Hoje é que ouvi o debate de ontem

 

Foi bom. Gostei especialmente da discussão das regras económicas e do pacto de estabilidade porque os candidatos apresentaram bem as suas posições e fundamentos ideológicos e fiquei a saber mais do que sabia. Na discussão da guerra na Ucrânia o Johnny PC é uma cassete de Putin ao ponto do patético de estar a defender um ditador fascista pensando que é comunista porque vive na pátria dos grande líderes Lenine e Estaline. Aliás, mesmo na questão das migrações todo o discurso dele é completamente demagogo. É uma espécie de sermão de bem-aventurança. A Marta Temido tem a posição ingrata de ter de defender a porcaria toda que o governo de Costa (de que fez parte) fez. Já decidi o meu voto.

https://www.rtp.pt/play//eleicoes-europeias-debate-partidos-com-assento-parlamentar

Debate europeias

 

O debate foi interessante. Temido tem o papel ingrato de ter de defender as políticas de incompetência e catástrofe de António Costa e de não poder prometer que vai resolver seja o que for porque o seu governo acaba de sair de quase 9 anos de descalabro e ela fez parte dele. Quantos aos outros, Bugalho tem um paternalismo desajustado e irritante relativamente aos outros e ao público e não disse nada de novo. Gostei de ouvir Cotrim e Paupério, embora este tenha falado pouco e menos que os outros.

(os comentadores ao avaliarem o debate interessam-se menos pelos conteúdo da discussão do que pela imagem televisiva que cada candidato dá como se tudo fosse apenas um jogo)

Debates

 

Estive a ouvir o debate de ontem com os partidos sem representação parlamentar. O MRPP-PCPT desiludiu... onde está aquele fervor revolucionário? Quem esteve melhor, de longe, foi a representante do MAS, uma professora, Raquel Cambra. Tem muito potencial. Vê-se nela, claramente, uma parlamentarista. Ideias claras, um discurso estruturado e fundamentado. Espero que consigam eleger uma deputada. O moderador, Carlos Daniel, foi o melhor moderador de todos os debates, apesar de só ter entrado em dois. Mas deu nas vistas pela positiva. Fez perguntas pertinentes sobre vários temas, induziu uma dinâmica de calma e seriedade que dava para ouvir os candidatos.

Este debate: todos contra Costa

 

Está certo, ele é que tem estado a governar.

(um aparte - irrita-me que digam líderes fechando o 'e'. Líderes lê-se como se houvesse um acento agudo no 'e', apesar de ele estar no 'i'. A quantidade de apresentadores e moderadores que a dizem mal, irrita) 

O Chico do CDS fala da educação como quem não percebe nada e acha que um cheque-ensino dá sucesso escolar às famílias mais pobres.

O Johnny do PCP dá um exemplo de uma pessoa que paga 15 mil euros no privado para pagar o tratamento de um cancro. Não faz ideias dos preços das doenças oncológicas...

Não percebo que eles não estejam por dentro da realidade do que se passa na saúde ou na educação. Não têm pessoas -médicos e professores, neste caso- que lhes digam como é a realidade? Confiam nos políticos de carreira, nos putos que andam pelos partidos? Não percebo.

Já ouvi o Rui Tavares falar no mestrado inacabado 20 vezes. Duvido que a maioria das pessoas o perceba.

A Inês do PAN acaba de pôr na mesma frase a violência doméstica e os veterinários. 

(outro aparte - o Johnny do PCP deve ter ouvido religiosamente todos as gravações do Cunhal desde tenra idade porque ele tem a voz e a maneira de falar muito parecidas às de Cunhal - estamos a ouvi-lo e evocar o Cunhal)

Amanhã vem à rê-tê-pê o mê-rê-pê-pê 🙂 não se pode perder.

Isto não é fácil. Vir para a TV todos os dias fazer debates com adversários diferentes, disposições diferentes. Assim que passar o dia das eleições vão todos de férias dormir uma semana...

Novidades?

 

Alguém mandou António Costa olhar para nós enquanto fala. 

Já vamos no 10º dia de debates e, que tenha visto, nestes horas de debate só houve duas frases sobre educação, num debate e mais duas, noutro. Portanto, não é um problema considerado significante no país.

