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November 11, 2019

A experiência subjectiva do tempo




O tempo passa devagar para as crianças e os jovens porque para eles tudo é novo e em cada instante da vida, em cada experiência, há muitos estímulos para assimilar, muitos processos internos para modificar  até acomodar o estranho e torná-lo familiar. Também, quando somos mais novos, uma ano de vida é uma grande percentagem da totalidade da vida.
Quando ficamos mais velhos a maior parte das experiências e do próprio mundo já se tornou familiar e já só reparamos nos padrões que assimilamos rapidamente em esquemas há muito construídos.
No entanto, quando temos que lidar com situações novas, como viajar para um país novo, mudar de residência, de trabalho, etc., porque há uma necessária re-socialização, somos obrigados a atentar nos estímulos do novo ambiente e a modificar, ainda que ligeiramente, os esquemas interiores e isso faz retardar o tempo. É por isso que o tempo de férias passado em locais não familiares parece mais alongado do que se o passarmos no local onde habitamos.
Então, uma maneira de prolongar o tempo quando somos mais velhos é pormo-nos em situações novas ou aprender novas habilidades, enfim, desafiarmo-nos, para nos obrigarmos a retardar o processo cognitivo da assimilação/acomodação com novas conexões e a encher a memória de experiências novas.
Em certas situações a experiência interior é tão intensa e vívida que o tempo exterior não corresponde ao tempo interior, sendo este infinito em profundidade em comparação com o outro, infinito em extensão.