Babi Yar é uma ravina existente em Kiyv, capital da Ucrânia, que ficou conhecida na história como local de um dos maiores massacres de judeus e civis da então União Soviética pelos nazis, durante a Segunda Guerra Mundial.
O massacre foi meticulosamente documentado pelos próprios nazis. Relatórios do Einsatzgruppe C, particularmente do Sonderkommando 4a sob o comando do SS Paul Blobel, confirmaram o número de mortos de 33.771 naqueles dois dias. Este número, retirado dos registos nazis, é considerado preciso, embora o número total de vítimas em Babi Yar ao longo da guerra seja muito maior.
Quando os nazis foram expulsos de Kiyv, em Novembro de 1943, os horrores de Babi Yar vieram à tona, embora a extensão total do massacre não tenha sido logo divulgada. O governo soviético de Stalin minimizou a natureza especificamente judaica dos assassinatos, enquadrando Babi Yar como um crime contra «cidadãos soviéticos» e só depois da queda do Muro de Berlim foi permitido aos judeus erigirem ali um memorial em nome das suas vítimas.
A ocultação da verdade do que se passou em Babi Yar durante décadas ocultou o local como um dos sítios mais importantes do Holocausto.
Na década de 1950 foram feitos planos para preencher a ravina e construir apartamentos.
Um poema de 1961 do poeta Yevgeny Yevtushenko, intitulado «Babi Yar», chamou a atenção internacional para o massacre e criticou a recusa do governo soviético em reconhecer as suas vítimas judias. O poema foi musicado por Dmitri Shostakovich, na sua 13ª Sinfonia.
Testemunhos de sobreviventes, como o de Dina Pronicheva, uma mulher judia que escapou do massacre fingindo estar morta, forneceram relatos críticos dos acontecimentos. A sobrevivência e o testemunho de Pronicheva, juntamente com outros, ajudaram a preservar a memória de Babi Yar, apesar do silêncio oficial.
O massacre de Babi Yar é uma lembrança gritante da escala e da brutalidade do Holocausto, particularmente do «Holocausto por balas» na Europa Oriental, onde milhões foram mortos em fuzilamentos em massa, em vez de em campos de concentração. Ele ressalta a cumplicidade dos colaboradores locais, a indiferença de alguns espectadores e a resiliência dos sobreviventes que testemunharam os acontecimentos. O evento também destaca os desafios da memória histórica, já que as agendas políticas moldaram a forma como Babi Yar foi lembrado ou esquecido durante décadas.
Sobre Babi Yar, o escritor e sobrevivente do Holocausto Elie Wiesel escreveu:
O massacre de Babi Yar é uma lembrança gritante da escala e da brutalidade do Holocausto, particularmente do «Holocausto por balas» na Europa Oriental, onde milhões foram mortos em fuzilamentos em massa, em vez de em campos de concentração. Ele ressalta a cumplicidade dos colaboradores locais, a indiferença de alguns espectadores e a resiliência dos sobreviventes que testemunharam os acontecimentos. O evento também destaca os desafios da memória histórica, já que as agendas políticas moldaram a forma como Babi Yar foi lembrado ou esquecido durante décadas.
Sobre Babi Yar, o escritor e sobrevivente do Holocausto Elie Wiesel escreveu:
“ As testemunhas oculares disseram que, por meses após as mortes, o solo de Babi Yar continuava a esguichar gêiseres de sangue.No Youtube pode ver-se um documentário com imagens da época reunidas por The Babyn Yar Holocaust Memorial Center e o realizador Ucraniano, Sergey Loznitsa. sobre Babi Yar. O documentário tem vinte e tal episódios. Esta parte aqui publicada com 8 minutos refere-se ao depoimento de Dina Pronicheva, em 1946.
Quando era nova, lembro-me de ver uma série na TV chamada Holocausto (1978), que tem uma das parte dedicada ao massacre de Babi Yar.
Uma mini-série americana que teve um impacto brutal sobre o próprio tema do Holocausto. A série tinha grandes audiências e durante muito tempo não se falava em outra coisa em toda a Europa onde a série passou. Discussões e debates e conversas e livros que se publicaram que trouxeram à tona muitos episódios da época e campos de concentração de que não se falava.
A série conta a história a partir de duas perspectivas: a da família Weiss, uma família de judeus alemães e a de um advogado alemão ariano que entra para as SS por dinheiro e acaba por subir na hierarquia e tornar-se um nazi cruel e feroz.
Quem faz o papel deste advogado nazi é Michael Moriarty. No que me diz respeito, aprendi muito a vê-lo representar este papel de um alemão ariano com uma cara abebezada e um ar gentil que se vai transformando num algoz implacável, sempre com racionalizações internas e externas.
A personagem dele é um arquétipo de todas as pessoas que por cobardia ou interesse se metamorfoseiam em predadores assim que a oportunidade se apresenta, nunca deixando a capa de civilidade. No filme, ele é verdadeiramente assustador.
Quem também impressiona na série é Meryl Streep, que representa Inga Weiss. A série está cheia de bons actores e, do que me lembro, a série continua relevante.

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