António Costa diz que gostaria de ser um país nórdico onde há muito diálogo social. Pois, só que tem estado no governo há seis anos e antes disso esteve em todos os governos socialistas recentes, sendo que nos de Sócrates em lugares-chave, de modo que perguntamos: porque não contribuiu para construir uma sociedade dessas? Porque é que no fim do seu mandato de seis anos, estão dois terços dos portugueses no salário mínimo ou aí perto? Porque é que no fim do seu mandato de seis anos andou a promover amigos e familiares mais os familiares dos familiares numa promiscuidade que impede o mérito de florescer?

O Francisco Rodrigues dos Santos para a Catarina Martins, ' A Catarina Martins diz que está em consonância com o Papa, só se for o Papa Francisco Louçã'. Ahahah   Teve graça.

Coisas que não percebo nos debates

 

... e nas conversas na TV é o modo como tratam as pessoas: ou as tratam por senhor doutor excelentíssimo ou por, Rui isto, António aquilo... só falta chamarem Tó. Não têm meio termo. A  Clara de Sousa já tratou o líder do PS por você, 'você já disse que...' deselegante.

António Costa continua a dizer que agora é que vai ser a sério e vai fazer o que não fez nos últimos seis anos. Será que vai fazê-lo com os mesmos que não foram capazes de fazer nada do que diz que quer fazer: os Cabritas, os Costas, os Rodrigues, as Temidos, as Leitões, os Galambas, etc.? Matem-nos já aqui que morremos mais depressa.

O jornalista da RTP é mau - interrompe para fazer reducionismo e deturpar o que eles dizem.

A questão do PSD querer pôr uma maioria de nomeados políticos no conselho superior da magistratura e na judiciária é preocupante.

Foi um debate político e foi sério, embora tenha tido alguma dose de demagogia q.b.

Estou a ouvir os comentários. Alguém, algures, resolveu falar em soundbites e agora toda a gente repete isso como papagaios...

Debates

 

O debate de Rio com o João do PCP foi pacífico. Têm públicos eleitorais tão diferentes que não chocam um com outro.

O debate de Rui Tavares com JCF é mais interessante. Gosto do discurso de Rui Tavares no que respeita a objectivos e princípios, mas falta-lhe o meio, quer dizer, o 'como' alcançar os objectivos que tem, que são ambiciosos.

Já JCF tem os 'comos', os meios, as estratégias mas não concordo com os princípios, não o ser-se liberal, mas entender o ser-se liberal como uma escravidão aos mercados e a transformação de toda a actividade laboral e social em negócio. 

Debate do CDS e Chega

 

Uma gritaria...

O debate de hoje entre PSD e IL foi interessante

 

Discutiram-se e esclareceram-se opções políticas, financeiras e económicas. A IL quer privatizar tudo. Essa política é assustadora para quem é pobre. Quem é pobre não tem escolha porque não tem dinheiro. Não tem apoio social, não tem nada. A IL não quer um serviço público de qualidade, quer todos os serviços privados. Não acredita em serviços públicos. Não estou nada de acordo com isto. E só fala em isto ser mais caro e aquilo mais barato. E fala na educação ser toda um mau serviço o que é falso.

Faz-me lembrar a página do The Economist do FB que tem um post em que pergunta, 'o que dá mais lucro, fez crescer mais e inovar mais: a democracia ou a ditadura?', como se essa questão fosse pertinente, quer dizer, vender a democracia a troco de lucro, que será sempre de alguns.

Este debate esclareceu-me relativamente a algumas dúvidas que tinha e ajudou-me a estreirar as opções.

A IL tem uma visão dogmática simplista da natureza humana e da sociedade. Como é que alguém pode acreditar e com que fundamentos, que 700 mil funcionários públicos são todos maus profissionais, maus trabalhadores e incompetentes? Tudo no mesmo saco e depois, por milagre privatizava-se tudo e essas pessoas iam trabalhar para o privado e de repente tornavam-se competentes, sérias, trabalhadoras... isto é infantil. E vejamos, o próprio JCF está a candidatar-se à função pública pois ser governante é ser funcionário público. Ahh mas espera lá: todos os funcionários públicos são maus, excepto ele e os correligionários da IL que são ungidos? Isto é infantil. Como é que pode pensar que o trabalho de um colégio privado onde andam os filhos dele (não interessa que sejam mesmo dele, é das pessoas como ele) e o trabalho de uma escola pública onde andam os filhos dos trolhas das obras sejam comparáveis em termos de resultados de exames? É não ter nenhuma noção de sociologia, de antropologia, de psicologia, de história... nada. É ser ignorante.

