A walk in the woods

 

A alegria das coisas simples

 

De um passeio pela Lisboa árabe.

Nas noites de Sto. António
Vou saltar uma latada
E vou cantar, divertir-me
Com a minha namorada.

pelas escadinhas de Alfama

"se uma gaivota viesse trazer-me o céu de Lisboa"

pelas ruelas de Alfama

do lado de fora da muralha do castelo, a ouvir o grito dos pavões

almoçar a olhar o Carmo

Poesia pela manhã num silêncio Rothko

 

Uma surpresa muito agradável

 

No Domingo fui ao Alqueva. Tínhamos marcado mesa num restaurante que parecia ser bom. Na internet. Pusemos o GPS e fomos parar à porta do restaurante, num sítio, uma terrinha, com duas ruas, no Alentejo profundo. Do lado de fora três mesas com cadeiras daquelas de metal prateado brilhante -parecia baquelite novinho em folha- com três homens, cada um em sua mesa. Outro à porta do café-restaurante. Pareceu-nos uma taberna... voltaram-se logo para mim, porque fui eu que escolhi marquei o restaurante... é isto, Beatriz? Yup! É preciso confiar! (não estava nada confiante) Bem, lá fomos, cheguei à porta, disse boa tarde e perguntei se já estava aberto. — Depende, diz ele. Se tem marcação está aberto. 'Tenho sim.' 

Bem, entrámos. O restaurante tem duas salas. Numa das salas estava um homem a comer. Ficámos na outra. Tudo muito limpo e próprio. Casa de banho como deve ser. Depois vieram migas e carne de porco de várias maneiras e vinho... de Reguengos, está bom de ver. Belo vinho! Belas migas, belo porco. Azeitonas fantásticas. Um queijinho branco curado muito bom. Sobremesa não comi. Dividi uma dose de secretos com outra pessoa e nem mesmo assim consegui comer a minha parte toda. Já não estou habituada a almoçar e muito menos estas coisas pesadas. No fim, 12.20€ por cabeça. Enfim, uma surpresa muito agradável. Ainda bem que marcámos mesa porque éramos 5 e a meio da refeição o restaurante estava lotado.

Não, isto não é lá, é em Évora.