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September 28, 2020

Sometimes

 



Sometimes (September 1904)

Sometimes, when a bird calls,
Or a wind moves through the brush,
Or a dog barks in a distant farmyard,
I must listen a long time, and hush.

My soul flies back to where,
Before a thousand forgotten years begin,
The bird and the waving wind
Were like me, and were my kin.

My soul becomes a tree, an animal,
A cloud woven across the sky.
Changed and unfamiliar it turns back
And questions me. How shall I reply?

Hermann Hesse
tradução: Anne E.G. Nydam




imagem Pinterest
via Akademisches Lektorat


Poesia pela manhã

 


Anselm Kiefer


(...)
Me desculpe a árvore cortada pelas quatro pernas da mesa.
Me desculpem as grandes perguntas pelas respostas pequenas.
Verdade, não me dê excessiva atenção.
Seriedade, me mostre magnanimidade.
Ature, segredo do ser, se eu puxo os fios das suas vestes.
Não me acuse, alma, por tê-la raramente.
Me desculpe tudo, por não estar em toda parte.
Me desculpem todos, por não saber ser cada um e cada uma.
Sei que, enquanto viver, nada me justifica
já que barro o caminho para mim mesma.
Não me julgues má, fala, por tomar emprestado palavras patéticas,
e depois me esforçar para fazê-las parecer leves.

Sob uma estrela pequenina | de Wisława Szymborska ( rodrigomocz)


September 02, 2020

"Preserve these words against a time of cold"

 


Preserve these words against a time of cold,
a day of fear: man survives like a fish,
stranded, beached, but intent
on adapting itself to some deep, cellular wish,
wriggling toward bushes, forming hinged leg-struts, then
to depart (leaving a track like the scrawl of a pen)
for the interior, the heart of the continent.

Joseph Brodsky