O dogma deles é o darwinismo social: eles acreditam que onde há competição os funcionários melhoram sempre. Isto é um dogma. Pessoalmente não estou de acordo. Existem trabalhos que são de competição e existem trabalhos que não são de competição. E nem todas as pessoas são competitivas no trabalho, nem ser competitivo é igual a ser melhor. Não tenho uma visão da sociedade como tudo sendo um negócio como a IL pretende. Nem tudo é um negócio de lucros e de ganhar e perder. Essa visão aprece-me redutora e pobre.

Eu tenho horror à incompetência e à ignorância dogmática porque é sempre simplista e, portanto,  nivela por baixo. A IL parece-me dogmática.

Como discordar bem: uma pirâmide-guia para os políticos dos debates

 

Repare-se que a maioria de vós passa o tempo quase todo na base da pirâmide e na estação seguinte: chamam nomes, directa ou indirectamente, com insinuações e atacam a autoridade ou as características do interlocutor. Alguns vão ao terceiro patamar, irritam-se com o tom do interlocutor e ficam aí perdidos - li hoje num artigo de jornal que Ana Gomes, nos debates para as presidenciais teve que ter sessões de treino para não se irritar com Ventura... 

A seguir também frequentam muito o patamar da contradição: contradizem o oponente mas sem fundamentação: é a fase de atirarem slogans para o meio da mesa para ver se ficam a pairar e obscurecem o adversário.

Já vi alguns, de vez em quando, pôr um pé na contra-argumentação e refutação. Até agora, não vi ninguém ir ao topo da pirâmide.

Johns Hopkins Center

for Talented Youth

Legislativas e debates - não concordo com esta leitura

 

Pelos vistos, os portugueses em vez de verem os debates vêem um reality show com famosos das novelas e da bola e, aqui neste artigo, concluem que os políticos de hoje-em-dia são desinteressantes e incultos (por comparação aos políticos dos debates antigos que eram bons) e ainda que os portugueses preferem entretenimento a esclarecimento. Não concordo nada com esta opinião.

Em primeiro lugar, quando se diz que dantes é que os debates eram bons, das duas uma: ou já se esqueceram ou são novos demais para se lembrarem. As pessoas podiam ser muito mais cultas mas os debates da era desta fotografia, de um debate que ficou famoso, eram uma demagogia pegada de chavões ideológicos. 

Cunhal era um homem culto mas nos debates só despejava a ladainha ideológica, como uma beata a rezar o terço- tinha meia-dúzia de chavões leninistas (tudo eram coisas da reacção, ofensivas dos revisionistas; ataques às forças revolucionárias) mais a recitação dos inimigos figadais: os Mellos, os Champalimauds e os lacaios do capitalismo - era de tal maneira insuportável a repetição ad nauseam dos chavões que toda a gente lhe chamava, «o cassete Cunhal». Mário Soares, tal como Cunhal, era muito mais culto que a média dos políticos de hoje, mas nos debates só fazia demagogia e ataques de carácter. 

Acontece que na altura a política e a vida política eram como o ar que se respira, não era possível estar fora disso, talvez como consequência de tantas décadas de silenciamento político. Toda a comunicação social era densamente política e isso penetrava até no entretenimento. Os filmes, os programas, os desenhos animados: Vasco Granja tinha um programa de animação bastante bom, mas mais adequado, na maioria das vezes, a adultos que a crianças - de tal maneira que precisava explicar longamente os desenhos animados antes de os passarem. 

A mim parece-me que os portugueses não são estúpidos e vêem claramente que os debates políticos não esclarecem coisa alguma - são entretenimento disfarçado de discussão. Ora, entretenimento por entretenimento, preferem os reality shows que sempre dão para rir. 

Nestes debates, cada candidato tem, mais ou menos, 12 minutos para falar: quem é que em 12 minutos consegue esclarecer seja o que for, ainda para mais tendo à frente um adversário a atacá-lo, por vezes com agressividade ou incivilidade?

