A estudar Hegel com motivação e empenho descobri que o problema de ter levado muito tempo a perceber Hegel devia-se menos à minha burrice e inexperiência filosófica e mais à falta de jeito dos outros em explicá-lo. É que descobri por aí na net pessoas que o explicam muito bem. What a difference a good teacher does.

Temos aqui família e amigos perto mas ninguém fez o teste do Covid de modo que estamos em férias versão tranquilidade conventual.