September 25, 2023

Pois, o ME é mais telemóveis nas aulas - e é assim que Medina poupa muito dinheiro




Mail que me chegou a denunciar o que se está a passar em muitas escolas com os portáteis dos alunos, dos professores e das secretarias.

Venho por este meio chamar a atenção de uma situação grave, que tem vindo a afetar todas as escolas, que ainda não foi divulgada às massas e é de grande importância que seja.

Como sabe, no projeto da Escola Digital, estão incluídos os computadores dos alunos (para realizarem as provas de aferição e este ano finais), estão incluídos os computadores dos docentes (os mesmos que usam para o seu trabalho do dia a dia) e agora também os computadores de secretária, que estão a ser usados pelos órgãos de gestão dentro dos agrupamentos.

Embora existam algumas questões ainda a ser tratadas no âmbito desta iniciativa, principalmente no que diz respeito aos equipamentos que perderam a garantia, esta semana surgiu um problema que não pode ser ignorado ou adiado.

Fui informado pela empresa Inforlândia, empresa detentora do sistema de bloqueio CuCo, que o ministério não procedeu ao pagamento das licenças deste mesmo sistema. O que é que isto significa na prática? Nenhum computador, que fique bloqueado, pode ser desbloqueado, pelo menos de forma definitiva e com certeza que se eles continuarem sem pagar eles vão bloquear literalmente todos os computadores, impedindo o seu uso totalmente. A empresa não pode ser responsabilizada por isso, aliás, para acrescer a isto, temos também a situação com a operadora Vodafone, que já começou a cortar o serviço a alguns cartões de dados móveis (cartões que são usados por alunos e docentes para ter internet).

Estamos no início do ano, ou seja, altura em que deveriam estar a ser atribuídos os kits aos novos alunos e docentes, no entanto, o mesmo não pode acontecer, porque não faz sentido atribuir um computador que não tem uso ou mesmo um hotspot com um cartão cuja internet está cortada.

No agrupamento do qual faço parte, já temos mais de 50 máquinas paradas, nesta mesma situação. Mais de 80% das indicadas, ainda estão em período de garantia e neste momento não passam de meros pesa-papéis.

Estamos numa fase crítica em que se o governo não resolver isto rápido, tudo o que foi desenvolvido no âmbito da digitalização, todo os esforços dos docentes em preparar os seus alunos para esta nova realidade, terá sido em vão. Foi pedido aos docentes para se adaptarem e agora, quando tudo está mais estável, é-lhes retirada a ferramenta que o governo insistiu tanto que fosse usada.

Não esquecer que algumas escolas também já optaram por manuais-digitais, ou seja, os alunos, sem os seus equipamentos, não terão como aceder aos livros nas aulas ou mesmo em casa para estudar. Tudo porque os seus computadores, estão bloqueados.


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