Nos EUA, por exemplo, organizam vários debates com 2 jornalistas políticos (isto não é para criticar os nosso jornalistas porque até agora as jornalistas dos dois debates que vi fizeram bem o trabalho, mas o formato do debate não dá para explorar temas) que fazem perguntas sobre temas e obrigam os candidatos a exporem o que vão ser as suas políticas em concreto e não em promessas vagas ou chavões de generalidades. Dão-lhes algum espaço para debaterem entre si, mas pouco. As pessoas vêem os debates, que não são de 25 minutos. Ora, não acredito que os americanos sejam mais cultos que os portugueses. O que acontece é que o formato dos debates é de molde a que um político tenha que estudar os dossiers, mostrar que está dentro dos assuntos e que já tem estratégias pensadas para os resolver. É assim que as pessoas podem escolher entre candidatos.

Ontem, no debate, metade do tempo foi passado a falar da prisão perpétua e da punição dos pedófilos: mas alguém acredita que a nossa prioridade enquanto povo, na situação em que estamos, seja a de sabermos se vão prender os pedófilos por 15 anos ou 25? Quer dizer... se é para passar tempo, as pessoas preferem ver coisas que ao menos façam rir.

O site do Expresso continua em baixo e o primeiro-ministro também

 

Por muitas críticas que possamos fazer ao Expresso ou a outro jornal que sirva amiúde de canal de comunicação do governo, ninguém pode ser a favor de calar jornais. O Expresso continua com o site em baixo, mas li na newsletter a votação dos comentadores nos candidatos do 1º debate das legislativas, que esqueci de ver. Pela votação é óbvio que Costa está em baixo como o site, porque ficar praticamente empatado com o Rui Tavares que não convence ninguém...

... debate de estreia, António Costa ganha, mas com nota média de 6 (numa escala de zero a 10). Rui Tavares fica por perto, também com nota positiva (5,3 valores). Aqui em baixo, fica a nota e avaliação dos comentadores do Expresso:


João Vieira Pereira
António Costa 5 - Rui Tavares 5


Martim Silva
António Costa 7 – Rui Tavares 5


David Dinis
António Costa 7- Rui Tavares 7


Eunice Lourenço
António Costa 5 - Rui Tavares 4


João Silvestre
António Costa 6 - Rui Tavares 5


Vítor Matos
António Costa 6 - 6 Rui Tavares


Paula Santos
António Costa 6/ Rui Tavares 5

Debate: ainda vale a pena tirar um curso?

 

Um podcast com Jennifer Frey, professora na universidade da Carolina do Sul e Michael Roth e Presidente da Wesleyan University.

 

Debates

 

Não sei porquê mas acho que o debate de hoje entre a Marisa Matias e o André Ventura não vai correr bem o que significa que vai ser engraçado. E eu não vou perdê-lo 🤩

Isto está bera 😅

A Marisa chama vigarista, o Ventura só falta chama-lhe estúpida... 

O Ventura diz que temos uma educação trostskista lol. 

A Marisa chama-lhe cobarde e mentiroso, ele chama-lhe troca-tintas.

(Eu bem me parecia que isto hoje se entornava seriamente.)

Isto está péssimo... daqui a bocado estão a discutir quem come mais sardinha.

A Marisa odeia-o e nem consegue esconder 😅

(a Clara de Sousa não tem nenhuma imparcialidade e daqui a bocadinho atira uma chapada ao Ventura)

O Ventura diz que não é Presidente de pedófilos e traficantes... oh meu deus

Agora a Marisa chama-lhe hipócrita e o Ventura chama-lhe parva.

O homem é horrível 😅 só ofende. A Marisa está sem paciência, com ar de quem faz um enorme frete e caiu na armadilha dele de baixar o nível do debate. Acho que ela quando sair daqui vai para a rua dar gritos ou dar socos num daqueles punching bags.

Isto foi horrível.

A seguir a isto os outros vão parecer manteiga.

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Ana Gomes e Tiago Mayan

Estava tudo a ir bem quando Mayan resolve tirar o Socas da cartola. Ele chama-lhe Ana, ela chama-lhe Dr. Mayan

Ana Gomes defende-se muito bem e não é difícil porque ela tem muitos casos de colaboração com a justiça. Entretanto Mayan põe-se a falar de Portas e de ela ter inventado datas para prejudicar Portas. Ela enervou-se e perdeu a compostura...